Folha de São Paulo
15/02/2007
Anac retoma 22 horários de
pouso e decolagem da Varig
JANAINA LAGE DA SUCURSAL DO RIO
A Anac (Agência Nacional de Aviação
Civil) informou ontem à Varig que vai retomar os
22 "slots" (horários e espaços
de pouso e decolagem) da companhia em Congonhas, o aeroporto
mais disputado do país.
Segundo a Varig, a agência descumpriu decisão
da Justiça do Rio que garante o direito à
companhia de manter seus "slots" em Congonhas.
A companhia aérea afirmou que vai brigar na Justiça
para manter os horários. Em nota, a Varig informa
que o órgão regulador convocou reunião
para hoje com as duas concorrentes (TAM e Gol) para rever
e aumentar as freqüências de pouso e decolagem
destas companhias na reforma do aeroporto.
De acordo com a Anac, não há reunião
marcada. Com a retomada dos "slots", eles voltam
para a base de dados da agência e podem ser licitados
novamente.
A agência está "retirando justamente
os "slots" que a Justiça já proferiu,
em 26 de janeiro, serem de direito da Varig". O juiz
Paulo Fragoso, do Tribunal de Justiça do Rio, aceitou
pedido da Varig para que a Anac devolvesse a malha inicial
à companhia. A agência alega que a Varig
não operou com a regularidade prevista na legislação.
A Varig argumenta que entregou à Justiça
a mesma documentação dada à agência.
Ela afirma que operou com índice de regularidade
acima dos 75%.
INVERTIA
15 de fevereiro de 2007
Anac retoma espaços da Varig
em Congonhas
A Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac) informou na quarta-feira à Varig que vai
retomar os 22 "slots" (horários e espaços
de pouso e decolagem) da companhia no aeroporto de Congonhas,
em São Paulo.
Segundo a Varig, a agência descumpriu decisão
da Justiça do Rio de Janeiro que garante o direito
à companhia de manter seus "slots" em
Congonhas. A companhia aérea afirmou que vai brigar
na Justiça para manter os horários.
Em nota, a Varig afirmou que recebeu ofício da
Anac informando que a agência redistribuiria os
slots no aeroporto de Congonhas, em favor de empresas
concorrentes e que o órgão teria convocado
uma reunião sobre o assunto com as duas maiores
empresas aéreas do País, TAM e Gol.
Em resposta, a Anac negou "veementemente" que
tenha enviado um ofício à Varig afirmando
que descumpriria a decisão judicial e esclareceu
que a reunião convocada para hoje contará
com a presença de várias companhias aéreas,
entre elas a própria Varig, e integrantes da Infraero
e do Departamento de Controle do Espaço Aéreo.
"A agência reguladora com sede em Brasília
não recebeu até a presente data qualquer
intimação da Justiça do Rio de Janeiro
tratando dos 22 slots da VRG (como a nova Varig também
é conhecida) em Congonhas", afirmou a Anac.
No dia 26 de janeiro, o juiz Paulo Roberto Campos Fragoso
determinou que a Anac devolvesse os 22 slots em Congonhas
- aeroporto mais movimento do País à Varig.
O Estado de São Paulo
15/02/2007
Anac desobece ordem da Justiça,
diz Varig
A Varig informou ontem que a Agência Nacional
de Aviação Civil (Anac) vai descumprir uma
determinação da Justiça que proíbe
a distribuição de 22 espaços para
pousos e decolagens (slots) da empresa no aeroporto de
Congonhas. A Anac teria marcado reunião com a TAM
e a Gol para dividir os slots. A agência nega a
acusação e diz que não foi informada
da decisão judicial.
O Estado de São Paulo
15/02/2007
Assistente de comunicação
vira controlador
Promotor acusa FAB de usar pessoal
despreparado para monitorar vôos e diz temer acidente
Laura Diniz e Tânia Monteiro
A Força Aérea Brasileira está usando
profissionais formados como “assistente de comunicação”
para o posto de controlador de tráfego aéreo,
colocando em risco a segurança dos aviões
no ar. A acusação é do procurador
do Trabalho Fábio Fernandes, que mandou representação,
anteontem, à Aeronáutica e à Infraero,
pedindo o fim da prática. Segundo ele, a informação
foi obtida numa investigação sobre as condições
de trabalho dos controladores, iniciada após o
acidente com o Boeing da Gol, em setembro.
Fernandes explicou que mandou apenas uma recomendação
porque ainda não tem informações
suficientes para um ato mais coercitivo. “Estão
sendo criadas situações para um novo acidente.
Precisamos prevenir”, explicou. Segundo ele, com
um curso de 80 horas/aula, forma-se um “assistente
de comunicação”. Para formar um controlador,
são necessárias 180 horas/aula. “A
rigor, não existe essa função (do
assistente). Criaram isso para remendar. Mas o controlador
principal tem de desviar a atenção toda
hora, colocando em risco a vida de milhares de pessoas.”
Segundo o procurador, após tomar o depoimento
de sete controladores civis e militares, constatou-se
também que há duas mesas de controle em
São Paulo operando com apenas um controlador, quando
é preciso dois por mesa. Disse que não está
sendo respeitado o intervalo de 15 minutos de descanso
a cada duas horas de trabalho, segundo recomendação
internacional, nem o limite de aviões que cada
controlador deve monitorar. Segundo Fernandes, controladores
estão sendo chamados para trabalhar em seus dias
de folga no carnaval.
Em nota, a FAB afirma que os assistentes são formados
dentro de um processo técnico “formal”
e submetidos a um “criterioso procedimento de avaliação
e seleção e, somente após aprovados
e com experiência mínima de 90 horas, são
homologados como assistentes”. E acrescenta que
a estrutura do controle é “adequada e reconhecida
internacionalmente”.
O Globo
15/02/2007
Ancelmo Gois
Tribuna da Imprensa
15/2/2007
FAB é acusada de usar assistentes
no lugar de controladores
BRASÍLIA - A Força Aérea Brasileira
(FAB) está usando profissionais formados como "assistente
de comunicação" para o posto de controlador
de tráfego aéreo, colocando em risco a segurança
dos aviões no ar. A acusação é
do procurador do Trabalho, Fábio Fernandes, que
mandou representação na terça-feira
à Aeronáutica e à Infraero, pedindo
o fim da prática.
Segundo ele, a informação foi obtida num
procedimento investigatório que apura as condições
de trabalho dos controladores, instaurado após
o acidente com o Boeing da Gol, em setembro. Fernandes
explicou que mandou apenas uma recomendação
porque ainda não tem informações
suficientes para um ato mais coercitivo. "Mas não
podia esperar. Estão sendo criadas situações
para um novo acidente. Precisamos prevenir", explicou.
Segundo ele, com um curso de 80 horas/aula, forma-se
um "assistente de comunicação".
Para formar um controlador são necessárias
180 horas/aula. "A rigor, não existe essa
função (do assistente). Criaram isso para
remendar. Mas o controlador principal tem de desviar a
atenção toda hora, colocando em risco a
vida de milhares de pessoas." Segundo o procurador,
após tomar o depoimento de sete controladores civis
e militares, constatou-se também que há
duas mesas de controle em São Paulo operando com
apenas um controlador, quando é preciso dois.
Além disso, afirmou, não está sendo
respeitado o intervalo de 15 minutos de descanso a cada
duas horas de trabalho, segundo recomendação
internacional, nem o limite de aviões que cada
controlador deve monitorar. "No controle de aproximação,
onde o espaço é menor e o tráfego,
intenso, o limite é de sete aeronaves. Antes do
acidente chegava a 14, 20."
Ainda de acordo com Fernandes, controladores estão
sendo chamados para trabalhar em seus dias de folga no
carnaval. "Para mostrar eficiência, está
valendo tudo." O procurador disse que compreende
as possíveis implicações da falta
de controladores ou de eventual operação-padrão
no Carnaval, mas afirmou que prefere "avião
no solo do que no céu de qualquer jeito."
O caos aéreo ganhará um ingrediente inesperado
a dois dias do carnaval. Os policiais federais realizarão
hoje uma greve nacional de advertência em defesa
da segunda parcela da reposição salarial,
de 30%, negociada no ano passado, e que o governo agora
se recusa a cumprir. Nos aeroportos, os policiais não
param, mas fazem atos de até uma hora e usam tarjas
pretas para caracterizar o protesto. Segundo agentes da
PF, não haverá comprometimento do atendimento
aos passageiros nem atrasos.
O Globo Online
14/02/2007 às 23h28m
Anac refuta Nova Varig sobre descumprimento
de decisão
RIO - A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou
nota na noite desta quarta-feira "refutando veementemente"
ter entregue ofício à Nova Varig comunicando que iria
descumprir a decisão judicial favorável à companhia aérea,
sobre o direito de manutenção de seus slots (autorizações
de pouso e decolagem), em Congonhas.
Eis a íntegra do comunicado da Anac.
"A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vem a público
refutar veementemente ter oficiado a VRG Linhas Aéreas,
também conhecida como nova Varig, afirmando que iria descumprir
qualquer decisão judicial. Na verdade, a Agência Reguladora
com sede em Brasília não recebeu até a presente data qualquer
intimação da justiça do Rio de Janeiro tratando dos 22
eslotes da VRG em Congonhas. Tais eslotes foram retomados
pelo poder público na aplicação da Portaria 569, que regula
a matéria para todas as empresas concessionárias.
Com relação à convocação das duas maiores companhias
aéreas nacionais para uma reunião na quinta-feira, 15.02,
pela manhã, a ANAC mais uma vez obriga-se a restabelecer
a verdade dos fatos, qual seja: foram convocadas para
uma reunião na ANAC várias companhias aéreas. São elas:
Ocean Air, BRA, Pantanal, TAM, GOL e a própria Nova Varig
(VRG Linhas Aéreas). Também foram convidados a participar
da reunião o Departamento de Controle do Espaço Aéreo
(Decea)/Aeronáutica e a Infraero."
Estadão
14 de fevereiro de 2007 - 19:58h
Varig diz que Anac pretende distribuir
espaços em Congonhas
Agência Nacional nega reunião
com TAM e Gol para repartir slots em São Paulo
Alberto Komatsu
RIO - A Varig informou nesta quarta-feira que a Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac) vai descumprir
uma determinação da Justiça do Rio
que proíbe a distribuição de 22 espaços
para pouso e decolagem (slots) da companhia no Aeroporto
de Congonhas.
Segundo o comunicado, a Anac convocou para esta quinta
uma reunião com a TAM e a Gol para aumentar as
freqüências das duas companhias durante a reforma
de Congonhas com os slots da Varig. Contudo, a Anac informou
que não há nenhuma reunião marcada
para hoje com TAM e Gol.
Em 26 de janeiro, o juiz Paulo Roberto Fragoso, da comissão
de juízes responsáveis pela recuperação
judicial da Varig, publicou uma decisão na qual
ele determina a devolução dos 22 slots,
de um total de 125, que a Varig tem direito em Congonhas.
"A Varig informa que vai tomar todas as medidas legais
cabíveis para fazer prevalecer a decisão
da Justiça, para que possa continuar atendendo
aos passageiros com o serviço de qualidade e com
altos índices pontualidade e regularidade".
De acordo com a Varig, essa é a sexta tentativa
da Anac de distribuir os slots que estão congelados
pela Justiça do Rio. Nas outras cinco vezes, informa
a empresa, a Justiça do Rio bloqueou a tentativa.
A Anac informa que a Varig não cumpriu o prazo
determinado pela legislação do setor, que
é o de utilizar os slots no prazo de 30 dias após
o recebimento do certificado de homologação
(Cheta). Portanto, a agência informa que não
está descumprindo uma decisão judicial.
Em recente entrevista ao Estado, o juiz Luiz Roberto
Ayoub, titular da comissão de juízes da
recuperação judicial da Varig, afirmou que
decisões judiciais têm de ser cumpridas.
"Enquanto estiver prevalecendo a nossa decisão
judicial, não há possibilidade jurídica
de haver distribuição dos slots. Há
uma decisão judicial, que tem de ser cumprida.
Se houver insatisfação com ela, o caminho
apropriado é o recurso. Caso contrário atenta
contra o estado democrático de direito", disse
Ayoub.
Na nota, a Varig informa que entregou à Justiça
a mesma documentação que foi encaminhada
à Anac, comprovando a utilização
dos slots dentro do prazo legal de 30 dias após
sua homologação, concedida no dia 14 de
dezembro.
Os documentos entregues, informa a Varig, comprovam que
a regularidade dos vôos ficou acima de 75% durante
o período. Em janeiro, segundo a companhia, a regularidade
média das operações foi de 96,3%.
Folha Online
14/02/2007 - 19h52
Varig vai à Justiça
para manter espaços em Congonhas
A Varig informou nesta quarta-feira que vai entrar na
Justiça para garantir o uso dos 22 "slots"
(espaços e horários) no aeroporto de Congonhas,
em São Paulo, retirados pela Anac (Agência
Nacional de Aviação Civil).
Segundo a Varig, a Anac marcou para esta quinta-feira
uma reunião com as duas maiores concorrentes (TAM
e Gol) para dividir os espaços e horários
durante a reforma do aeroporto.
Com o aviso de que os "slots" serão
divididos entre TAM e Gol, porque a Varig não estaria
utilizando, a companhia decidiu recorrer à Justiça
mais uma vez. A Varig afirma que está usando os
espaços.
Depois que os "slots" foram retirados pela
Anac, a Varig recorreu e, em 26 de janeiro, o juiz Paulo
Roberto Fragoso, do Tribunal de Justiça do Rio
de Janeiro, acolheu pedido da Varig para que a Anac devolvesse
à malha oficial da empresa os 22 "slots"
de Congonhas.
A empresa vai tentar, agora, impedir que a agência
distribua os seus espaços e horários entre
as empresas concorrentes.
Consultor Juridico
14 de fevereiro de 2007
Turbulência no ar
Anac ignora Justiça e retira
linhas áreas da Varig
por Aline Pinheiro
A Anac (Agência Nacional de Aviação
Civil) cumpriu o que havia prometido: ignorando decisão
em contrário da Justiça Estadual do Rio
de Janeiro, retirou da Varig 22 linhas aéreas que
partem do Aeroporto de Congonhas, na capital paulista,
operadas pela empresa. A decisão foi comunicada
pela agência em ofício à companhia
nesta quarta-feira (14/2).
A 1ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro determinou
que a agência mantivesse as 22 linhas com a Varig.
Em seguida, a Anac publicou nota em seu site dizendo que
não reconhecia competência da Justiça
Estadual para analisar o caso, uma vez que é autarquia
da União e, portanto, obedece a Justiça
Federal.
Nesta quarta-feira (14/2), a nota virtual se tornou oficial.
De acordo com o advogado da Varig, Cristiano Zanin Martins,
a Varig recebeu, no final do dia, ofício em que
Anac comunica que retirará as 22 linhas.
Na nota publicada pela agência em seu site, a Anac
afirmou que não havia sido notificada da decisão
da Justiça fluminense. “Para que a Anac seja
notificada, é preciso ocorrer à expedição
de carta precatória a ser cumprida por um juiz
federal, uma vez que a autarquia tem sede no Distrito
Federal e somente o presidente ou o procurador-geral [da
agência] tem competência legal para receber
notificações.”
No entanto, o advogado da Varig garante que a agência
foi notificada no próprio dia 26/1, o que está
comprovado em certidão de intimação
enviada por ele à Consultor Jurídico. A
certidão está assinada pelo diretor Jorge
Luiz Brito Veloso.
A Varig deve agora comunicar ao juiz da 1ª Vara
Empresarial do Rio de Janeiro do Rio de Janeiro o descumprimento
da ordem judicial. “Vamos pedir aplicação
de multa e outras medidas cabíveis”, diz
Cristiano Martins.
A Anac deve se reunir nesta quinta-feira (15/2) com as
outras companhias aéreas para discutir a distribuição
das rotas de Congonhas.
Quem julga o quê
Conflito de Competência no caso Varig já
foi analisado pelo Superior Tribunal de Justiça,
que decidiu em favor da Justiça Estadual. Em outro
conflito, dessa vez entre a Justiça Estadual e
a Trabalhista, o STJ entendeu, em caráter provisório,
que a competência é da Vara Empresarial.
A Anac já havia anunciado que retiraria da Varig
119 rotas. Parte delas, a própria empresa havia
devolvido à agência. Mas, de acordo com o
advogado da Varig, Cristiano Zanin Martins, do escritório
Teixeira, Martins e Advogados, as que saem do Aeroporto
de Congonhas, que são 23 rotas no total, eram de
interesse da empresa que já as está operando.
Por isso, a questão foi parar, mais uma vez, na
Justiça.
No dia 26 de janeiro, o juiz Paulo Roberto Fragoso, da
1ª Vara Empresarial do Rio, determinou que a Anac
devolvesse as 22 rotas das 23 questionadas para a Varig.
É esta decisão que a Anac ignora sob alegação
de que não foi notificada.
Leia nota da Anac
A Agência Nacional de Aviação Civil
(ANAC) vem a público refutar veementemente ter
oficiado a VRG Linhas Aéreas, também conhecida
como nova Varig, afirmando que iria descumprir qualquer
decisão judicial. Na verdade, a Agência Reguladora
com sede em Brasília não recebeu até
a presente data qualquer intimação da justiça
do Rio de Janeiro tratando dos 22 eslotes da VRG em Congonhas.
Tais eslotes foram retomados pelo poder público
na aplicação da Portaria 569, que regula
a matéria para todas as empresas concessionárias.
Com relação à convocação
das duas maiores companhias aéreas nacionais para
uma reunião na quinta-feira, 15.02, pela manhã,
a ANAC mais uma vez obriga-se a restabelecer a verdade
dos fatos, qual seja: foram convocadas para uma reunião
na ANAC várias companhias aéreas. São
elas: Ocean Air, BRA, Pantanal, TAM, GOL e a própria
Nova Varig (VRG Linhas Aéreas). Também foram
convidados a participar da reunião o Departamento
de Controle do Espaço Aéreo (Decea)/Aeronáutica
e a Infraero.