:::::RIO DE JANEIRO - 11 DE FEVEREIRO DE 2007 :::::

 
 

Isto É Dinheiro
11/02/2007
No rastro da VARIG
Interesse de grupo chileno forte na empresa lança corrida de concorrentes nacionais pelas rotas de longo curso
por daniel leb sasaki

A Varig começou a piscar novamente no radar de três grandes companhias aéreas. Duas delas, interessadas no controle total. A outra, tentando arrumar um meio de absorver grande parte das ações da empresa para, dessa forma, colocar os pés no Brasil. Nos últimos dias, uma delegação da chilena LAN Airlines desembarcou no Rio de Janeiro. O grupo, terceiro maior da América Latina, anunciou, por meio de Alejandro De La Fuente, seu vice-presidente de Finanças, que injetou US$ 17,1 milhões na Varig em setembro, conversíveis em ações preferenciais. “Mesmo que o montante do investimento não tenha um efeito significativo na companhia, ao exercer essa opção, a LAN pode deter uma parcela minoritária na Nova Varig”, diz o executivo. Como sentissem o perigo no ar, TAM e Gol, segundo fontes do mercado, decidiram entrar na corrida. Para a primeira, o troféu seria o fortalecimento das operações no Exterior, principalmente as linhas para a Europa, que a Varig pode perder se não assumir em quatro meses. A TAM já voa para Londres e Paris e iniciará Milão em março. Já a Gol, que teria até sondado investidores nos Estados Unidos dispostos a financiar parte da possível aquisição, reestruturaria sua operação para entrar num novo nicho de mercado. “A Gol nunca esperava um sucesso tão rápido e completo. Então, por que não rever o modelo?”, sugere Gianfranco Beting, especialista em aviação.

Foto: Frederic Jean
  Constantino Jr.: Gol manteria marca da Varig apenas nas rotas européias.

As duas concorrentes nacionais da Varig têm uma vantagem inicial sobre a LAN. É que a legislação aeronáutica brasileira limita a 20% a participação estrangeira em companhias de aviação. Para os chilenos entrarem, o fundo norte-americano Matlin Patterson, atual controlador da Varig, teria que sair de cena, pois já possui a cota limite. Ou isso, ou a lei atual precisará ser modificada para se adequar à situação. Algo parecido aconteceu em 2005, quando as aéreas foram incluídas na nova Lei de Falências, numa tentativa de salvar a Varig por vias técnicas. “A lei pode mudar. Há um projeto em andamento no Congresso que aumentará a participação estrangeira. Só não se sabe para quanto”, afirma um analista que preferiu o anonimato. Mesmo que isso não aconteça, a LAN ainda tem uma última carta na manga: comprar a Varig pela ABSA, uma empresa de cargas baseada em Campinas que ela controla desde novembro de 2001. Não é novidade o desejo dos chilenos de entrar no mercado brasileiro de aviação. No passado, a LAN procurou executivos da TAM com propostas de compra. Sem sucesso, adquiriu ações na ABSA e partiu para novos mercados na América do Sul, fundando subsidiárias na Argentina, Peru e Equador. Controlada pelas famílias Piñera e Cueto, hoje ela fatura US$ 2,5 bilhões ao ano, opera com 89 aeronaves e serve quatro continentes. Os donos acreditam que chegou a hora de rumar à terra prometida. Pelo menos, essa é a avaliação dos analistas de setor. “A demanda do transporte aéreo cresce muito rápido no Brasil, cerca de 14% ao ano, e representa 40% do mercado de toda a América Latina. Se a LAN quiser crescer, tem que ser aqui”, diz um consultor ouvido por DINHEIRO.

Foto: Ana Paula Paiva
  Marco a. Bologna: TAM extinguiria Varig para se fortalecer no Exterior.

Do lado brasileiro, TAM e Gol esquivam-se. “A empresa não vai se pronunciar sobre o assunto. Estamos tentando descobrir de onde vazou essa informação”, disse a assessoria de comunicação da Gol. Na TAM, a postura é semelhante. Eles não comentam sequer a recente troca de executivos-chave da companhia por profissionais egressos da Varig. E a própria Varig, por sua vez, prefere o discurso oficial: “A empresa confirma que a LAN fez o aporte como crédito e que esse aporte pode ser convertido em ações no futuro. Trata-se de um namoro entre dois grupos. Quanto à Gol e à TAM, negamos qualquer abordagem.” Mas, para um executivo que acompanha o setor de perto, já está em curso um plano de tomada de controle. “Tanto a Gol quanto a TAM sabem perfeitamente do peso da LAN no mercado internacional. E não a querem no Brasil. Elas não medirão esforços para ocupar esse espaço”, avalia. “O pai do Constantino Júnior (presidente da Gol) foi procurar o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) e este fez uma consulta à ministra Dilma Rousseff. Ela disse que não se oporia ao movimento da Gol.” Procurada pela DINHEIRO, a ministra, por meio de seus assessores, não confirmou o contato.

Alheia à movimentação das concorrentes, a Varig tenta, no momento, resolver problemas internos mais urgentes. Com tantos reveses, incertezas e elementos de suspense nessa história, será que o nome mais antigo na aviação comercial brasileira, prestes a completar 80 anos, sobreviverá à turbulência? As próximas semanas dirão.

US$ 17,1 milhões foi o valor que a LAN Airlines injetou na Varig em setembro

 

 

O Globo
10/02/2007 - 20h44m
Ancelmo Gois
Curva de Gois

É preciso que haja uma CPI para investigar a Infraero, tanto na época de FH como agora, na de Lula.

Para alegria de algumas empreiteiras, a estatal andou construindo e ampliando terminais - estranhas catedrais -, alguns ociosos.

Mas não cuidou como deveria de coisas mais simples, como a manutenção da pista de Congonhas e a segurança de vôo.

 

 

Site da Associação dos Mecânicos de Vôo da Varig - AMVVAR
10/02/2007
Em defesa do Vereador Pedro Porfírio

Pedro Porfírio foi o mais atuante jornalista a denunciar a fraude que se instalava no processo de “Recuperação Judicial da Varig”.

Convive o dia a dia dos trabalhadores, nessa luta para salvar a empresa e sua previdência suplementar. Sempre nos apoiou.

Pedro Porfírio foi cassado 24 horas após a sua posse, no último dia 01/02. Era suplente do Vereador Brizola Neto, que renunciou por ter sido eleito Deputado Federal.

A justificativa para a sua cassação é sua saída do PDT e retorno em 2006. O que é no mínimo estranho, pois a sua eleição como primeiro suplente foi legítima e empossado como tal e nada tem a ver com a troca de partido.

Pedro Porfírio não está só! Os milhares de trabalhadores e aposentados da Varig, não esquecem seu apoio. A Amvvar se solidariza com esse profissional que sempre apoiou os trabalhadores e a indústria nacional.

Conte conosco Vereador

AMVVAR

LEIA AQUI A NOTA DO VEREADOR PEDRO PORFÍRIO