:::::RIO DE JANEIRO - 13 DE SETEMBRO DE 2006 :::::

 

O ESTADO DE S.PAULO
13/09/2006
Estrangeiras já dominam 70% dos vôos do Brasil para o exterior
Com a crise da Varig, companhias internacionais ocuparam as rotas mais depressa que os concorrentes brasileiros
Nilson Brandão Junior, Alberto Komatsu

Mais de 70% do transporte de passageiros do Brasil para o exterior já está nas mãos das companhias aéreas estrangeiras. Com a crise da Varig, a presença das empresas internacionais nessas rotas avançou fortemente, segundo levantamento elaborado pela TAM, com projeções para 2006. Atualmente, as empresas brasileiras estão conseguindo responder por pouco mais de um quarto (28,5%) desse tráfego.

Os trabalho preparado pela TAM a pedido do Estado revela que a presença estrangeira já é predominante em 14 dos 17 principais destinos no exterior. Companhias internacionais já respondem, por exemplo, por 99,6% do transporte de passageiros para Portugal, 98,8% para o Japão, 90,7% para a Itália, 87,2% para os EUA e 77,6% para o Reino Unido. Mesmo para a Alemanha, destino que continua servido pela Varig, a fatia brasileira encolheu de 65,5% em 2002 para 35,7% este ano.

De forma geral, empresas de bandeira brasileira transportam menos do que as internacionais em todas as ligações transcontinentais e algumas na América do Sul. Apenas para Argentina, Paraguai e Venezuela a bandeira brasileira sobressai. 'O resultado não é nem um pouco surpreendente. É uma perda econômica para o Brasil', diz a economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Lucia Helena Salgado.

A saída da Varig de rotas internacionais abriu o interesse das concorrentes nacionais em ocupar o espaço vago, principalmente TAM e Gol, as duas maiores empresas do setor. As duas companhias, além da OceanAir e da BRA, foram contempladas pela Agência Nacional de Aviação (Anac) numa recente distribuição de rotas, mas uma decisão da 8ª Vara Empresarial do Rio, que cuida da recuperação judicial da Varig, congelou esse processo.

O diretor de relações institucionais da TAM, Paulo Castello Branco, argumenta que o lado brasileiro 'está travado' e que o plano de expansão da nova Varig, em três etapas, nem sequer determina quando a empresa voltará a operar os destinos no exterior. Na semana passada, os presidentes da TAM, Marco Antonio Bologna, e da Gol, Constantino de Oliveira Junior, defenderam em almoço com o presidente Lula uma solução rápida para a malha aérea no País.

A nova Varig argumenta que ainda não tem autorização para voar e, por isso, não poderia começar a contar o prazo para redistribuição das suas rotas. 'É a nova empresa que está operando com o cheta (autorização de empresa aérea) da velha', disse Castello Branco, citando que a empresa voa para alguns destinos fora do País. A Varig responde assegurando que irá retomar progressivamente esses vôos.

HOMOLOGAÇÃO
A comissão de juízes que cuida da recuperação judicial da Varig tem poderes para conceder a concessão de transporte aéreo para a nova Varig via decisão judicial, caso a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) não dê a autorização.

O entendimento é do Ministério Público do Rio, manifestado em ata de reunião realizada ontem no Tribunal de Justiça com representantes do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea),VarigLog, a administradora judicial Deloitte e o gestor judicial da Varig antiga, Miguel Dau.

 

 

O Globo
13/09/06

 

 

O Globo
13/09/06

 

 

O Globo
13/09/06

 

 

 

Jornal do Brasil
13/09/2006
Ministério da Justiça apóia distribuição de rotas da Varig
Lorenna Rodrigues

BRASÍLIA. A Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça enviou ontem à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) um parecer favorável à redistribuição das rotas e slots (horários de pouso e decolagem) não utilizados pela Varig para outras companhias aéreas. O documento, feito a pedido da Anac, afirma que seria "reserva de mercado" manter por tempo indeterminado as 272 rotas e 140 slots que ficaram de fora da malha da Nova Varig.

A distribuição das rotas e slots da Varig foi suspensa por decisão da 8ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

- A decisão da Justiça significa, na prática, restrição da oferta, o que já está resultando em aumento do preço da passagem e queda na qualidade do atendimento - ponderou o secretário de Direito Econômico, Daniel Goldberg.

De acordo com Goldberg, apesar de o congelamento das rotas da Varig prejudicar o consumidor, a SDE e o Departamento de Defesa e Proteção ao Consumidor (DPDC) não podem interferir no processo, já que se trata de uma ordem judicial.

- Nós só poderíamos interferir se fosse uma conduta de uma empresa, mas como se trata de restrição da Justiça, temos que respeitar - declara.

Apesar de a juíza Márcia Cunha Araújo de Carvalho, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, ter proibido a redistribuição das rotas e slots da Varig, a diretoria da Anac decidiu, no fim do mês passado, repassar rotas internacionais da empresa à TAM, BRA, Gol e OceanAir. Na ocasião, foram distribuídas linhas para os Estados Unidos, México, Itália e Angola.

Na mesma época, a agência publicou no Diário Oficial da União o edital de licitação de 50 slots da Varig no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

A distribuição só foi suspensa no início deste mês, depois de outro juiz da Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Paulo Roberto Campos Fragoso, da 1ª Vara , multar a agência em R$ 1 milhão por contrariar decisão judicial. A Anac informou que irá entrar com recurso contra a decisão ainda nesta semana, mas havia suspendido a redistribuição dos espaços.

 

 

Valor Econômico
13/09/2006
Para SDE, decisão da Justiça do Rio prejudica o setor aéreo
Juliano Basile

A Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça concluiu que as decisões tomadas pela 8ª Vara Empresarial do Rio no processo de recuperação judicial da Varig estão restringindo a oferta e elevando os preços das passagens aéreas. Num parecer de dez páginas, enviado à 8ª Vara, a SDE afirma que o congelamento das rotas da Varig criou uma "reserva de mercado" à companhia de 272 linhas aéreas. Segundo a secretaria, essas linhas não serão utilizadas e os preços deverão subir, caso a decisão não seja modificada.

Essa reserva de mercado, segundo o parecer, "confronta com o princípio da isonomia competitiva - já que a mesma decisão não pode ser replicada a qualquer novo entrante - nova companhia que ingresse no mercado". Em seguida, a SDE afirma que a decisão "não obedece aos princípios da livre concorrência", já que o mecanismo de alocação de "slots" (horários de pousos e decolagens nos aeroportos) por decisão judicial não premia a empresa mais eficiente, mas sim a que obteve a decisão da Justiça.

"Com todo o respeito à decisão do juiz, o que houve efetivamente foi a decretação judicial de restrição à oferta e do aumento dos preços ao consumidor", disse ao Valor o secretário de Direito Econômico, Daniel Goldberg. Ao fim do parecer, ele ressalta que a liberação dos slots e a realocação daqueles que não são utilizados pela Varig "é condição essencial para restaurar a concorrência no setor".

Quatro companhias aéreas - TAM, Gol, BRA e OceanAir - já haviam sido designadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para voar aos destinos internacionais abandonados pela Varig. Elas deram largada ao planejamento das novas rotas, intensificaram as negociações com as empresas de leasing de aviões e chegaram a emitir comunicados públicos anunciando a operação das linhas. No entanto, a Justiça do Rio determinou à agência reguladora que suspendesse a medida.

A Anac entrou no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com uma representação contra os juízes que cuidam do processo. Segundo a agência, os magistrados estão extrapolando as suas funções e o fórum adequado para tratar a questão é a Justiça Federal, por tratar-se a Anac de uma autarquia da União.

Em agosto a Varig perdeu ainda mais participação, ficando com 2,2% do mercado doméstico, segundo dados da Anac. Índice bem inferior aos 25% de agosto de 2005. Na divisão internacional, ficou com apenas 21%, menos de um terço da participação em 2005.

 

 

Folha de São Paulo
13/09/2006
Para SDE, não redistribuir vôo da Varig encarece passagens
IURI DANTAS

A SDE (Secretaria de Direito Econômico) informou ontem à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) que não redistribuir linhas não utilizadas pela Varig equivale, em termos simples, a aumento de preços, maior restrição na oferta de passagens aéreas e pior serviço para os passageiros.

"Congelar as linhas significa decretar aumento de preço", resumiu o secretário Daniel Goldberg à Folha.

A decisão de manter os vôos reservados à Varig foi tomada pela 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, que cuida da recuperação judicial de parte da companhia, depois que a empresa disse não ter capacidade de operar todos os trechos.

Arrematada em leilão, a Varig apresentou à Anac o seu Plano Básico de Linhas informando que não usaria de imediato as 272 linhas que detinha antes. Assim, a agência decidiu redistribuir rotas, horários e espaços nos aeroportos às concorrentes.

Atendendo a reclamação da Varig, a Justiça do Rio determinou a suspensão do repasse das linhas. A Anac foi multada por descumprimento da ordem judicial de congelar as linhas. Replicou com uma representação ao Conselho Nacional de Justiça contra os juízes.

"Imagine se essa mesma situação ocorresse no setor de saneamento. A manutenção de slots inutilizados equivaleria a manter determinadas áreas geográficas sem acesso a serviços básicos de água e esgoto para permitir que a empresa teoricamente detentora dos direitos de exploração gradualmente recuperasse sua capacidade de atendimento", escreveu Goldberg na nota encaminhada à agência.

Críticas
O apoio da SDE à Anac não foi completo, porém. Na avaliação da secretaria, que é subordinada ao Ministério da Justiça, a agência deve não apenas repassar horários e linhas da Varig como privilegiar empresas mais eficientes nessa redistribuição, para elevar a qualidade do mercado. Algo que não viria ocorrendo atualmente. "O sistema de alocação de slots adotado no Brasil não premia as empresas aéreas mais eficientes e competitivas", apontou Goldberg no papel.

Até a conclusão desta edição, a Anac não respondeu ao pedido de entrevista feito pela reportagem. Procurada pela Folha, a Varig informou que não se manifestaria por não ter conhecimento da nota da SDE. O Tribunal de Justiça do Rio também informou que nada diria.

Mercado
A Varig continuou a perder mercado no mês passado. Balanço divulgado ontem pela Anac indica que a participação da companhia nos vôos domésticos caiu de 3,54% em julho para 2,21% em agosto. Nos vôos internacionais, a queda foi de 29,96% para 21,64%.

CRISE NO AR: APÓS LEILÃO, VARIG ENCOLHE E CANCELA MAIS VÔOS
Após a venda para a VarigLog, em 20 de julho, a Varig continuou a perder mercado. Balanço divulgado ontem pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) indica que a participação da companhia nos vôos domésticos caiu de 3,54% em julho para 2,21% em agosto. Nos vôos internacionais, a queda foi de 29,96% para 21,64%. Além disso, a aérea cumpriu só 15% dos vôos domésticos programados em agosto, contra 17% em julho. Nos trechos internacionais a queda foi de 15% para 8%.

 

 

Estadão
12 de setembro de 2006 - 19:19
Anac ganha apoio da SDE em disputa de rotas da Varig
Decisão da Justiça fluminense de manter em poder da nova Varig as rotas não utilizadas é uma "reserva de mercado" que afeta a livre competição, diz a SDE

Isabel Sobral

BRASÍLIA - A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ganhou nesta terça-feira o apoio da Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, na disputa com a justiça empresarial do Rio de Janeiro para redistribuir rotas, concessões e horários nos aeroportos (slots) da Varig que não estão sendo utilizados pela companhia. Em um parecer entregue à agência, a SDE considera "essencial" para a concorrência no setor aéreo a redivisão imediata dessas autorizações, decidida pela Anac.

Para a SDE, a decisão da Justiça fluminense de manter por tempo indeterminado em poder da nova Varig as rotas não utilizadas é uma "reserva de mercado" que afeta a livre competição e causa aumentos de preços das tarifas aéreas.

"O que a Anac nos pediu, e fizemos, foi uma análise do impacto econômico da decisão judicial. E, com todo o respeito que o Judiciário merece, essa determinação gera uma restrição de oferta nociva ao mercado e aos consumidores finais", comentou o titular da SDE, Daniel Goldberg.

No dia 5 deste mês, a diretoria da Anac pediu a opinião da SDE e agora vai incluir o parecer no recurso apresentado à Justiça Federal em que tenta derrubar decisão da juíza Márcia Cunha, da 8ª Vara Empresarial, do comitê de magistrados encarregado da recuperação judicial da Varig. A juíza mandou suspender o processo de redistribuição, sob pena de multar a Anac em R$ 1 milhão.

A SDE argumenta que as concessões de serviços públicos geram tanto mais renda aos seus proprietários quanto maior for a escassez de oferta de determinado serviço. Com isso, ao manter sem utilização 148 rotas, do total de 272 que eram da Varig antes de ser leiloada, a decisão está permitindo que as empresas aéreas ganhem mais dinheiro com a venda de passagens aéreas nas poucas rotas que estão sendo oferecidas.

Ministério Público

A comissão de juízes que cuida da recuperação judicial da Varig tem poderes para conceder a concessão de transporte aéreo para a nova Varig via decisão judicial, caso a Anac não dê a autorização. O entendimento é do Ministério Público do Rio, manifestado em ata de reunião realizada na tarde desta terça-feira no Tribunal de Justiça com representantes do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), executivos da VarigLog, a administradora judicial da Varig, a Deloitte, e o gestor judicial da Varig antiga, Miguel Dau.

"Se a Anac não der a autorização, e havendo comprovação por parte dos investidores de que todos os documentos solicitados já foram entregues, o juízo pode conceder a homologação por meio de decisão judicial", afirma o promotor do MP do Rio, Gustavo Lunz. Segundo ele, o que a Anac não pode fazer é "inventar uma exigência a cada dia".

Na semana passada, a VarigLog entregou a última documentação que faltava para a certificação da nova Varig, que é a integralização de capital da empresa e seu fluxo de caixa.

Segundo uma pessoa que esteve presente na reunião, a partir da manifestação do MP do Rio, os juízes poderão intimar a Anac a se manifestar sobre a homologação. Caso não haja nenhuma resposta, a autorização de funcionamento poderia ser concedida judicialmente. "Não vou me manifestar sobre o que não decidimos", afirmou a juíza Márcia Cunha.

 

 

Folha Online
12/09/2006 - 19h10

Secretaria apóia Anac e defende distribuição de rotas não utilizadas pela Varig
PATRÍCIA ZIMMERMANN da Folha Online, em Brasília

A 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro "decretou o aumento de preços para o consumidor" ao congelar a distribuição dos slots (espaços de pousos e decolagens) que deixaram de ser utilizados pela Varig, segundo avaliação feita pelo secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça, Daniel Goldberg.

A pedido da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o secretário emitiu uma nota técnica defendendo a redistribuição da infra-estrutura não utilizada pela companhia entre as concorrentes, e destacou que a decisão da Justiça "na prática confere uma moratória", e faz com que parte do sistema aeroportuário brasileiro seja subutilizado.

"Trata-se de uma reserva de mercado de parte de uma infra-estrutura essencial", disse o secretário no parecer que deverá ser utilizado pela Anac para tentar derrubar a decisão da Justiça que impede o órgão regulador a distribuir os slots e hotrans (autorizações de vôo).

De acordo com o parecer da SDE, a redistribuição dos slots e hotrans não utilizados pela Varig "é condição essencial para restaurar a concorrência no setor aéreo, privilegiando a economia e o consumidor brasileiro".

Por decisão da Justiça, a Anac teve que interromper o processo de leilão das rotas que deixaram de ser operadas pela Varig.

"No fundo o que ela [a Justiça] fez foi outorgar uma moratória para a Varig no sentido de que, mesmo que ela não use os slots, ela vai poder ficar com eles até 2009", disse o secretário, ao comentar que esse tipo de reserva não acontece em lugar nenhum do mundo.

Goldberg reconheceu que a distribuição de slots não é um problema trivial para se resolver, e aproveitou a consulta da Anac para recomendar que a agência observe critérios de eficiência (pontualidade e ocupação, por exemplo), preços baixos e qualidade ao definir as regras de distribuição das rotas. Mas considerou que a agência estava no caminho certo quando deu início à redistribuição.

Ele destacou que quanto mais forem disputados os slots, e quanto maior for a reserva de mercado, maior será também o efeito de aumento de preços decorrente da decisão judicial.

 

 

Folha Online
12/09/2006 - 11h55
Varig encolhe no mercado e cancela mais vôos após leilão

Mesmo após o leilão de venda da Varig para a VarigLog, em 20 de julho, a empresa aérea, que já foi líder no Brasil, continuou a perder mercado e aumentou o índice de vôos cancelados.

Segundo balanço divulgado hoje pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a participação de mercado da Varig em vôos domésticos caiu de 3,54% em julho para 2,21% em agosto. Nos vôos internacionais, a redução foi de 29,96% para 21,64%.l

Além de perder mercado, a Varig não conseguiu, segundo a Anac, aumentar a regularidade de seus vôos apesar de ter lançado diversas promoções para recuperar a clientela.

Segundo a Anac, a Varig conseguiu cumprir apenas 15% dos vôos domésticos programados em agosto, contra 17% em julho. Já entre os trechos internacionais a queda foi de 15% para 8%.

Por outro lado, a empresa conseguiu elevar seus índices de pontualidade. No mercado doméstico, 98% dos vôos obedeceram horários previstos, contra 89% em julho. A alta nos trechos internacionais foi de 79% para 84%.

Procurada, a assessoria de imprensa da Varig não se manifestou até o momento.

Outras empresas

Já TAM, Gol e BRA continuaram a se beneficiar do processo de encolhimento da Varig, que já dura vários anos.

A TAM manteve-se líder tanto do mercado doméstico quanto internacional, com mais da metade de todos os passageiros transportados por empresas brasileiras.

Segundo a Anac, a TAM teve em agosto 51,34% do mercado doméstico, contra 51,22% em julho. Entre rotas internacionais, a alta foi de 52,64% para 54,55%.

Já a Gol subiu de 36% para 37,35% em vôos nacionais. Por outro lado, a empresa perdeu a terceira posição no mercado internacional ao cair de 10,92% para 10,75%.

Já a BRA teve forte alta de 6,02% do mercado internacional em julho para 12,50% em agosto, ultrapassando a Gol. Em vôos domésticos, no entanto, a empresa caiu de 4,38% para 4,19%.

 

 

O Globo
12/09/2006 às 11h02m
Varig fecha agosto com 2,2% do mercado doméstico
Reuters

SÃO PAULO - A Varig fechou agosto com participação de 2,2% no mercado doméstico de aviação, contra 25,02% um ano antes. A companhia, que já chegou a liderar o mercado brasileiro, manteve-se atrás da novata BRA, que ficou com 4,19% de presença no período.

Segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Varig, vendida em leilão em 20 de julho para a VarigLog, transportou em agosto 72.341 passageiros, queda de 90,5% em relação ao mesmo período de 2005.

Enquanto isso, a TAM, atual líder do setor, voltou a ampliar sua presença, transportando em agosto 51,34% dos passageiros no país, contra 51,2% em julho e 41,78% um ano atrás. A empresa transportou o equivalente a 1,681 milhão do total de 3,275 milhões de pessoas que viajaram de avião no país no mês passado.

A segunda colocada, Gol, ficou com uma fatia de 37,35% do mercado doméstico, ante 36% em julho e 24,64% em agosto do ano passado.

O mercado doméstico total cresceu 7,8% em agosto na comparação com o mesmo mês de 2005, em termos de passageiros transportados.

No segmento internacional, por outro lado, houve queda de 49,6% no número de passageiros transportados em agosto ante o registrado no mesmo período do ano passado. Reflexo da crise na Varig, o número de passageiros que voaram para o exterior por companhias nacionais atingiu 1,107 milhão em agosto.

A participação da Varig neste setor ficou em 21,64%, ante 76,06% em agosto de 2005. A TAM ficou com 54,55%, ante 20,52% um ano antes, e a Gol avançou de 1,37% para 10,75%. A BRA também mostrou crescimento, passando de 1,79% em agosto de 2005, para 12,5% no mês passado.

 

 

Folha Online
12/09/2006 - 10h53
Gol relança promoção de trecho a R$ 1; Varig também tem promoção

A Gol relançou a promoção de passagens aéreas por R$ 1 para um dos trechos na compra de bilhetes de ida e volta em vôos domésticos. A oferta vale para viagens a serem realizadas entre hoje e 31 de outubro.

As compras podem ser feitas até o dia 2 de outubro exclusivamente pela internet, nos sites da Gol e de agências de viagem.

Os clientes cadastrados no "Voe Fácil", programa de financiamento da companhia, podem adquirir os seus bilhetes a qualquer hora. As vendas aos demais interessados estão disponíveis de segunda a sexta-feira somente entre 22h e 6h. Já nos finais de semana, entre 22h de sexta-feira e 6h de segunda-feira.

A compra das passagens precisa ser de ida e volta. O trecho com tarifa a R$ 1 é combinado com outras tarifas. Não serão oferecidas tarifas promocionais na ida e na volta. Outra exigência é que o passageiro fique pelo menos duas noites no destino.

A empresa também informa que bilhetes de R$ 1 só poderão ser trocados por outras datas ou horários se o cliente pagar a diferença entre o valor das passagens.

A Gol já havia lançado promoção semelhante anteriormente, em épocas de baixa temporada do turismo. A última vez havia sido em agosto.

Varig

A Varig também oferece tarifas promocionais neste mês. De São Paulo, os vôos para Curitiba custam a partir de R$ 115 e para Brasília, R$ 159 --os preços estão sujeitos à disponibilidade nos vôos. Já para Caracas, até o dia 25 a tarifa de ida e volta a partir de São Paulo ou Rio será de US$ 690.

Os vôos para Buenos Aires terão até o dia 16 de setembro tarifas de US$ 238 a partir de São Paulo e de US$ 273 do Rio de Janeiro.

Na ponte Rio-SP, a empresa continua a cobrar por trecho voado R$ 159 nos finais de semana e R$ 190 em dias de semana.

 

 

Revista PublicidAd
12/09/2006
NBS cria anúncios para a Varig

A NBS é responsável pelos anúncios da promoção Ponte Garantida Varig. Durante o mês de setembro, a companhia aérea está dando uma passagem de ida ou volta no fim de semana para quem voar de segunda a sexta na Ponte Aérea RJ – SP (ida e volta). A promoção tem o objetivo de atrair os clientes e mostrar que a companhia está operando com regularidade e pontualidade.

Com direção de criação de Pedro Feyer e André Lima, a campanha brinca com o fato de alguns passageiros só conhecerem as cidades a trabalho. A peça destinada ao público carioca traz imagens de São Paulo com o texto: “São Paulo tem lugares incríveis para se visitar. Você só não reparou porque estava olhando pro Laptop”. A peça para o público paulista tem fotos do Rio de Janeiro e o texto: “Tem reunião marcada no Rio: Posto 9, depois do terceiro coqueiro”.

As peças reforçam que trabalho e lazer nunca andaram tão juntos. A Varig tem 36 vôos diários de segunda a sexta na Ponte Aérea- 18 saindo de Congonhas e 18 do Santos Dumont.

O plano de mídia inclui anúncios nos principais jornais do Rio e de São Paulo (O Globo, Folha de SP, O Estado de SP, Valor Econômico e Gazeta Mercantil), spots de rádio (CBN AM/FM, Bandnwes FM, JB FM, Jovem Pan AM, Alpha FM e Antena 1) banners, displays de balcão e mensagens de e-mail marketing.

Ficha Técnica:

Anúncios de Jornal: Alexandre Motta, Marcello Noronha, Eiji Kozaka

Texto Rádios: Alexandre Motta

Merchan: Eliana Sá, Rodrigo Cardoso, Renata Raggi, Christina Murad

Atendimento: Antonino Brandão, Andrea Maggessi, Ana Laura Beckert e Alexandra Junqueira

Cliente (aprovação): Angelina Vargas, Virgilio Russi, Luís André Patrão

Promoção: As regras para aproveitar a promoção ”Ponte Garantida” são as seguintes: comprar e voar os trechos durante a semana até 30 de setembro de 2006; emitir o bilhete gratuito até 30 de outubro de 2006; e viajar na Ponte Aérea sem pagar nada até o dia 31 de dezembro de 2006, sempre aos sábados e domingos. A promoção “Ponte Garantida” é válida também na aquisição de passagens com tarifas reduzidas, acima de R$ 245,00 (trecho).

 

 

Redação Terra
12/09/2006 08:20h
Ex-comissário da Varig vai posar nu em revista

O ex-comissário da Varig Erick Lobão assinou contrato com a revista masculina G Magazine. Segundo a colunista Mônica Bergamo da Folha de S.Paulo, ele será capa da edição de outubro da publicação.

A ex-colegas de empresa de Erick, demitidas com a crise da Varig, Sabrina Knop, Juliana Neves e Patrícia Kreusburg também posaram nuas. Elas foram capa da edição de setembro da revista Playboy.

 



DCI
12/09/06
Agência de turismo cresce mesmo sem Varig
Robson Bertolino


Passados três meses da quebra da Varig , as agências de turismo mostram recuperação e já registram alta de até 20% na emissão de passagens para destinos nacionais e internacionais. Ainda que a saída da até então maior companhia aérea do País tenha prejudicado os negócios dos operadores em um primeiro momento, o mercado já fala em recuperação para 2006. Grupos que não atuavam com a Varig, casos de PNXTravel e CVC — que têm vôos fretados de Bra e TAM , respectivamente —, foram favorecidos com a migração de passageiros. Outras agências já pulverizaram suas parcerias — principalmente com TAM , Gol e Ocean Air — e companhias internacionais e foram ajudadas com o fato de que os repasses das companhias aérea, geralmente 6% para venda de bilhetes e 10% de pacotes, não sofreram alteração, conforme apurado pelo DCI.

Viagens de luxo

A operadora especializada em turismo de luxo Vivere Viagens registrou aumento de 10% nos últimos dois meses. Mesmo com a crise da Varig, a empresa conseguiu embarcar, ao mês, mais de 2,5 mil passageiros desde julho.

Destes, 70% foram para a Europa. A empresa endossou passagens que eram da Varig pela TAM e Alitalia. “O repasse de comissão é de 6% para venda de bilhetes aéreos e de 10% quando se comercializa o pacote completo, incluindo hotel, aluguel de carro e seguro viagem. E nada mudou”, diz. A projeção do executivo é de um aumento de 40% em negócios este ano, em comparação com 2005. “Já registramos também 20% a mais de demanda pelos pacotes para o Carnaval de 2007, bem como as estações de esqui dos Estados Unidos e do Canadá para janeiro e fevereiro”, revela.

Recuperação

Na Mondial Turismo a crise da Varig ocasionou redução de 50%, entre junho e agosto, na emissão de passagens internacionais. “Em agosto foram embarcados 513 passageiros, de um total de 2.044”, ressalta Francisco de Assis Moreira, diretor presidente da empresa. De acordo com ele, a comissão de vendas de bilhetes não muda desde 2001. Mas as expectativas de Moreira para a receita do ano são otimistas. O executivo estima 20% a mais em negócios este ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, por conta do crescimento do mercado corporativo. “Hoje contamos com seis clientes do segmento e a intenção é ampliar ainda mais”, finaliza o diretor.

Corporativo

A operadora turística Tour House , especializada no segmento corporativo, comercializa, ao mês, cerca de 9 mil bilhetes. Segundo Daniel Magalhães, diretor administrativo, a projeção é fechar o ano com até 20% a mais em negócios. “Já sabendo dos problemas da Varig, procuramos outras companhias para emitir passagens”, conta o executivo.

Na operadora, o nível de consultas para a TAM foi acentuado nos últimos dois meses. “A taxa de ocupação das companhias aéreas está em 90%, o que torna difícil encontrar trechos disponíveis para alguns lugares, como para países da Europa”, conta.

Magalhães lembra que, até o início do ano, a Varig chegava a ocupar o primeiro lugar em emissões para bilhetes internacionais. “Hoje, a companhia caiu para o quarto lugar, atrás da TAM, com 50% de nossos bilhetes comercializados; Gol, com 40%; e a Ocean Air, que cresceu 15% em participação na empresa”, conta.

O remanejamento para vôos internacionais na Tour House está sendo feito por companhias como TAM, TAP, Gol, Air France, Delta e American Airlines . “Apesar da maior oferta de assentos, em recente pesquisa de satisfação de nossos clientes — 600 médias e grandes empresas — foi detectado que as companhias estão mais descuidadas com o atendimento e com a limpeza das aeronaves”, destaca.

Favorecimento

Uma das empresas que aproveitaram a saída da Varig dos ares e que registra alta na demanda por bilhetes é a PNX Travel , braço da Bra. Segundo Antônio Freire Marçal, gerente de produtos, por conta da crise da Varig a Bra elevou suas freqüências de vôos e, com isso, a PNX elevou a demanda em emissão de pacotes em 20% no mês de julho, altíssima temporada. “Foram comercializados 20 mil pacotes no mês — alta de até 5 mil turistas transportados pelo grupo, em comparação com o mesmo período do ano passado”, destaca Marçal.

O aumento da operadora, além de atender os vôos nacionais, se dá também por conta de a Bra ter começado a voar para Portugal e Espanha em julho, países que a Varig já não atende. “Outro vôo para a Itália, via Milão, está sendo analisado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Serão 7 os vôos semanais, que sairão de São Paulo, Rio de Janeiro e de uma cidade do Nordeste já neste mês”, revela.

A previsão de Marçal é que a empresa transporte 300 mil passageiros este ano, 20% a mais do que no ano passado. “A demanda nacional está acentuada porque a Varig deixou uma lacuna no espaço nacional e internacional”, conta. A PNX deverá obter receita de R$ 400 milhões este ano.