O
Estado de São Paulo
09/01/2007
Com novos aviões, tarifas podem
cair
Chegada de 50 novas aeronaves
este ano aumenta a disputa entre as empresas e pode trazer
mais promoções
Mariana Barbosa
Depois
de tanto sofrimento em 2006, o usuário de transporte
aéreo pode ter bons motivos para comemorar este ano.
A competição entre as empresas promete ser
acirrada, com o resultado se traduzindo em tarifas mais
baratas. 'Entre TAM, Gol, Varig, BRA e OceanAir, podemos
falar, com segurança, em um acréscimo de 50
aviões no mercado doméstico este ano', diz
o consultor Paulo Sampaio. 'É quase uma nova Gol.'
A
Gol tem hoje 66 aviões, em uso nos mercados doméstico
e internacional. Para preencher toda essa frota, diz Sampaio,
as empresas terão de adotar 'tarifas bastante competitivas'.
Os
primeiros sinais de que o ano promete em termos de tarifas
mais baixas foi dado pela Gol. Quando o sistema de reservas
apontou para uma queda na ocupação das aeronaves
em dezembro - refletindo o temor do passageiro com atrasos
por causa da crise no controle aéreo -, a companhia
reduziu sua tarifa média em 6%, na comparação
com dezembro de 2005.
Nesse
mesmo período de comparação, a taxa
de ocupação da companhia caiu 6 pontos porcentuais,
ficando em 69% no mês passado. 'Veremos muitas promoções
no primeiro semestre, com possibilidade de guerra tarifária
no segundo semestre', avalia Sampaio.
Em
2006, apesar dos percalços - acidente da Gol, crise
do controle aéreo e apagão da TAM -, TAM e
Gol reinaram absolutas, desfrutando, juntas, de mais de
80% do mercado. Mesmo com os eventos do quarto trimestre
afetando seus balanços, as duas juntas devem registrar
mais de R$ 1 bilhão de lucro. Nesse ambiente, e também
para conter o avanço de concorrentes, as líderes
aceleraram as encomendas de aviões: a TAM deve incorporar
mais 16 aviões este ano e a Gol, mais 15.
As
duas terão de enfrentar dois concorrentes capitalizados
e com apetite para competir. No mercado, comenta-se que
BRA e Varig estão bastante agressivas em conversas
com fabricantes de aeronaves e empresas de leasing.
A
Varig corre contra o tempo, pois tem até o dia 15
para garantir os concorridos slots (espaços para
pousos e decolagens) de Congonhas, que pertenciam à
Varig velha e foram adquiridos em leilão pelos novos
investidores da companhia.
Segundo
o diretor de operações da Varig, John Long,
a empresa deverá concentrar as operações
em Congonhas, com mais vôos diretos. 'Teremos, na
medida do possível, os aviões dedicados a
uma rota específica, o que ajuda a reduzir atrasos',
afirma Long.
Para
o analista Paulo Sampaio, esse modelo ponto a ponto de que
fala a Varig, com vôos partindo de um mesmo aeroporto
e com etapas médias mais longas, permite operar com
rentabilidade mesmo que com aviões menores. 'É
um modelo muito diferente de uma operação
que emenda um vôo no outro. No modelo pinga pinga,
adotado pela TAM e pela Gol, você consegue reduzir
o custo por assento colocando o maior número de passageiros
dentro de aviões de maior porte.'
A
Varig também tenta fisgar o passageiro pelo estômago,
com serviço de bordo diferenciado. Além do
famoso hambúrguer de picanha - motivo de propaganda
em outdoors - a empresa anunciou ontem um novo cardápio
de verão para os vôos da Ponte Aérea,
que inclui sorvetes e outros quitutes.
Na
outra ponta do mercado, com um foco no mercado de renda
mais baixa, está a BRA, que em breve deve anunciar
mudanças em seu modelo de operações.
Em dezembro, o fundo Brazilian Air Partners do Brasil ,
formado por um grupo de investidores estrangeiros e brasileiros,
incluindo Goldman Sachs e o fundo Gávea, de Armínio
Fraga, adquiriu 20% da companhia. 'Uma mudança de
perfil é esperada', avalia Sampaio. 'Os novos investidores
deverão passar uma borracha no modelo de operações
atual - que é pouco eficiente ao estabelecer poucas
freqüências para muitos destinos - e montar uma
companhia praticamente nova.'
Mercado
e Eventos
08/01/2007 - 17:43h
Varig contraria acordo e fica em SP
Contrariando acordo assinado com o governo do estado em
2004 para a manutenção da sede administrativa
da Varig no Rio de Janeiro, a companhia anunciou que a partir
do dia 15 suas operações vão estar
centradas no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
A preferência da companhia aérea pela cidade
de São Paulo justifica-se por se tratar do mercado
aéreo mais movimentado e rentável do país,
segundo o site Mercado & Eventos. A partir do término
do prazo de reestruturação da Varig, no próximo
dia 15, a companhia irá funcionar com 19 aeronaves,
que atenderão a 14 destinos nacionais e quatro no
exterior.
Mesmo depois de obter o Certificado de Homologação
de Empresa de Transporte Aéreo (Cheta) da Anac em
dezembro, a companhia tem demonstrado que não cresceu
muito. Os cinco novos aviões e os cinco destinos
nacionais não foram suficientes para que mantivesse
sua antiga malha. Apesar da normalização,
a Varig ainda vai perder grande parte das rotas a que tinha
direito no início do processo de falência.
Além disso, a indisponibilidade de aviões
no mercado internacional impediu que a Varig assumisse todas
as suas rotas. A nova empresa quase não tinha aeronaves,
pois os antigos pertenciam, em sua maioria, a empresas de
leasing. Mas a companhia trabalha com a possibilidade de
anunciar novas rotas ainda em janeiro, segundo anunciou
o diretor de Planejamento da Nova Varig, Luis André
Patrão.
Jornal
de Turismo
Segunda-feira, 8 de Janeiro de 2007 (15:30
Varig lança cardápio
de verão na ponte aérea
A
partir deste sábado, a Varig começa a servir,
na ponte aérea Rio/São Paulo, um novo serviço
de bordo, adequado à temperatura do verão.
Além
de diversos sanduíches e frutas, a grande novidade
serão os sorvetes nos sabores morango, maracujá
e limão para os lanches servidos entre as principais
refeições. Dependendo do dia, o café
da manhã terá crepes com frios e geléia
de maçã, waffles com frios ou ricota e tomates
frescos, sanduíches quentes de recheios e pães
variados, como o pão de batata, ou misto quente.
No almoço, serão servidos sanduíches
quentes de pães e recheios diversos.
O sorvete que faz parte do lanche é do tipo sorbet,
mais leve e refrescante, feito com uma tradicional receita
da cozinha francesa, sem leite ou creme na sua composição.
Além de servido nos horários de lanche, o
sorvete será a sobremesa do happy hour, nos vôos
da ponte aérea que começam no fim da tarde.
Neste horário, o cardápio de verão
também vai incluir sanduíches de baguetes
com recheios de salame, rúcula, mussarela de búfala
e tomate seco; rosbife e molho de raiz forte; pastrame com
molho de mostarda e fatias de frango grelhado com ervas
e molho pesto.
Todas as refeições são acompanhadas
de sucos, mate e refrigerantes. No café da manhã
ainda são servidos iogurte, café com leite
e cafezinho e no happy hour, o cliente pode optar também
pela cerveja.
E o verão também é o tema dos novos
modelos de embalagens do serviço de bordo na ponte
aérea Varig. O projeto Terra Brasil foi criado pela
empresa para divulgar, nas caixinhas das refeições,
a arte brasileira aos passageiros dos seus vôos.
Folha
Online
08/01/2007 - 10h43
Ocupação de vôos
cai, e Gol reduz tarifas em 6%
A
companhia aérea Gol decidiu reduzir o preço
de suas passagens em média em 6% no mês passado
como forma de evitar que os atrasos de vôos e as filas
nos aeroportos reduzissem a demanda por bilhetes.
Segundo
dados divulgados pela Anac (Agência Nacional de Aviação
Civil), a ocupação média das aeronaves
brasileiras em vôos nacionais caiu de 73% para 70%
entre os meses de dezembro de 2005 e de 2006. Já
nos vôos internacionais houve redução
de 75% para 71%.
No
caso da Gol, a queda foi de 75% para 69% nos vôos
nacionais e de 75% para 57% nos internacionais, a maior
redução entre as grandes companhias aéreas
brasileiras após a crise nos aeroportos.
Na
Varig, a redução foi de 71% para 67% nos vôos
nacionais e de 75% para 64% nos vôos internacionais.
A TAM, por sua vez, conseguiu manter no mesmo período
a ocupação de 72% nos vôos domésticos
e de 75% nos internacionais.
O
desconto nos preços das passagens foi a estratégia
adotada por boa parte das empresas aéreas para não
perder consumidores neste final de ano.
As
companhias, entretanto, afirmam que se forem obrigadas a
manter aeronaves em solo como propôs a Anac (Agência
Nacional de Aviação Civil) para evitar problemas
como o sofrido pela TAM em dezembro, terão de repassar
os custos para os consumidores.
Ano
bom
Apesar
dos resultados ruins de dezembro, a Gol conseguiu registrar
forte crescimento em todo o ano passado principalmente devido
ao encolhimento da Varig. A participação de
mercado da Gol em vôos nacionais cresceu de 25,9%
em 2005 para 34% no ano passado. Já em vôos
internacionais a alta foi de 2,11% para 7,30%.
Além
de se sair melhor com o caos nos aeroportos, a TAM também
foi a empresa que melhor conseguiu aproveitar a crise da
Varig. Entre 2005 e 2006, sua participação
em vôos domésticos cresceu de 41,3% para 47,8%
em vôos domésticos e de 18,4% para 37,3% nos
internacionais. Em dezembro a empresa tinha 49,1% do mercado
nacional e 60,6% do internacional.
E,
apesar da tendência de expansão da Varig, as
empresas continuam otimistas e aumentando a oferta de assentos.
Em dezembro, a Gol lançou 29 novos vôos domésticos
e 14 novos vôos internacionais. No quarto trimestre,
a empresa integrou a sua frota 12 novas aeronaves Boeing
737, para um total de 65 aviões.
Já
a TAM deve começar a oferecer vôos para Milão
(Itália) em março e um novo vôo para
Paris a partir desta semana. No Brasil, a TAM chega a 48
destinos e, com os acordos comerciais com empresas regionais,
atinge 74 localidades.
Revista
Consultor Jurídico
0 8 de janeiro de 2007
AGU ajuizou sete ADIs no Supremo nos
últimos quatro anos
A Advocacia-Geral da União divulgou um balanço
das suas atividades em 2006. Ao todo, foram propostas 53
ações ao Supremo Tribunal Federal. Entre elas,
estão as Ações Diretas de Inconstitucionalidade
propostas pelo presidente da República Luiz Inácio
Lula da Silva. Em todo o seu mandato, Lula ajuizou sete
ADIs – seis delas no ano passado.
As
ações foram ajuizadas para garantir à
União o poder de decisão sobre temas da sua
competência como trânsito, pesca e fundos federais,
entre outros. As ADIs ainda estão pendentes de julgamento.
Trinta
e seis ações ajuizadas pela AGU defendem temas
relacionados a finanças públicas. Além
disso, o órgão desistiu de 689 ações
que chegaram ao STF. A maioria trata da concessão
do reajuste de 28,8% para os militares.
Para
a AGU, entre as conquistas mais relevantes está a
decisão da ministra Ellen Gracie, que concedeu duas
liminares para retirar a responsabilidade da União
de complementar as aposentadorias e pensões devidas
aos associados do fundo de previdência complementar
Aerus. Uma das liminares concedidas evitou que a União
arcasse com despesa estimada em R$ 5,7 milhões.
A
ministra decidiu com base no argumento da AGU de que a Secretaria
de Previdência Complementar, do Ministério
da Previdência Social, não pode ser responsabilizada
pela falta de recursos dos patrocinadores do fundo. Além
disso, demonstrou que seria necessário mais de R$
13 milhões por mês ou R$ 162 milhões
por ano para cumprir as liminares.
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