O
Estado de São Paulo
14/12/2006
'TAM e Gol tentaram nos afogar', diz
Audi, da Varig
Mariana Barbosa
Quase cinco meses após ter sido
vendida em leilão judicial, a Nova Varig - oficialmente
VRG Linhas Aéreas - recebe hoje o certificado de
homologação (cheta) da Agência Nacional
de Aviação Civil (Anac). A empresa, que em
novembro tinha 5% do mercado, renasce oficialmente com 1.927
funcionários e uma frota de 18 aviões.
A empresa agora tem 30 dias para retomar
seus vôos domésticos, e 180 para os internacionais.
'Vamos pegar as melhores rotas, centrando as operações
domésticas no aeroporto de Congonhas', afirmou o
presidente do Conselho de Administração da
empresa, Marco Antonio Audi, em entrevista ao Estado. 'O
que não der para fazer, com toda a humildade, vamos
devolver. Brigamos muito para ter nosso direito e respeitamos
o direito dos outros', completou, referindo-se à
disputa entre o Tribunal de Justiça do Rio, que determinou
o congelamento das rotas, e a Anac, que tentou redistribuí-las.
Audi refere-se a seus dois maiores rivais,
TAM e Gol, como 'dois gigantes tentando afogar a gente'.
'Elas não acreditaram na volta da Varig, e quase
conseguiram impedir . Sabe por que não conseguiram?
Porque EU estava no meio. Ninguém me disse que era
impossível.' Em seguida, diz que não se trata
de crítica. 'O (Constantino) Junior e o (Marco Antonio)
Bologna, (presidentes da Gol e da TAM), têm a empresa
e empregos a defender. E eles são muito competentes.'
Temendo, segundo ele, a movimentação
da concorrência, Audi não revela quantos novos
aviões serão incorporados à frota nos
próximos 30 dias. 'Temos um monte de pré-contratos
e vamos tentar conseguir o máximo', diz ele. 'A concorrência
é cruel e, como ela, só vamos revelar os novos
aviões no dia seguinte à chegada.' Um desses
pré-contratos é com uma empresa de leasing
do próprio grupo Matlin Patterson (sócio de
Audi na VarigLog, dona da Varig), que adquiriu oito aviões
da Bavária que faziam parte da frota da velha Varig.
Pelo plano de negócios, a nova Varig
levará até seis anos para recuperar os tempos
de glória, quando chegou a ter 120 aviões.
Audi não arrisca metas de participação
e aposta na força e na 'simpatia' da marca Varig
para recuperar mercado. 'A Varig é a Varig e vai
buscar seu nicho sem comparação com a concorrência.
Deixa a TAM e a Gol guerrearem entre si.' Ele garante que
não haverá barrinhas de cereal nem arrogância
- atributos que ele usa para definir as concorrentes Gol
e TAM -, e que os aviões serão mais confortáveis.
'Não teremos barrinhas nem pitch (distância
entre assentos) de 27 polegadas. Nosso serviço será
diferenciado, com comidas quentes como o hambúrguer
de picanha, que é um sucesso.' O programa Smiles
também será reforçado, 'com a ampliação
das vantagens'. Já em termos de tarifa, revela, a
empresa deverá se posicionar entre TAM e Gol.
Audi diz que está preparado para
enfrentar a concorrência. 'Temos fôlego para
queimar e acho que quem tem a perder é a TAM e a
Gol. Se eles baixarem o nível, temos condição
de baixar também. Mas acho que não vale a
pena eles se arriscarem, pois vão tomar um susto.'
Agência Estado
13/12 - 20:47h
Anac não pode redistribuir
e nem leiloar rotas da Varig
A Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac) está proibida de leiloar e redistribuir
as rotas aéreas e slots (espaços nos aeroportos)
da Varig. A decisão, unânime, é da 2ª
Seção do Superior Tribunal de Justiça.
A Anac ainda pode recorrer da decisão no próprio
STJ.
Com a decisão do STJ, depois que
a nova Varig receber a Concessão e o Certificado
de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo
(Cheta), começa a contar o prazo de 30 dias para
que ela regularize a operação das rotas nacionais
e 180 dias para as rotas internacionais. Somente depois
desses prazos é que a Anac poderá solicitar
o leilão das rotas, caso elas não estejam
sendo operadas pela companhia aérea.
O evento em que a nova Varig receberá
da Anac a Concessão e o Cheta está marcada
para quinta-feira (14/12). Com esse certificado, a nova
Varig poderá até investir na compra de novas
aeronaves e contratação de pessoal.
Os 10 ministros da 2ª Seção
do STJ decidiram nesta quinta-feira (13/12) por unanimidade
que uma turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região
não pode rever acórdão proferido por
outra turma do mesmo Tribunal.
Para o relator da reclamação
da Varig no STJ, ministro Ari Pargendler, a decisão
da 5ª Turma do TRF-2 que modificou decisão da
4ª Turma do mesmo Tribunal, usurpou a competência
do Superior Tribunal de Justiça. Isso porque o pronunciamento
final do tribunal local, em tema infraconstitucional, só
pode ser reformado por meio de recurso especial no STJ.
Assim está mantida determinação
do juízo da recuperação judicial, que
proibiu o leilão das linhas e rotas da Varig, vendidas
em julho deste ano juntamente com parte da empresa, na operação
que deu origem à VRG Linhas Aéreas.
No dia 13 de outubro deste ano uma liminar
do ministro Ari Pargendler suspendeu decisão da 5ª
Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região
que liberava o leilão de redistribuição
das rotas. Na ocasião, foi a terceira vez que a distribuição
das rotas ficava proibida.
A venda das linhas estava prevista para
meados de outubro, mas foi suspensa porque a 4ª Turma
do TRF-2, reconhecendo a competência da Vara Empresarial
do Rio de Janeiro para tratar do assunto, proibiu a redistribuição.
Depois disso é que veio decisão da 5ª
Turma do mesmo Tribunal (TRF-2) reformando decisão
da 4ª Turma. Procedimento que o ministro Ari Pargendler
vetou nesta quinta-feira (13/12) no STJ.
Do G1
13/12/2006 - 20:30h
VARIG DEVE RECEBER CERTIFICAÇÃO
NESTA QUINTA-FEIRA
Com certificado, empresa pode
fazer contratações e ampliar frota.
Aérea ainda opera com certificado da Varig antiga.
A Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac) informou que vai entregar o Certificado de
Homologação de Empresas de Transporte Aéreo
(Cheta) da nova Varig nesta quinta-feira (14). Com isso,
a empresa passará a existir com nova razão
social (VRG Linhas Aéreas) e poderá contratar
os atuais funcionários (que ainda pertencem à
Viação Aérea Riograndense) e fazer
investimentos.
O documento também é necessário,
segundo os novos administradores, para encaminhar o processo
de crescimento da empresa, que pretende adquirir de imediato
15 aviões para ampliar as operações.
Atualmente, a nova Varig utiliza a Cheta da antiga Varig.
A companhia, que entrou em recuperação
judicial em 2005, foi adquirida em leilão este ano
pela VarigLog, empresa de logística da Varig que
foi comprada por um consórcio de empresários
brasileiros e o fundo de investimentos Matlin Paterson.
A Varig possui hoje 15 aviões e
voa para Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília,
Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza, Manaus,
Frankfurt, Buenos Aires, Bogotá e Caracas. A partir
do dia 18, retoma vôos para Fernando de Noronha, Belo
Horizonte, Porto Seguro e Florianópolis.
Em novembro, a Varig, que ficará
com esta marca enquanto a antiga Varig mudará de
nome para Nordeste, tinha 5,08% do mercado de aviação
contra 24% no mesmo período do ano passado. A companhia
foi líder de mercado até 2003 e sua frota
já superou cem aviões no passado.
Mercado e Eventos
13/12/06 - 12:41h
Varig aguarda Cheta para anunciar
novos vôos e ampliação de frota
O diretor de Planejamento da Varig, Luís
André Patrão, confirmou ontem (12/12) que
aguarda apenas a liberação do Cheta pela Anac,
na cerimônia que acontece amanhã, em Brasília,
para anunciar novos vôos domésticos e internacionais,
além da incorporação de 14 Boeing à
sua frota.
"Estaremos em Brasília amanhã
para a cerimônia do certificado pela Anac e, com este
documento poderemos enfim colocar em prática nossos
planos de ampliação", afirmou o dirigente.
Além da Varig, a Air Minas também
receberá o Cheta juntamente com outras duas companhias
aéreas regionais. O presidente da Anac, Milton Zuanazzi,
afirmou que com a ampliação de frota e as
novas frequências da Varig quem ganha é o passageiro
que terá mais opções de vôos.
Entre os planos de expansão da Varig,
está a retomada do vôo da companhia para Londres,
o que deve acontecer a partir do início de 2007.
A Varig tem que respeitar o prazo mínimo de 30 dias
para iniciar as novas operações.
Site da ALERJ
13/12/2006
CPI DA VARIG SERÁ REABERTA
NO ANO QUE VEM
O ex-presidente da Varig, Omar Carneiro,
aguardado para prestar esclarecimentos à CPI que
investiga o processo de venda da companhia aérea,
nesta quarta-feira (13/12), não compareceu. "É
a segunda vez que ele é convocado e não comparece.
Parece que ele está fugindo da CPI.
Sua ausência sem justificativa demonstra, no mínimo,
irresponsabilidade. Vou oficiar o não comparecimento
ao juízo e solicitar sua presença no próximo
dia 21", lamentou o presidente da comissão,
deputado Paulo Ramos (PDT). Na próxima quinta-feira
(21/12), às 14h, a comissão ouvirá
o ex-curador da fundação Rubem Berta, que
administrava a Varig, Avelar Bastos, na sala 316 do Palácio
Tiradentes.
Será a última reunião
da CPI, em função do término da legislatura.
O parlamentar também anunciou que a CPI da Varig
será reaberta no ano que vem. "Já consegui
as assinaturas necessárias para a reabertura da CPI,
em fevereiro de 2007. Ainda há muitos documentos
a receber, especialmente os ligados às indagações
feitas ao juiz responsável pela recuperação
judicial da Varig, Luiz Roberto Ayoub", argumentou
o pedetista.
Ramos informou, ainda, que pretende se
encontrar com o leiloeiro público responsável
pelo primeiro e segundo leilões para a venda da companhia
aérea, Acir Joaquim da Costa. "Como ele está
preso em Niterói por motivos que nada têm a
ver com o objeto da comissão, mas seu depoimento
é bastante relevante, tentarei conversar com ele,
na penitenciária, antes do dia 21 deste mês,
que é a data de encerramento desta CPI", explicou
o deputado.
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