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::::: RIO DE JANEIRO - 13 DE SETEMBRO DE 2007 :::::

 

O Estado de São Paulo
13/09/2007
CPI diz que autorização de Airbus da TAM previa menos passageiros
Segundo deputado, A320 que explodiu deveria ter 162 poltronas, e não 174
Luciana Nunes Leal

Brasília - A diferença entre o número máximo de assentos autorizado para os aviões que fazem o vôo 3054 da TAM e a quantidade de passageiros do A320 que se acidentou no dia 17 de julho, matando 199 pessoas, começou a ser investigada ontem pela CPI do Apagão Aéreo da Câmara. A autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para o vôo 3054, um documento chamado Horário de Transporte (Hotran), previa, no ano passado, que o trajeto entre o aeroporto de Porto Alegre e o de Congonhas seria feito em aviões Airbus A 320 com 162 assentos de passageiros. No entanto, o avião acidentado tinha 174 poltronas de passageiros, além de 11 lugares para a tripulação, que foram usados por pilotos, aeromoças e também por funcionários da companhia aérea que estavam no vôo. Com 2 crianças de colo, somando 181 passageiros e 6 tripulantes.

Documentos recolhidos pelos deputados mostram que várias outras Hotrans para vôos da TAM que passam por Congonhas permitem o uso de aviões com 162 assentos de passageiros. As Hotrans que permitem 174 lugares são para vôos que pousam ou decolam em Guarulhos e outros aeroportos do País. “Se a Hotran autoriza o vôo com 162 assentos, por que a TAM estava voando com 174 assentos de passageiros ocupados? E, se houve mudança na configuração da aeronave, onde está o registro dessa alteração?”, cobrou o deputado Vic Pires Franco (DEM-PA).

Para o parlamentar, mesmo que o número de passageiros não tenha ultrapassado o peso máximo do avião e não tenha causado o acidente, a confusão mostra a falta de clareza nas autorizações de vôos.

A TAM reiterou que o A320 acidentado pousou com 62,7 toneladas, abaixo do limite máximo de peso, de 64,5 toneladas. A Assessoria de Imprensa da companhia afirmou que provavelmente houve uma alteração na Hotran quanto ao número de assentos para o vôo 3054, mas explicou que não foi possível localizar o registro dessa mudança ontem. A Anac informou que esse tipo de mudança na configuração dos aviões é comum.

Vic Pires Franco levantou dúvidas sobre o uso de lugares reservados aos tripulantes por funcionários da companhia que não estavam em serviço. A TAM confirmou que havia 11 lugares para a tripulação: 6 ocupados por pilotos e comissários em serviço e 5 ocupados por funcionários que viajavam como passageiros. No total, 19 funcionários da companhia viajaram como passageiros.

O registro da autorização do vôo 3054 encaminhado ao deputado Vic Pires, que está na base de dados da Anac, é da Hotran 00021105. Prevê a saída de Porto Alegre às 16h55 e o pouso em Congonhas às 18h26.

Como o deputado recebeu as informações extra-oficialmente, o relator da CPI, Marco Maia (PT-RS), pediu que os documentos fossem encaminhados por Vic Pires oficialmente à comissão, para que possam ser cobradas informações da TAM e da Anac sobre o assunto.

 

 

O Estado de São Paulo
13/09/2007

Empresário critica duopólio Gol-TAM
Para OceanAir, licença de operação permite juntar vários vôos num só
Luciana Nunes Leal

O presidente da OceanAir, empresa aérea de pequeno porte fundada em agosto de 2002, German Efromovich, disse ontem na CPI do Apagão Aéreo da Câmara que o atual sistema de distribuição de slots (espaços reservados para vôos) em aeroportos é injusto e beneficia as grandes companhias. Segundo ele, as companhias não usam todos os slots e, nos horários de baixa demanda, juntam vários vôos em um só. Ele não quis citar nenhuma companhia, embora tenha criticado o duopólio TAM-Gol. “Se a companhia usar um slot por mês, as autoridades não podem tirar a autorização. Mas elas não abrem mão do slot, para que não fique disponível para outra empresa. Veja a ponte aérea. Muitas vezes, juntam-se vários vôos em um só. O nome mais elegante disso é slot de gaveta”, afirmou.

O empresário disse que está tentando entrar no mercado da ponte aérea Rio-São Paulo, mas não consegue. Reconheceu, no entanto, que só se interessaria pelos horários de pico, no início da manhã e fim da tarde.

Efromovich isentou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que autoriza os slots, de culpa pela falta de fiscalização. “Não sei se a Anac teve tempo de entender os slots de gaveta. Infelizmente aconteceram esses acidentes e não deu tempo de analisar a questão.”

O empresário, que transporta em seus vôos nacionais no máximo 100 passageiros, defendeu que o Aeroporto de Congonhas tenha operações de aviões com até 120 lugares. Congonhas é seguro, desde que nele operem jatos menores, disse.

Efromovich e o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tiveram uma discussão durante a sessão da CPI, quando o parlamentar lembrou que o empresário é dono da Marítima. A empresa construiu a plataforma P-36 da Petrobrás, que afundou no Rio, em março de 2001. Efromovich disse que o acidente foi causado por erro de operação.

 

 

Folha de São Paulo
13/09/2007
Nelson Jobim defende multa imediata para vôo que atrasar
Proposta está no estatuto do passageiro, que também proíbe o overbooking
"Estão querendo quebrar as empresas aéreas!", reagiu presidente do sindicato do setor sobre a proposta, em discussão no Congresso

LEILA SUWWAN DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Nelson Jobim (Defesa) defendeu ontem na Câmara a criação do Estatuto dos Usuários de Transporte Aéreo no qual as empresas são responsáveis pela acomodação e indenização dos passageiros em casos de atrasos ou cancelamentos, ainda que não seja diretamente culpada. Ele também criticou a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) por falhas na fiscalização.

O projeto de lei, do deputado Fernando Coruja (PPS-SC), proíbe o overbooking, prevê indenizações imediatas no dobro do valor do bilhete por atrasos e multas de até R$ 3 milhões por prestação de falsas informações sobre os horários de vôos.

A proposta foi criticada pelas empresas aéreas. "Isso é brincadeira! Estão querendo quebrar as empresas aéreas!", disse Márcio Mollo, presidente do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas). Ele, Jobim e Sérgio Gaudenzi (presidente da Infraero) foram a audiência na Câmara para discutir o projeto.

Segundo Mollo, a responsabilidade não pode ser sempre das empresas. Ele afirmou que a culpa pelos atrasos nos oito meses iniciais da crise aérea foi dos controladores -essa é a tese do presidente da Anac, Milton Zuanazzi, que cancelou sua participação para cumprir agenda de "despachos".

Jobim reagiu à questão da responsabilidade, já que as empresas podem ser ressarcidas pelo Estado se a culpa pelo eventual atraso ou cancelamento for, por exemplo, da Infraero ou da FAB (Força Aérea Brasileira), responsável pelo controle de tráfego aéreo.

"Se não for assim, não tem proteção. Entramos numa discussão interminável", disse o ministro sobre a responsabilidade das empresas. Apesar das declarações, ele pediu cautela.

"Não podemos tratar os empresários do setor como se fossem bandidos." Para ele, por exemplo, não é viável proibir o overbooking, que compensa o não-comparecimento de passageiros sem aviso. "E o passageiro que não compareceu? Perde a passagem?"

Sérgio Gaudenzi, por outro lado, criticou os abusos. "As empresas praticam [o overbooking] a todo instante e ainda tentam desqualificar o passageiro, como se ele não tivesse chegado na hora."

Para vigorar, o projeto de lei ainda precisa de aprovação da Câmara e do Senado antes de ir para sanção presidencial.

O superintendente de Serviços Aéreos da Anac, Márcio Gusmão, não rebateu as críticas feitas contra a agência e disse confiar nas mudanças pretendidas por Jobim.

 

 

Folha de São Paulo
13/09/2007

TAM operou o vôo 3054 com mais assentos que o previsto
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A TAM operou o Airbus A-320 que se acidentou em Congonhas com número de assentos superior ao que estava autorizado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para a realização do vôo 3054, que ia de Porto Alegre a São Paulo.

Segundo o "Hotran" (documento que formaliza a concessão da linha), o avião estava autorizado a ter 162 assentos. Mas o A-320 tinha 174 assentos.
A CPI do Apagão Aéreo analisou dezenas de Hotrans da TAM e quase todos os vôos de A-320 estão autorizados com 162 assentos.

A informação levantou outra polêmica: 187 pessoas estavam a bordo. Tirando os dois comandantes e quatro comissárias, restaram 181 passageiros.

Porém, a TAM sempre fez a distinção entre os 163 "passageiros pagantes", sendo duas crianças de colo, e os outros 18 "funcionários".

Segundo a empresa, a prática é legal porque esses passageiros eram "tripulantes não-operantes". De acordo com a Folha apurou, existe apenas tripulação e passageiros.

A CPI investiga se a TAM violou a legislação aeronáutica.

À reportagem, a TAM disse que o peso do avião estava dentro do limite permitido.
A Anac, responsável pela fiscalização das concessões das linhas, afirmou que a empresa pode mudar a configuração de assentos, desde que autorizada pelo fabricante do avião. Mas a agência não deu resposta sobre qual regra é superior, a do manual da empresa ou o documento de concessão.

 

 

O Globo
13/09/2007
Caderno de Viagens


 

 

Site da AMVVAR
12/09/2007
MINI-CARAVANA RUMO A BSB
Ontem, Terça Feira, partiu um ônibus do Rio de Janeiro rumo a Brasília.
Nelson Cirtoli

Seus passageiros têm a grata, histórica e sagrada missão, de apoiar o Dep. Paulo Ramos, que presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada na Assembléia Legislativa fluminense (Alerj) para investigar a venda da Varig. Paulo Ramos vai prestar depoimento na “CPI do Apagão”, nesta quinta-feira (13/09), às 9h30m, na Câmara Federal (BSB).

O Deputado irá falar sobre a maracutaia lesa-pátria, que foi a “venda” da Varig, origem do chamado “apagão” aéreo e suas tragédias, além da perda superior a um bilhão e meio de dólares na balança comercial brasileira.

Mostrará:

1 – para os ex-funcionários jogados na sarjeta, vilipendiados e humilhados em seus mais elementares direitos;

2 - para os assistidos do fundo de pensão Aerus desprezados e abandonados em sua velhice;

3 - para o Brasil e o mundo que a tudo assistem estupefatos;

“a quem interessou e interessa, de fato, este negócio sujo e inescrupuloso, que tanto mal está fazendo para o Brasil.”

Obrigado e boa sorte Paulo Ramos! Que a riqueza do teu espírito supere as adversidades, que não são poucas, nem pequenas!


Boa viagem companheiros!
Estaremos juntos à distância na busca da verdade que esmagará a mentira!