O Estado de São Paulo
09/10/2007
Aeroportos agora têm
juizados para queixas de atraso
Postos vão funcionar,
a princípio, até 31 de janeiro; no 1.º
dia, passageiros da TAM e BRA assinaram acordos
Alexandre Rodrigues, Rodrigo Brancatelli
e Talita Figueiredo
Em uma ação inédita, as Justiças
Federal e Estadual se uniram em salas de pouco mais
de 10 metros quadrados para tentar ajudar os passageiros
nos principais aeroportos. Começaram a funcionar
nesta segunda cinco unidades de juizados especiais cíveis
em Congonhas e Cumbica (São Paulo), Santos Dumont
e Tom Jobim (Rio), e Juscelino Kubitschek (Brasília).
Só ontem, 17 pessoas utilizaram o serviço.
Em Cumbica, 15 passageiros do vôo 1001 da BRA,
que sofreu uma despressurização na cabine,
entraram com queixas por terem perdido as conexões.
Por falta de tempo, os casos não puderam ser
resolvidos no aeroporto.
Mas também em Cumbica houve acordo entre o administrador
Silvio Sebastião da Silva e a TAM. Alegando falta
de informações da companhia, Silva embarcou
ontem de Belo Horizonte e desceu em Congonhas, na zona
sul de São Paulo - e não em Cumbica, onde
teria conexão para os Estados Unidos. Pediu ressarcimento
das despesas com hospedagem, alimentação,
transporte e multa da companhia americana. Segundo o
Procon, a TAM fez acordo de cerca de R$ 1 mil.
Em Congonhas, um passageiro acionou a Varig para reclamar
a devolução da taxa de embarque de um
vôo de julho. Não houve acordo. No Tom
Jobim, o vôo de Suzana Maria Miranda Palma, que
trabalha no Ministério Público Federal,
em Brasília, estava atrasado havia cerca de seis
horas. Ela seguiria pela BRA. No Juizado, conseguiu
a remarcação do vôo no primeiro
avião da empresa que decolou para a cidade, minutos
após assinar a conciliação.
“Talvez estejamos chegando um pouco atrasados,
mas tivemos problemas de burocracia para criar estruturas
e treinar juízes e conciliadores”, disse
o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Gilson
Dipp, que coordenou a comissão que instalou os
juizados. “Só a presença da Justiça
já criará um momento de tranqüilidade,
um fator de equilíbrio para o usuário.”
Instalados em caráter de emergência até
31 de janeiro, os juizados vão realizar audiências
de conciliação para resolver impasses
com cancelamentos, atrasos e overbooking (venda de passagens
acima do número de assentos disponíveis).
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra
Ellen Gracie, afirmou que a crise aérea ainda
não está inteiramente superada, mas o
número de processos judiciais de passageiros
contra companhias e governo pode cair com a instalação
dos postos. “Eles são conciliatórios.
Teremos sempre presente um representante da companhia,
a quem vai ser colocada a questão que não
foi resolvida no balcão”, disse, após
inaugurar o posto do Aeroporto Santos Dumont, no fim
da manhã. Antes, ela havia inaugurado a unidade
do Aeroporto Tom Jobim, em cerimônia que contou
com a presença do ministro da Justiça,
Tarso Genro.
Em Congonhas e Cumbica, os juizados serão operados
em conjunto pelo Tribunal Regional Federal da 3ª
Região e pelo Tribunal de Justiça de São
Paulo. Funcionarão todos os dias, incluindo fins
de semana e feriados - de segunda a sexta-feira, das
11 às 19 horas, e nos demais dias, das 14 às
20 horas. O convênio pode ser prorrogado. Mas
Ellen disse esperar que, até o fim do ano, o
setor “esteja em céu de brigadeiro”.
A ministra disse que em alguns países há
sistemas que, com a confirmação do atraso
pelo passageiro, emitem automaticamente vauchers de
alimentação. “Quem sabe, um dia,
não chegaremos lá?”
Será gratuito o atendimento nos juizados especiais:
qualquer pessoa que se sentir prejudicada por atrasos
ou cancelamentos poderá entrar com processo,
sem advogado, apenas com RG, CPF, passagem, passaporte
(em caso de vôo internacional) e comprovante de
residência. Antes de os juízes entrarem
em ação, conciliadores do Tribunal de
Justiça tentarão fazer acordo entre as
partes.
Segundo o Conselho Nacional de Justiça, idealizador
da proposta, o acordo terá força de sentença.
Se não acontecer conciliação, a
queixa será registrada com um juiz estadual (ações
contra companhias aéreas) ou federal - quando
envolver a Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac) ou a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura
Aeroportuária (Infraero). Os juizados devem começar
a funcionar de fato durante o feriado de Nossa Senhora
Aparecida. “O juizado será apenas um caminho”,
alertou o desembargador José Araldo, coordenador
dos postos em Congonhas e Cumbica. “Não
podemos acreditar que teremos todas as soluções.”
O Estado de São Paulo
09/10/2007
Lula cria Secretaria de Aviação
Civil e concentra poderes em Solange Vieira
Assessora do ministro da Defesa
ocupa novo cargo e será também secretária
executiva do Conac, que controla sistema de aviação
no País
Tânia Monteiro
Enquanto não consegue o afastamento do presidente
da Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac), Milton Zuanazzi, do cargo, o ministro da Defesa,
Nelson Jobim, dá prosseguimento à reestruturação
do setor. Na sexta-feira, atendendo ao pedido do ministro
da Defesa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
assinou decreto criando a Secretaria de Aviação
Civil (SAC), que terá três departamentos:
de Política de Aviação Civil, de
Infra-Estrutura Aeroportuária Civil e de Infra-Estrutura
de Navegação Aérea.
Inicialmente, a Secretaria de Aviação
Civil será chefiada pela economista e assessora
especial de Jobim, Solange Paiva Vieira. A idéia
inicial de Jobim era criar a nova secretaria, cujo titular
será o secretário executivo do Conselho
Nacional de Aviação Civil (Conac), para
controlar, com mão de ferro o sistema de aviação
civil do País, tendo sob sua coordenação
a Infraero, a Anac e o Departamento do Controle do Espaço
Aéreo (Decea), vinculado à Aeronáutica.
Com isso, o ministro pensou em nomear Solange Vieira
para este cargo, em definitivo.
Mas, diante das dificuldades enfrentadas na Anac, Jobim
preferiu que ela assumisse apenas inicialmente a nova
secretaria, até que seja reestruturada, para,
posteriormente, indicá-la para ocupar a presidência
da Anac, no lugar de Zuanazzi.
De acordo com o decreto que criou a SAC, o novo órgão
terá a tarefa de assessorar o ministro da Defesa
na coordenação e supervisão dos
órgãos e entidades responsáveis
pela gestão, regulação e fiscalização
da aviação civil, da infra-estrutura aeroportuária
civil e da infra-estrutura de navegação
aérea civil vinculados ao Ministério da
Defesa. Caberá ainda à SAC elaborar estudos,
projeções e informações
relativos aos assuntos de aviação civil,
de infra-estrutura aeroportuária e de infra-estrutura
de navegação aérea, além
de assessorar o ministro da Defesa na formulação
de todas as diretrizes da política nacional de
aviação civil.
CPI DO APAGÃO
O ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal,
suspendeu na sexta-feira a quebra dos sigilos bancário,
fiscal e telefônico de Sandra Helena Draghetta
Carvalho, ex-mulher de Carlos Alberto Carvalho, sócio
da empresa Aeromídia, acusada de irregularidades
em contratos com a Infraero. Os dois são investigados
pelo Senado na CPI do Apagão Aéreo.
O Estado de São Paulo
09/10/2007
Sai o caos aéreo, entra
o dólar barato
Tudo indica que as imagens do caos nos aeroportos
brasileiros começam a sair da memória
dos passageiros. O dólar barato ajuda a esquecer
filas de espera, atrasos em embarques e cancelamento
de vôos. Depois de uma queda de 3,7% em agosto,
o transporte aéreo no País cresceu 6,7%
em setembro. No mercado internacional, os números
são mais impressionantes: o número de
passageiros transportados subiu 39,8%. A TAM continua
na liderança do mercado doméstico, posto
conquistado em 2002, com participação
de 48,15%. A Gol vem em seguida com 39,05%.
O Estado de São Paulo
09/10/2007
FAB pede prisão de controlador
de vôo
Militares usaram como prova
texto postado por ele no Orkut, em agosto
Bruno Tavares
O comando da Aeronáutica pediu a prisão
administrativa do controlador Moisés Gomes de
Almeida, vice-presidente da Federação
Brasileira das Associações de Controladores
de Tráfego Aéreo (Febracta). Apontado
como um dos articuladores do motim que paralisou o tráfego
aéreo do País em 30 de março, Almeida
responde por incitamento e insubordinação.
A prova usada pelos militares para instaurar o procedimento
é um texto postado em agosto no site de relacionamentos
Orkut.
Nesse texto, Almeida conclamava a categoria a fazer
doações para o pagamento de um parecer
encomendado ao jurista Marcelo Neves sobre o controle
de tráfego aéreo de diversos países.
Embora não tenha citado a Força Aérea
Brasileira (FAB), o controlador aproveitou para fazer
críticas veladas à instituição.
O teor da mensagem acabou chegando aos ouvidos dos comandantes,
que decidiram abrir um processo administrativo com o
objetivo de puni-lo. “Essa caça às
bruxas não vai resolver os problemas no tráfego
aéreo do País”, protestou o advogado
da Febracta, Roberto Sobral.
Em sua defesa, o controlador argumentou que os militares
não tinham o direito de usar informações
de uma página pessoal para processá-lo.
A decisão final sobre uma eventual punição
caberá ao brigadeiro Antonio Gomes Leite Filho,
chefe do Comando Aéreo Regional (VI Comar), unidade
para a qual Almeida foi transferido após o afastamento
de toda a chamada “liderança negativa”
do centro de controle de vôo de Brasília
(Cindacta-1).
Essa não é a primeira vez que Almeida
é punido por seus superiores. Em junho, a Aeronáutica
já havia decretado a prisão administrativa
dele, por causa de uma entrevista concedida à
Rádio CBN.
Hoje, a defesa dos controladores entregará ao
procurador-geral da República, Antônio
Fernando Souza, uma denúncia crime contra o comandante
da FAB, brigadeiro Juniti Saito. A alegação
é de que Saito expôs a risco o tráfego
aéreo ao determinar que os oficiais deixassem
os postos de comando dos Cindactas nos dias seguintes
ao motim. O advogado também requisita a realização
de uma perícia internacional, a fim de detectar
eventuais deficiências do sistema.
O pedido já havia sido feito à Justiça
Federal em Sinop (MS), onde tramita o processo criminal
contra os controladores envolvidos na colisão
entre o jato Legacy e o Boeing 737-800 da Gol, mas foi
negado pelo juiz Murilo Mendes.
Jornal do Brasil
09/10/2007
Acordo de indenização
no 1º dia
Kayo Iglesias
A mesa do coquetel mal havia sido desmontada quando
a advogada Suzana Maria Miranda Palma, 30 anos, chegou
ao balcão do Juizado Especial Cível do
Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Galeão,
inaugurado menos de uma hora antes, na manhã
de ontem, pelos ministros Ellen Gracie, presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF), e Tarso Genro, da Justiça.
Indignada com o cancelamento de seu vôo que partiria
às 8h30 para Brasília, ela foi a primeira
brasileira a receber atendimento nos postos dos juizados
especiais nos principais aeroportos. Além do
Galeão foram abertos outros quatro - no Santos
Dumont, Rio, em Congonhas e Guarulhos, São Paulo,
e no Juscelino Kubitschek, Brasília.
Suzana, que pediu 20 salários mínimos
de indenização por danos materiais e morais,
saiu satisfeita com dois - ou o preço de três
passagens - depois de acordo com a BRA. Segundo a assessoria
do Tribunal de Justiça do Rio, ela foi o único
usuário atendido no Estado até o fim da
tarde de ontem. A Justiça de São Paulo
registrou 16 atendimentos.
Mas se não fosse a ajuda da família,
talvez a advogada não tivesse conseguido voltar
para casa ontem. Ao ouvir de um funcionário da
companhia aérea a frase "manda quem tem
compromisso se virar por conta própria",
Suzana ligou para a irmã, que comentou da abertura
dos juizados. Quando achou o balcão, funcionários
ainda instalavam a fiação telefônica
da unidade.
- Ainda não sabemos qual vai ser o tamanho da
nossa demanda, mas nosso principal papel vai ser o de
encontrar uma conciliação entre passageiros
e empresas - comentou a juíza Isabela Lobão
dos Santos, do 20º Juizado Especial Cível,
escalada pelo Tribunal de Justiça para coordenar
o posto do Galeão.
Perguntado por que os juizados haviam sido instalados
um ano depois do início da crise aérea,
o ministro Tarso Genro sacou a explicação:
- Tudo na vida tem seu tempo de maturação.
A presidente do STF também justificou a demora
na iniciativa.
- Não tomamos uma atitude antes porque antes
não havia tido uma crise nestas proporções.
Quando a crise surgiu, nós começamos a
planejar, e o resultado está se colhendo agora
- alegou Ellen Gracie.
Os juizados especiais cíveis dos aeroportos
têm a atribuição de receber reclamações
de passageiros sobre ocorrências como atraso ou
cancelamento de vôos, roubo ou violação
de bagagem, overbooking e falta de informações.
Funcionam das 9h às 21h de segunda a sexta-feira
e das 14h às 20h aos sábados, domingos
e feriados.
Jornal do Brasil
09/10/2007
Incidente com avião da
BRA
Um avião da BRA que fazia o vôo 1001 (Porto
Alegre-São Paulo) na manhã de ontem sofreu
despressurização no ar e teve que retornar
ao Aeroporto Salgado Filho. Os 145 passageiros passaram
pelo susto logo depois da decolagem, às 8h20.
O problema aconteceu quando a aeronave sobrevoava Curitiba,
e o piloto resolveu baixar a altitude para oferecer
mais conforto aos passageiros. Segundo a assessoria
de imprensa da companhia aérea, as máscaras
de oxigênio não chegaram a ser acionadas.
O avião foi encaminhado para manutenção
e, na tarde de ontem, voltou a operar normalmente, de
acordo com a empresa.
A BRA disponibilizou outra aeronave para levar os passageiros
até São Paulo. O grupo partiu do Aeroporto
de Porto Alegre às 12h30 com destino ao Aeroporto
Internacional de Cumbica, em Guarulhos.
Valor Econômico
09/10/2007
Demanda aérea volta a crescer
após retração em agosto
Roberta Campassi
A demanda dos passageiros aéreos voltou a crescer
em setembro após ter registrado queda em agosto,
de acordo com os números divulgados ontem pela
Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac) que incluem dados de 19 companhias aéreas
brasileiras.
No mês passado, a demanda doméstica de
passageiros (medida pelo número de passageiros
multiplicado pelo total de quilômetros percorridos)
cresceu 6,7%, na comparação com o mesmo
mês de 2006. Em agosto deste ano, a demanda havia
caído 3,7%, como reflexo do acidente com o vôo
3054 da TAM ocorrido em 17 de julho.
Já a oferta de assentos cresceu 20,2% em setembro.
A taxa de ocupação média no mês
ficou em torno de 64% - superior ao mês de agosto,
quando a ocupação foi de 59%, mas inferior
a setembro de 2006, quando o aproveitamento dos vôos
foi de 72%.
A participação doméstica das
empresas não mudou radicalmente de um ano para
outro. Em setembro, TAM e Gol ficaram com 48,1% e 39%,
respectivamente. A BRA ficou com 4,6%, a OceanAir com
2,6% e a Varig (VRG) com 2,5%.
Já a demanda no mercado internacional cresceu
39,8% em setembro, na comparação anual.
A oferta subiu 55,7%. O resultado foi uma ocupação
em torno de 66%, contra 73% no mesmo mês de 2006
e 63% em agosto deste ano. A TAM ficou com 69,8% dos
vôos internacionais. Já Gol e Varig, que
fazem parte do mesmo grupo, abocanharam 26% do mercado.
A BRA ficou com 3,8% e a OceanAir, que estreou no mercado
internacional no fim de agosto, com vôos para
a Cidade do México, teve participação
de 0,07% e taxa de ocupação de apenas
3%.
Folha de São Paulo
09/10/2007
Na inauguração de
juizado, passageira ganha indenização
de R$ 760 em uma hora
Márcia Foletto/Agência O
Globo
DA SUCURSAL DO RIO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Em uma hora, a advogada Suzana Maria Miranda Palma,
30, reclamou na Justiça do Rio de Janeiro e ganhou
ontem dois salários mínimos (R$ 760) de
indenização pelo atraso de seis horas
em seu vôo para Brasília. A BRA tem dez
dias para fazer o pagamento.
Ela foi a primeira a utilizar o Juizado Especial Cível
instalado ontem no aeroporto Antônio Carlos Jobim.
Foram inauguradas também unidades dos juizados
nos aeroportos Santos Dumont (Rio), Juscelino Kubitschek
(Brasília) e Congonhas e Cumbica (São
Paulo). Esses são os primeiros juizados em aeroportos
do país.
O objetivo é realizar audiências de conciliação
entre os usuários e as companhias aéreas
e evitar novos processos.
"O dinheiro é o que menos importa. Quero
que sirva como sanção para que [o problema]
não aconteça com a freqüência
que acontece hoje em dia", disse Palma. O advogado
da BRA, Frederico Amaral Filho, inicialmente argumentou
que a empresa havia cumprido suas obrigações
legais -oferecendo refeição e realocando
a passageira em outro vôo- e que a empresa não
devia pagar a indenização. Palma não
aceitou. Ao final da audiência, foi acordado o
valor de R$ 760.
"Temos a imagem [durante o caos aéreo] de
mães com crianças pequenas tendo que se
sentar no chão, crianças e idosos desorientados.
Aqui o cidadão vai encontrar a solução
que não encontrou nos balcões da companhia",
afirmou no Rio a presidente do Supremo Tribunal Federal,
Ellen Gracie. A ministra também inaugurou o juizado
do aeroporto de Brasília.
São Paulo
Em São Paulo, as salas dos juizados estão
praticamente escondidas. Em Cumbica, duas placas -de
cerca de 2 m de largura por 0,5 m de altura- indicam
onde fica o juizado: atrás dos balcões
da OceanAir, no terminal 1 do aeroporto.
Em Congonhas, a entrada para o juizado é indicada
por papéis colados em uma parede e em uma placa.
O atendimento é feito em uma sala em cima do
balcão de check-in da Gol.
A Infraero afirma que, em Congonhas, a sinalização
ainda é provisória. Em Guarulhos, diz
que a identificação está de acordo
com o padrão.
Segundo balanço divulgado no final do dia pelo
Tribunal de Justiça de São Paulo, houve
17 atendimentos em Guarulhos e em Congonhas. Desse total,
16 foram em Cumbica, mas somente um caso foi solucionado.
Nos outros 15 -registrados por conta de um atraso de
um vôo da BRA- não houve acordo. A assessoria
de imprensa da companhia não foi encontrada para
comentar.
(ITALO NOGUEIRA, JOHANNA NUBLAT e RAFAEL
TARGINO)
Folha de São Paulo
09/10/2007
Chefe da Anac não sai,
e Solange vai para secretaria
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Fracassada a tentativa de forçar a renúncia
de Milton Zuanazzi, presidente da Anac (Agência
Nacional de Aviação Civil), o ministro
Nelson Jobim (Defesa) anunciou ontem a acomodação
da economista Solange Vieira à frente da recém-criada
SAC (Secretaria de Aviação Civil), órgão
que chefiará os órgãos responsáveis
pela aviação civil no país.
A acomodação, de acordo com o ministério,
é temporária. A renúncia de Zuanazzi
ainda é aguardada no governo. Os outros quatro
diretores da agência já saíram -Denise
Abreu, Jorge Velozo, Josef Barat e Leur Lomanto- e ele
chefia sozinho a agência.
"Solange será indicada no momento em que
o presidente Zuanazzi se retirar", disse Jobim
ontem no Rio de Janeiro, sem indicar prazos. O nome
de Solange Vieira já havia sido levado por Jobim
e aprovado pelo presidente Luiz Inácio Lula da
Silva.
A aprovação dos três diretores já
indicados está lenta. Apenas um foi sabatinado
pelo Senado, mas aguarda aprovação em
plenário. Os outros dois nomes nem sequer chegaram,
segundo informou a Comissão de Infra-Estrutura
do Senado, que é responsável pela análise.
"Só com
o presidente"
"Hoje a Anac funciona só com o presidente",
disse Jobim. "Com três aprovados, teremos
as condições de, tomada a posse, examinar
a questão do presidente Zuanazzi. Por enquanto,
Solange vai assumir a Secretaria de Aviação
Civil."
Criada por decreto presidencial na semana passada, a
SAC terá três departamentos -Política
de Aviação Civil, Infra-Estrutura Aeroportuária
e Infra-Estrutura de Navegação Aérea
-que seguem as atribuições dos órgãos
que comandará: Anac, Infraero (estatal que administra
os aeroportos do país) e Aeronáutica.
Um dos postos deve ser ocupado por outro assessor especial
do ministro para o setor, o brigadeiro Jorge Godinho.
Afastamento
Zuanazzi, afastado de eventos públicos, negocia
politicamente sua permanência na Anac. Uma das
hipóteses é manter uma das cinco diretorias,
mas não a presidência.
Folha de São Paulo
09/10/2007
AVIAÇÃO
GOL GANHA ESPAÇO DA TAM
EM SETEMBRO
A fatia da TAM no mercado doméstico encolheu
de 51,19% em setembro de 2006 para 48,15% no mesmo mês
deste ano. A Gol, por sua vez, viu aumento da participação
de 36,55% para 39,05% no mesmo período, de acordo
com dados da Anac.
Coluna Claudio humberto
09/10/2007
Aeroportos deficitários
O brigadeiro Cleonilson Nicácio Filho, diretor
de Operações da Infraero, reagiu com bom
humor à pretendida privatização
dos cinco mais lucrativos aeroportos: "Por que
não vender os de Tefé, Tabatinga, Forquilinhas,
Juiz de Fora e Bagé?" São os mais
deficitários, mantidos pelos mais lucrativos.
Site Panrotas
08/10/2007 - 17:26h
Webjet prepara entrada no mercado
internacional
A compra da Webjet pela holding
CVC está fazendo bem à companhia. Depois de anunciar
um agressivo plano de aumento da frota, que prevê a
aquisição de dez aeronaves até 2009 – atualmente estão
em operação dois aviões – por meio de contratos de leasing,
a empresa aérea carioca já planeja sua entrada no mercado
internacional com vôos regulares.
Segundo o diretor Comercial da Webjet, Paulo Patrício,
a empresa já tem autorizações para realizar vôos fretados
em todos os países da América do Sul. “Esse fato somado
à chegada de novos equipamentos vai permitir que o plano
de rotas internacionais seja desenvolvido”, disse Patrício.
Em novembro a Webjet recebe sua terceira aeronave, que
entrará em operação já em dezembro, ligando as cidades
de Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte aos novos
destinos que serão operados: Maceió e Recife. Até dezembro
será incorporada a quarta aeronave à frota com o objetivo
de reforçar vôos para os destinos onde já opera.
Ainda segundo o diretor, a partir da chegada da sexta
aeronave, no segundo semestre de 2008, a Webjet começará
a trabalhar sua entrada no mercado paulista, através
de Viracopos ou Guarulhos.
O Dia - Economia
08/10/2007 15:08h
Ministra: crise aérea não
acaba com passe de mágica
Brasília - Depois de mais de um ano de crise
aérea, a presidente do Supremo Tribunal Federal,
Ellen Gracie, inaugurou nesta segunda-feira, no Rio,
o primeiro juizado de conciliação entre
passageiros e empresas aéreas, e afirmou que
os problemas no setor ainda não acabaram.
"A crise está menos aguda porque ela tem
causas estruturais muito amplas. Não podemos
imaginar que num passe de mágica ela se resolva.
As autoridades estão tomando providências
e nós do Judiciário estamos complementando
com aquilo que cabe na nossa competência",
disse a ministra a jornalistas, na inauguração
do juizado especial de conciliação, no
aeroporto Santos Dumont.
Segundo ela, ainda são registrados alguns atrasos
e cancelamentos de vôo no País, mas o governo
está tentando resolver o problema e organizar
a malha aérea. "As autoridades do poder
Executivo já tomaram uma série de medidas...
que já esvaziaram bastante aquela crise inicial
que vimos".
Ainda hoje, Ellen Gracie vai inaugurar juizados especiais
nos aeroportos de Congonhas e Cumbica, em São
Paulo, e no aeroporto de Brasília. Os juizados
vão atender casos de overbooking, atrasos, cancelamentos
de vôos, extravio e violação de
bagagens entre outros.
Ao ser questionada sobre a demora na instalação
desses juizados, a ministra disse que foi a crise que
alertou para o problema nos aeroportos brasileiros.
"Não tomamos uma atitude antes, porque
antes não tinha havido uma crise nestas proporções.
Quando a crise surgiu nós começamos a
planejar e o resultado está se colhendo agora".
O ministro da Justiça, Tarso Genro, presente
à inauguração, também minimizou
a demora na instalação dos juizados e
disse que "tudo na vida tem um tempo de maturação".
As informações são
do Terra