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Mercado
e Eventos
12/12/2006 - 09:40
Zuanazzi confirma homologação
da Varig para dia 14
Luiz Marcos Fernandes
O presidente da Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac), Milton Zuanazzi, confirmou que dia 14 a Varig
recebe o cheta, certificado de homologação
que permitirá a companhia operar novos vôos
domésticos e internacionais.
Em relação aos aeroportos,
Zuanazzi procurou tranqüilizar o mercado, garantindo
que a cada dia a situação melhora. "Tivemos
uma reunião com operadoras de turismo e Braztoa e
explicamos a questão da restrição de
horário para os charteres, que não irá
afetar em nada as operações de fretamento",
garantiu.
Zuanazzi participa agora da reunião
do Conselho Estadual de Turismo, na Fecomércio, onde
dará explicação da crise.
Mercado e Eventos
12/12/2006 - 09:40
Varig volta a voar para Noronha
na semana que vem
Com a decisão da Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac) de liberar
aeronaves de grande porte para voar para Fernando de Noronha,
a Varig anunciou a expectativa de reiniciar suas operações
para a ilha já na próxima semana com Boeings
737-300, como fazia desde 2002.
As operações com grandes
aeronaves foram suspensas pela Anac desde 9 de setembro,
sob a alegação de que o aeroporto não
estava preparado para aviões desse porte. A agência
formalizou a liberação na ata da reunião
de hoje.
Agencia Brasil
12/12 - 07:21h
Nova Varig só poderá
voar quando comprovar segurança operacional, diz
Anac
Enquanto não solucionar
a área de segurança operacional, a Nova Varig
não receberá o certificado de homologação
de empresa de transporte aéreo (Cheta), esclareceu
hoje (26) o gerente de Operações Internacionais
da Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac), Valdir Padilha.
"Existe um procedimento a ser cumprido,
mais pela empresa do que pela Anac, de apresentar a documentação
e a segurança necessárias?, disse Padilha,
que não informou quais os documentos ainda em falta
para a concessão do certificado.
Ele atribuiu a competência de falar
sobre o assunto a outra superintendência da Anac.
E a assessoria de imprensa da Nova Varig reiterou que todos
os documentos já foram entregues à Agência.
Conforme previsto no edital do leilão de alienação
da Varig, a nova empresa está voando com a autorização
da antiga companhia.
A assessoria informou ainda que desde
o segundo leilão, realizado pela Justiça fluminense
no dia 20 de julho passado, os novos controladores já
investiram US$ 122 milhões na Varig. A ex-subsidiária
de carga da Varig, a VarigLog, foi a única empresa
a participar do leilão e adquiriu a companhia aérea
por US$ 24 milhões (R$ 52,3 milhões), identificada
com o nome de Aéreo Transportes Aéreos S/A.
Segundo informação da Anac,
o processo de constituição de uma empresa
aérea segue normas internacionais, que são
adotadas pelo Brasil, e envolve duas fases que podem levar
até um ano para conclusão. A primeira etapa
é a constituição jurídica, que
culmina com uma Portaria de Autorização para
funcionamento jurídico, válida por 12 meses
improrrogáveis. Para que a empresa possa voar, entretanto,
é necessário que a Anac conceda o Cheta, depois
que a companhia demonstrar a capacidade de execução
de todos os requisitos contidos em seus manuais.
A Nova Varig (VRG Linhas Aéreas)
obteve a autorização de funcionamento jurídico
da Anac no dia 25 de setembro.
Agencia Brasil
12/12 - 01:53h
Crise da Varig e nos aeroportos não
afetou turismo internacional, afirma presidente do Embratur
A recente crise nos principais aeroportos
brasileiros e a crise da Varig não afetaram a vinda
de turistas estrangeiros para o Brasil, afirmou hoje (21)
a presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur),
Jeanine Pires.
Segundo ela, os vôos internacionais
partem do país em horários de pouco movimento
nos aeroportos, portanto, não há registros
de atrasos significativos.
Até o momento, essa situação
não tem um reflexo significativo nos vôos internacionais.
Até porque, esses vôos saem em outro horário,
e em um momento em que o aeroporto não tem mais movimento.
Então, no caso internacional, a gente não
tem, por enquanto, registrado questões significativas?.
Sobre a crise da companhia aérea
Varig, Pires reconheceu que o Brasil viveu um período
difícil nos meses de julho e agosto, que foram de
alta temporada na Europa e pouca oferta de vôos para
o Brasil.
Dados do Embratur mostram que, no início
de 2006, havia em média 720 vôos internacionais
semanais para o Brasil. O número caiu para 610 em
julho e, neste mês, subiu para 660 vôos. No
total, a estimativa é que tenham deixado de ser ofertados
cerca de 500 mil assentos de janeiro a setembro deste ano.
Apesar disso, ela afirmou que o Brasil
conseguiu manter as vindas dos turistas que gastam mais
dinheiro e permanecem mais tempo no país. "Com
toda a situação que nós tivemos, da
perda de assentos aéreos, nós conseguimos
manter o turista que gasta mais dinheiro, que visita mais,
que fica mais tempo na nossa cidade?.
Pesquisa divulgada ontem (20) pelo Banco
Central mostra que, de janeiro a outubro, entraram no País
cerca de US$ 3,5 bilhões vindos do turismo estrangeiro.
O valor é 10% superior ao obtido no mesmo período
de 2004, que foi de US$ 3,2 bilhões. A melhor marca
alcançada até hoje foi a do ano passado, quando
entraram no país US$ 3,8 bilhões.
A estimativa do Embratur para 2006 é
superar esse valor e alcançar um total de aproximadamente
US$ 4,3 bilhões. Até 2007, um dos objetivos
do Plano Nacional de Turismo, do Ministério do Turismo,
é chegar a uma receita cambial de US$ 8 bilhões
no ano.
Agencia Brasil
11/12 - 14:56h
Diretores da Anac depõem em
CPI da Varig na Assembléia do Rio
O presidente da Agência Nacional
de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi,
e o diretor da agência Leur Lomanto prestam esclarecimentos
sobre o processo de venda da Varig para a Assembléia
Legislativa do Rio de Janeiro. O processo de compra da companhia
aérea pela ex-subsidiária Varig Logística
(VarigLog) está sendo investigado por uma Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) estadual.
Segundo a assessoria de imprensa da Anac,
a agência já concedeu a autorização
jurídica para o funcionamento da empresa, chamada
de Nova Varig. No entanto, a Anac ainda não entregou
o certificado de homologação de empresa de
transporte aéreo (Cheta), o que poderá acontecer
nos próximos dias.
O documento certifica as condições
que a empresa aérea tem para operar com segurança.
Mas, para concedê-lo, a Anac precisa analisar dados
como o número de aeronaves, a quantidade de membros
da tripulação e as condições
de manutenção dos equipamentos da companhia.
O último documento que a Anac terá que emitir
será a concessão final à Nova Varig.
Site - AEROCONSULT
10/11/2006
DIVAGAÇÕES SOBRE UM
ASSALTO À MÃO ARMADA
Guido Sonino
Confesso que não me emocionou, nem
me causou pena, nem qualquer outro sentimento que em geral
é provocado por acontecimentos insólitos,
cruéis, injustos, o fato da presidente do Supremo
Tribunal Federal, ministra Ellen Gracie, ter sido assaltada
na noite de quinta-feira na Avenida Perimetral, tendo objetos
de valor e o Zafira oficial azul na qual viajava roubados.
Ela estava acompanhada de um colega ministro e, supostamente,
protegida por guardas a bordo de outro carro, que nada viram
do assalto. De repente o veículo dos ministros foi
interceptado por homens fortemente armados, que deixaram
seus ocupantes a pé na Linha Vermelha, onde mais
tarde foram encontrados pelos desavisados seguranças.
A falta de emoção, ao ler
essa notícia que envolveu a presidente Gracie, a
atribuo a uma reação instintiva, depois que
a imagem dela decaiu na minha avaliação. Tenho
seu nome ligado a duas decisões que me desagradaram:
a primeira está relacionada com o bloqueio que ela
impôs ao processo que o Aerus move contra a União,
sem ter considerado que poderia estar prejudicando as esperanças
de milhares de aposentados; a segunda sua iniciativa, que
chamaria de impopular e que até colegas seus do Judiciário
estão criticando, foi a proposta de aumento dos vencimentos
dos integrantes do Conselho Nacional de Justiça,
do qual ela é também presidente, que estaria
elevando o seu para R$ 30.380 e o deles para R$ 28.861.
Enquanto essa proposta está sendo discutida, o ministro
da Fazenda está defendendo a tese técnica
de que o novo salário mínimo deveria ser de
valor R$ 8 (oito reais) inferior àquele proposto
pelos Sindicatos, ficando em R$ 367 pois se ele fosse para
R$ 375 (antes se havia falado de R$ 400) as finanças
do país não agüentariam o seu impacto.
Voltando ao assalto, à parte os
nomes das vítimas, foi apenas mais um episódio
de um drama que se repete com freqüência nesta
cidade maravilhosa, contra inermes cidadãos ou assombrados
turistas. Mas raramente é protagonizado por figurões,
que andam protegidos por escoltas eficientes e não
costumam atravessar áreas que no mapa “confidencial”
do Rio são definidas “perigosas”. Todavia,
também eles não podem evitar a Linha Vermelha,
quando desembarcam no Aeroporto Internacional, e se não
tem uma escolta correm o risco de serem interceptados pelos
bandidos. Como já aconteceu a dezenas de turistas
australianos, chineses, portugueses, ingleses, em geral
mais resenhados do ministro Gilmar Mendes, que acompanhava
a presidente Gracie no Zafira assaltado. Seus comentários,
poucos originais, feitos à imprensa foram: ”Foi
chocante, muito chato. E´ algo realmente impressionante”.
Pergunta: seria tão ”chato”
como as frustrações e o cansaço enfrentados
por milhares de viajantes potenciais no mesmo aeroporto
no qual os dois ministros chegaram (de helicóptero,
num jatinho executivo ou como passageiros comuns num vôo
regular devidamente atrasado ?) procedentes de Brasília,
para presenciar às comemorações do
Dia da Justiça e do Dia Nacional da Conciliação
programadas para sexta-feira, dia 8 ? Sem dúvidas,
eventos importantes para o país, dos quais o primeiro
se apresentava como prioritário, para os milhões
que aguardam o veredicto de uma justiça muitas vezes
carente com os menos afortunados. Uma Justiça que
perde o rumo certo na maioria dos casos em que uma liminar
ou um hábeas corpus liberta quem não deveria.
Ou o assalto teria sido tão “chocante”,
ou “realmente impressionante” (palavras do ministro)
como foi a anarquia descoberta na estrutura do chamado sistema
de proteção aos vôos, depois que por
erros humanos agravados pelo precário suporte técnico,
foram sacrificadas 154 vidas?
Devido às dezenas de perguntas sem
respostas, que incluem como reduzir os assaltos armados,
os abusos da União contra os aposentados, as impunidades
pelas falcatruas de parlamentares e de cidadãos “acima
de qualquer suspeita”, ou como descobrir todas as
causas e os responsáveis dos perigos que ainda rondam
nos céus, evidenciados pela colisão que enlutou
mais de 150 famílias neste final de ano, este 2006
que está para se encerrar não deixará
saudades, depois de ter causado muitas lacrimas amargas.
Mas nem tudo terá sido inútil, se a antes
ignorada emoção pela qual passou uma das máximas
expoentes da Justiça, fizer ela e os privilegiados
de sempre se acharem mais vulneráveis, motivando-os
para se engajar uma espécie de mutirão, cujo
objetivo seria transformar o Brasil num país mais
pacífico, porque mais justo.
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