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Folha
de São Paulo
14/09/2006
Agência recorre ao STJ contra
Justiça do Rio
Anac quer derrubar decisão
da 8ª Vara Empresarial que anulou a transferência
de linhas da Varig aos concorrentes
Com apoio da Procuradoria Geral e da SDE, Anac vê
na decisão dos juízes reserva de mercado e
cerceamento de suas funções
IURI DANTAS
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Anac (Agência Nacional de Aviação
Civil) decidiu recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça)
para derrubar a reserva das linhas da Varig imposta pela
8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. O questionamento
terá o apoio da Procuradoria Geral da República
e da Secretaria de Direito Econômico, do Ministério
da Justiça.
O diretor da Anac Josef Barat disse à Folha que o
recurso visa restabelecer o pleno funcionamento dos atos
administrativos da agência. "O recurso é
a tentativa de uma liminar para restabelecer o funcionamento
da agência. Isso está providenciado. Somos
responsáveis pelo interesse público, difuso,
e o interesse privado", afirmou.
Na avaliação do diretor, ao impedir a transferência
de 140 linhas operadas pela Varig para outras companhias,
"houve reserva de mercado que afetou a competitividade".
A SDE partiu da mesma análise para concluir que os
passageiros vêm sendo prejudicados por bilhetes mais
caros nos guichês, tanto para viagens nacionais como
internacionais. Há demanda por assentos, mas não
oferta suficiente, uma vez que os espaços que a Varig
utilizava estão vagos hoje. As linhas, horários
e espaços nos aeroportos, no entanto, são
concessões públicas.
Os embates entre a Anac e a 8ª Vara Empresarial do
Rio tiveram início no mês passado, quando a
nova Varig apresentou seu PBL (Plano Básico de Linhas),
informando que não iria operar 140 das 272 linhas
que tinha antes de sua venda para a VarigLog -uma ex-subsidiária
de cargas da Varig.
Detentora das linhas, como poder concedente, a Anac decidiu
licitá-las para as concorrentes para elevar a competição
no setor. A pedido da Varig, a Justiça fluminense
examinou a questão. Entendeu que as linhas eram ativos
da Varig e congelou os trechos até 2009.
A Anac deu prosseguimento ao repasse das linhas, licitando
até destinos internacionais atendidos anteriormente
pela Varig. A Justiça aplicou multa aos diretores
por descumprimento de ordem judicial, e a Anac rebateu iniciando
uma representação contra os magistrados no
Conselho Nacional de Justiça. Agora, a agência
tentará derrubar a decisão da 8ª Vara
Empresarial, mesmo avaliando que os atos da Justiça
estadual do Rio não abrangem seus atos administrativos,
como órgão federal.
Diretor de Assuntos Internacionais da Abav (Associação
Brasileira de Agência de Viagens), Leonel Rossi diagnosticou
que aeroportos de Manaus, da região Nordeste e destinos
internacionais vêm recebendo mais passageiros que
a oferta de vôos, elevando o preço cobrado
pelas companhias. Mas vê isso como um processo normal
do mercado. "Quando dava menos passageiros, o bilhete
não pagava nem o custo da viagem. Hoje, está
pagando o custo e o lucro da companhia."
Com a saída da Varig de alguns destinos internacionais,
Air France (2), Swiss Air (1), Lufthansa (1) e TAM (1) iniciarão
novos vôos para a Europa nos próximos meses.
Folha
de São Paulo
14/09/2006
Justiça pode autorizar Varig
a voar, diz MP
JANAINA LAGE DA SUCURSAL DO RIO
O Ministério Público estadual
recomendou que a Justiça do Rio autorize a nova Varig
a voar caso a Anac se recuse ou demore a conceder as autorizações
de vôo. A aprovação está condicionada
à comprovação de que a empresa cumpriu
os requisitos técnicos solicitados pela agência.
A recomendação do MP abre espaço para
que a Justiça conceda o Cheta (Certificado de Homologação
de Empresa de Transporte Aéreo) à Varig.
A aérea foi vendida em leilão no dia 20 de
julho. Quase dois meses depois, a empresa ainda não
existe formalmente, embora continue a voar: não tem
CNPJ, conselho de administração, funcionários
próprios ou rotas.
A juíza Márcia Cunha intimou a agência
a explicar que documentos faltam para a aprovação.
A Anac informou que a empresa não comprovou ter o
capital de giro necessário para manter as operações.
A nova Varig tem até a próxima segunda-feira
para comprovar tal condição.
O juiz Luiz Roberto Ayoub disse que congelou as linhas da
Varig baseado em ofícios da Anac. E disse que a demora
sobre as autorizações pode prejudicar o consumidor.
Folha
de São Paulo
14/09/2006
SDE constata aumento de tarifas
causado pelo "congelamento" dos vôos da
Varig
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A SDE (Secretaria de Direito Econômico)
constatou uma onda de aumento de preços das passagens
aéreas causada pelo "congelamento" de mais
de 140 linhas da Varig. A principal preocupação
da SDE é com as rotas domésticas dos aeroportos
mais congestionados do país, como Pampulha (MG),
Brasília (DF), Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ).
A Folha apurou que a secretaria prepara uma análise
sobre o impacto das variações de preços
das tarifas nesses aeroportos. Pampulha e Brasília
encontram-se em situação mais crítica
e serão analisados cuidadosamente pela SDE, pois
a Varig não só deixou de voar tais trechos
como mantém as antigas linhas reservadas.
No caso de Congonhas e Santos Dumont, a empresa vem operando
parcialmente as linhas. A análise abrangerá
as rotas internacionais sob domínio da Varig, principalmente
aquelas cujo destino é a Europa.
A decisão de manter os vôos da Varig "congelados"
foi da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, responsável
pela condução do processo de recuperação
judicial da companhia. Depois do leilão em que a
empresa foi vendida, foi apresentado à Anac (Agência
Nacional de Aviação Civil) um plano de operação
de vôos.
No plano, a Varig disse que não tinha capacidade
de voar, de imediato, nas 272 linhas que detinha. A Anac
decidiu redistribuir parte de rotas, horários e espaços,
mas foi impedida pela Justiça do Rio. O imbróglio
ontem foi parar no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Anteontem, a SDE divulgou nota técnica endossando
a decisão da agência. Alertou de que deixar
de repassar as linhas não utilizadas pela Varig gera
restrição de oferta aos passageiros, aumento
de preços e deterioração dos serviços.
O próximo passo da SDE será encaminhar ao
STJ um parecer em que apresentará uma avaliação
técnica da situação e os prejuízos
aos passageiros.
(JULIANNA SOFIA E IURI DANTAS)
Valor Econômico
14/09/2006
Justiça do Rio cobra agilidade
da Anac
Ana Paula Grabois
A Justiça do Rio resolveu pressionar a Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac) a agilizar
o processo de autorização de concessão
para a nova Varig, comprada pela VarigLog. Atualmente, a
nova Varig voa sem uma autorização de transporte
aéreo e opera linhas concedidas à velha Varig,
que permanece sob recuperação judicial. A
nova Varig tem o direito de operar 272 vôos "congelados"
pela Justiça do Rio, mas opera somente 88 deles.
A juíza Márcia Cunha, da
1ª Vara Empresarial do Rio, determinou na terça-feira
que a nova Varig envie a comprovação sobre
o seu capital de giro até domingo. O capital de giro
não comprovado foi o motivo alegado pela Anac à
Justiça para não ter concedido as autorização
à nova Varig. Os novos controladores da companhia
aérea, entretanto, afirmam ter entregue à
agência todos os documentos exigidos.
Caso a empresa comprove à Justiça
que tem capital de giro suficiente para administrar as operações,
o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro
já opinou que a Justiça deve conceder a autorização
se a Anac não o fizer. "Desde que a empresa
comprove seus requisitos, não há motivos para
a agência recusar. Se recusar, a empresa pode recorrer
ao Judiciário para obter a autorização",
disse o promotor do Ministério Publico, Gustavo Lunz.
Desde que a parte operacional da Varig
foi vendida em leilão à VarigLog, em 20 de
julho passado, a agência reguladora e a 1ª Vara
do Rio travam um embate sobre as linhas da empresa. Enquanto
a Anac quer distribuir as rotas da velha Varig não
contempladas no plano de negócios, a Justiça
do Rio defende que as rotas só podem ser redistribuídas
para as concorrentes após a nova Varig receber a
concessão de empresa aérea pela agência.
Segundo a Justiça do Rio, o congelamento
de 272 vôos para a nova Varig estava previsto em um
documento da Anac divulgado um dia após o leilão
da empresa. "No caso das linhas nacionais, o prazo
é de 30 dias após a assinatura da concessão.
Para os vôos ao exterior, esse prazo corresponde a
180 dias", disse o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 1ª
Vara Empresarial do Rio.
Ayoub também contestou os argumentos
da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) de
que a Justiça fez uma reserva de mercado à
Varig. "Dizer que o Judiciário congelou as rotas
até 2009 não é verdade. O congelamento
é nos prazos estabelecidos", afirmou o juiz.
O Globo
14/09/2006
O Globo Online
13/09/2006 às 21h14m
Passagens aéreas
estão, novamente, em promoção
Diário de SP
SÃO PAULO - A Gol
retomou a promoção que vende passagens por
R$ 1. Este valor é válido apenas para um trecho
do percurso (só ida, por exemplo), é válido
para viagens até 31 de outubro.
As compras podem ser feitas
pela internet até 2 de outubro, das 22h às
6h. O passageiro precisa passar pelo menos duas noites no
destino. Para o feriado de 12 de outubro, a TAM está
vendendo passagens com até 80% de desconto.
Na Varig, quem comprar
bilhete ida e volta na ponte-aérea, durante a semana,
ganhará um trecho de graça para viagens São
Paulo-Rio, no fim de semana.
Valor Online
13/09 - 19:53h
Justiça
do Rio pressiona Anac a agilizar autorizações
à nova Varig
RIO - A Justiça do Rio resolveu
pressionar a Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac) a agilizar o processo de autorização
das concessões para a nova Varig, comprada pela VarigLog
Atualmente, a nova Varig voa sem uma autorização
de transporte aéreo e opera linhas concedidas à
velha Varig, que permaneceu sob recuperação
judicial.
A nova Varig tem o direito de operar 272 vôos "congelados"
pela Justiça do Rio, mas vem operando somente 88
deles.
A juíza Márcia Cunha, da 1ª Vara Empresarial
do Rio, determinou ontem que a nova Varig envie a comprovação
sobre o seu capital de giro até o próximo
domingo.
O capital de giro não comprovado foi o motivo alegado
pela Anac à Justiça para não ter concedido
as autorizações à nova Varig.
Os novos controladores da companhia aérea, entretanto,
afirmam ter entregue à agência todos os documentos
exigidos.
Caso a empresa comprove à Justiça que tem
capital de giro suficiente para administrar suas operações,
o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro
já opinou que a Justiça deve conceder as autorizações,
caso a Anac não o faça.
"Desde que a empresa comprove seus requisitos, não
há motivos para a agência recusar.
Se recusar, a empresa pode recorrer ao Judiciário
para obter as autorizações", disse o promotor
do Ministério Publico do Rio, Gustavo Lunz.
Desde que a parte operacional da Varig foi vendida em leilão
à VarigLog, em 20 de julho passado, a agência
reguladora e a 1ª Vara do Rio travam um embate sobre
as linhas da empresa.
Enquanto a Anac quer distribuir as rotas da velha Varig
não contempladas no plano de negócios enviado
pelos novos controladores, a Justiça do Rio defende
que as rotas só podem ser redistribuídas para
as concorrentes após a nova Varig receber a concessão
de empresa aérea pela agência.
Segundo a Justiça do Rio, o congelamento de 272 vôos
para a nova Varig estava previsto em um documento da Anac
divulgado um dia após o leilão da empresa.
"No caso das linhas nacionais, o prazo é de 30 dias
após a assinatura da concessão.
Para os vôos ao exterior, esse prazo corresponde a
180 dias", disse o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 1ª Vara
Empresarial do Rio.
Ayoub também contestou a declaração
do secretário de Direito Econômico (SDE) do
Ministério da Justiça, Daniel Goldberg, que
acusou a 1ª Vara de ter feito uma reserva de mercado
para a Varig até 2009, causando redução
de oferta e aumento de tarifas aéreas.
"Dizer que o Judiciário congelou as rotas até
2009 não é verdade.
O congelamento é nos prazos estabelecidos", afirmou
Ayoub.
(Ana Paula Grabois | Valor Online)
Estadão
13 de setembro de 2006 - 19:48
Nova Varig define
destinos internacionais que serão prioridade
Segundo
o diretor de vendas internacionais da empresa, após
a autorização, a companhia vai retomar, em
180 dias, vôos para o México, Peru, Venezuela
e Inglaterra
Alberto Komatsu e Nilson Brandão
Junior
RIO - A nova Varig já definiu sete
destinos internacionais que atenderá com prioridade
assim que receber a concessão de transporte aéreo.
A informação é do diretor de vendas
internacionais da empresa, Marcelo Bottini. Segundo o executivo,
após a autorização, a companhia vai
retomar, em 180 dias, vôos para o México, Peru,
Venezuela e Inglaterra. Numa segunda etapa, o objetivo é
voar para Chile, Estados Unidos e Portugal. Por enquanto,
a Varig só está atendendo Frankfurt, Caracas
e Buenos Aires.
Os destinos internacionais da Varig são
atendidos por meio de seis aviões, da frota total
de 14. Bottini, no entanto, explica que essas seis aeronaves
destinadas para o mercado externo também acabam sendo
reaproveitadas para rotas nacionais.
O executivo, que era presidente da companhia,
lembra que o objetivo é comprar mais 50 aviões.
A VarigLog, nova controladora da Varig, já entregou
uma carta-consulta para obter um financiamento do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
com o objetivo de comprar aviões da brasileira Embraer,
e informa que também está em conversas com
outros dois fabricantes de jatos, a Boeing e Airbus.
A legislação do setor prevê
que rotas domésticas que não sejam operadas
por 30 dias e as internacionais por 180 poderão ser
cancelados. Na prática, a nova Varig alega que este
prazo não pode correr, já que ela ainda não
foi autorizada como empresa áerea, com o recebimento
de um certificado específico do setor, que a autoriza
a voar, chamado Cheta.
Para a especialista em direito concorrencial
e economista do Ipea, Lucia Helena Salgado, o prazo de 180
dias é tempo demasiado num mercado dinâmico.
Ela cita que o "tempo econômico" é mais rápido
do que o prazo jurídico e, nesse sentido, rapidamente
ou as empresas aéreas concorrentes conseguem aumentar
a oferta e ocupam espaço, como vêm fazendo
as companhias estrangeiras, ou há uma crise de oferta.
Nesses dois casos, indica a especialista,
o consumidor acaba sendo prejudicado num momento de crise,
porque pode haver uma concentração de oferta
com poucas empresas, o que reduz a competição
e a possibilidade de preços melhores, e pelo risco
de perda imediata de "bem estar", quando a oferta não
é capaz de atender a demanda remanescente.
Folha Online
13/09/2006 - 18h19
Justiça
pode dar autorização para Varig voar, diz
Ministério Público
CLARICE SPITZ da Folha Online, no
Rio
Caso a Anac (Agência Nacional de Aviação
Civil) demore, a nova Varig pode recorrer à Justiça
do Rio para obter as autorizações para voar.
Este é o entendimento do Ministério Público
do Estado.
O promotor Gustavo Lunz, que acompanha o processo, disse
que a eventual decisão da Justiça não
prejudica o consumidor nem gera riscos de abertura de precedente
perigoso.
'A empresa interessada em obter essa certificação
tem que preencher uma série de requisitos. Desde
que se comprovem que os requisitos foram preenchidos não
há motivo para que a agência recuse isso. Se
recusar, a interessada pode se socorrer no Judiciário
para obter a certificação', afirmou.
Vendida em 20 de julho para a VarigLog, a nova Varig ainda
não conseguiu a autorização de vôo
da agência.
Anac e Justiça do Rio divergem a respeito do repasse
ou não de rotas não utilizadas pela companhia.
A agência afirma que o repasse deve ser imediato e
já chegou a distribuir as rotas internacionais, mas
recuou após multa do Judiciário.
Já a Justiça do Rio diz que ofício
da própria Anac prevê que a companhia tenha
um prazo de 30 dias após a obtenção
da autorização de vôo para retomar todas
as rotas domésticas e de 180 dias para rotas internacionais.
A juíza Marcia Cunha, da 1ª Vara Empresarial,
determinou na semana passada que a Anac e a Nova Varig se
manifestassem a respeito do que estava faltando para a liberação
da autorização.
A agência já enviou documento à Justiça
e disse que ainda restam dúvidas se os novos donos
da companhia terão fluxo de caixa suficiente para
manter a Varig.
Já a empresa terá até o próximo
domingo para comprovar que entregou toda a documentação
requerida para obter as autorizações.
Os juízes preferem não falar se podem ou não
lançar mão da prerrogativa e conceder as autorizações
para a nova Varig.
Invertia
Quarta, 13 de Setembro de 2006, 16h09
Ocean Air
abre 100 vagas para comissários de vôo
Fonte: INVERTIA
A companhia
aérea Ocean Air abrirá 100 vagas de emprego
para comissários e aeromoças. O processo seletivo
começará no próximo dia 29, em São
Paulo, e deve ser realizado até janeiro de 2007.
Os candidatos
às vagas serão submetidos a entrevistas, dinâmicas
de grupo e testes de idioma.
O Centro
Educacional de Aviação do Brasil (CEAB) abrigará
o recrutamento em sua sede, na capital paulista, além
de indicar alunos formados na escola para a seleção.
Interessados em participar da seleção devem
ligar para o CEAB, telefone: 3081-4949.
O Globo Online
13/09/2006 às 12h13m
Varig: executivo de fundo americano
não comparece à CPI
Erica Ribeiro, O Globo
RIO - O empresário Lap Chan,
principal executivo do fundo americano Matlin Patterson
e um dos controladores da Volo Brasil - dona da VarigLog
- não compareceu ao depoimento marcado para esta quarta-feira,
às 11h, na Assembléia Legislativa do Rio (Alerj). O depoimento
de Chan daria início à série de audiências referentes à
CPI da Varig.
Segundo o deputado Paulo
Ramos (PDT), que preside a comissão, Lap Chan foi oficialmente
notificado por um funcionário da Alerj para comparecer à
comissão que investiga irregularidades na gestão da Varig
e no processo de vendas de ativos da companhia, realizado
em leilão no dia 20 de julho - quando a VarigLog comprou
a Varig por US$ 20 milhões.
Uma nova convocação foi
marcada para a próxima quarta-feira no mesmo horário, na
sala 311 da Alerj, desta vez com a expectativa do comparecimento
do empresário Lap Chan e do presidente do Conselho de Administração
da VarigLog, Marco Antonio Audi. O deputado informou ainda
que se Lap Chan não comparecer desta vez, serão tomadas
providências judiciais para que ele preste depoimento.
Outros executivos, entre
eles Luiz Galo, sócio da Volo Brasil, e João Luiz Bernes
de Souza, presidente da VarigLog, também serão convocados
a depor, mas ainda não foi marcada uma data para isso.
O deputado Paulo Ramos esclareceu
ainda que tomou a iniciativa de abrir a CPI a partir de
denúncias de irregularidades recebidas por ele. Segundo
Ramos, a investigação levará em conta processos de gestão
da empresa de antes do período em que entrou em recuperação
judicial. O parlamentar comentou ainda que recebeu a cópia
de uma fita com diálogos de pessoas relacionadas à Varig,
cujos nomes evitou citar. A transcrição do conteúdo da fita
está sendo feita e será anexada ao processo.
Estadão
13 de setembro de 2006 - 12:01
Lap Chan não comparece à
CPI da Varig para depor
Acionista da Volo do Brasil, controladora
da VarigLog (a nova dona da Varig) não compareceu
à CPI da Varig, Lap Chan será reconvocado
na próxima quarta
Alberto Komatsu
RIO - O chinês Lap Chan, acionista da Volo do Brasil,
controladora da VarigLog (a nova dona da Varig) não
compareceu à CPI da Varig, promovida pela Alerj para
apurar supostas irregularidades na compra da empresa aérea
pela VarigLog. Chan será reconvocado para prestar
depoimento, na próxima quarta-feira. Caso não
compareça ele será intimado judicialmente
e a Polícia poderá ser usada para forçá-lo
a comparecer à CPI da Varig.
O presidente do conselho de administração
da VarigLog, Marco Antonio Audi, também será
convocado a prestar depoimento na próxima quarta-feira.
O presidente da CPI da Varig, deputado Paulo Ramos (PDT)
informou que a CPI recebeu nesta quarta-feira a cópia
de uma fita que conteria a gravação de uma
reunião na qual Chan teria dito a funcionários
da Varig que desistiria da reestruturação
da Varig caso a VarigLog fosse responsabilizada pelas dívidas
trabalhistas da companhia. Essa gravação também
conteria depoimento de Chan dando conta de que o plano da
empresa é mudar a sede de operações
da Varig do Rio de Janeiro para São Paulo.
O Globo Online
13/09/2006 às 10h45m
CPI da Varig começa nesta quarta-feira
no Rio
Erica Ribeiro - O Globo
RIO - Começa nesta quarta-feira,
na Assembléia Legislativa do Rio, a Comissão Parlamentar
de Inquérito (CPI) da Varig, criada para apurar irregularidades
no processo de recuperação da companhia e de venda de ativos
para a VarigLog.
Está previsto o depoimento
do empresário Lap Chan, principal executivo do fundo americano
Matlin Patterson, e de um dos controladores da Volo Brasil,
dona da VarigLog, que comprou a Varig em leilão realizado
no dia 20 de julho.
O presidente da CPI é o
deputado Paulo Ramos (PDT).
Agência Estado
13/09 - 08:34h
Plano para cobrir rombo da Petros
é rejeitado
A proposta da Petrobras para cobrir sozinha o déficit
do seu fundo de pensão, Petros, foi rejeitada pelos
participantes da fundação de previdência.
A proposta incluía modificações no
Regulamento do Plano Petros que tirariam direitos dos participantes
e evitariam a formação de novos desequilíbrios.
Por isso, atingiu apenas 52,8% de adesão entre os
79.681 consultados, bem abaixo dos 95% que seriam necessários
para ser aprovada.
O déficit da Petros foi contabilizado
em R$ 9,5 bilhões no balanço de 2005 da companhia.
Segundo a Petros, porém, ele é de R$ 4,5 bilhões.
A diferença diz respeito à contabilidade de
títulos de longo prazo pelo valor que terão
no vencimento no longo prazo ou pelo valor de mercado atual.
A Petrobras informou no início da noite de ontem
que vai solicitar à Petros medidas legais para que
o déficit do fundo de pensão seja coberto.
A legislação prevê que os participantes
cubram 50% do déficit por meio de aumento das contribuições
ou redução dos benefícios. A estatal
admite, porém, a possibilidade de "contribuições
adicionais" pelas empresas do grupo. "Esses valores
somente serão definidos após decisão
conjunta das empresas patrocinadoras e da Petros, e terá
de ser aprovado pela Secretaria de Previdência Complementar
- SPC", diz o comunicado da estatal.
Pela proposta rejeitada, o plano da Petros
passaria a ter só a contribuição mensal
definida, com o valor dos benefícios em aposentadorias
e pensões a serem pagos no futuro dependendo do que
for poupado até o momento do início do pagamento.
Como não houve adesão, o
plano para os funcionários admitidos até 2001
continua sendo o de benefício definido, em que o
participante tem direito a receber valor pactuado antes.
Os admitidos a partir de 2002 ainda não têm
plano de previdência e a Petrobras pretende instituir
para eles o sistema de contribuição definida.
A proposta incluía também
medidas como a correção dos benefícios
em aposentadorias e pensões pela inflação
e desvinculada dos reajustes dos funcionários da
ativa, a desistência pelos participantes de processos
judiciais - que agora continuarão tramitando na Justiça.
No início de agosto, a Petrobras
assinou com a Federação Única dos Petroleiros
(FUP)acordo para liquidar o rombo atuarial de seu fundo
de pensão.Pelos cálculos da FUP, o dinheiro
que a Petrobras injetaria no fundo seria suficiente para
construir três refinarias ou quatro plataformas de
petróleo.
Revista VEJA
13/09/2006
Haja paciência
O sumiço dos vôos da
Varig instala o caos nos aeroportos e atormenta os passageiros
Rosana Zakabi
Roberto Setton
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Aeroporto de Cumbica, em São
Paulo, na semana passada: atrasos, vôos lotados
e filas intermináveis |
Embarcar num vôo doméstico
ou internacional tornou-se um verdadeiro inferno para os
brasileiros. Até chegar à porta do avião
e receber o sorriso cordial da aeromoça, a maioria
dos passageiros tem amargado nos últimos três
meses uma rotina de vôos lotados ou cancelados, listas
de espera que não resultam em embarque e filas intermináveis
nos balcões de aeroportos.
Os atrasos nos vôos levam horas,
fazendo com que muitos passageiros percam conexões
para outras cidades e para o exterior. A prática
do overbooking, em que as companhias aéreas, para
se prevenir de desistências, aceitam mais reservas
do que comporta o avião, tornou-se abusiva.
Todos esses transtornos são causados
pela crise da Varig, cuja maioria das aeronaves sumiu do
ar. Até o início de junho, a companhia fazia
200 vôos diários – hoje faz apenas noventa,
sendo 36 deles na ponte aérea Rio–São
Paulo. Antes, a empresa detinha 75% dos vôos internacionais
e voava para 26 cidades no exterior – atualmente,
só voa fora do Brasil para Frankfurt, Buenos Aires
e Caracas.
O sumiço dos vôos da Varig
provoca um déficit diário de 7.000 assentos
em rotas domésticas e internacionais. As outras companhias
aéreas que operam no país conseguem absorver
apenas metade desse contingente de passageiros, criando
uma demanda por bilhetes muito maior que a oferta. O resultado
é o caos.
Viajar também ficou mais caro. As
companhias aéreas reduziram drasticamente a oferta
de passagens promocionais. Para pagar menos do que a tarifa
cheia, é preciso comprar o bilhete com vários
meses de antecedência.
Até quatro meses atrás, era
fácil conseguir uma passagem para Miami por 780 dólares,
mesmo adquirindo o bilhete em cima da hora. Hoje, o mesmo
trajeto não sai por menos de 1 000 dólares.
O preço das passagens para a Europa quase dobrou.
Para cidades como Londres ou Paris, é necessário
desembolsar no mínimo 2 500 dólares num bilhete
que, havia meses, custava 1 400 dólares.
Assim mesmo, é preciso planejar
a viagem com antecedência – na semana passada,
as empresas só tinham lugares disponíveis
em vôos para as cidades européias a partir
de outubro. Não é só: agora, mesmo
ao fazer reserva para um vôo planejado para um mês
depois, é necessário pagar pelo bilhete em
no máximo três dias.
Antes da redução de vôos
da Varig, era possível pedir à companhia aérea
que emitisse a passagem com um dia de antecedência.
"Hoje, se o passageiro não comprar o bilhete em 72
horas, no máximo, a reserva é cancelada",
reclama Claudio Candiota, presidente da Andep, entidade
que defende os direitos dos passageiros de companhias aéreas.
Roberto Setton
|
O engenheiro carioca Rômulo
Dias: conexão perdida e lista de espera |
Atrasos e cancelamentos de vôos
sempre fizeram parte da rotina dos aeroportos e são
causados principalmente pela manutenção dos
aviões, que às vezes têm de ficar no
solo mais que o previsto.
Normalmente, o problema é contornado
encaixando-se os passageiros em outros vôos, e ninguém
chega ao destino muito depois do previsto. Com a redução
dos vôos da Varig, o horário de partida dos
aviões se tornou imprevisível.
Há uma semana, a estudante gaúcha
Greta Hoffmann perdeu a conexão que faria para Frankfurt
pela Swissair por causa do atraso de mais de uma hora no
vôo da TAM que a levou de Porto Alegre a São
Paulo. "Cheguei mais cedo ao aeroporto por precaução,
mas não adiantou nada", ela diz.
Para compensar a passageira, a TAM a encaixou
num vôo da própria companhia para Paris, no
mesmo dia. Greta achou que estava tudo resolvido. Ocorre
que o vôo para Paris teve overbooking e ela não
conseguiu embarcar. Dormiu num hotel próximo ao aeroporto
e só seguiu para Paris no dia seguinte.
O engenheiro carioca Rômulo Dias
teve um pouco mais de sorte. Na semana passada, ele saiu
de Porto Alegre rumo a São Paulo, onde tomaria outro
avião para Belo Horizonte, cidade em que mora. Esperava
chegar em casa às 6 da tarde, mas chegou à
1 da manhã.
Seu vôo atrasou uma hora e meia,
e ele perdeu a conexão. "O avião já
chegou atrasado em Porto Alegre e estava superlotado. Teve
gente que não conseguiu embarcar", diz Dias, que
precisou encarar uma fila de espera em São Paulo.
A Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac) registrou no primeiro semestre deste ano 3.000
reclamações contra companhias aéreas,
uma média de 500 queixas por mês. Desse total,
736 foram por overbooking, 431 por cancelamento de vôos
e 381 por atraso na partida.
As companhias aéreas brasileiras,
aproveitando o vácuo deixado pela Varig, passaram
a investir pesado na compra de mais aviões, na criação
de novas linhas e no aumento do número de vôos.
A TAM pretende fechar o ano com 96 aeronaves,
sete a mais do que tem a frota atual. Nos últimos
meses, a companhia também passou a operar outros
79 vôos domésticos e seis internacionais. A
Gol deve incluir mais dez aeronaves Boeing 737 à
sua frota atual, de 52 aviões. A BRA, empresa paulista
que até o fim de 2005 só fazia vôos
fretados, vem aproveitando para disputar sua fatia entre
as grandes do mercado: aumentou o número de vôos
semanais de 42 para 166. "Nesse ritmo de expansão
das companhias, a tendência é que os vôos
domésticos se normalizem a partir de dezembro", prevê
o especialista em transporte aéreo Paulo Roberto
Bittencourt Sampaio, do Rio de Janeiro, que presta consultoria
para o setor.
Roberto Setton
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A estudante gaúcha Greta
Hoffmann: ela perdeu a conexão para Frankfurt
devido ao atraso no vôo que a levou de Porto
Alegre a São Paulo. Foi encaixada em outro
que sairia cinco horas depois, mas o vôo teve
overbooking. Sem conseguir embarcar, foi para um
hotel e só viajou no dia seguinte |
Mesmo que os vôos domésticos
se normalizem em dezembro, é provável que
o gargalo nas viagens internacionais continue.
Tanto as companhias nacionais quanto as
estrangeiras, como Air France, British Airways e TAP, criaram
mais vôos ligando o Brasil ao exterior, mas não
em número suficiente para tapar o buraco deixado
pela Varig.
As três maiores empresas aéreas
brasileiras, juntas, voam em dezenove rotas internacionais
– contra as 26 em que voava a Varig.
Há duas semanas, a Agência
Nacional de Aviação Civil elaborou um plano
para redistribuir algumas linhas internacionais da Varig
a outras companhias, mas até a sexta-feira passada
a decisão permanecia pendente na Justiça.
Enquanto a situação não se resolve,
o tormento para os passageiros continua.
Revista Exame
12.09.2006
Varig fecha agosto com 2% do mercado
doméstico
Nos vôos internacionais, participação
da aérea caiu de 76% para 21% em um ano
A Varig continua perdendo espaço
e agora possui apenas 2,21% do mercado doméstico,
segundo dados de agosto divulgados pela Agência Nacional
de Aviação Civil (Anac). A companhia, que
há um ano transportava 25% dos passageiros de vôos
realizados dentro do país, amarga hoje a quarta posição
no setor, atrás de BRA, Gol e TAM.
A TAM segue líder
e dona de mais da metade do mercado doméstico - a
participação da companhia saltou de 41,78%
para 51,34% entre agosto de 2005 e agosto de 2006. Em segundo
lugar, a Gol também mantém trajetória
ascendente, com 37,35% dos passageiros transportados. Há
um ano, a aérea tinha participação
de 24,64%. Na contramão, a BRA ainda apresenta resultado
inferior ao conseguido no ano passado – caiu de 5,67%
para 4,19%.
No mercado internacional,
a situação da Varig se mostra ainda mais dramática.
A companhia despencou de uma participação
de 76,06% para 21,64% nos embarques com destino a outros
países, entre agosto de 2005 e agosto de 2006. Quem
ganhou mais espaço no período de um ano foi
a TAM, que subiu 34 pontos percentuais – a participação
quase triplicou, de 20,52% para 54,55%. A Gol também
aproveitou o espaço deixado pela concorrência
enfraquecida da Varig - cresceu de 1,37% para 10,75% -,
assim como a BRA, que saltou de uma participação
de 1,79% para 12,50% no setor internacional.
A Varig atualmente mantém
vôos regulares para Rio de Janeiro, São Paulo,
Curitiba, Brasília, Fernando de Noronha, Porto Alegre,
Manaus, Salvador, Fortaleza, Recife, Buenos Aires, Caracas
e Frankfurt.
Gol
Firme na estratégia
de oferecer tarifas reduzidas para trazer mais passageiros
ao mercado de aviação, a Gol anunciou nesta
terça-feira (12/9) uma nova edição
da promoção de passagens a 1 real para trechos
domésticos.
A promoção
funcionará para viagens realizadas apenas entre os
dias 12 de setembro e 31 de outubro, e o trecho com tarifa
a 1 real será combinado com outras tarifas. Portanto,
se a passagem de ida custar 1 real, por exemplo, a passagem
de volta não poderá contar com o preço
promocional. "Em agosto, a segunda edição
da promoção obteve sucesso e resolvemos repeti-la",
afirma o vice-presidente de Marketing e Serviços
da Gol, Tarcísio Gargioni.
EXAME
13.09.2006
Justiça do Rio insiste em embate
com Anac pela Varig
Juízes responsáveis
pela recuperação judicial da companhia chamaram
a imprensa para reforçar imposição
de prazos legais
Os
juízes do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
(TJRJ) responsáveis pelo processo de recuperação
judicial da Varig reiteraram mais uma vez, na tarde desta
quarta-feira (13/9), o argumento que vêm sustentando
em uma disputa contra a Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac): o de que prazos legais protegem a companhia
aérea da perda de rotas, horários de vôo
e espaços para pousos e decolagens.
A Anac vem tentando distribuir a outras aéreas as
concessões hoje nas mãos da Varig, alegando
que a companhia não tem mostrado interesse por elas.
As investidas da agência, que chegou a publicar aviso,
no Diário Oficial da União, de abertura de
licitação dos espaços da Varig, acabaram
neutralizadas por decisões do TJRJ. Em 28 de agosto,
a juíza Márcia Cunha, que substituía
o juiz responsável pela recuperação
da Varig, Luiz Roberto Ayoub, anulou todas as deliberações
relacionadas à distribuição de rotas
internacionais que haviam sido realizadas pela Anac, além
de invalidar o aviso de licitação. A juíza
aplicou ainda multa de 20 000 reais a três membros
da agência por descumprimento de ordem judicial.
Em
coletiva de imprensa convocada nesta quarta-feira, o juiz
Ayoub reforçou que a Varig terá 30 dias, a
partir da data da assinatura do contrato de concessão,
para operar a malha aérea nacional, e 180 dias para
operar a internacional. Somente depois de findos esses prazos,
afirma Ayoub, a Anac poderá redistribuir as rotas
não usadas pela companhia. "É certo que
a Anac não está obrigada a aceitar qualquer
projeto que ultrapasse o lapso temporal referido, bem como
não pode exigir que a licitante opere plenamente
antes do decurso do prazo regulatório", declarou
o juiz.
Ayoub
afirmou ainda que os prazos legais e os aqueles estabelecidos
pelo plano de recuperação judicial da companhia,
definido em três etapas, não representam um
congelamento das rotas, como a Anac teria alardeado, segundo
o juiz.
Agência
Leia
13/09/2006
VARIG: prazo para empresa se enquadrar
nos padrões da Anac acaba segunda que vem
Rodrigo Gaier e Guilherme Monsanto
Rio,
13 de setembro de 2006 - O juiz da 8 Vara Empresarial do
Rio de Janeiro, Luiz Roberto Ayoub, deu prazo até
segunda-feira, 18 de setembro, para que os novos
controladores da Varig apresentem as exigências fixadas
pela Agência Nacional
de Aviação Civil (Anac) para que a compra
da Velha Varig pela VarigLog seja
judicialmente homologada. "Queremos acabar de vez com
este impasse", declarou
Ayoub.
Nos
últimos dias, Anac e a Justiça do Rio de Janeiro
têm travado uma disputa em torno da Varig. A Anac
tentou, por algumas vezes, redistribuir rotas e balcões
de venda ociosos da Varig, mas foi impedida por decisões
judiciais.
A
juíza Márcia Cunha, que também trabalha
no caso, chegou a autuar diretores da
Anac que tentaram forçar a redistribuição.
Em resposta, a autarquia entrou com
uma representação contra a magistrada no Conselho
Nacional de Justiça.
Agência
Estado
12/09/06 às 16:52
Audiência da Varig em NY é
adiada de para 26 de outubro
Por Nalu Fernandes, correspondente
Nova
York, 12 (AE) - O juiz Robert Drain, da Corte de Falências
de Nova York, adiou para 26 de outubro a audiência
da Varig que estava prevista para amanhã (13). Como
ocorrido na audiência anterior, a liminar será
válida até um dia após a audiência
prevista (dia 27 de outubro).
Com
este adiamento, o juiz prorrogou na prática a liminar
que protege a Varig da execução de obrigações
anteriores a junho de 2005. Com a nova audiência marcada
para outubro, Drain postergou pela 9ª vez a liminar
desde que foi concedida pela primeira vez em janeiro deste
ano.
A
decisão do juiz teve como base um acordo feito entre
os advogados da Varig e dos credores nos EUA, que não
apresentaram objeções à prorrogação
da liminar com nova audiência no próximo mês.
Anteriormente, as liminares concedidas pelo juiz de Nova
York protegeram a empresa brasileira da retomada das aeronaves.
No
entanto, os advogados dos credores obtiveram permissão
de Drain para pedir ao advogado da Varig nos EUA, Rick Antonoff,
por meio de carta, o retorno voluntário das aeronaves
e de partes dos aviões, como turbinas. Diante da
cooperação da Varig na devolução
das aeronaves, os credores têm concordado seqüencialmente
com a renovação da liminar.
Entre
os credores que levaram a Varig à Corte em Nova York
estão a Sojitz Corporation, Willis Lease, Mitsui
Co., US Bank, Wells Fargo, ILFC, Boeing, Ansett Worldwide,
GATX Capital.
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