::::: RIO DE JANEIRO - 14 DE AGOSTO DE 2007 :::::

 

Folha de São Paulo
14/08/2007
Para Anac, Varig pode voar para Argentina
DA REPORTAGEM LOCAL

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) afirmou que vistoriou a base da Varig no aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires, Argentina, e não achou problemas na operação.

A companhia foi proibida na semana passada pelo governo argentino de voar para o país, por conta de acusações de que não pagou o salário de seus funcionários argentinos.

A agência afirmou ainda que não há nenhuma restrição operacional para a Varig operar no país.

 

 

O Estado de São Paulo
14/08/2007
Restrição à Varig superlota vôos da Gol para Argentina
Alberto Komatsu

Voar para Buenos Aires pela Gol só será possível a partir do dia 17 de setembro. A superlotação foi causada pela proibição de vôos da Varig para a cidade, determinada pelo governo argentino na quinta-feira. A TAM, que desde a semana passada tem aceitado bilhetes endossados da Varig para Buenos Aires, abriu um vôo extra a partir de São Paulo para cobrir a demanda adicional.

O motivo da proibição teria sido irregularidades com seguros de aviões e funcionários que trabalham ao mesmo tempo para a Gol e a Varig (comprada pela Gol em março). Sindicatos receiam demissões porque passagens da Varig estariam sendo usadas na Gol.

A Varig informou que vinha operando na Argentina por meio de uma autorização provisória, pois não recebeu a permissão definitiva do governo local, solicitada em 18 de dezembro de 2006. A operação para Buenos Aires estava em nome da Varig antiga, que está em recuperação judicial. “Ressaltamos que a autorização até agora não foi concedida por razões absolutamente fora do contexto do acordo bilateral Brasil-Argentina”, informou a Gol.

 

 

O Estado de São Paulo
14/08/2007
Zuanazzi diz que Denise é 'capaz' e vai se explicar às CPIs
Luciana Nunes Leal

O presidente da Anac, Milton Zuanazzi, defendeu ontem a diretora Denise Abreu da suspeita de ter estimulado as companhias aéreas a reagirem contra as medidas do governo para desafogar o Aeroporto de Congonhas. “Ela não falou naquele contexto que foi dito. Em nenhum momento nós teríamos a pretensão de questionar a decisão de um órgão superior do nosso sistema”, afirmou Zuanazzi ao chegar ao Senado para participar de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos.

Reportagem publicada na edição de domingo do Estado mostrou que Denise estimulou as companhias a reagirem às decisões do Conac durante reunião ocorrida em 26 de julho no Rio de Janeiro. Em nota, a diretora negou que tenha incitado as empresas e disse que sugeriu aos representantes das companhias que apresentassem suas queixas ao Conac e ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, e até mesmo que recorressem à Justiça se achassem necessário.

“Denise é capaz, competente e vai mostrar isso nas CPIs”, disse Zuanazzi ontem. A diretora deve depor na quinta-feira nas CPIs do Apagão Aéreo do Senado e da Câmara. Os senadores já haviam decidido na sexta-feira pela convocação de Denise, e a gota d’água para a convocação na Câmara foi a suspeita de uso inadequado do cargo. Após a publicação da reportagem de domingo, deputados governistas desistiram de “blindar” a diretora. Na semana anterior, eles haviam derrubado a convocação de dois diretores da Anac.

Zuanazzi apontou um movimento contra a agência que regula o setor aéreo. “Não se coloca com precisão o papel da Anac. Há um conjunto de problemas e se estereotipou como se o problema estivesse na agência. Estamos bastante tranqüilos com o trabalho que estamos fazendo.”