::::: RIO DE JANEIRO - 12 DE JULHO DE 2007 :::::

 

O Estado de São Paulo
12/07/2007
Companhias querem cobrar do governo R$ 150 mi de prejuízo
Sindicato entra com protesto judicial; Anac diz que não há culpados, mas vítimas do apagão
Bruno Tavares

O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) ingressou na Justiça Federal em Brasília com um protesto judicial contra a União pelos prejuízos acumulados em nove meses de crise aérea. A indenização reivindicada pelas companhias varia de R$ 130 milhões a R$ 150 milhões. Embora a medida anunciada ontem seja apenas um alerta, o Snea já ameaça entrar com um processo caso o governo continue se recusando a discutir o ressarcimento.

Para calcular o valor do prejuízo, o departamento jurídico do sindicato comparou as receitas e os custos registrados em um dia de operação regular com um dia de operação padrão dos controladores de vôo. “Nesses casos, a perda média de receita foi de R$ 4,5 milhões, além dos gastos extras com hospedagem, alimentação e transporte dos passageiros afetados e mais as horas extras das tripulações”, afirma o advogado Geraldo Viera, um dos autores do protesto judicial.

Pelas contas do Snea, os gastos adicionais com combustível foram os que mais pesaram no bolso das empresas. Isso porque, nos últimos meses, os aviões têm sido obrigados a sobrevoar o espaço aéreo próximo do aeroporto de destino enquanto aguardam autorização da torre de controle para pousar. Por conta do procedimento, as companhias chegaram a registrar consumo extra equivalente a duas horas e meia de vôo por dia, o que representa custo de R$ 2,6 milhões. O querosene corresponde a 35% dos gastos das empresas aéreas.

Além de ser o primeiro passo para uma futura ação de indenização, o protesto judicial movido ontem pelo Snea serve como um recado para o mercado. “A TAM e a Gol (juntas, as duas detêm quase 90% do mercado) têm ações na Bolsa de Valores”, assinala Vieira. “Precisamos deixar claro para os acionistas e para os passageiros que os transtornos não têm sido causados pelas companhias, mas pelos órgãos do governo encarregados de prover a infra-estrutura necessária para o setor.”

Na petição de 11 páginas entregue ontem à Justiça, o sindicato atribui à União toda a culpa pelo caos aéreo. “É indiscutível a ocorrência de danos às empresas de transporte aéreo, que resultam de ação ou omissão administrativa dos agentes públicos federais responsáveis pelo controle de tráfego aéreo”, escreve Vieira.

O Snea pediu que fossem intimados o ministro da Defesa, Waldir Pires, o comandante da Aeronáutica,brigadeiro Juniti Saito, o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, e o presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), brigadeiro José Carlos Pereira.

Para o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, é um direito das empresas e dos passageiros entrarem na Justiça para buscar seus direitos. Zuanazzi disse que vai oferecer à Justiça todas as informações necessárias para que ocorra a defesa do governo. “Todos fomos vítimas”, argumentou. “Não se pode pensar que alguém estava se dando bem com esses problemas. Estávamos o tempo todo empenhados em resolvê-los, na medida em que surgiam”, desabafou Zuanazzi. Na avaliação dele, a crise aérea teve várias origens. No entanto, considerou “natural” que, diante de uma situação, se busquem culpados.

 

 

Folha de São Paulo
12/07/2007
Empresas aéreas cobram R$ 150 mi da União
Esse é o valor dos prejuízos que as companhias alegam ter acumulado em decorrência do caos aéreo dos últimos meses
Sindicato apresentou protesto à Justiça contra o governo federal como forma de preparar futuras ações indenizatórias

JANAINA LAGE DA SUCURSAL DO RIO

As companhias aéreas deram ontem o primeiro passo para tentar receber do governo federal indenização de R$ 150 milhões por prejuízos que afirmam ter tido devido ao caos aéreo dos últimos meses.

O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) apresentou ontem à Justiça Federal em Brasília um protesto judicial contra a União, medida preparatória de eventuais ações de indenização.

O presidente do sindicato, José Márcio Mollo, disse que o objetivo do protesto judicial é levar o governo a negociar com as empresas e montar uma comissão para criar uma metodologia de cálculo das perdas das companhias.

A medida foi tomada um dia após reportagem da Folha revelar que as companhias aéreas pagaram apenas R$ 90 mil em multas à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) desde que a agência foi criada, em 2006. O período inclui o apagão aéreo -quando passageiros chegaram a ficar 20 horas aguardando nos aeroportos. De março a dezembro do ano passado, de 275 multas aplicadas às empresas, apenas 85 foram pagas.

"O recebimento de multas é um processo lento. Primeiro é aberto um processo administrativo e a parte tem direito de defesa. Depois a Anac julga se a defesa é procedente ou não e aí confirma a multa. Se a empresa não pagar, a agência tem de entrar na Justiça", disse Mollo.

Sem acordo

A expectativa do sindicato é que não haja acordo com o governo sobre a cobrança dos R$ 150 milhões, o que levaria a questão a ser resolvida na Justiça, com ações de indenização movidas pelas companhias.

Desde o início da crise, as empresas sinalizaram que não aceitariam arcar com as despesas decorrentes de problemas no setor. O sindicato entrou na Justiça em nome de empresas como Gol, BRA, Ocean Air, TAM, Varig, Webjet e Trip.

Segundo a petição, a crise está comprometendo o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão ao alterar a economia de escala do setor e a sua margem de rentabilidade. A conta de prejuízos inclui a perda de receita gerada por atrasos e cancelamentos de vôos, aumento de despesas com combustível e serviços de alimentação para os passageiros.

Segundo o sindicato, a média de pontualidade caiu de 94,5% entre janeiro e outubro de 2006 para 70% de janeiro a maio deste ano nos vôos domésticos. Na mesma base de comparação, o percentual dos vôos internacionais caiu de 92,3% para 72,6%. Para as empresas, a operação-padrão dos controladores de vôo desencadeou a crise.

A petição cita ainda um relatório do Tribunal de Contas da União que destaca as "deficiências institucionais graves decorrentes de cortes em propostas orçamentárias elaboradas pelo Comando da Aeronáutica, contingenciamentos de recursos orçamentários e retenções indevidas de receitas provenientes de cobrança de tarifas" como fatores ligados à crise.

O protesto judicial é contra a União, mas requer que sejam intimados órgãos como Anac, Infraero, Comando da Aeronáutica e Ministério da Defesa. Procurados pela reportagem, a Anac, a Defesa, a FAB e a Infraero disseram que não comentariam por não terem sido notificadas oficialmente.

 

 

Coluna Claudio Humberto
12/07/2007
Peixe grande

Os meios empresariais se agitaram, ontem, com notícias de que as águas profundas da Polícia Federal teriam alcançado o empresário boliviano German Efromovich, naturalizado brasileiro, que fez fortuna fornecendo plataformas para a Petrobras. Agora atuando na aviação civil, Efromovich é dono da Ocean Air e da Avianca e se ligou ao advogado Roberto Teixeira, compadre do presidente Lula e ex-conselheiro da finada Transbrasil.

 

 

Coluna Claudio Humberto
12/07/2007
12/07/2007
Voa, cartel, voa

As passagens aéreas sobem diariamente, principalmente depois que a Gol comprou a Varig: a tarifa promocional Curitiba-SP variando entre R$ 78 a R$ 190 em maio, passou a R$ 190 a R$ 210 em todas as companhias.

 

 

Site da AMVVAR
11/07/07
OAB/RS - MOBILIZAÇÃO CONTRA A IMPUNIDADE E CORRUPÇÃO
6ª FEIRA DIA 13 DE JULHO AS 12:00 HORAS
ESQUINA DEMOCRÁTICA - Av. Borges de Medeiros x Rua da Praia

Segundo o presidente da OAB do RS, Claudio Lamachia, “o movimento é uma resposta indignada da população aos desmandos que reinam no país e que ameaçam “anestesiar” a sociedade, de forma que os escândalos já nem causam a revolta que deveriam suscitar. “São tantos os casos de impunidade, desvios, malversação, deboche e corrupção que os cidadãos começam a ver com certa indiferença uma situação que é alarmante”. Para ele, é preciso dar um basta ao aparente conformismo da sociedade diante do mar de lama em que se encontra uma parte importante do cenário político nacional. “Defendemos que cada caso de denúncia de corrupção seja rigorosamente apurado e, aqueles efetivamente culpados, sejam punidos de acordo com a lei”, enfatiza.”.

Para nós da Varig/Aerus é uma oportunidade rara que surge, para nos engajarmos à esse Movimento contra a corrupção e de tentarmos sensibilizar a sociedade especificamente contra o crime cometido ao longo dos anos, por vários governos e dirigentes do Aerus contra os trabalhadores.

Compareça. Traga seus familiares e amigos.

Nossa concentração será às 11h00min, defronte a livraria Globo, juntamente com as demais entidades de classe.