:::::RIO DE JANEIRO - 11 DE OUTUBRO DE 2006 :::::

 

O Estado de São Paulo
11/10/2006
Air Canada: interesse na Varig
Mônica CIARELLIN

O presidente do conselho de administração da VarigLog, Marco Antonio Audi, revelou ontem que a Air Canada foi contratada como consultora pelos novos controladores da Varig para trabalhar na operação de compra da companhia aérea. Segundo ele, a Air Canada já demonstrou interesse em adquirir uma fatia no controle da nova Varig.

Entretanto, segundo ele, a demora da Anac em homologar a criação da nova Varig vem atrapalhando as negociações. 'Cá entre nós, quem você acha que vai querer participar em uma situação dessas?', perguntou.

O executivo admitiu que demora da Anac pode prejudicar a chegada de novos parceiros. Audi, que se reuniu ontem com representantes do governo do Estado do Rio, disse que a demora da Anac prejudica o crescimento da nova companhia, que ocupa a segunda colocação em número de passageiros na ponte aérea Rio-São Paulo.

'Estamos bem dispostos a recuperar a Varig. Mas tudo tem limites. Não sei dizer qual será o nosso limite', disse. Ele evitou acusar diretamente a Anac, mas insinuou que as principais beneficiadas pela demora na certificação da nova Varig são as concorrentes.

 

 

O Estado de São Paulo
11/10/2006

Fatia da TAM em rota internacional vai a 60%
Companhia detinha 20% desse mercado há um ano; participação da vice-líder Varig despenca de 75% para 19%
Isabel Sobral

A TAM elevou para quase 60% sua participação no mercado de rotas internacionais em setembro. No mesmo mês do ano passado, a companhia aérea - que está se consolidando a liderança entre as empresas nacionais - tinha cerca de 20% do mercado. A Varig, apesar da drástica redução de operações desde a crise que a levou a ser vendida para a VarigLog, continuou com a segunda maior fatia dos vôos ao exterior, com 19,1% de participação. Há 12 meses, o porcentual da Varig era 75,3%.

A fotografia do mercado de aviação do País foi divulgada ontem pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Para o especialista Paulo Bittencourt Sampaio, o dado mais preocupante é a continuada redução de participação da Varig no mercado internacional. Como a Anac está impedida pela Justiça de redistribuir as rotas internacionais que a Varig não está operando, os usuários são os maiores prejudicados. 'A lacuna da Varig no mercado doméstico está sendo coberta pelas outras empresas, mas no internacional a situação está cada vez mais dramática', comentou. Desde agosto, a Varig voa apenas para Frankfurt, Buenos Aires, Caracas e Bogotá.

Em relação à oferta de assentos, os dados da Anac confirmam a preocupação do especialista: houve uma redução de 53,5% nos lugares disponíveis para viagens nos últimos 12 meses. Mesmo assim, ainda sobram assentos nos aviões. Apesar da queda na oferta, a taxa média de ocupação caiu de 78% para 76% no período. No plano nacional, a TAM passou a deter 51,6% do mercado em setembro, enquanto a Gol atingiu 36,1%. Em setenbro de 2005, as participações eram, respectivamente, 40,8% e 27,4%. A Varig detinha uma fatia de apenas 4,3% do mercado doméstico no mês passado, ante 24,2% um ano atrás. Para Sampaio, essa evolução no cenário nacional está dentro das previsões. Apesar da queda no market share, a Varig teve em setembro o melhor desempenho desde sua venda, em julho.

A Varig também melhorou sua eficiência operacional em setembro, tanto nos mercados doméstico quanto internacional. A Anac atribui um índice para cada companhia ponderando regularidade e pontualidade nos vôos. A Varig elevou esse índice para 75% no mercado nacional, ante 15% de agosto. No internacional, passou de 7% para 44%. A empresa manteve uma regularidade de 82% nos domésticos contra 15% em agosto. Nas rotas internacionais, a regularidade da empresa subiu de 8% para 74%.


NÚMEROS
19,1 %
é a participação atual da Varig no mercado de rotas internacionais. Em setembro do ano passado, a empresa detinha 75,3% dos vôos

51,6 %
é a fatia de mercado de rotas nacionais da TAM, atual líder.
Em segundo lugar está a Gol, com 36,1%

75 %
foi o índice de eficiência operacional da Varig em setembro de 2006. O índice leva em conta pontualidade e regularidade dos vôos. Em agosto, a Anac tinha avaliado o índice da empresa em apenas 15%.

 

 

Valor Econômico
11/10/2006
União vai à Justiça para receber débitos da Varig
Heloisa Magalhães, Janaina Vilella e Ana Paula Grabois


A Varig velha promete voltar a operar no início do próximo ano, mas uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro pode alterar os rumos do processo de recuperação judicial da aérea. Ontem, o desembargador Jair Pontes de Almeida julgou procedente recurso impetrado pela Procuradoria da Fazenda Nacional do Rio, no início no ano, no qual a União solicita à Varig a apresentação de certidões negativas de débitos tributários.

No entender da procuradoria, a nova lei de falências estabelece que os juízes que conduzem o processo não poderiam ter aprovado o pedido de recuperação da aérea sem que a Varig apresentasse os documentos pertinentes. Os outros dois desembargadores envolvidos no caso pediram vistas do processo. O julgamento continua na terça-feira. Caso a ação seja julgada procedente em definitivo, a recuperação da companhia ficaria suspensa, condicionada a apresentação das certidões.

A Varig velha, agora chamada de Nordeste, pretende voltar a operar em janeiro ou fevereiro de 2007, disse ontem o gestor da empresa, Miguel Dau. Os planos para a Varig antiga, que está sob recuperação judicial, incluem a atividade de cinco aeronaves. "Vamos nos voltar para a operação doméstica, regular e não regular (fretamentos), e para os vôos charter", declarou.

Dau informou que a companhia está em busca de um sócio para fazer os investimentos necessários, mas que não houve nenhum contato. Atualmente, a Varig velha trabalha com cerca de 300 funcionários e não está operando. "A Nordeste é uma empresa que tem conhecimento dessa atividade [de aviação] e o mercado tem potencial de crescimento." Dau acrescentou que a modelagem que será apresentada a eventuais sócios será feita de forma que o investidor não arque com as dívidas.

O gestor comentou também que está em processo a renovação do Certificado de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo (Cheta) da Nordeste junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para a companhia ampliar sua atuação.

Ontem, o presidente do conselho da VarigLog, Marco Antonio Audi, reuniu-se com o chefe do gabinete civil do Estado do Rio de Janeiro para fechar convênio em que a aérea se compromete a contratar 2 mil funcionários no Rio, manter a sede da empresa na cidade e transferir progressivamente o vôos que hoje estão concentrados em São Paulo para os aeroportos cariocas. A Varig velha, antes de ser vendida, tinha fechado acordo com o governo do Estado no qual se comprometia a manter as atividades no Rio em troca da devolução de R$ 103 milhões em ICMS cobrados indevidamente.

Mas Audi aproveitou para criticar a suposta demora da Anac em conceder uma autorização de empresa de transporte aéreo para a nova Varig. Ele utiliza a da Varig velha e precisa de uma nova licença. "Nós estamos dispostos a recuperar a Varig, mas tudo tem limite, não sei dizer qual será esse limite."

Ele informou que já foram investidos US$ 100 milhões para manter a empresa funcionando. Na prática a autorização da Anac permitiria a ampliação das operações e da própria frota. A empresa está com 14 aviões para alugar e pretende comprar 50 aeronaves da Embraer, mas depende do documento.

 

 

Folha de São Paulo
11/10/2006
"Velha Varig" deve voltar em janeiro
Parte da aérea que ficou em recuperação judicial ainda precisa de um novo sócio para retomar vôos
Companhia, que emprega hoje 300 funcionários, vai operar com a concessão da Nordeste e utilizará pelo menos cinco aeronaves

JANAINA LAGE DA SUCURSAL DO RIO

A "velha Varig", a fatia da empresa que permanece em recuperação judicial e carrega as dívidas, vai voltar a voar a partir de janeiro de 2007, segundo Miguel Dau, gestor da empresa. A empresa vai operar com a concessão da Nordeste, mas, para levantar vôo, ainda precisa encontrar um novo sócio.

Atualmente, a empresa emprega 300 pessoas, que trabalham no Centro de Treinamento de Pilotos, na área financeira e jurídica. A empresa elabora um novo plano de negócios e pretende atualizar sua certificação na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Segundo Dau, a Nordeste deve começar a voar com pelo menos cinco aeronaves e não deve se limitar à rota São Paulo - Porto Seguro, como estava previsto inicialmente, mas ainda não estão definidos os destinos. A sede da empresa será transferida de Salvador para o Rio de Janeiro.

A Varig remanescente ainda precisa resolver problemas relacionados aos trabalhadores. Cerca de 700 funcionários não podem ser demitidos, mas Dau afirma que não tem condições de mantê-los na folha de pagamento. Quando a Varig foi separada em duas empresas, o capital de giro da remanescente era de R$ 9 milhões a R$ 10 milhões. As receitas atuais da empresa são referentes ao pagamento de passagens realizadas até 20 de julho, em que o passageiro pagou com cartão de crédito. Além disso, os donos da nova Varig se comprometeram a pagar R$ 1 milhão por ano pelo uso do Centro de Treinamento e R$ 15 milhões referentes a fretamento de aeronaves.

Os recursos para voltar a operar vão depender de um novo investidor, que precisaria estar seguro de que não vai assumir as dívidas, estimadas em R$ 7,9 bilhões segundo o último balanço publicado.

Enquanto a Nordeste faz planos para o futuro, os donos da nova Varig criticaram ontem a demora da Anac para fornecer a documentação que autoriza a nova empresa a atuar como concessionária de transporte aéreo. O presidente do conselho de administração da VarigLog, Marco Antonio Audi, afirmou que já gastou US$ 100 milhões somente para manter a empresa funcionando. Ontem, a Varig fechou um acordo com o governo do Estado que prevê a prioridade em novas contratações a ex-funcionários, a transferência do "hub" (base operacional) de São Paulo para o Rio e a manutenção da sede no Rio. O documento somente será assinado após a autorização da Anac.

Air Canada

A demora na autorização já afugentou parceiros interessados na recuperação da empresa, como a Air Canada. "Nós contratamos a Air Canada como consultora. Se eles têm interesse ou não de vir a participar, já falaram que tem, mas nunca sentamos para decidir se entram. Não é hora disso. Entre nós, quem você acha que vai participar numa situação como essa? Ninguém, fica tudo meio em suspenso", disse.

 

 

O Dia
Terça, 10 de Outubro de 2006, 19h38
Gestor da VarigLog diz que vai contratar demitidos da Varig
Fonte: O Dia

O ex-diretor e atual gestor da Varig, Miguel Dau, afirmou, durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a venda da companhia, nesta terça-feira, que pretende contratar para a antiga Varig, que será administrada pela empresa aérea Nordeste, parte dos funcionários demitidos pela empresa vendida, assim que a mesma conseguir dar início às suas atividades aéreas.

Ele explicou que no atual processo de transição, a Varig antiga e a Varig nova atuam em conjunto: como a Varig nova ainda não possui o Certificado de Homologação de Empresa de Táxi Aéreo (Cheta) para voar, a Varig antiga, que possui o certificado, opera para a nova. Quando a VarigLog conseguir da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) o certificado, a Varig antiga permanecerá sob a sua administração.

"Não respondo pela VarigLog, mas posso afirmar que a Nordeste cumprirá com o
que foi acordado no contrato assinado entre o governo do Estado e a Varig, em 2004. A base administrativa e operacional da Nordeste será transferida de Salvador para o Rio de Janeiro, e conforme formos adquirindo aeronaves, contrataremos os ex-funcionários da Varig", garantiu o gestor.

O gestor afirmou, no entanto, que está à procura de investidores para que a companhia remanescente comece a voar.

"Hoje não temos capital de giro suficiente para comprar aviões para a Nordeste. Se conseguirmos parceiros, em janeiro de 2007 começaremos a voar, e cada avião adquirido gerará 120 novos empregos", explicou Miguel, completando que "já possuímos o Cheta, precisamos apenas atualizá-lo, já que

pretendemos funcionar com operações domésticas regulares e não regulares e operações internacionais".

Presidente da VarigLog não comparece à CPI Também convocado a depor na CPI, o presidente da VarigLog, João Luis Bernes de Souza, não compareceu.

"Ele mandou um ofício avisando que não poderia comparecer à audiência e solicitando que remarcássemos o encontro para o dia 1° de novembro.

Considero, porém, esta data muito distante e vamos convocá-lo novamente para

prestar depoimento", informou o presidente da CPI da Varig, deputado Paulo Ramos (PDT), acrescentando que a oitiva de Bernes deve ser realizada na próxima terça-feira, dia 17, às 11h, na sala 316 do Palácio Tiradentes.

O pedetista também anunciou que o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, será convocado nas semanas seguintes.

Presente à audiência, o secretário-chefe de Gabinete da Governadoria, Fernando Peregrino, criticou o fato de o gestor saber do contrato entre o governo e a Varig e não ter comunicado o mesmo aos compradores da Varig.

"Ele foi o primeiro depoente a dizer que sabia do contrato, e acho curioso que, no momento da compra da Varig, ninguém tenha explicado aos compradores sobre as obrigações da empresa que estavam adquirindo", argumentou Peregrino.

O contrato, assinado em 2004, previa a manutenção dos 4,5 mil empregos no Estado, o aumento da área de controladoria e do número de vôos nacionais e internacionais a partir do Aeroporto Internacional Tom Jobim e a permanência das sedes operacional e administrativa no Estado.

Em contrapartida, a Varig recebeu uma série de concessões, como a redução do ICMS e R$ 103 milhões relativos ao recolhimento irregular de ICMS pelo Estado.

Ele também informou que se reuniu com o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, na última sexta-feira, e que Zuanazzi afirmou que o Cheta é um certificado que demora vários meses para ser emitido.

"Ele me falou que a Gol, que foi a companhia que mais rapidamente recebeu o certificado, esperou nove meses pelo Cheta, e que o processo é demorado, pois avalia diversos itens técnicos e operacionais. Se formos esperar esse tempo todo para que a Varig nova receba o certificado, a economia do Estado sofrerá sérios prejuízos", acredita o chefe de gabinete.

Peregrino também anunciou que irá se reunir, na tarde desta terça-feira com representantes da VarigLog para apresentar um novo contrato entre o Estado e a empresa. "Formulamos um novo contrato para garantir, entre outras coisas, que todos os funcionários demitidos sejam recontratados", explicou o chefe de gabinete.

 

 

Site do Governo do Rio de Janeiro
10/10/2006 - 19h16
Estado vai interpelar União para ajudar Nova Varig
A governadora Rosinha Garotinho enviará um ofício ao presidente da República

e ao ministro da Defesa pedindo que sejam tomadas providências para se solucionar com a maior brevidade o caso Varig. A informação foi passada pelo secretário-chefe de Gabinete da Governadora, Fernando Peregrino, durante reunião com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Maurício Chacur, e o presidente do conselho de administração da VRG Linhas Aéreas (Nova Varig), Marco Antonio Audi.

O documento vai explicar, entre outras coisas, que a demora na concessão do Certificado de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo (Cheta), assim como a própria homologação do leilão, vem causando prejuízos financeiros e na área do turismo para o estado do Rio. Numa reunião na última semana com Peregrino, o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, frisou que o processo mais rápido para a concessão do documento durou nove meses, em dissonância com documento fornecido aos vencedores do leilão, garantindo que em 30 dias eles estariam aptos a operar.

- Alguém está sendo beneficiado com essa demora. Não é possível. A única coisa que sabemos é que esses beneficiários não são o estado, os empregados, nem a companhia. Há grupos dentro da Anac que, certamente, estão prejudicando a nova empresa e o seu desenvolvimento - frisou Peregrino.

Audi também estranha que o processo esteja muito lento e comentou que todos os documentos já foram entregues no prazo exigido pela Anac. Segundo ele, não foi feito, oficialmente, nenhum pedido de novos documentos, mas também não encerram o processo. Um dos maiores temores do empresário é que essa demora inviabilize todo o processo, os sócios desistam de participar do negócio e tenha de se iniciar um novo processo de leilão, ou que a empresa vá à falência.

Na reunião entre a VRG e o governo do estado foi definido um documento, que marca pontos importantes para a recuperação da empresa e a volta da empresa ao Rio. Entre os pontos acertados estão a manutenção da sede administrativa no Rio de Janeiro; a gradativa transferência da sede operacional para o estado; e a transformação do Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim – Galeão em hub regional e internacional. O documento, entretanto, só será assinado depois que a VRG estiver habilitada a contratar os funcionários e voar.

- Por conta dessa demora já gastamos US$ 100 milhões. Isso não é investimento, uma vez que isso será feito só depois do Cheta. Estamos tendo obstáculos atrás de obstáculos para conseguir esse documento. E, para piorar, querem agora leiloar as linhas que ainda temos - reclamou Marco Antonio Audi.

Além da reunião com a direção da VRG para estruturar o documento, Fernando Peregrino participou pela manhã da CPI da Varig, na Assembléia Legislativa (Alerj), onde o atual administrador da Varig remanescente (antiga), Miguel Dau, prestou esclarecimentos. Dau reconheceu o documento assinado com o governo do estado pela empresa em 2004 e frisou que, da parte dele, está trazendo para o Rio a sede da Nordeste.

A empresa, que administra o que restou da antiga Varig, deve voltar a operar no início de 2007, com rotas nacionais e internacionais a partir do Galeão.

No início da tarde esteve com o deputado Paulo Ramos, presidente da CPI, e o juiz da 1ª Vara Empresarial, Ricardo Ayoub, para tentar achar uma forma de ajudar a nova empresa.

 

 

O Globo Online
10/10/2006 às 16h54m
Varig dobra participação de mercado, com novo dono
Reuters

RIO - A participação da Varig no mercado doméstico quase dobrou em setembro em comparação com agosto, de 2,21% para 4,30%, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A ocupação dos aviões da empresa subiu de 42% para 55% no mesmo intervalo.

A eficiência operacional da Varig, que mede pontualidade e regularidade, subiu de 15% para 75%, de agosto para setembro, nos vôos nacionais, e de 7% para 44% nos internacionais.

Na área internacional, no entanto, a companhia aérea vendida em leilão em julho para a VarigLog perdeu mais espaço para a TAM e a Gol, que ficaram com respectivos 59,99% e 12,75%, enquanto a Varig obteve apenas 19,10%, contra 21,64% no mês anterior e 75,33% há um ano.

A TAM continua líder também no mercado nacional, com 51,69% dos passageiros transportados no mês passado, pouco acima dos 51,34% de agosto. As aeronaves da TAM tiveram ocupação de 73%, taxa quase estável ante 74% em agosto.

A Gol, por sua vez, caiu de 37,35% do total de passageiros, em agosto, para 36,18% em setembro. As aeronaves da Gol tiveram ocupação de 76%, contra 77% há um mês.

A eficiência operacional da Gol registrou queda de quatro pontos percentuais, de 94% para 90% de agosto para setembro, enquanto a da TAM ficou quase estável, de 89% para 88% em pontualidade e regularidade.

O mercado doméstico, de maneira geral, cresceu 6,9% em setembro, totalizando 3,276 milhões de passageiros transportados. Na área internacional, a indústria encolheu em 54,4%, ou 941 mil passageiros, contra 2 milhões de passageiros transportados no mesmo período do ano passado.

A queda no setor internacional, conforme o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), reflete a crise da Varig, que reduziu drasticamente sua operação para fora do país e teve seus passageiros absorvidos por empresas estrangeiras, já que TAM e Gol detiveram apenas parte da demanda reprimida. Em setembro, a TAM transportou 564,6 mil pessoas para fora do país e a Gol, 120 mil passageiros.

 

 

Folha Online
10/10/2006 - 15h21
"Velha Varig" quer começar a voar no início do ano que vem
CLARICE SPITZ da Folha Online, no Rio de Janeiro

O gestor da "velha Varig", Miguel Dau, afirmou hoje que pretende iniciar as operações da companhia no início do ano que vem com cerca de cinco aviões.

A Varig antiga é a fatia da empresa que herdou as dívidas e a concessão da Nordeste e não foi à leilão.

A empresa conta com 300 funcionários, mas não tem nenhum avião no momento. De acordo com Dau, a empresa está transferindo a sede de Salvador para o Rio de Janeiro, de onde deve partir a maior parte dos vôos.

Dau afirmou que a empresa se concentrará em vôos domésticos e vôos charter dentro e fora do país. Ele disse também que a empresa quer operar vôos além da rota São Paulo-Porto Seguro, mas que precisa de sócios. Dau disse ter recebido a empresa com cerca de R$ 10 milhões em caixa e que tem se mantido com base nas passagens vendidas antes do leilão.

Dau depôs nesta terça-feira na CPI da Varig, que investiga irregularidades no processo de venda da companhia.

Ele disse ainda que precisa negociar com sindicatos a situação de cerca de 700 funcionários estáveis, que não podem ser demitidos em razão de licenças médicas, são sindicalizados, entre outras coisas.

"Não tenho capacidade de mantê-los em folha nem de mantê-los em atividade. Até o fim do mês vamos decidir o que fazer com esses trabalhadores", disse.

 

 

Panrotas
10/10/2006 14:38:00 - Plantão de Notícias
Varig auxilia nos resgates do acidente da Gol


As empresas do Grupo Varig (Varig, Rio Sul e Nordeste), que estão em recuperação judicial, enviaram na tarde de ontem cinco toneladas de equipamentos especializados para manuseio e remoção de escombros de aeronaves para auxiliar nos trabalhos de resgate na área onde aconteceu o acidente com o Boeing 737 da Gol, na região do Xingu.

O Grupo Varig é o único da América do Sul a possuir tais equipamentos, conhecidos como "Recovery Kit", e ter a homologação oficial da Iata para operá-lo. Tratam-se de guindastes, macacos hidráulicos e ferramentas projetadas especificamente para este trabalho de remoção de escombros.

Além dos equipamentos o grupo enviou também profissionais especializados e treinados para a manipulação de aeronaves acidentadas que têm como objetivo promover a segurança dos que trabalham no local e preservar, ao máximo, partes do avião acidentado para serem utilizadas em posteriores investigações.

O equipamento foi enviado sem qualquer custo para o Mato Grosso a bordo de um C-130 da Força Aérea Brasileira.

 

 

Valor Online
10/10 - 14:23h
Velha Varig deve voltar a operar no começo de 2007, afirma gestor

RIO - A Velha Varig, agora chamada de Nordeste, deve voltar a operar em janeiro ou fevereiro de 2007, como afirmou nesta terça-feira o gestor da empresa, Miguel Dau.

Os planos para a Varig antiga, que está sob recuperação judicial, incluem a atividade de cinco aeronaves.

"Vamos nos voltar para a operação doméstica, regular e não regular (fretamentos), e para os vôos charter", declarou.

Dau informou que a companhia está em busca de um sócio para fazer os investimentos necessários, que ainda foram estipulados, mas que não houve nenhum contato de eventuais interessados.

Atualmente, a velha Varig trabalha com cerca de 300 funcionários e não está operando nenhuma aeronave.

"A Nordeste é uma empresa que tem conhecimento dessa atividade (de aviação) e o mercado tem potencial de crescimento", comentou para justificar um suposto interesse que o investidor teria na companhia.

Dau acrescentou que a modelagem que será apresentada a eventuais sócios será feita de forma que o investidor não arque com as dívidas da companhia.

O gestor comentou também que está em processo a renovação do Certificado de Homologação de Empresa de Transporte Aéreo (CHETA) da Nordeste junto à Anac para a companhia poder ampliar sua atuação.
(Ana Paula Grabois | Valor Online)

 

 

O Globo Online
10/10/2006 às 13h40m
Varig antiga volta a voar em 2007 com 5 aviões, diz gestor

Erica Ribeiro - O Globo

RIO - O gestor da Varig antiga Miguel Dau disse nesta terça-feira, em depoimento na CPI da Varig na Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), que a expectativa é que a Varig antiga, que se chamará Nordeste Lihas Aéreas, comece a operar a partir do início de 2007 com cinco aeronaves. Segundo ele, a sede da Nordeste, hoje em Salvador, será transferida para o Rio de Janeiro e a empresa vai operar com vôos regulares e não regulares (fretamento, vôo charter).

Dau não quis adiantar quais serão as rotas operadas pela empresa, mas adiantou que a empresa voará tanto no mercado doméstico quanto no internacional. Para isso, a empresa terá que atualizar o certificado de homologação de empresa de transporte aéreo (Cheta) para voar dentro e fora do país.

Participaria da CPI, também nesta terça-feira, o presidente da VarigLog João Luiz Bernes de Souza, mas ele não compareceu e receberá notificação para depor no próximo dia 17.

Também nesta terça-feira está marcada uma reunião entre secretários do governo do estado do Rio e representantes da VarigLog. Eles darão continuidade à negociação para cumprir um acordo firmado pela Varig com o governo do Estado, de manter a sede da companhia no Rio, garantir os 4.500 empregos na região e ampliar as rotas nacionais e internacionais saindo dos aeroportos Galeão e Santos Dumont.

 



Estadão
10 de outubro de 2006 - 13:23
Varig antiga pretende voltar a operar em 2007, diz gestor
Miguel Dau, gestor judicial da Varig antiga, prestou depoimento nesta terça-feira à CPI da Varig, na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro
Alberto Komatsu

RIO - O gestor judicial da Varig antiga, Miguel Dau, informou nesta terça-feira, em depoimento à CPI da Varig, na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, que a companhia, que ainda permanece em recuperação judicial, pretende iniciar sua operação no início do ano que vem. Segundo o executivo, a idéia é operar cinco aeronaves, que poderiam gerar em torno de 600 empregos. O plano é fazer vôos regulares, não regulares e vôos fretados internacionais.

Dau não soube quantificar ou exemplificar quais rotas ele pretende operar, mas indicou que nas operações regulares a prioridade deverá ser o mercado doméstico, com vôos concentrados a partir do Rio de Janeiro. A Varig antiga, que herdou a concessão da ex-subsidária da Varig, a Nordeste, deverá usar essa marca (Nordeste) e vai transferir a sede da companhia de Salvador para o Rio.

O gestor da Varig antiga também informou que pretende atrair investidores para ajudar a reerguer a empresa, mas disse que não conversou com nenhum potencial parceiro. Dau também pretende contratar uma consultoria para ajudar na elaboração do plano de negócios, mas a escolha ainda não foi definida.

O presidente da CPI da Varig, deputado Paulo Ramos (PDT), pretende ouvir no próximo dia 17 o presidente da VarigLog, controladora da Nova Varig, João Luiz Bernes. O presidente da Agência Nacional de Avião Civil (Anac), Milton Zuanazzi, também deverá ser convocado a depor futuramente.

 

 

Mercado & Eventos
10/10/2006 - 12:48h
Novo diretor-presidente da Vem é nomeado
O novo diretor-presidente da Vem, Filipe Morais de Almeida

O novo diretor-presidente da Vem, Filipe Morais de Almeida

O Conselho de Administração da Vem nomeou, no último dia 2, Filipe Morais de Almeida para o cargo de diretor-presidente da empresa, em substituição de Evandro Braga de Oliveira.

Filipe Morais de Almeida passa também a ser membro do Conselho da Administração, em substituição a Sérgio Ferolla, e acumulará interinamente os cargos de diretoria, até agora ocupados pelos engenheiros Evandro Oliveira, Pablo Seng e Tor Kameyama, até que seja eleita a nova equipe.

Em comunicado distribuído aos trabalhadores, o presidente do Conselho de Administração da Vem explicou que estas mudanças fazem parte do processo de consolidação da empresa, destacando em especial o trabalho desenvolvido pelo Engenheiro Evandro Oliveira.

 

 

Folha Online
10/10/2006 - 09h05
Varig lidera ocupação na ponte Rio-SP
JANAINA LAGE da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro

Quase três meses após a venda das operações da Varig em leilão, a companhia começa a dar sinais de recuperação. Segundo dados do consultor em aviação Paulo Sampaio, a Varig obteve o maior percentual de ocupação na ponte aérea entre os dias 28 de setembro e 4 de outubro, com 66%. O resultado foi superior ao das concorrentes. No mesmo período, a TAM teve 61%, e a Gol, 63%.

Segundo analistas ouvidos pela Folha, as promoções e os descontos agressivos foram a principal receita para reconquistar o consumidor. Além disso, a empresa investiu em melhoras no serviço de bordo, com novos lanches e opções, como caldo de feijão e hambúrguer de picanha.

A estratégia de descontos incluiu também o acúmulo de milhas do Smiles. Em alguns trechos, o passageiro pode acumular o triplo de milhas.

De acordo com os cálculos do consultor, a Varig já chegou a 4,2% do mercado doméstico em setembro. TAM e Gol representam 86,9%. Segundo Sampaio, a ocupação da Varig no mercado doméstico ficou em 55% em setembro, contra 76% da Gol e 72% da TAM.

A demanda aquecida do mercado também contribuiu para aumentar a ocupação. De janeiro a junho deste ano, a demanda cresceu 21,5%.

"Desde 2004 o mercado vive um período de franca expansão com muitas promoções. Quando o colapso da Varig chegou, em junho, acabaram as promoções. Ninguém faz oferta com avião cheio", afirmou.

Atualmente a Varig opera com 15 aeronaves. Desse total, três ou quatro são usadas nas 36 freqüências diárias na ponte Rio/São Paulo. Desde 23 de setembro, a tarifa promocional para horários no início da manhã e no final da noite (durante a semana) e em todos os horários no fim de semana foi reduzida de R$ 169 para R$ 109.

Apesar dos sinais de recuperação, analistas afirmam que a estratégia de descontos agressivos pode não se manter no longo prazo. A retomada das operações da companhia em definitivo ainda depende da discussão sobre a redistribuição de linhas que não serão usadas na primeira etapa do plano apresentado à Agência Nacional de Aviação Civil.

A Varig também aumentou seu nível de regularidade (percentual de vôos que foram cumpridos). Em maio, no auge da crise, o índice foi de 62%. De 28 de setembro a 4 de outubro, o percentual no mercado doméstico foi de 97,2%. Parte desse resultado pode ser atribuída à operação com uma malha reduzida. A Varig voa atualmente para nove destinos.