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O
Globo
10/01/2006
Ancelmo Góis
Agência
Estado
09/01/2007 - 14h48m
COMPETIÇÃO DEVE BARATEAR
PASSAGEM AÉREA EM 2007
Em 2007, expectativa é
de crescimento de Varig e BRA.
Cerca de 66 aviões devem passar a voar neste ano.
Gol: redução do número de assentos
ocupados motivou queda da tarifa em dezembro Depois de tanto
sofrimento em 2006, o usuário de transporte aéreo
pode ter bons motivos para comemorar este ano. A competição
entre as empresas promete ser acirrada, com o resultado
se traduzindo em tarifas mais baratas. "Entre TAM,
Gol, Varig, BRA e OceanAir, podemos falar, com segurança,
em um acréscimo de 50 aviões no mercado doméstico
este ano", diz o consultor Paulo Sampaio. "É
quase uma nova Gol."
A
Gol tem hoje 66 aviões, em uso nos mercados doméstico
e internacional. Para preencher toda essa frota, diz Sampaio,
as empresas terão de adotar "tarifas bastante
competitivas". Os primeiros sinais de que o ano promete
em termos de tarifas mais baixas foi dado pela Gol. Quando
o sistema de reservas apontou para uma queda na ocupação
das aeronaves em dezembro, refletindo o temor do passageiro
com atrasos por causa da crise no controle aéreo,
a companhia reduziu sua tarifa média em 6%, na comparação
com dezembro de 2005.
Guerra
tarifária
Nesse mesmo período de comparação,
a taxa de ocupação da companhia caiu 6 pontos
percentuais, ficando em 69% no mês passado. "Veremos
muitas promoções no primeiro semestre, com
possibilidade de guerra tarifária no segundo semestre",
avalia Sampaio.
Em
2006, apesar dos percalços (acidente da Gol, crise
do controle aéreo e apagão da TAM), TAM e
Gol reinaram absolutas, dominando mais de 80% do mercado
brasileiro. Mesmo com os eventos do quarto trimestre afetando
seus balanços, as duas juntas devem registrar mais
de R$ 1 bilhão de lucro. Nesse ambiente, e também
para conter o avanço de concorrentes, as líderes
aceleraram as encomendas de aviões: a TAM deve incorporar
mais 16 aviões este ano e a Gol, mais 15.
As
duas terão de enfrentar dois concorrentes capitalizados
e com apetite para competir. No mercado, comenta-se que
BRA e Varig estão bastante agressivas em conversas
com fabricantes de aeronaves e empresas de leasing.
A
Varig corre contra o tempo, pois tem até o dia 15
para garantir os concorridos slots (espaços para
pousos e decolagens) de Congonhas, que pertenciam à
Varig velha e foram adquiridos em leilão pelos novos
investidores da companhia.
Segundo
o diretor de operações da Varig, John Long,
a empresa deverá concentrar as operações
em Congonhas, com mais vôos diretos. "Teremos,
na medida do possível, os aviões dedicados
a uma rota específica, o que ajuda a reduzir atrasos",
afirma Long.
BRA
e Varig
Para o analista Paulo Sampaio, esse modelo ponto a ponto
de que fala a Varig, com vôos partindo de um mesmo
aeroporto e com etapas médias mais longas, permite
operar com rentabilidade mesmo que com aviões menores.
"É um modelo muito diferente de uma operação
que emenda um vôo no outro. No modelo pinga-pinga,
adotado pela TAM e pela Gol, você consegue reduzir
o custo por assento colocando o maior número de passageiros
dentro de aviões de maior porte."
A
Varig também tenta fisgar o passageiro pelo estômago,
com serviço de bordo diferenciado. Além do
famoso hambúrguer de picanha, motivo de propaganda
em outdoors, a empresa anunciou na segunda-feira (8) um
novo cardápio de verão para os vôos
da Ponte Aérea, que inclui sorvetes e outros doces.
Na
outra ponta do mercado, com um foco no mercado de renda
mais baixa, está a BRA, que em breve deve anunciar
mudanças em seu modelo de operações.
Em dezembro, o fundo Brazilian Air Partners do Brasil, formado
por um grupo de investidores estrangeiros e brasileiros,
incluindo Goldman Sachs e o fundo Gávea, de Armínio
Fraga, adquiriu 20% da companhia.
"Uma
mudança de perfil é esperada", avalia
Sampaio. "Os novos investidores deverão passar
uma borracha no modelo de operações atual,
que é pouco eficiente ao estabelecer poucas freqüências
para muitos destinos, e montar uma companhia praticamente
nova."
Jornal
Opção Turismo
09/01/2007 - 09:00h
Varig juntar se á à
Oneworld
A companhia aérea brasileira Varig, vai abandonar
a Star Alliance no final deste mês, uma vez que a
reestruturação da empresa já não
obedece aos critérios estabelecidos pelos sócios
do grupo aéreo.
Assim, a Varig integrará o grupo Oneworld que reforçará
assim a sua posição na América do Sul.
Ainda este ano, irão juntar-se a Japan Airlines e
as suas filiais: JALways, Japan Ásia Airways, JAL
Express, J-Air e Japan Transocean Air; Malev, Royal Jordanian
e Dragonair.
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