::::: RIO DE JANEIRO - 13 DE FEVEREIRO DE 2008 :::::

 

O Estado de São Paulo
13/02/2008
Correios estudam compra de parte da VarigLog
Gerusa Marques

O presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio, disse que está conversando com dirigentes da VarigLog sobre a possibilidade de adquirir parte da empresa para montar uma infra-estrutura própria de transporte de cargas. Ele afirmou, no entanto, que ainda não há uma negociação em curso, nem a definição sobre a eventual participação que os Correios teriam nessa nova empresa e o valor do negócio.

Custódio explicou que desde 2006 vem conversando com várias empresas do setor aéreo, além de bancos de investimento, sobre a possibilidade de constituir uma parceria na área de logística. A idéia de montar uma estrutura própria, segundo ele, surgiu na CPI dos Correios e também por sugestão do Tribunal de Contas da União (TCU). Ele relatou que em janeiro foi procurado pelo presidente da VarigLog, João Luis Bernes de Sousa, que indagou se ainda havia interesse na parceria. “Dissemos que nosso interesse continua. Foi só isso”, afirmou.

 

 

O Estado de São Paulo
13/02/2008
Criador da JetBlue terá empresa no Brasil com aviões da Embraer
David Neeleman está no País negociando a compra de uma companhia aére com autorização de vôo
Mariana Barbosa

O empresário David Neeleman, fundador da americana JetBlue, pretende lançar uma companhia aérea no Brasil ainda este ano. Para isso, está finalizando a compra de 36 jatos da família 190 da Embraer, com mais 38 opções de compra. O empresário está no Brasil esta semana para negociar com a Embraer e também para fechar a compra de uma companhia regional, revelam fontes próximas ao negócio. Procurada, a Embraer não quis comentar.

A intenção inicial de Neeleman, 48 anos, era criar uma companhia do zero, mas optou por comprar uma pequena empresa com autorização para voar, o chamado Cheta, para ganhar tempo. Se tivesse que abrir uma empresa e dar entrada no pedido de autorização de vôo na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o empresário levaria pelo menos um ano. Neeleman andou sondando algumas empresas, como TAF, BRA e Vasp, mas desistiu diante das dívidas, sobretudo no caso das últimas duas.

Neeleman se associou a grupos financeiros e levantou US$ 200 milhões para investir no negócio. A nova companhia ainda não tem nome, mas não se chamará JetBlue. A intenção é entrar em operação por volta de novembro ou dezembro.

Como tem dupla nacionalidade - é americano nascido no Brasil - Neeleman está habilitado a abrir uma companhia no Brasil sem se sujeitar à lei que restringe em 20% a participação estrangeira no setor aéreo.

No Brasil, Neeleman pretende repetir o sucesso da JetBlue, oferecendo preços baixos e serviço diferenciado. Com os jatos de 100 lugares da Embraer, quer explorar aeroportos alternativos e deve centrar as operações em Viracopos, Campinas. O modelo de negócios seria intermediário entre a operação das grandes empresas como TAM, Gol e Varig, e as pequenas companhias regionais.

Neeleman tem fortes ligações com o Brasil. Além de ter nascido em São Paulo, quando seu pai era correspondente da agência de notícias United Press Internacional (UPI), voltou ao País aos 19 anos, como missionário mórmon. Fala fluentemente o português e mantém muitos amigos por aqui. Mas o interesse de Neeleman pelo mercado brasileiro surgiu depois que ele foi demitido da presidência da JetBlue, em maio do ano passado. Neeleman saiu três meses depois do colapso das operações da companhia, quando, durante uma nevasca, passageiros ficaram mais de cinco horas sem poder sair dos aviões. Frustrado por ter sido afastado do dia-a-dia da empresa que havia fundado sete anos antes - ele continua na presidência do Conselho de Administração - Neeleman saiu em busca de novos desafios.

Nos Estados Unidos, a JetBlue fez sucesso ao enfrentar diretamente as grandes companhias, oferecendo vôos sem escalas a preços bastante competitivos. Mas, diferentemente das empresas do tipo low cost (baixo custo) - como as européias RyanAir e Easyjet -, a JetBlue oferece serviços diferenciados. Os aviões são confortáveis, com bancos de couro e uma distância entre assentos acima da média do setor. Não há comida a bordo, mas os passageiros têm acesso a televisão por satélite de graça, em telas individuais. Em um avião que está sendo usado para testes, é possível ainda conectar-se à internet e enviar mensagens de Blackberry.

Além de comprar bilhete e fazer check-in pela internet, o passageiro da JetBlue pode imprimir em casa a etiqueta de sua própria bagagem. Em alguns destinos, é possível ainda despachar a bagagem com quatro horas de antecedência em hotéis e centros de convenções.

Neeleman é um entusiasta da automatização. Foi ele quem inventou o e-ticket, o bilhete eletrônico hoje difundido por toda a indústria. O sistema, chamado de OpenSkies, foi usado de forma pioneira na Morris Air, empresa co-fundada por Neeleman em 1984. A companhia foi vendida para a SouthWest em 1993 por US$ 130 milhões. Estima-se que o empresário tenha embolsado US$ 20 milhões com a operação. Cinco anos depois, Neeleman ganhou mais uma bolada ao vender o sistema de e-ticket para a HP, por um valor não divulgado.

‘JETBLUE BRASILEIRA’

36 jatos
E-190 da Embraer, cada um com 100 lugares, devem formar a frota da empresa brasileira do fundador da JetBlue

38 opções
de compra ainda podem ser negociadas pela empresa com a Embraer

US$ 200 milhões
é quanto o empresário levantou para investir em uma companhia no Brasil

 

 

O Estado de São Paulo
13/02/2008
Anac é dona de frota com 433 aviões
Agência vai leiloar aeronaves
Luciana Nunes Leal, BRASÍLIA

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) descobriu que é dona de uma frota de 433 aviões, a maioria monomotores usados para treinamento, espalhados por vários aeroclubes do País. A herança do antigo Departamento de Aviação Civil (DAC) será leiloada assim que a agência concluir a formatação jurídica para a venda dos aviões. Segundo a assessoria de imprensa, a Anac está fazendo um inventário das aeronaves, para verificar suas condições de uso e seu valor.

Cinco aviões estão no aeroclube de Luziânia. São mantidos no hangar um Ximango, dois Uirapurus, um Aero Boero e um PA 18. Um Uirapuru e o PA 18 estão parados para revisão. Os outros três são usados para treinamento de pilotos. Todos são cedidos pela Anac ao aeroclube. O Ximango foi o último a chegar, há quatro anos.

Os recursos obtidos no leilão vão reforçar os investimentos no programa de bolsas de estudos para pilotos. O primeiro programa será implementado nos aeroclubes do Rio Grande do Sul, em março. A Anac oferece bolsas de 75% do valor do curso, que será oferecido para alunos que tenham pelo menos nove horas de instrução anterior. A assessoria esclareceu que a Anac “estimula, incentiva e fomenta” a formação de novos pilotos, mas que não tem interesse em manter os aviões como patrimônio nem em ministrar os cursos.

 

 

O Globo
13/02/2008

Ancelmo Góis

 

 

Jornal do Brasil
13/02/2008
Parentes de vítimas da TAM em protesto

Parentes de vítimas do vôo JJ-3054 da TAM realizarão um ato ecumênico no terreno da TAM Express, na Zona Sul de São Paulo, no domingo. O local fica em frente ao Aeroporto de Congonhas e abrigava o prédio que foi atingido pelo Airbus-A320 da TAM no dia 17 de julho de 2007, causando a morte de 199 pessoas. É a primeira vez que os parentes terão acesso ao local, sete meses depois do acidente. Para as famílias, trata-se de uma forma de reafirmar a vontade de instalar um memorial em homenagem às vítimas.

 

 

Coluna Claudio Humberto
13/02/2008
Demitido, Gaudenzi volta à AEB

Sete meses após sua posse, o presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, deve ser substituído e convidado a reassumir a Agência Espacial Brasileira (AEB). Embora oficialmente ela não admita, a decisão foi da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), que esperava mais de Gaudenzi. O ex-governador do Ceará Lúcio Alcântara é cotado para o cargo. A notícia foi divulgada ontem, em primeira mão, neste site.

 

 

Folha de São Paulo
12/02/2008

Correios têm plano para comprar a VarigLog
Estatal pretende ter uma empresa aérea para transportar cartas e encomendas
ECT gasta R$ 500 milhões por ano com transporte aéreo; custo estimado para montar nova companhia seria de R$ 400 milhões

JANAINA LAGE DA SUCURSAL DO RIO

Os Correios estudam a possibilidade de adquirir a VarigLog, a ex-subsidiária de transporte de cargas da Varig que enfrenta hoje uma disputa societária envolvendo o fundo de investimento americano Matlin Patterson e três sócios brasileiros.

O presidente da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), Carlos Henrique Custódio, afirma que, desde o fim de 2006, a estatal estuda uma forma de constituir uma empresa aérea para efetuar os serviços de transporte de cartas e de encomendas.

A iniciativa é resultado de recomendação da CPI dos Correios, que investigou fraudes nas licitações de empresas que operam a rede postal noturna.

Diante da complexidade envolvida na criação de uma nova empresa, a ECT concluiu que o melhor seria fazer uma parceria com uma empresa aérea. Segundo Custódio, a ECT gasta R$ 500 milhões por ano com os serviços de transporte aéreo. O custo estimado para montar uma nova companhia seria da ordem de R$ 400 milhões. A estatal tem R$ 3 bilhões em caixa.
O problema é a falta de experiência no negócio, como contratação de pilotos, pessoal qualificado, e também a dificuldade para regularizar a documentação. "Teríamos de fazer concurso público para piloto se optássemos por criar uma nova empresa. Além disso, só o Cheta [Certificado de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo] leva quase um ano para sair", disse Custódio.

Desde o final de 2006, o presidente da ECT manteve conversas com TAM, Gol e VarigLog. Inicialmente, não houve interesse pela proposta. No final de janeiro, em meio à disputa com o fundo americano, o presidente da VarigLog, João Luis Bernes de Sousa, procurou a ECT perguntando se ainda havia interesse no assunto. Apesar disso, ainda não há definição sobre o negócio.

O Ministério das Comunicações confirmou a existência de negociações. A VarigLog informou, em nota, que mantém conversas com a ECT. "O ministro Hélio Costa já tem trabalhado no sentido de viabilizar a autorização da mudança no estatuto [da ECT] que permitiria a criação de uma empresa subsidiária", afirma Custódio.

Segundo ele, será necessário ainda alterar a Lei Postal e obter a aprovação do Congresso. O governo ainda não sabe qual seria o melhor modelo para a aquisição, mas pretende ficar com o controle e a gestão da companhia. A ECT avalia que a compra de uma empresa aérea é uma decisão estratégica que permitiria à estatal crescer mais no segmento de entrega de encomendas.

"O comércio eletrônico está crescendo em ritmo acelerado. Do lucro do ano passado, 50% do faturamento já vem do segmento de encomendas", disse. Os Correios lucraram R$ 829 milhões no ano passado.

Questionado sobre a viabilidade de comprar uma empresa envolvida em disputa acionária, Custódio disse que, se a VarigLog for a melhor proposta, passará por "pente-fino" para verificar as dívidas e ativos.

 

 

O Dia
12/02/2008
Correios estudam possibilidade de comprar VarigLog

São Paulo - Os Correios estudam a possibilidade de comprar a VarigLog, a ex-subsidiária de transportes de cargas da Varig, que enfrenta disputa societária envolvendo o fundo de investimento americano Matlin Patterson e três sócios brasileiros, de acordo com a Folha S.Paulo.

Segundo o presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), Carlos Henrique Custódio, desde o fim de 2006 a estatal estuda uma forma de constituir uma empresa aérea para serviço de transporte de cartas.

A ECT gasta atualmente R$ 500 milhões por anos com serviços de transporte aéreo. Ainda segundo o jornal, o custo estimado para montar uma nova companhia seria da ordem de R$ 400 milhões.

Desde o final de 2006, o presidente da ECT manteve conversas com TAM, Gol e VarigLog. Inicialmente, não houve interesse pela proposta. No final de janeiro, porém, o presidente da VarigLog, João Luis Bernes de Sousa, procurou a ECT. Apesar disso, ainda não há definição sobre o negócio.

A VarigLog informou, em nota, que mantém conversas com os Correios. "O ministro Hélio Costa já tem trabalhado no sentido de viabilizar a autorização da mudança no estatuto (da ECT) que permitiria a criação de uma empresa subsidiária", afirma à Folha Custódio.