O
Estado de São Paulo
11/03/2008
Pantanal não terá
novos prazos
Empresa nega que vá
parar, mas Anac assegura que autorização
de vôo será cancelada
Mariana Barbosa
Apesar
de ter sido comunicada pela Agência Nacional de
Aviação Civil (Anac) que sua concessão
de operadora de transporte aéreo, que vence no
dia 24 de março, não será renovada,
a Pantanal não reconhece a informação.
Quem liga na central de reservas (0800 6025888) é
informado que está “tudo normal”.
“A informação que passaram para
nós é de que isso não é
verdade, que a empresa não vai parar”,
disse a atendente.
A
diretoria da Anac tomou a decisão de não
renovar a concessão da Pantanal por falta de
certidões negativas de débito com Receita
e Previdência. O prazo para a empresa apresentar
as certidões venceu na última sexta-feira.
“O prazo acabou e não pode ser estendido”,
informou a Anac, por meio de sua assessoria de imprensa.
De acordo com a Anac, a empresa não está
impedida de solicitar um novo cheta - certificado que
habilita uma empresa a voar. Mas, para isso, ela terá
de “começar do zero”.
A
reportagem tentou entrar em contato com a direção
da companhia, sem sucesso. Na sede da empresa, a telefonista
afirma que não está autorizada a fornecer
o nome ou o telefone da assessoria de imprensa.
Atenta
à deterioração financeira da Pantanal
nos últimos meses, a Anac determinou, no dia
12 de fevereiro, que a companhia limitasse a venda de
bilhetes para um período de quinze dias. Na central
de reservas, a regra está sendo respeitada. Ontem,
só era possível comprar bilhetes para
voar até o dia 24. A partir dessa data, a empresa
aceita reserva, mas não vende o bilhete.
Essa
é a primeira vez que a Anac, ou seu antecessor
DAC, segue à risca a lei e caça o cheta
de uma companhia aérea. Varig, Vasp e Transbrasil
voaram bastante, apesar de inadimplentes com Receita
e Previdência.
Para
a técnica do Procon-SP, Márcia Christina
Oliveira, o consumidor deve estar atento a seus direitos.
“Caso o vôo não seja realizado, o
passageiro tem direito a endosso para viajar por outra
companhia”, explica Márcia. “O passageiro
também pode exigir o reembolso da passagem ou,
se a mesma foi paga no cartão de crédito,
o estorno no cartão.”
A
técnica do Procon acredita, no entanto, que a
paralisação dos vôos da companhia
não trará problemas. “Já
houve uma prevenção por parte da Anac,
com a limitação da venda dos bilhetes.”
Com
0,2% de participação de mercado, a Pantanal
liga o aeroporto de Congonhas ao interior de São
Paulo (Marília, Araçatuba, Bauru e Presidente
Prudente). Ela voa ainda para Mucuri (BA) e Juiz de
Fora (MG). Com a cassação do cheta, os
34 slots (horários para pousos e decolagens)
da Pantanal em Congonhas deverão ser redistribuídos
pela Anac.
A
Pantanal passou as últimas semanas tentando negociar
sua venda para a TAM, sem sucesso. Há muitos
interessados nos slots, mas ninguém disposto
a assumir a dívida que, segundo comenta-se no
mercado, seria superior a R$ 30 milhões.
A
Air Minas é uma dessas candidatas. Seu presidente,
Urubatan Helou, afirma que está tentando marcar
uma audiência na Anac para discutir uma saída
para a Pantanal. Mas, assim como 10 entre 10 empresários
do setor, quer os slots, mas quer não assumir
a dívida.
Invertia
11/03/2008
Pantanal deixa de voar no dia
25 de março, diz Anac
A
empresa Pantanal Linhas Aéreas não vai
mais operar a partir do dia 25 de março deste
ano, quando vence o certificado de homologação
de empresa de transporte aérea (Cheta). A Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac) informou
hoje que não irá renovar o certificado
que permite à companhia operar seus vôos.
A empresa deixou de enviar à agência documentos
que demonstrassem estar com impostos e contribuições
trabalhistas em dia.
A
Anac pede desde dezembro que a Pantanal apresente os
documentos necessários para renovação
da concessão. Desde então, a companhia
apresentou "sucessivos pedidos de dilatação
do prazo", mas foram indeferidos. O prazo para
que isso acontecesse se encerrou na última sexta-feira.
A medida foi tomada após uma denúncia
de que a empresa havia atrasado o salário dos
seus funcionários.
No
dia 12 de fevereiro, a agência comunicou a companhia
da "proibição de comercialização
de bilhetes para períodos superiores a 15 dias"
e, em 29 de fevereiro, deu prazo de cinco dias úteis
para a empresa apresentar os documentos, o que não
foi cumprido.
"Para
atender aos passageiros que já adquiriram bilhetes,
a companhia poderá voar até o dia 24 de
março de 2008. A companhia também poderá
vender bilhetes para os vôos já programados
até essa data", informou a Anac, por meio
de nota.
A
agência acrescenta que, se a companhia desejar
retornar suas operações, "terá
que encaminhar um pedido formal à Anac e seguir
todos os trâmites necessários para a concessão
de um novo Cheta".
A
Pantanal opera com seis aviões para as cidades
de Presidente Prudente, Araçatuba, Marília
e Bauru no interior de São Paulo, além
de Juiz de Fora em Minas Gerais e Mucuri na Bahia. Procurada
pela reportagem, a empresa não se pronunciou
sobre o assunto.
Site
Vide Versus
11/03/2008
Tarifa de permanência de
aviões em Congonhas começa a ser cobrada
Uma
tabela de valores de tarifas aeroportuárias de
embarque, pouso e permanência que serão
cobradas de passageiros e empresas aéreas foi
publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial
da União. As taxas valem apenas para o aeroporto
de Congonhas, em São Paulo.
Com
isso, os passageiros devem pagar R$ 13,08 de taxa de
embarque no terminal. Já para as aeronaves há
duas tarifas: a de pouso, que ficou em até R$
268,87, e a de permanência. Esta última
cobrança será feita por meio de um cálculo
que considera o peso máximo que a aeronave suporta
e o local que o avião ocupa no aeroporto, que
pode ser o pátio de manobras ou a área
de estadia. Os valores variam de R$ 27,33 (para aviões
de até uma tonelada) a cerca de R$ 2.600,00 (para
aqueles com mais de 300 toneladas).
O
objetivo da cobrança pela permanência das
aeronaves em Congonhas, anunciada no final do ano passado
pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, é fazer
com que as companhias aéreas cumpram os horários.
A taxa de permanência só será cobrada
se o avião permanecer no aeroporto por mais de
três horas. Dentro do período de isenção,
a tabela das tarifas de pouso também tem valores
diferentes. A aeronave que ficar até 60 minutos
no aeroporto paga R$ 1,67. O avião que ficar
de 151 minutos a 180 minutos paga o máximo, R$
268,87.
Coluna
Claudio Humberto
11/03/2008
Troca-troca
A Gol deixará de voar para algumas cidades do
interior paulista, deixando a TAM sozinha no mercado.
A TAM deixa de voar para algumas cidades do Sul, deixando
a Gol livre na área.
Mercado
e Eventos
10/03/2008 - 08:12h
Vem recebe certificação
da Easa para Airbus A300-600
A
Vem Manutenção e Engenharia recebeu homologação
da autoridade aeronáutica Européia Easa
(European Aviation Safety Agency), para manutenção
pesada e revisão geral de componentes no modelo
da fabricante Airbus A300-600. Menos de dois meses após
receber a certificação da Esa para a frota
A310, que ocorreu em janeiro passado, a empresa soma
mais essa capacitação.
A
Federal Aviation Administration (FAA) já havia
certificado a Vem para esses dois modelos da Airbus
(A300-600 e A310) em 2007 e para o modelo A300, em 2004.
Agora, além de oferecer serviços para
toda a frota Boeing B727, B737, B737NG, B747, B757,
B767, B777, BBJ, DC10 e MD-11, Embraer EMB-120, ERJ
145 e Legacy, Fokker F50 e F100, a Vem também
está capacitada para fornecer manutenção
para a frota Airbus A300, A300-600 e A310.