Zero Hora
13/04/2007
Oposição no Senado
obtém assinaturas para CPI
Em pouco mais de 24 horas, a oposição do
Senado conseguiu as 27 assinaturas necessárias
para criar a comissão parlamentar de inquérito
(CPI) encarregada de investigar irregularidades na Empresa
Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero)
e em outros órgãos ligados à aviação
civil do país.
O requerimento, de acordo com o líder do partido
Democratas (DEM), José Agripino (RN), só
será entregue na próxima semana, quando
terá o apoio, assegurou, de mais de 30 senadores.
O parlamentar descartou a hipótese de recuo, solicitado
pelo presidente da Congresso, senador Renan Calheiros
(PMDB-AL).
Agripino alegou que isso só poderia ocorrer no
caso de os deputados dizerem que a CPI do apagão,
proposta inicialmente na Câmara e que espera ser
liberada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), seria prejudicada
pela concorrência dos colegas senadores.
Numa tentativa de travar uma CPI no Senado – mais
difícil de ser controlada pelo Palácio do
Planalto –, integrantes do governo indicaram ontem
que estão dispostos a instalar a investigação
na Câmara. A idéia seria dar a largada antes
mesmo de sair a decisão do STF sobre a criação
da comissão. Nesse caso, a CPI do Senado se tornaria
redundante e os senadores poderiam resolver pela não-instalação.
A operação na Câmara foi conduzida
pelo líder do governo, deputado José Múcio
Monteiro (PTB-PE), que telefonou para líderes da
oposição em busca de um acordo com o objetivo
de evitar a dupla investigação.
O Globo
13/04/2007
Carta dos Leitores
O Globo Online
12/04/2007
Governo agora decide apoiar CPI
do Apagão Aéreo
Adriana Vasconcelos
BRASÍLIA - O governo decidiu mudar de estratégia em relação
à CPI do Apagão Aéreo. Segundo o Blog do Noblat, os líderes
governistas agora defendem a instalação imediata da comissão
na Câmara , sem esperar pela decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF). O objetivo é esvaziar uma possível CPI
no Senado, onde a oposição é mais forte.
Mas os senadores do PSDB e do DEM anunciaram nesta quinta-feira
que alcançaram as 27 assinaturas necessárias para pedir
a criação de uma CPI no Senado. A lista de adesões contaria
até com quatro nomes dos partidos governistas: os peemedebistas
Jarbas Vasconcelos (PE), Pedro Simon (RS) e Mão Santa
(PI), além de Cristovam Buarque (PDT-DF).
A oposição só deve apresentar o pedido da CPI na semana
que vem. Até lá, espera ampliar o número de apoios para,
no mínimo, 30 senadores.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no
entanto, disse que é contra a criação da CPI do Apagão
Aéreo na Casa:
- Sou politicamente contra a investigação dessa CPI.
Não é o que o Senado quer, mas é um direito da minoria
pleiteá-la - frisou Renan.
Renan informou que o requerimento para abertura da CPI
do Apagão Aéreo não foi entregue à Mesa Diretora do Senado.
- Espero que não seja nem entregue - afirmou.
Segundo ele, há “assuntos mais urgentes e importantes
que precisam ser votados”. O presidente do Senado afirmou
que a CPI pleiteada pela oposição (PSDB e DEM) é “política”
e que investigações desse tipo “muitas vezes atrapalham
assuntos mais importantes para o crescimento do país”.
O líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), respondeu
dizendo que “não interessa o que fala esse ou aquele,
mas o que diz o regimento".
Site da ALERJ
12/04/2007
CPI DA VARIG VAI PEDIR QUEBRA DE
SIGILO BANCÁRIO DE SÓCIOS DA VOLO
O pedido de quebra do sigilo bancário de Lap Wai
Chan, Marco Antonio Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos
Haftel, sócios da Volo, empresa que comprou a Varig
em 2006, e a convocação de Nelson Tanure,
empresário que tentou comprar a Fundação
Ruben Berta, instituição que, antes da venda,
era a acionista controladora da companhia aérea,
foi muito comemorado pelos ex-funcionários da Varig.
A decisão foi tomada pelo presidente da Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembléia
Legislativa do Rio que investiga o processo de venda da
companhia, deputado Paulo Ramos (PDT), em reunião
que aconteceu, nesta quinta-feira (12/04), na sala 311
do Palácio Tiradentes. "Ouvir as explicações
sobre a venda da empresa para o grupo Gol e descobrir
de onde vieram os recursos é o que queremos, é
o objetivo desta CPI", afirmou o deputado.
Fabiano Veneza
O gestor de recuperação judicial da Varig,
Miguel Dau, foi o único depoente da sessão.
O diretor de operações da Nova Varig, John
Long, justificou sua ausência e solicitou aos membros
da comissão uma nova data para depoimento. No começo
da sua fala, Dau, que iniciou sua carreira como piloto
na companhia, disse que o plano de recuperação
da empresa está sendo cumprido, em todas as suas
metas, durante sua gestão. O gestor, que rompeu
os seus vínculos com a Varig em novembro de 2005
e recebeu todos os direitos trabalhistas, garante que
a reestruturação da companhia tem como principal
objetivo resolver o problema da defasagem tarifária.
Ao ser questionado pelo deputado Paulo Melo (PMDB), que
também esteve presente à sessão,
sobre quando a Varig voltará a voar, ele previu,
ao menos, iniciar a recontratação de funcionários
em setembro de 2007. A única empresa restante do
grupo Varig que ainda tem condições de operar
é a Nordeste, que já está sendo reestruturada.
"A Nordeste tem perspectiva de se tornar uma empresa
viável", comentou Dau. No entanto, as respostas
do gestor não agradaram aos mais de 50 ex-funcionários
da companhia que assistiram ao depoimento de Dau na comissão.
De acordo com a ex-comissária Olímpia Costa,
que tem 26 anos de trabalhos prestados à Varig,
o Instituto Aerus de Seguridade Social, uma sociedade
fechada de previdência complementar, vem diminuindo,
a cada mês, o valor das aposentadorias. "Minha
aposentadoria tem diminuído regularmente. Num primeiro
momento, eu passei a receber só 50% da aposentadoria,
depois 30% e não sei onde isso vai parar",
revelou. Usando camisetas com dizeres "Varig não
paga, Varig - Aerus escândalo nacional", os
ex-funcionários também querem ouvir as explicações
de outros envolvidos na venda da companhia. Na próxima
reunião da CPI, marcada para o dia 19 de abril,
os sócios da Volo e Nelson Tanure serão
convocados para depor.
Mercado e Eventos
12/04/2007
Varig irá distribuir kit
com petiscos e cerveja na ponte aérea
A partir de amanhã (13/04), a Varig disponibilizará
aos passageiros kits com petiscos e cerveja. O serviço
será oferecido todas as sextas-feiras para os vôos
da ponte aérea Rio de Janeiro-São Paulo
com saídas a partir das 17h. A promoção
demominada "Sexta nas nuvens", também
inclui sorteio de brindes durante os vôos.
Jornal do Brasil
12 abril de 2007
Oposição fecha acordo
por CPI no Senado
Sérgio Pardellas
Brasília. Se o plenário do Supremo Tribunal
Federal (STF) acolher o mandado de segurança da
oposição na Câmara, o Congresso deverá
ser palco de duas CPIs destinadas a investigar as causas
e apontar os responsáveis pela crise no transporte
aéreo brasileiro. Ontem, depois de consulta às
bancadas do DEM e PSDB, a oposição no Senado
decidiu iniciar a coleta de assinaturas para a instalação
da CPI do Apagão Aéreo na Casa.
Como é necessário o apoio de 27 senadores
para criação da CPI e a bancada de oposição
no Senado possui pelo menos 38 representantes, a expectativa
é de que o requerimento seja protocolado até
a próxima quarta-feira. Apresentado, o pedido de
investigação terá o mesmo rito das
demais CPIs protocoladas na Casa. Ou seja, havendo fato
determinado, prazo e o número de assinaturas exigidas,
a CPI será criada.
- Vou seguir o mesmo procedimento adotado para as outras
CPIs - disse ontem o presidente do Senado Renan Calheiros
(PMDB-AL).
No início da noite de ontem, os próprios
governistas já consideravam a CPI como fato consumado.
- O que fazer, né ? Realmente eles têm condições
de instalar a CPI. Eu só tenho a lamentar a insistência
da oposição nessa estratégia, apesar
da retumbante vitória eleitoral de Lula e de todos
números favoráveis ao governo - disse ontem
a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC).
A CPI pretende investigar as causas técnicas,
administrativas e tecnológicas da crise no setor
aéreo que se arrasta desde novembro do ano passado.
E, segundo o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio
(AM), "tudo o que envolver corrupção
e desvio de dinheiro público". Conforme apurou
o JB, um dos assuntos que deverão ser investigados,
num primeiro momento, é a compra da Varig pela
Gol e a participação do advogado e compadre
do presidente Luiz Inácio Lula, Roberto Teixeira,
na negociação.
- Não queremos fulanizar. Mas tudo o que contribua
para a elucidação do apagão aéreo
vai ser investigado até a venda da Varig se for
o caso - disse Virgílio.
Autorizada a criação da CPI na Câmara
pelo STF, restaria duas possibilidades: as duas investigações
se fundirem em apenas uma CPI Mista com representantes
das duas Casas ou a criação de duas Comissões
de inquérito. A segunda hipótese, no entanto,
hoje é a mais provável uma vez que, para
instalação de uma CPI Mista, seria necessário
recolher novamente as assinaturas dos 171 deputados e
não há garantia de que a oposição
lograria êxito em razão da disposição
do governo de evitar a investigação a todo
custo.
A idéia da oposição é conseguir
até a próxima semana uma margem de segurança
de 35 nomes. Os 13 senadores do PSDB foram orientados
pela liderança a assinar o requerimento.