::::: RIO DE JANEIRO - 12 DE DEZEMBRO DE 2007 :::::

 

O Estado de São Paulo
12/12/2007

Elisa Rossi, a 1ª na Gol a comandar um Boeing
Gaúcha celebrou façanha em vôo SP-AP
Jones Rossi, SÃO PAULO

Na noite de anteontem, enquanto sobrevoava Marabá (PA) a 12.300 metros de altura, Elisa Rossi foi surpreendida pela tripulação do vôo que tinha Macapá (AP) como destino. Comissários entraram na cabine do Boeing 737 com um bolo para parabenizá-la. Aos 34 anos, ela acaba de se tornar a primeira comandante mulher da Gol Linhas Aéreas. “Esse é um dos momentos mais importantes na vida de um piloto, depois do primeiro vôo solo. Todo piloto sonha em pilotar um Boeing, é como dirigir uma Ferrari.”

A façanha de Elisa se dá dois meses após a co-piloto Kalina Comenho tornar-se a primeira mulher a voar pela empresa árabe Emirates. Elisa faz parte de uma categoria que não chega a uma dezena no Brasil: a de pilotos comerciais mulheres. Antes, a gaúcha Carla Roemmler se tornou no ano passado a primeira comandante de um 737 no País, pela Vasp. Na Gol, são 14 mulheres co-pilotos.

Também gaúcha, de Novo Hamburgo, Elisa cresceu em Chapecó (SC). A vontade de virar piloto surgiu aos 9 anos, durante excursão do colégio ao Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. “Aos 15 anos, voei pela primeira vez com um amigo. Perguntei se mulher podia ser piloto e ele disse que sim.”

De uma família de classe média baixa, Elisa virou secretária de um aeroclube em Santa Cruz do Sul (RS) para poder voar. Dava aulas teóricas em troca de aulas práticas. “Gastei todo meu dinheiro em horas de vôo. Foi muito difícil. Na época em que comecei não havia mulher voando. Mas faria tudo de novo.”

 

 

O Estado de São Paulo
12/12/2007
FAB admite: não haverá terceira pista no Aeroporto de Cumbica
Gastos de R$ 800 milhões, em obras e desapropriações, preocupa; Saito já estuda ampliação da pista auxiliar
Rui Nogueira e Bruno Tavares

Os custos financeiros e sociais para construir a prometida terceira pista do Aeroporto Internacional de Cumbica estão levando o governo a rever a proposta e a buscar uma opção. O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, disse ontem ao Estado que está em estudo a possibilidade de Cumbica “ganhar uma nova segunda pista”.

Cumbica tem hoje duas pistas: a principal, com 3.700 metros, e uma pista auxiliar, com 3 mil metros, que está em reforma. Para construir a terceira pista, prevista no projeto original, o governo calcula que teria de investir em torno de R$ 800 milhões. O problema é que, desse investimento total, pelo menos R$ 600 milhões seriam gastos para indenizar cerca de 6 mil famílias que invadiram a área do aeroporto. Em setembro, o presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Sérgio Gaudenzi, já antevia os problemas. “Tem de tirar pessoas da área. Essa é uma pista que vai dar trabalho.”

Pela nova proposta, explicou o comandante Saito - sempre lembrando que a decisão definitiva não foi tomada -, o governo construiria uma nova segunda pista “com extensão igual ou quase igual à atual pista principal”. Ele disse que a nova pista começaria perto da cabeceira da principal - isso permitiria, segundo o comandante, que as duas pistas fossem usadas “quase simultaneamente” em muitos vôos, aumentando a capacidade de pouso e decolagem do aeroporto internacional que fica no município de Guarulhos (SP).

No mês passado, um grupo com 15 dos principais especialistas no setor aeronáutico do País condenou unanimemente a proposta de construção de uma terceira pista no Aeroporto de Cumbica, em estudos apresentados à Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) e ao Ministério da Defesa. A maioria defendia estudos para criar um padrão operacional para cada uma das pistas atuais. A maior, de 3.700 metros, poderia ser utilizada só para pousos e decolagens intercontinentais, com sistema de revezamento nos Terminais 1 e 2. Já a pista menor, de 3 mil metros, serviria para operar pousos e decolagens domésticos e até o limite de 8 mil ou 9 mil quilômetros de distância.

O coordenador do Movimento Contra a Terceira Pista, Elton Soares de Oliveira, também acha que a solução para os problemas de Guarulhos não está na construção de uma terceira pista - e sim de um terceiro terminal dentro da base aérea de Cumbica. Segundo ele, essa alternativa aumentaria em 230 mil as operações anuais.

 

 

Folha de São Paulo
12/12/2007
Presidente da Anac é aprovada antes de sabatina
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Antes mesmo de responder a qualquer pergunta da "sabatina", Solange Vieira, 38, e Ronaldo Serôa, 53, foram aprovados, por 21 votos a favor e dois contra pela Comissão de Infra-estrutura do Senado, para preencher as duas últimas vagas de diretoria da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Assim como ocorreu na sessão que aprovou outros dois diretores da agência, a "sabatina" foi apenas uma formalidade. À tarde, foi a vez de o plenário do Senado aprovar os dois nomes.

Solange, escolhida pelo ministro Nelson Jobim (Defesa) para presidir a agência, minimizou seu papel na resolução da crise aérea. Falou das limitações da Anac e disse: "Nem eu nem os demais diretores seremos salvadores da pátria".

"Queria chamar a atenção para o quão limitado é o papel da Anac", afirmou Solange sobre a questão dos atrasos e cancelamentos de vôos.

Segundo Solange, os projetos de "milhagem de atraso" para indenizar passageiros e o aumento de tarifas pagas pelas empresas para usar os aeroportos de São Paulo -tudo ainda no papel- não aumentarão o preço das passagens.

Ela defendeu o aumento do capital estrangeiro nas empresas aéreas de 20% para 49%.

Sobre a abertura da Infraero ao capital privado, projeto que deve ser discutido a partir de janeiro, disse: "Mais importante é a concorrência".

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Audiência Pública
13 de Dezembro de 2007

SENADO FEDERAL
SUBSECRETARIA DE COMISSÕES
COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

Audiência Pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal, com vistas a debater "A Situação do Fundo Aerus de Seguridade Social".
A audiência pública supracitada realizar-se-á em 13 de dezembro de 2007, na sala nº. 2, da Ala Nilo Coelho, quinta-feira, às 9h, por deliberação deste colegiado, que aprovou, em 27/09/2007, o Requerimento nº. 58 - CDH de 2007, de autoria dos Senadores Paulo Paim e Marcelo Crivella.

Senador PAULO PAIM
Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa

 

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