O Estado de São Paulo
12/08/06
Falta de aviões leva VarigLog a demitir 202 empregados
Empresa de transporte de cargas, que é dona da Varig, vai reduzir em 11% seu quadro de pessoal
Alberto Komatsu

As dificuldades financeiras da Varig, que com a frota reduzida deixou de alugar os porões dos seus aviões para a VarigLog transportar cargas, levou a nova controladora da Varig a demitir 202 funcionários. O corte equivale a 11% de redução do seu quadro de pessoal, que caiu de 1.824 para 1.622 funcionários, por meio da terceirização de parte de seus serviços.

Segundo o presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac), Celso Klafke, a ex-subsidiária planeja cortar 25% dos custos de sua folha de pagamento. O sindicalista conta que na semana passada a VarigLog teve de demitir 87 funcionários só no Rio. Por meio de comunicado, o presidente da VarigLog, João Luis Bernes de Sousa, informa que "a redução da oferta de porões da Varig afetou parcial e temporariamente o movimento de carga internacional". Na nota, o executivo diz que "estará operando com força plena" a sua frota de 18 aviões cargueiros "já a partir de setembro".

A Varig planeja retomar suas operações no Aeroporto do Galeão, no Rio, assim que começar a receber aviões de grande porte, contam fontes que acompanham a reestruturação da companhia. O quase abandono do Galeão, constatado na nova malha aérea da companhia, concentrada em São Paulo, seria apenas transitório. A nova Varig, inclusive, estaria procurando um terreno para construir uma nova sede carioca, já que a atual, próxima ao Aeroporto Santos Dumont, permanecerá com a Varig antiga.

Quando as 5,5 mil demissões da Varig começaram a ser realizadas, a partir do último dia 28, rumores do mercado davam conta que a VarigLog planejava mudar a sede administrativa da nova companhia para São Paulo, aproveitando que a maioria dos vôos estaria concentrada em Guarulhos e Congonhas, já que no Rio, pelo menos inicialmente, somente a ponte aérea teria prioridade. A VarigLog, porém, informa que a sede administrativa permanecerá no Rio.

A presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziella Baggio, lembra que a nova malha foi desenhada a partir de estudos realizados pela Lufthansa Consulting, que foi contratada antes da atual gestão de Marcelo Bottini, para desenhar a reestruturação operacional da Varig.

Por esse projeto, as operações iniciais estariam concentradas no centro de distribuição de vôos (hub) de São Paulo. A Varig disse que planeja anunciar nas próximas duas semanas a compra de 50 aviões novos, num investimento de US$ 300 milhões, com a previsão de chegada de 2 aeronaves por mês - plano considerado ambicioso para uma empresa que detém hoje menos de 4% do mercado, tem dificuldades de crédito e enfrenta ações trabalhistas na Justiça.

O Estado de São Paulo
12/08/06
Varig, agora nanica, perderá rotas para concorrentes
Empresa já é menor que a OceanAir e terá espaços nos aeroportos redistribuídos pela Anac
Mariana Barbosa

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aceitou ontem o plano de linhas apresentado pela Varig e anunciou a abertura de um processo de licitação para redistribuir os vôos que a empresa não pretende mais operar.

No plano, a Varig informa que abre mão de 54,4% de sua malha. Dos 272 vôos que a empresa operava até o início de maio, serão mantidos apenas 124. No aeroporto de Congonhas, mais concorrido do País, a Varig ocupava 125 slots (espaços para pousos e decolagens) e está abrindo mão de 53. Esses slots serão redistribuídos a partir de um sistema de rodízio. O juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, já foi comunicado formalmente da decisão da Anac de abrir licitação para redistribuir os slots.

Os slots, assim como os balcões de check-in e outras áreas ocupadas nos aeroportos, foram "congelados" pela Justiça do Rio durante o processo de recuperação judicial. Nos últimos dias, a VarigLog, ex-subsidiária que adquiriu a Varig em leilão, apresentou um plano no qual tentava garantir a manutenção dos slots e dos espaços nos aeroportos pelos próximos dois anos. Diante da possibilidade de ter seu plano rejeitado, a Varig acabou fazendo algumas alterações.

Ao aceitar o novo plano da Varig, a Anac deu início ao processo de homologação da Aéreo Transportes Aéreos S/A, denominação social da nova Varig. Em nota divulgada ontem, a Anac informou que o plano já está sendo analisado e que sua aprovação dependerá "de condições técnicas e operacionais, jurídicas e econômicas a serem apresentadas pela empresa".

AIRBUS

A fabricante européia de aviões Airbus negou que esteja em negociações com a Varig, como disse na quinta-feira o presidente do conselho de administração da VarigLog, Marco Antonio Audi. "O grande cliente da Airbus no Brasil chama-se TAM, que adquiriu 120 aviões da fabricante nos últimos 8 anos", afirmou o representante da Airbus no Brasil, Mário Sampaio.

Ele disse ainda que o relacionamento da Airbus com a TAM é "excelente" e que consultou a sede da fabricante em Toulouse, na França, e recebeu a informação de que "não existe negociação com outras companhias aéreas no Brasil". Audi disse que a Varig estaria negociando com "todas as fabricantes", incluindo a Airbus e a Embraer. A Embraer disse apenas que não comenta "possibilidades de negócios".

Audi declarou que a Varig iria comprar, já nas próximas semanas, 50 aviões, num investimento estimado em US$ 300 milhões. Hoje a empresa voa com apenas dez aviões, mas o executivo afirma que até o dia 25 outros oito jatos serão incorporados à frota.

Passadas três semanas da compra da Varig, os novos donos ainda não conseguiram dar sinais de que conseguirão recuperar a companhia. Nos primeiros dez dias de agosto, a Varig obteve uma participação de mercado de 1,9%, inferior à da BRA e à da OceanAir. A taxa de ocupação nos aviões foi de 22% na Ponte Aérea, rota mais rentável do mercado, e 42% nos demais vôos no Brasil. Nem com promoções bastante atraentes a empresa tem conseguido atrair passageiros. Depois de reduzir a Ponte Aérea para R$ 190 - ante cerca de R$ 300 na Gol - a Varig anunciou na quinta-feira mais descontos, para vôos fora do horários de pico. Nos finais de semana, a passagem caiu para R$ 159.

Folha de São Paulo
12/08/06
Anac aprova plano da Varig e redistribui horários de vôo
DA SUCURSAL DO RIO DA REPORTAGEM LOCAL

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) aceitou o Plano Básico de Linhas apresentado pela VarigLog, em nome da Aéreo Transportes Aéreos, empresa criada para assumir os ativos da Varig. A agência disse que abrirá licitação para que outras empresas possam operar em Congonhas (SP) slots (espaços e horários para pousos e decolagens) que deixaram de ser ocupados pela aérea.

A Varig ocupava 125 slots, mas, com o novo plano apresentado à agência, 53 foram dispensados e entrarão no sistema de rodízio da Anac.

Antes da decisão judicial que "congelou" as linhas da Varig para torná-la mais atraente em leilão, a aérea tinha 272 vôos. Com o plano apresentado à agência, o número cai para 124 vôos. Na prática, a empresa vai deixar de realizar 148 vôos, que poderão ser redistribuídos.

Airbus

A Airbus negou a hipótese de negociar a venda de aviões à Varig. O consultor da Airbus no Brasil, Mario Sampaio, disse que a empresa nunca teve negociações formais com os novos donos da aérea.

O presidente do conselho de administração da VarigLog, Marco Antonio Audi, afirmou nesta semana que a empresa poderia adotar aviões da Airbus na frota. Ele não descartava mesclar os Boeings usados pela empresa com aeronaves da Airbus e da Embraer. Segundo Sampaio, "o nome do cliente da Airbus no Brasil é TAM".

Projeção do consultor Paulo Bittencourt Sampaio mostra que, nos primeiros dez dias deste mês, a Varig teve apenas 1,9% do mercado doméstico, sendo ultrapassada pela OceanAir (com 3%). A TAM ficou com 51,6%, e a Gol, com 36,5%.

Zero Hora
12/08/06
Crise na Varig comove estudantes
DIONARA MELO

A demissão de 5,5 mil funcionários na Varig sensibilizou alunos da 7ª série do Colégio Israelita Brasileiro, em Porto Alegre. O tema que estampou as páginas de Zero Hora no fim de julho motivou os estudantes a elaborarem desenhos para a promoção EconomiZHa, da Editoria de Economia de ZH.

Durante as aulas de Educação Financeira, uma tarefa multidisciplinar que mobiliza os professores de Matemática, Geografia e Português, os adolescentes exploraram o assunto, transpondo suas idéias por meio de desenhos e colagens. Marina Souza Alves, 12 anos, ficou surpresa ao ler a notícia da demissão de tantos funcionários de uma só vez.

- Essas pessoas não vão ter mais dinheiro para pagar as suas contas - afirmou a garota, apreensiva com o aumento da pobreza no país.

Com preocupação idêntica à de Marina, Thais Behar, Fernanda Halpern, Daniela Dora Eilberg e Nathália Trasel Kizes, todas de 13 anos, lamentavam as dificuldades impostas pela perda do emprego.

Para reproduzir a situação, Thais retratou a tristeza de uma mulher e a de um avião, se os jatos conseguissem sofrer, e resumiu o sentimento em uma rima.

-Varig vendida causa trágica despedida - sentenciou Thais, que adquiriu o hábito de ler jornal por intermédio da promoção.

A aluna Shani Stein, 13 anos, se comoveu com os transtornos sofridos pelos passageiros em terras distantes. Reproduziu o diálogo de duas pessoas de uma mesma família acampadas em plena Paris, em conseqüência dos cancelamentos dos vôos da Varig. Ela destacou o fato de os turistas serem obrigados a prolongar as férias em países distantes, mesmo estando sem dinheiro para se sustentarem.

- Viajar é sempre caro. As pessoas tiveram que ficar mais tempo do que haviam planejado. Fica complicado para os passageiros.

Segundo Catarina Alici Antonello Londero Deggeroni, uma das professoras envolvidas no projeto de Educação Financeira, a motivação em participar da promoção de Zero Hora foi decisiva no interesse para despertar o hábito de leitura diária de jornais. Desde que a atividade foi incluída como tarefa de aula, o rendimento melhorou.

- A consistência literária evoluiu. Com mais informações disponíveis, eles estão escrevendo melhor - diz Catarina, no magistério há 15 anos.

O crescimento dos alunos também é sentido em casa. Os pais comemoraram o interesse dos pequenos com os fatos que ocorrem no país e no mundo. Eles chegam em casa e querem avançar nos assuntos que discutiram na escola a partir da leitura do jornal.

O Globo
12/08/06
VarigLog demite 11% de seu quadro


RIO e BRASÍLIA.A VarigLog, que comprou a antiga Varig em 20 de julho por US$ 20 milhões e depositou US$ 75 milhões para investimentos na empresa, anunciou ontem uma redução de 11% em seu quadro de pessoal, que passou de 1.824 funcionários para 1.622. Segundo nota, assinada pelo presidente da empresa, João Luis Bernes de Sousa, a redução da oferta de porões da Varig afetou parcialmente o movimento de carga internacional da companhia, o que levou à terceirização de alguns serviços e, conseqüentemente, à decisão de corte.

A nota informa ainda que a VarigLog deve incorporar Boeings 757, exclusivamente cargueiros, à sua frota de 18 aviões. E que, até sua reestruturação, está intensificado parcerias e acordos com congêneres no mercado internacional para compensar a perda dos porões da Varig.

Mario Sampaio, consultor da Airbus no Brasil, negou ontem que a fabricante européia de aviões esteja negociando com a Varig. Segundo Sampaio, o único cliente da empresa no Brasil é a TAM.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que avaliará o plano da Varig para a sua nova malha de vôos, mas não fixou prazos para aprová-lo ou não. A autarquia explicou, em nota, que a homologação dependerá das condições técnico-operacionais, jurídicas e econômicas — como número de aeronaves e de funcionários e capacidade de investimento — a serem apresentadas.

A primeira etapa do plano da Varig prevê nova malha com dez destinos nacionais e três internacionais, frota de 18 aviões e 2,1 mil empregados.

A Anac informou ainda que vai distribuir parte dos slots (espaços nos aeroportos) da Varig para outras companhias em Congonhas (SP). Segundo a Anac, até meados de maio, a Varig operava 272 vôos domésticos que, com o novo plano, foram reduzidos para 124. Em Congonhas, a Varig ocupava 125 slots e deve perder 53.

O uso dos balcões nos aeroportos está sendo tratado pela Infraero. A idéia é redistribuí-los de forma emergencial em 12 aeroportos, mas a Varig resiste em ceder os balcões.

Globo Online
11/08/2006 - 23h54m
Nova malha aérea da Varig tem 148 vôos a menos

RIO - A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) aceitou nesta sexta-feira para a nova malha da Varig. Pela nova proposta, a empresa passa a contar com 124 vôos diários. Antes de 11 de maio, a antiga Varig realizava 272 vôos, entre transporte de passageiros domésticos. Isso significa que a companhia deixará de realizar 148 vôos.

Segundo a Anac, o aceite inicia o processo de homologação que começou a ser estudado pelos técnicos da ANAC e depende das condições técnico-operacionais, jurídicas e econômicas a serem apresentadas pela empresa para ser aprovado.

A agência também informou ter enviado ao juiz da 8ª Vara do Rio de Janeiro, Luiz Roberto Ayoub, e à VarigLog correspondência informando que vai abrir licitação para que outras empresas concessionárias possam operar nos aeroporto de Congonhas. Até então, a Varig ocupava 125 slots (espaços no aeroporto) e, partir da nova malha, 53 deles foram dispensados pela empresa e entrarão no sistema de rodízio da ANAC.

Reuters
11/08 - 20:28h
Anac aceita nova malha da Varig e licitará espaços em Congonhas

SÃO PAULO (Reuters) - A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aceitou um plano básico de linhas para a nova malha da Varig e anunciou que vai abrir licitação para que outras empresas possam operar no Aeroporto de Congonhas, na capital paulista.

"O Plano Básico de Linhas da Varig reduz as atividades da empresa para 124 vôos. Isso significa que a companhia deixará de realizar 148 vôos", informou a Anac em comunicado na sexta-feira.

De acordo com a agência, a aceitação do plano inicia o processo de homologação pelos seus técnicos e depende das condições técnico-operacionais, jurídicas e econômicas a serem apresentadas pela empresa para ser aprovado.

O comunicado também relatou que a diretoria da Anac abrirá uma licitação em Congonhas, onde a Varig ocupava 125 slots --espaços em aeroporto-- e, a partir do plano básico, 53 deles foram dispensados pela companhia.

O empresário Marco Antonio Audi, um dos novos donos da Varig, informou na quinta-feira que a nova malha, que deve ser inaugurada no próximo dia 25, consiste nas rotas São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Manaus, Salvador, Recife, Fernando de Noronha, Fortaleza, Buenos Aires, Frankfurt, Caracas, Curitiba e Brasília.

A empresa, que passa por uma recuperação judicial, foi vendida em 20 de julho para a VarigLog.

Estadão
11 de agosto de 2006 - 20:01
Nova Varig corta 148 linhas de seu plano de vôo
Antiga Varig realizava 272 vôos, entre transporte de passageiros domésticos. Mas o Plano Básico de Linhas apresentado pela nova Varig reduz as atividades para 124 vôos
Alberto Komatsu

RIO - A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou nesta sexta-feira, 11, que aceitou o plano básico de linhas apresentado pela Aéreo Transportes Aéreos S/A, empresa criada pela VarigLog para comprar e administrar a nova Varig. De acordo com a nota, a aprovação dá início ao processo de homologação da Aéreo como empresa de transporte aéreo de passageiros.

"Antes de 11 de maio, a antiga Varig realizava 272 vôos, entre transporte de passageiros domésticos. Mas o Plano Básico de Linhas apresentado pela nova Varig reduz as atividades da empresa para 124 vôos. Isso significa que a companhia deixará de realizar 148 vôos", informa a nota da Anac.

Por meio de correspondência enviada ao juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, e à Aéreo, a Anac informa que vai abrir licitação para que outras concessionárias possam operar no aeroporto de Congonhas. Segundo a Anac, a Varig ocupava 125 autorizações para pouso de decolagem (slots) nesse aeroporto, mas a nova malha aérea da companhia dispensou 53 slots, que entrarão no sistema de rodízio da agência.

Sede

A Varig planeja retomar suas operações no Galeão assim que começar a receber aviões de grande porte, segundo fontes da empresa. O quase abandono do Rio, com concentração da nova malha aérea em São Paulo, chegou a suscitar rumores de transferência da sede da companhia.

Mas a nova Varig estaria procurando um terreno para construir uma nova sede carioca, já que a atual, localizada próxima ao Aeroporto Santos Dumont, permanecerá com a Varig antiga.

Agência Estado
11/08 - 17:02h
Airbus nega negociações para venda de aviões à Varig

O consultor da Airbus no Brasil Mário Sampaio declarou hoje que a fabricante européia não está em negociações para vender aviões para a Varig. "O grande cliente da Airbus no Brasil chama-se TAM, que comprou 120 aviões da fabricante nos últimos 8 anos", disse Sampaio. O consultor disse ainda que o relacionamento da Airbus com a TAM é "excelente". Sampaio disse ainda que consultou a sede da fabricante em Toulouse, na França, e recebeu a informação de que "não existe negociação com outras companhias aéreas no Brasil".

Ontem, o presidente do conselho de administração da VarigLog, Marco Antonio Audi, declarou que a Varig estaria em negociação com a Airbus e com a Embraer para a aquisição de novos aviões. Segundo Audi, a Varig deve anunciar, em duas semanas, a compra de 50 aviões.

Folha Online
11/08/2006 - 08h00
"Playboy" fecha contrato com três aeromoças demitidas da Varig

A revista masculina "Playboy" fechou sua edição com aeromoças demitidas da Varig. Patrícia Kreusburg, 29, Sabrina Knop, 27, e Juliana Neves, 26 --todas loiras-- serão fotografadas em um jatinho de uma empresa de táxi aéreo no final de semana para sair na capa de setembro, informa hoje a coluna de Mônica Bergamo na Folha.

Em julho, a revista confirmou que tinha interesse em realizar um ensaio de nudez com um grupo de funcionárias da Varig. No mesmo mês, a companhia aérea, vendida para a VarigLog, anunciou a demissão de 5.500 empregados, o que representa um corte de 58% de sua mão-de-obra em todo o país.

A edição de agosto, que comemora o aniversário de 31 anos da revista no Brasil, traz na capa a atriz Flávia Alessandra.

Não será a primeira vez que a revista masculina aproveita o momento para revelar a nudez de funcionárias de uma empresa em crise. Nos EUA, em 2002, a "Playboy" tirou a roupa de funcionárias da Enron, empresa de energia que sofreu um colapso financeiro devido a fraudes. No mesmo ano, empregadas da WorldCom, empresa norte-americana de comunicações, também foram convidadas para um ensaio de nudez.