O
Estado de São Paulo
12/01/2007
Executivos da Varig podem ter sigilo
bancário quebrado
Funcionários do alto escalão
teriam sido favorecidos ao receber as verbas trabalhistas
Alberto Komatsu
O Ministério Público do Trabalho
(MPT) estuda a possibilidade de pedir a quebra do sigilo
bancário de cerca de 20 executivos da Varig. Eles
estão sob investigação porque o MPT
comprovou, por meio de documentos oficiais da companhia,
que houve o pagamento de rescisões trabalhistas de
até R$ 150 mil antes mesmo do leilão da Varig,
realizado no dia 20 de julho.
Isso prova que houve antecipação
das indenizações trabalhistas antes do anúncio
das demissões, o que é proibido por lei. Enquanto
isso, cerca de 9 mil trabalhadores demitidos estão
com salários atrasados.
'Se houver dificuldade na recuperação
de documentos, a quebra do sigilo bancário pode ser
pedida', afirma o procurador do MPT do Rio, João
Hilário Valentim. Ele diz que a investigação
está concentrada no levantamento de mais provas para
comprovar o favorecimento dos 20 diretores e gerentes. São
documentos como termos de rescisão de trabalho, indicando
a quantia recebida pela pessoa que foi demitida.
Outras linhas de trabalho e de responsabilização
que estão sendo consideradas pelo MPT, caso seja
efetivamente comprovado o favorecimento dos 20 executivos,
é a devolução do dinheiro, que seria
usado para amortizar as dívidas trabalhistas. Outra
possibilidade é a indenização por dano
moral coletivo aos trabalhadores que foram igualmente demitidos,
mas que ainda não receberam salários atrasados.
Esses pedidos teriam de ser encaminhados
ao juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável pela recuperação
judicial da Varig. O juiz Ayoub, que está em férias,
já havia afirmado na quarta-feira ao Estado que é
favorável à devolução do dinheiro,
caso seja comprovado o favorecimento dos 20 executivos.
Os pagamentos foram realizados na gestão
de Marcelo Bottini como presidente da Varig. Segundo funcionários
da empresa, os favorecidos seriam ligados a Bottini à
época. O executivo saiu da empresa no final do ano
passado e está trabalhando na Aerolíneas Argentinas.
De acordo com o MPT, alguns executivos
que foram favorecidos foram reaproveitados na nova Varig,
que foi homologada como empresa aérea no dia 14 de
dezembro. A empresa informa que não houve 'gerenciamento
administrativo sobre pagamentos trabalhistas' da Varig que
permanece em recuperação judicial. Além
disso, acrescenta que 'qualquer questionamento é
de ordem pessoal e envolve o antigo vínculo com o
ex-empregador (Varig antiga)'.
O gestor judicial da Varig que permanece
em recuperação judicial, Miguel Dau, assumiu
a empresa em agosto do ano passado e promoveu uma auditoria,
que apurou irregularidades. Foi produzido um relatório
entregue à administradora judicial da Varig, a consultoria
Deloitte. Esta, por sua vez, relatou os fatos ao juiz Ayoub.
Dau, que já foi vice-presidente da Varig, havia se
afastado da companhia na época do leilão e
dos favorecimentos.
'Quando cheguei aqui recebi a informação
de que tinha havido privilégios e instaurei uma auditoria
interna. Não posso dizer se era irregular ou não,
não cabe a mim. Detectei um privilégio e mandei
averiguar, todos os fatos foram levantados. Internamente
demos por encerrado isso', diz.
O Globo
12/01/2007
Ancelmo Góis
Invertia
Sexta, 12 de Janeiro de 2007, 07:38h
Crise na Varig -Executivos da Varig
podem ter sigilo bancário quebrado
O Ministério Público do Trabalho (MPT) estuda
a possibilidade de pedir a quebra do sigilo bancário
de cerca de 20 executivos, entre diretores e gerentes, da
Varig. Eles são investigados porque o MPT comprovou,
por meio de documentos oficiais da companhia, que houve
o pagamento de rescisões trabalhistas de até
R$ 150 mil antes mesmo do leilão da Varig, realizado
no dia 20 de julho.
De acordo com o jornal Estado de S. Paulo,
os executivos teriam recebido antecipação
das indenizações trabalhistas antes do anúncio
das demissões, o que é proibido por lei. Cerca
de 9 mil empregados da aérea, demitidos no ano passado,
ainda não receberam as rescisões trabalhistas
e aguardam os salários atrasados.
"Se houver dificuldade na recuperação
de documentos, a quebra do sigilo bancário pode ser
pedida", afirma o procurador do MPT do Rio, João
Hilário Valentim. A investigação está
concentrada no levantamento de mais provas para comprovar
o favorecimento dos 20 diretores e gerentes, como termos
de rescisão de trabalho, indicando a quantia recebida
pela pessoa que foi demitida.
Se for comprovado o favorecimento dos 20
executivos, pode haver a devolução do dinheiro,
que seria usado para amortizar as dívidas trabalhistas.
Outra possibilidade é indenizar por dano moral coletivo
os trabalhadores que foram igualmente demitidos, mas que
ainda não receberam.
A empresa informa que não houve
"gerenciamento administrativo sobre pagamentos trabalhistas"
da Varig, que permanece em recuperação judicial.
Além disso, acrescenta que "qualquer questionamento
é de ordem pessoal e envolve o antigo vínculo
com o ex-empregador (Varig antiga)".
"Quando cheguei aqui recebi a informação
de que tinha havido privilégios e instaurei uma auditoria
interna. Não posso dizer se era irregular ou não,
não cabe a mim. Detectei um privilégio e mandei
averiguar, todos os fatos foram levantados. Internamente
demos por encerrado isso", disse o gestor judicial
da Varig, Miguel Dau, que promoveu uma auditoria no ano
passado para apurar irregularidades.
Invertia
Quinta, 11 de Janeiro de 2007, 14:39h
Varig indeniza cliente em R$ 9 mil
por overbooking
O Tribunal de Justiça do Rio Grande
do Sul (TJ-RS) condenou a empresa área Varig a pagar
uma indenização de 25 salários mínimos
(R$ 8.750) a um passageiro prejudicado pela prática
de overbooking - venda ou reservas de passagens acima da
capacidade das aeronaves. Com a iniciativa, o usuário
não conseguiu embarcar no horário marcado
e faltou a um compromisso.
A decisão foi da 12ª Câmara
Cível do TJ e manteve uma sentença dada em
primeira instância. No entanto, o Tribunal reduziu
o valor da indenização, já que antes
estava estipulado em R$ 50 mil. No entendimento do TJ, o
montante inicial era exagerado e incompatível com
o grau da ofensa praticada.
O autor da ação contou que,
apesar de ter adquirido bilhete de Porto Alegre para São
Paulo antecipadamente, não pôde viajar no horário
previsto em face da lotação do vôo.
Embora tenha conseguido chegar ao seu destino no mesmo dia,
devido ao atraso não compareceu a uma reunião
de negócios. Afirmou que o ocorrido atingiu sua imagem
pessoal, pedindo ressarcimento à Varig por danos
morais.
Já a empresa alegou que a prática
de overbooking não é ilegal e por isso não
caberia indenização. Para se justificar, a
companhia se baseou na Convenção de Varsóvia
e no Código Brasileiro da Aeronáutica.
Conforme a relatora do recurso, desembargadora
Naele Ochoa Piazzeta, o Código Brasileiro de Defesa
do Consumidor (CDC) "é norma especial e posterior,
hierarquicamente superior à referida Convenção
e ao CBA". Segundo o CDC, a empresa de transporte aéreo
é responsável pela má prestação
do serviço independentemente de culpa, bastando que
seja configurada sua relação com o prejuízo
sofrido.
Mercado e Eventos
11/01 - 12:18h
Vem recebe aviões Boeing de
empresas internacionais
Contratos da Tap para a manutenção
de aviões Boeing de empresas internacionais movimentam
as dependências da Vem, junto ao Aeroporto Salgado
Filho, em Porto Alegre. No momento, estão no local,
dentre outros aparelhos, duas aeronaves Boeing da empresa
russa KD-Avia e uma da Taag, de Angola.
Para atender à nova demanda de aviões
Boeing em Porto Alegre, a direção da Vem promove
uma reestruturação interna, com modernização
da gestão. Em Portugal, a Tap faz manutenção
de aviões Airbus.
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