:::::RIO DE JANEIRO - 08 DE JULHO DE 2006 :::::
 

O Estado de São Paulo
08/07/06
Proposta da VarigLog é pior que falência, diz gestora da Varig
Consultoria Deloitte não recomenda a realização do leilão pelas regras atuais e contesta valor do preço mínimo
Alberto Komatsu

Em documento de 40 páginas, o administrador judicial da Varig, a consultoria Deloitte, questiona a oferta da VarigLog para comprar a ex-controladora, por cerca de US$ 500 milhões. A consultoria considera que, para os credores, a proposta é pior do que poderia ser arrecadado numa eventual falência. Por isso, a Deloitte não recomenda a realização do leilão pelas regras atuais. O parecer, entregue ontem à Justiça do Rio, contesta o preço mínimo de R$ 277 milhões, fixado pela VarigLog, calculando que os credores só receberiam R$ 126,9 milhões.

"Não parece a este administrador que poderia ser levado a efeito leilão judicial nas bases sugeridas pela VarigLog, seja porque isso frustraria a competição almejada pelo leilão, criando uma venda direta sob a roupagem de leilão judicial, seja porque a venda pelo preço mínimo apresentado pela VarigLog não seria benéfica aos credores e às próprias empresas em recuperação, comparando-se aos valores que poderão eventualmente ser obtidos pela alienação dos ativos em sede de falência", considera o parecer.

Diante desse cenário, a Deloitte convocou assembléia na segunda-feira, na sede do Tribunal de Justiça do Rio, para negociar um preço mínimo melhor, com o objetivo de aumentar os recursos que poderão ser utilizados para abater dívidas de credores. Participarão do encontro a Deloitte, representantes da VarigLog, os administradores da Varig e a comissão de juízes que cuida da recuperação judicial da companhia.

Segundo o texto do parecer, as restrições apontadas pela Deloitte podem ser revistas caso a VarigLog apresente os esclarecimentos solicitados. "Será a hora da verdade", diz uma fonte.

O preço mínimo de R$ 277 milhões foi calculado segundo cronograma de pagamentos que a VarigLog pretende fazer a credores, pela emissão de papéis de dívida (debêntures), recompra de participação acionária da própria subsidiária (dada como garantia ao fundo de pensão Aerus) e contratos de fretamento de aeronaves, entre outras fontes de receita.

O valor mínimo compõe a oferta de cerca de R$ 1 bilhão (US$ 485 milhões) da VarigLog. Os recursos, no entanto, seriam repassados para a chamada Varig antiga, desmembrada da atividade principal para amortizar o passivo de R$ 7,9 bilhões. O parecer da Deloitte considera que não está claro como a VarigLog vai assumir todas as obrigações do programa de milhagem Smiles.

A Deloitte chegou à conclusão de que a VarigLog não tem obrigação alguma de absorver os cerca de 10 mil funcionários da Varig. Essa constatação tomou como base o fato de que, pela proposta, o que será objeto de venda será toda a operação das empresas em recuperação judicial (Varig, Rio Sul e Nordeste), com a conseqüente transferência de linhas aéreas, horários de vôos e permissões para pousos e decolagens.

Segundo a Deloitte, o custo para a demissão de 7,5 mil funcionários, de um total em torno de 10 mil, é de US$ 65 milhões. Pelo plano da VarigLog, a nova Varig ficaria com apenas 2,5 mil funcionários.


O Estado de São Paulo
08/07/06

Infraero mantém cobrança de taxa antecipada
ISABEL SOBRAL

A Varig pagou ontem à Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) a quantia de R$ 525 mil referente às tarifas de embarque dos passageiros que deverão voar pela companhia neste sábado, domingo e segunda-feira. Com isso, a empresa está cumprindo a imposição da estatal que administra os aeroportos brasileiros, que só autoriza as operações da Varig se forem recolhidas com antecedência as tarifas pagas pelos usuários da companhia. A cobrança antecipada completou ontem uma semana. Desde a última sexta-feira, dia 30, a Varig recolheu à Infraero R$ 1,75 milhão em tarifas de embarque.

Apesar de estar em dia nesta última semana, a Varig deve à Infraero em tarifas dos passageiros cerca de R$ 35 milhões que deixaram de ser recolhidas entre abril e junho. Por causa dessa dívida, a empresa foi denunciada ao Ministério Público por apropriação indevida de recursos públicos. Além da pendência dos R$ 35 milhões, a companhia aérea ainda tem um estoque de dívidas com a Infraero de R$ 600 milhões.


O Estado de São Paulo
08/07/06

'Você quer ir para onde de Varig?'
Agentes se espantam se alguém mostra interesse em viajar pela empresa
Mariana Barbosa

Os poucos vôos que continuam sendo realizados pela Varig estão levando, majoritariamente, passageiros que converteram milhas ou adquiriram passagens bem antes do agravamento da crise. O Estado ligou para uma dezena de agências de viagem, médias e grandes, dos segmentos turístico e corporativo, e todas informaram ter deixado de vender passagens da Varig nos últimos meses.

" Os vôos estão no sistema de reservas , mas não podemos vender algo que o cliente não sabe se e quando vai voar", afirma o agente Léo Couto, da Soft Travel, que deixou de vender passagens há um mês.

Além dos transtornos para os clientes, as agências temem ter de arcar com o prejuízo, como ocorreu quando a Transbrasil parou de voar, em dezembro de 2001. A Student Travel Bureau desde meados de junho não vende passagem da companhia. A Submarino Travel fez o mesmo há três meses.

Na consulta às agências, alguns agentes de viagem ficaram espantados ao ouvir o interesse por passagens da companhia. "Você quer ir para onde de Varig?", reagiu um atendente. O máximo que se consegue com os agentes de viagem, quando se quer adquirir uma passagem da Varig, é o telefone de reservas da companhia.

"O cliente não procura, a gente não oferece", diz o agente Pedro Henrique Garcia, da Blue Travel. No entanto Garcia conta que vendeu um bilhete de Varig esta semana, mas era uma emergência, para embarcar no dia seguinte. "A oferta está minúscula em relação à demanda e foi a única companhia que ainda tinha alguns assentos no vôo de Londres. Mesmo assim, não eram muitos."

Outro indicador de que a Varig tem vendido muito poucas passagens nas últimas semanas é o fato de os vôos estarem com taxa de ocupação muito baixa em relação ao resto do mercado. Apesar de contar com pouco mais da metade dos assentos que tinha há um ano, a Varig está voando com 63% de ocupação, enquanto TAM e GOL, que vêm aumentado expressivamente suas frotas, exibem 78% de participação.

Só para a Europa, a empresa reduziu de oito para três vôos diários , e mesmo assim não estão lotados. "Se a Varig parar hoje, o impacto será muito pequeno", avalia o consultor Paulo Bittencourt Sampaio. "Já passamos pela fase mais temida, a Copa do Mundo. Quase não há passageiro para reclamar."

A Anac informou que a Varig pode continuar vendendo passagens normalmente, exceto para vôos cancelados.


O Estado de São Paulo
08/07/06

Regularidade e pontualidade definirão horário de pouso em aeroportos cheios
ISABEL SOBRAL E MARIANA BARBOSA

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) publicou ontem as novas regras para a distribuição de horários de pousos e decolagens (slots) nos aeroportos onde a demanda é maior que a oferta, como é o caso de Congonhas. A distribuição será feita por sorteio, em um sistema de rodízio.

A Anac deu prazo de 90 dias, a contar de ontem, para que esses critérios comecem a valer. Para especialistas, esse é o tempo para que se defina o destino da Varig. A companhia, em crise aguda desde abril, detém hoje os mais cobiçados horários nos aeroportos mais movimentados.

Apesar de algumas críticas, o regulamento foi bem-recebido no setor porque é a primeira vez que o órgão regulador da aviação torna públicos os critérios de distribuição dos horários. O Departamento de Aviação Civil (DAC), o qual deu lugar à Anac em março deste ano, sempre foi acusado de não dar transparência a essas regras.

A justificativa do documento ressalta que o objetivo das regras é "assegurar a igualdade de oportunidade de acesso aos slots disponíveis entre todas as concessionárias interessadas". Para participar do rodízio, as empresas aéreas terão que passar por uma pré-qualificação onde se verificará a pontualidade e a regularidade nos vôos, além da saúde financeira, balanço patrimonial positivo e estar em dia com pagamentos de taxas e impostos.

Para fazer o rodízio, as empresas serão divididas em dois grupos: 80% dos horários disponíveis serão reservados às empresas aéreas que já operam no aeroporto e os 20% restantes serão distribuídos entre as companhias entrantes. A norma fixa uma semana como o tempo mínimo para se fazer o rodízio que estabelecerá a ordem para escolha dos horários.


Folha de São Paulo
08/07/06
Relatório ataca proposta pela Varig

Para administrador judicial, falência remuneraria melhor os credores do que a oferta da VarigLog
Deloitte diz que proposição não tem condições de ser levada a leilão; empresa tem até segunda-feira para apresentar modificações

JANAINA LAGE DA SUCURSAL DO RIO

A Deloitte, administradora judicial da Varig, avalia que a proposta da VarigLog não tem condições de ser levada a leilão. O parecer da consultoria, entregue ontem à Justiça, condena os principais pontos da oferta. De acordo com a Deloitte, um leilão de venda nas condições oferecidas seria prejudicial à Varig em razão do preço mínimo oferecido e das condições impostas pela VarigLog para efetuar o pagamento.

Segundo a Deloitte, se for comprovado que apenas a VarigLog tem interesse na compra da Varig, a proposta deverá ser submetida à apreciação dos credores, sem a realização de um leilão posterior.

A Justiça marcou uma audiência para a próxima segunda-feira, e a VarigLog poderá modificar sua proposta até lá. Somente depois disso, a Justiça poderá julgar a oferta.

Para a consultoria, a proposta é uma venda direta disfarçada de leilão. "A venda pelo preço mínimo apresentado pela VarigLog não seria benéfica aos credores e às próprias empresas em recuperação, comparando aos valores que poderão eventualmente ser obtidos pela alienação dos ativos em sede de falência", diz o relatório.

Proposta

A VarigLog ofereceu R$ 277 milhões pela compra das operações da Varig. O valor deveria ser repassado à "velha Varig", a parcela da empresa que permanece em recuperação judicial, e é destinado ao pagamento de credores. Além disso, a empresa oferece US$ 365 milhões (ou R$ 803 milhões) parcelados em investimentos na nova Varig.

De acordo com o relatório, o valor da oferta está inflado porque inclui componentes como aluguéis e arrendamentos. Segundo os cálculos da consultoria, o valor real oferecido é de R$ 126,96 milhões. Levantamento realizado pela empresa Appraisal em julho de 2005 avalia os ativos da Varig em R$ 268,35 milhões.

A VarigLog requer ainda a venda de 5% das ações da empresa que foram dadas pela Varig em garantia de dívidas ao Aerus (fundo de pensão dos funcionários) por R$ 24 milhões, o que não poderia ser computado como parte do preço mínimo.

Segundo a Deloitte, o número de funcionários que serão absorvidos pela nova Varig pode ser "irrelevante" e a proposta não inclui verbas para a rescisão dos contratos de trabalho. A Varig tem cerca de 10 mil empregados. Os custos de demissão é estimado em US$ 65 milhões (ou R$ 143 milhões).

Como a "velha Varig" só deve ficar com a concessão da Nordeste, com dois aviões e uma única linha, não teria como arcar com essa despesa. Os valores apresentados foram considerados insuficientes para manter a "velha Varig".

Para a administradora, não está claro se a VarigLog vai arcar com as milhas do Smiles e em razão disso solicitou mais esclarecimentos. O texto da proposta diz que ela se compromete a honrar as milhas, mas o anexo afirma que o passivo do programa (as milhas acumuladas) ficaria na "velha Varig".

Condições

A Deloitte exige que a Va- rigLog renuncie a todas as "condições precedentes" contidas em sua proposta. A ex-subsidiária diz que o pagamento só será cumprido se houver acordo coletivo com sindicatos, manutenção das operações de acordo com o cenário desenhado pela VarigLog, ausência de medida judicial que retarde a conclusão da operação e auditoria nas empresas.

Além disso, a VarigLog pede a cessão de linhas e autorizações de vôo referentes a junho do ano passado. Muitas dessas concessões não estão mais com a Varig, que reduziu seu volume de operações.


Zero Hora
08/07/06
Justiça deve remarcar leilão da Varig para dia 14

Apesar de ainda não se manifestar oficialmente, a Justiça do Rio de Janeiro deve marcar o novo leilão da Varig para a próxima sexta, dia 14, segundo fontes das negociações.

O leilão só ocorrerá se sua realização for aprovada primeiramente em assembléia dos credores da empresa aérea, que deve ser marcada pela Justiça para quarta-feira.

Um relatório da consultoria Deloitte (administrador judicial da Varig), anexado ontem ao processo de recuperação, não recomenda a realização do leilão dos ativos da empresa a partir dos termos da proposta da Varig Log. Segundo o relatório, se o leilão fosse realizado nesses moldes, seria caracterizada uma venda direta com "roupagem de um leilão".

Um dos pontos mais questionados da proposta diz respeito ao preço mínimo de R$ 277 milhões, estabelecido pela Varig Log como o valor para lance inicial no leilão. No documento, a Deloitte afirma que esse montante não seria benéfico aos credores e às empresas em recuperação, além de frustrar a competição no leilão.


O Globo
08/07/06
Varig: Deloitte não recomenda leilão

Erica Ribeiro

Um relatório apresentado ontem à Justiça pela consultoria Deloitte, administradora judicial da Varig, não recomenda o leilão da companhia aérea se mantidos os termos da oferta de compra feita pela VarigLog. Segundo o parecer, a Varig conseguiria mais dinheiro se fosse à falência e vendesse os ativos do que se fosse vendida à VarigLog. A Deloitte questiona o preço mínimo que a VarigLog ofereceu, de R$ 277 milhões. Diz que o montante não beneficia os credores, já que boa parte seria paga em debêntures e contratos de longo prazo. Uma audiência está marcada para segunda-feira no Tribunal de Justiça (TJ) do Rio com representantes da Deloitte, Varig e VarigLog.

Segundo uma fonte, a VarigLog teria recebido uma intimação judicial para trabalhar na reformulação dos itens considerados contraditórios pelo relatório da Deloitte. Novas rodadas de negociações acontecerão hoje e amanhã. A principal preocupação, diz a fonte, é que se a VarigLog não ceder ou mesmo se retirar sua proposta, a situação da Varig ficará ainda mais grave, já que, formalmente, nenhuma outra proposta foi apresentada. Já outras fontes dizem que a Deloitte “carregou nas tintas” para fazer do relatório um instrumento de pressão.

Como a proposta da VarigLog não é compatível com o modelo de venda de ativos da Varig aprovado pelos credores, é necessário que eles aprovem a oferta em assembléia para depois haver o leilão.

Segundo o relatório, se o leilão fosse feito na forma sugerida pela VarigLog, seria caracterizada uma venda direta com “roupagem de um leilão”. Segundo a Deloitte, o preço mínimo deve incluir contratos de prestação de serviços que a nova Varig teria com a Varig antiga (que ficará com a dívida), emissão de debêntures e recompra de 5% das ações da VarigLog hoje em poder da Varig, dadas como garantia ao fundo de pensão Aerus. Para atender a essas condições, a proposta da VarigLog não injetaria a curto prazo os R$ 277 milhões. Além disso, pelas contas da Deloitte, o valor real do preço mínimo, seguindo a mesma metodologia da VarigLog, seria de R$ 126,9 milhões.

A consultoria também avalia que a proposta não obriga a VarigLog a absorver os dez mil funcionários da Varig. Segundo fontes, em reuniões com representantes dos trabalhadores, executivos da VarigLog teriam afirmado o interesse de absorver cerca de 2.500 funcionários, número suficiente para iniciar as operações da nova Varig, que teria 20 aeronaves. O relatório diz que a VarigLog não terá obrigação de rescindir os contratos de trabalho dos que permanecerem na antiga empresa. Isso geraria um custo para a velha Varig de cerca de US$ 65 milhões em indenizações.

Bottini: Varig não pára sem dinheiro emergencial

A consultoria questiona ainda o fato de a VarigLog querer a transferência de rotas aéreas, horários de trânsito e slots (autorização de pouso e decolagem) que estavam em poder da Varig na época em que a empresa pediu a recuperação judicial, em junho de 2005. A Deloitte diz que é impossível a transferência, porque os ativos não são mais os mesmos. A consultoria também pede mais detalhes sobre a forma como a VarigLog se responsabilizará pelo programa de milhagem Smiles.

Ontem, o presidente da Varig, Marcelo Bottini, esteve com o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8 Vara Empresarial do TJ do Rio, e reforçou a necessidade do leilão o mais rapidamente possível. Bottini descartou a possibilidade de a Varig parar se os recursos emergenciais da VarigLog se esgotarem. A VarigLog fez ontem mais um depósito, de US$ 2 milhões. Somando todos os aportes, a empresa já emprestou à Varig US$ 11 milhões.


 

Agência Estado
07/07 - 17:03h
Varig paga à Infraero R$ 525 mil por tarifas até 2ª feira


A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) informou que a Varig depositou, hoje, na conta da estatal, a quantia de R$ 525 mil referente às tarifas de embarque dos passageiros que deverão voar pela companhia neste sábado, domingo e segunda-feira. Com isso, a Varig está cumprindo a imposição da estatal que administra os aeroportos brasileiros de recolher antecipadamente as tarifas pagas pelos usuários para poder operar seus vôos.

A cobrança antecipada completou hoje uma semana. Desde a última sexta-feira (30), a Varig recolheu à Infraero um total de R$ 1,75 milhão em tarifas de embarque. Apesar de estar em dia nesta última semana, a companhia deve à Infraero, em tarifas cobradas de passageiros, cerca de R$ 35 milhões que deixaram de ser recolhidos entre abril e o final de junho. Por essa dívida, a empresa aérea foi denunciada ao Ministério Público por apropriação indébita de recursos públicos.

 

InfoMoney
07/07 - 16:52h
Varig tem condições de continuar operando até novo leilão, afirma Marcelo Bottini


SÃO PAULO - 'A VarigLog está disposta a comprar a Varig

Se precisar de mais dois ou três dias, não há dúvida que ela continuará fazendo aporte', ressaltou o presidente da Varig, Marcelo Bottini, deixando claro que a Varig tem fôlego para continuar operando mesmo que os recursos depositados pela VarigLog acabem antes da realização do leilão, ainda sem data definida.

Estes depósitos, realizados pela VarigLog, vêm sendo feitos diariamente desde o dia 26 de junho e fazem parte de uma contribuição emergencial no total de US$ 20 milhões para dar tranqüilidade operacional à Varig até um novo leilão.

Leilão A Justiça do Rio de Janeiro ainda não definiu a nova data para o leilão de credores da empresa. Na próxima segunda-feira, a administradora da companhia aérea, Deloitte, a VarigLog e a Varig terão uma audiência com a comissão de juízes do caso.

O motivo do encontro é para tratar a respeito da nova proposta de compra da VarigLog. O relatório da Deloitte questiona vários pontos da proposta, inclusive sobre as condições relacionadas ao preço mínimo do leilão, cerca de R$ 277 milhões.


Agência Estado
07/07 - 16:34h
Parecer desqualifica proposta da Variglog pela Varig

O administrador judicial da Varig, a consultoria Deloitte, desqualificou hoje a proposta da VarigLog para a compra de sua ex-controladora, a Varig. A consultoria recomendou, inclusive, que o leilão de venda da empresa não seja realizado com a proposta apresentada pela VarigLog.

"Isto frustraria a competição almejada pelo leilão, criando uma venda direta sob a roupagem de leilão judicial", avaliou a consultoria no documento de cerca de 40 páginas apresentado hoje pela Deloitte à Justiça do Rio. "A venda pelo preço mínimo apresentado pela VarigLog não seria benéfica aos credores e às próprias empresas em recuperação", acrescentou o documento.

No parecer, a consultoria considera que, se for pequena a possibilidade de haver outros potenciais investidores interessados em comprar a Varig, e caso haja a conclusão de que somente a VarigLog estaria interessada na negociação, "o caminho correto seria a votação da proposta da VarigLog diretamente em assembléia geral de credores, sem a posterior realização do leilão com as conseqüências jurídicas daí advindas ao arrematante".

O parecer da Deloitte questiona principalmente a formação do preço mínimo estipulado pela VarigLog para sua ex-controladora, de R$ 277 milhões. Este valor compõe a proposta total de cerca de R$ 1 bilhão (equivalente a US$ 485 milhões) que a VarigLog se propõe a desembolsar pela ex-controladora. O valor mínimo, no entanto, seria repassado para a chamada Varig antiga, que seria desmembrada da atividade principal para amortizar o passivo de R$ 7,9 bilhões.

O parecer destaca ainda que as restrições apontadas pela Deloitte podem ser revistas caso a VarigLog apresente os esclarecimentos solicitados. O parecer sugeriu a realização de uma audiência, que foi marcada para a próxima segunda-feira, entre a VarigLog, a Varig, a comissão de juízes do caso Varig e a Deloitte.

Depósito

Hoje o presidente da Varig, Marcelo Bottini, descartou a possibilidade de a companhia paralisar suas operações, caso se esgote a linha de crédito de US$ 20 milhões que a VarigLog abriu para a ex-controladora.

Segundo Bottini, a VarigLog, se necessário, poderia oferecer mais recursos para garantir a continuidade da operação da companhia. Além disso, o executivo lembrou que a Varig também tem sua receita normal com a venda de passagens.

"A VarigLog está disposta a comprar a Varig. Se precisarmos mais dois ou três dias (de empréstimo), não há dúvida que ela continuará fazendo aportes", afirmou.


De segunda-feira da semana passada até hoje, a VarigLog já emprestou US$ 11 milhões para a Varig, de uma linha de crédito total de US$ 20 milhões.

 


Reuters
07/07 - 16:28h
Com atual oferta, parecer rejeita novo leilão da Varig


RIO DE JANEIRO (Reuters) - Na corrida contra o tempo para evitar a paralisação das operações da Varig, a consultoria Deloitte, responsável pela recuperação judicial da empresa, entregou na sexta-feira um parecer ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em que descarta a realização de um novo leilão da Varig sob as atuais condições da proposta da VarigLog.

Os principais pontos --segundo o consultor jurídico Alberto Fiore, que assina o documento-- são a composição do preço mínimo e a remuneração da antiga Varig.

Na proposta da VarigLog, o preço mínimo de 277 milhões de reais é composto pelo adiantamento feito pela empresa para as operações da Varig; receitas com o aluguel de imóveis; fretamento de aeronaves; e Centro de Treinamento, além de pagamentos anuais aos credores no valor de 42 milhões de reais em 10 anos.

Outro item que faz parte do lance mínimo da oferta é o valor referente à compra pela VarigLog de 5 por cento das suas ações atualmente nas mãos da Varig.

De acordo com a Deloitte, essa operação com ações é "inadmissível", assim como o rendimento por meio de debêntures oferecido aos credores.

O parecer questionou ainda contradições na proposta da VarigLog em relação ao programa de milhagem Smiles, que ora se compromete a assumir passivos (ou seja, os prêmios já concedidos), ora deixa o encargo para a antiga Varig.

O documento da consultoria informou também que os ativos da Varig teriam sido avaliados em 268,35 milhões de reais pela empresa Appraisal, referentes a imóveis, máquinas e equipamentos no Brasil e no exterior.

Apesar das ressalvas sobre a oferta atual, o parecer declarou que "caso se conclua que somente à VarigLog interessa a aquisição das empresas em recuperação, o caminho correto seria a votação da proposta VarigLog diretamente em assembléia geral dos credores, sem a posterior realização de leilão".

Uma fonte da Deloitte que pediu anonimato informou mais cedo à Reuters que o parecer sugere que a assembléia de credores aconteça entre os próximos dias 12 e 13.

JUSTIÇA DECIDE SEGUNDA-FEIRA

O juiz Luiz Roberto Ayoub, um dos responsáveis pela recuperação judicial da companhia aérea, confirmou o recebimento do documento e resolveu nesta sexta-feira prorrogar até segunda-feira, dia 10, a decisão sobre o novo cronograma.

De acordo com nota divulgada pelo juiz, a VarigLog deverá modificar alguns pontos da proposta apresentada para compra da Varig. Conforme o juiz, o parecer da consultoria aponta a necessidade de adequação em determinados itens, como o esclarecimento do preço mínimo ofertado e a situação do passivo que ficará com a empresa remanescente (Varig Comercial).

O leilão, entretanto, será realizado apenas se os credores aprovarem a proposta de compra pela VarigLog que, entre outros pontos, sugere o desembolso de 277 milhões de reais pela Varig Operacional, que fica com as operações e sem dívidas, e que seria repassado à Varig Comercial, detentora da dívida e de alguns ativos como dois aviões, o Centro de Treinamento de Pilotos e imóveis.

A assembléia de credores para avaliar a oferta da VarigLog havia sido anteriormente marcada para segunda-feira (dia 10), mas no último dia 5 o juiz Ayoub adiou a reunião por falta de detalhamento da proposta.

Por sua vez, o primeiro leilão da Varig, em 8 de junho, tornou-se "vazio", pois o único grupo que apresentou proposta pela companhia na ocasião não cumpriu com o pagamento.
(Por Denise Luna)


Estadão
07 de julho de 2006 - 15:41
Delloite não recomenda leilão da Varig
Segundo o parecer do administrador judicial da companhia aérea, uma opção é a realização de uma audiência, que será realizada na segunda-feira
Alberto Komatsu

RIO - O parecer do administrador judicial da Varig, a consultoria Deloitte, sobre a proposta da VarigLog para compra da ex-controladora não recomenda a realização de leilão judicial da companhia, conforme a proposta da ex-subsidiária. O parecer explica que as restrições apontadas pela Deloitte podem ser revistas caso a VarigLog apresente os esclarecimentos solicitados.

O documento sugeriu a realização de uma audiência, que foi marcada para a próxima segunda-feira, entre a VarigLog, a Varig, a comissão de juízes do caso e a Deloitte. O presidente da companhia aérea, Marcelo Bottini, quando questionado sobre o assunto, limitou-se a dizer que "são só alguns ajustes".

"Não parece a este administrador que poderia ser levado a efeito leilão judicial nas bases sugeridas pela VarigLog, seja porque isto frustraria a competição almejada pelo leilão, criando uma venda direta sob a roupagem de leilão judicial, seja porque a venda pelo preço mínimo apresentado pela VarigLog não seria benéfica aos credores e às próprias empresas em recuperação", conclui o documento, de cerca de 40 páginas, apresentado nesta sexta-feira pela Deloitte à Justiça do Rio de Janeiro.

Questionamentos

O parecer da Deloitte questiona principalmente a formação do preço mínimo estipulado pela VarigLog para sua ex-controladora, de R$ 277 milhões. Este valor compõe a proposta total de cerca de R$ 1 bilhão (equivalente a US$ 485 milhões) que a VarigLog se propõe a desembolsar pela ex-controladora. O valor mínimo, no entanto, seria repassado para a chamada Varig antiga, que seria desmembrada da atividade principal para amortizar o passivo de R$ 7,9 bilhões.

De acordo com o parecer, o preço mínimo não deve ser composto pelos seguintes itens propostos pela VarigLog: pagamento relacionado à compra das ações da Varig no capital social da VarigLog; rendimento oriundo das debêntures oferecidas; pagamentos decorrentes de contratos celebrados com as concessionárias remanescentes, "salvo se de tais contratos forem abatidos os efetivos custos incorridos pelas ditas empresas para a prestação dos respectivos serviços, bem como levado em conta a correção monetária aplicada".


Valor Online
07/07 - 15:33h
Bottini diz que Varig tem condições de continuar operando até um novo leilão


RIO - A Varig ainda tem fôlego para continuar operando mesmo que os recursos depositados diariamente pela VarigLog acabem antes da realização do leilão da companhia aérea, cuja data ainda não foi definida

A avaliação é do presidente da Varig, Marcelo Bottini.

"A VarigLog está disposta a comprar a Varig.

Se precisar de mais dois ou três dias, não há dúvida que ela continuará fazendo aportes", disse Bottini.

Os aportes diários da VarigLog fazem parte de uma linha de crédito emergencial, no total de US$ 20 milhões, que a companhia se comprometeu a fazer para dar sustentabilidade à operações da aérea até que ela seja leiloadaBottini acrescentou que a Varig também tem outras fontes de receita e não depende apenas desses depósitos da VarigLog.

Além disso, na avaliação do executivo, a VarigLog poderia continuar a depositar recursos além dos US$ 20 milhões.

"Na medida em que nós tivemos um acordo e esse acordo tem que ser prorrogado por mais dois ou três dias, é automático (o desembolso)", afirmou.

Até o momento, a Justiça do Rio não definiu uma nova data para o leilão da Varig.

Na segunda-feira, o administrador judicial da empresa (a consultoria Deloitte), a VarigLog e a Varig terão uma audiência com a comissão de juízes que cuida do caso.

A intenção é tratar dos termos da oferta da VarigLog.

O relatório da Deloitte sobre o plano de compra da empresa questiona vários pontos da proposta, entre eles as condições relacionadas ao preço mínimo do leilão, de R$ 277 milhões.

(Ana Paula Grabois | Valor Online)

 

 

Valor Online
14:33 07/07, atualizada às 15:21 07/07
VarigLog destina US$ 2 milhões à Varig para mantê-la em operação até
segunda-feira


RIO - A VarigLog depositou mais US$ 2 milhões nesta sexta-feira para a Varig, garantindo, assim, a continuidade das operações da empresa aérea até segunda-feira. Os recursos são destinados para as despesas correntes, como pagamento de combustível e leasing de aeronaves.

Por ora, a VarigLog depositou US$ 11 milhões para a Varig.

O montante faz parte de um aporte emergencial de US$ 20 milhões previstos pela VarigLog para dar fôlego à Varig até o leilão, ainda sem data marcada.

Na quarta-feira, a Justiça do Rio cancelou o leilão previsto para o dia 12, em razão da necessidade de avaliação do detalhamento financeiro da proposta da VarigLog, única empresa que fez proposta formal de compra da Varig.
(Ana Paula Grabois | Valor Online)

 

Agencia Brasil
07/07 - 15:06h
VarigLog deve apresentar nova proposta de compra da Varig na próxima semana, informa tribunal

A informação foi dada hoje (7) pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

A decisão foi tomada pela Justiça fluminense, depois que a consultoria Deloitte, administradora judicial das empresas do grupo Varig (Varig, Rio Sul e Nordeste Linhas Aéreas), analisou a proposta financeira da VarigLog e concluiu que devem ser prestados novos esclarecimentos sobre o preço mínimo ofertado e o passivo que ficará com a companhia remanescente, designada Varig Velha.

A determinação atende ao artigo 60, parágrafo único, da Lei de Recuperação de Empresas, aprovada em junho do ano passado em substituição à Lei de Falências e Concordatas. A Varig é a primeira empresa inscrita na nova lei. Seu processo de recuperação judicial completou um ano no dia 17 de junho e, segundo a assessoria do TJRJ, já tem com mais de 17 mil páginas.

Após receber as informações solicitadas, o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, onde corre o processo da Varig, enviará os dados para nova apreciação do Ministério Público e da Deloitte. Se o parecer das duas instituições for positivo, o juiz poderá convocar a assembléia de credores da Varig para aprovação da proposta da VarigLog e o segundo leilão judicial para alienação da companhia aérea.

Na última quarta-feira (5), Ayoub cancelou a assembléia prevista para o dia 10, porque a VarigLog apresentou o detalhamento financeiro da proposta, e esse documento precisava ser analisado pelo Ministério Público e pela administradora judicial. A VarigLog continua fazendo depósitos diariamente para garantir o fluxo de caixa da Varig até o leilão.

Os números não são revelados pela empresa, mas assessores da VarigLog informaram que hoje foram depositados US$ 2 milhões, destinados a despesas com combustível. De acordo com estimativas do mercado, até ontem (6), os desembolsos chegariam a cerca de US$ 9 milhões. A linha de crédito colocada à disposição da Varig por sua ex-subsidiária VarigLog para despesas correntes está limitada a US$ 20 milhões.

A VarigLog é controlada pela Volo do Brasil, formada pelo fundo americano Matlin Patterson e por empresários brasileiros e de Macau. A proposta da VarigLog é, até o momento, a única apresentada formalmente à Justiça do Rio para compra da Varig.


O Globo
07/07/2006 - 14h59m

Varig descarta paralisação devido à demora do leilão
Erica Ribeiro

RIO - O presidente da Varig, Marcelo Bottini, deixou há pouco o gabinete do juiz Luiz Roberto Ayoub, no Tribunal de Justiça do Rio, afirmando que está descartada a possibilidade de paralisação da companhia se os recursos oferecidos pela VarigLog se esgotarem antes da realização do leilão dos ativos da empresa. Segundo Bottini, como a VarigLog está disposta a comprar a Varig, não haveria dificuldades de negociar mais alguns depósitos se houver demora no leilão.

- A VarigLog está disposta a comprar a Varig e, se for preciso mais dois ou três dias, não tenho dúvidas de que ela fará novos aportes - afirmou Bottini.

A VarigLog havia estipulado um limite de depositar até US$ 20 milhões para que a Varig pagasse as despesas correntes até a realização do leilão. Nessa quinta-feira, segundo fontes próximas à companhia, a empresa já tinha depositado US$ 9 milhões.

Bottini também ressaltou que a Varig precisa concluir o processo recuperação que vai culminar com a venda dos ativos da companhia o mais rápido possível.

- É o que temos dito a todos e ao juiz - assinalou bottini, acrescentando que a proposta da VarigLog necessita de alguns ajustes para aprovação final pelo administrador judicial e pelo Ministério Público.

Bottini, que deverá retornar ao Tribunal de Justiça ainda nesta sexta-feira, afirmou que uma decisão sobre a assembléia de credores da Varig e o leilão deverá sair ainda nesta sexta-feira.


Reuters
07/07 - 14:58h
VarigLog deposita mais US$2 mi para manter Varig


RIO DE JANEIRO (Reuters) - A VarigLog depositou nesta sexta-feira mais 2 milhões de dólares na conta da Varig para garantir o abastecimento das aeronaves da companhia aérea até segunda-feira, data prevista para a decisão judicial sobre um cronograma para outro leilão da empresa.

Segundo fontes ligadas à VarigLog, até o momento, já foram depositados 11 milhões de dólares no caixa da Varig. A VarigLog se comprometeu com a Justiça a depositar até 20 milhões de dólares na conta da Varig para manter as operações da empresa aérea até que consiga adquiri-la no próximo leilão.

De acordo com o presidente da Varig, Marcelo Bottini, o adiamento da decisão sobre a data do novo leilão, não irá prejudicar a empresa porque além dos aportes da VarigLog, a companhia tem vendido passagens, o que garante receitas.

Sobre a possibilidade do leilão não ser realizado na próxima semana, o que esgotaria o total de recursos prometido pela VarigLog, Bottini foi enfático:

"A VarigLog está disposta a comprar a Varig, se for preciso mais dois ou três dias, não tenho dúvida que ela fará o aporte", disse o executivo a jornalistas no Tribunal de Justiça de Rio de Janeiro.

(Por Denise Luna)


O Globo
07/07/2006 - 14h25m

Tribunal de Justiça do Rio divulga nota sobre proposta da VarigLog
Globo Online

RIO - O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro divulgou uma nota nesta sexta-feira sobre a proposta de compra da Varig pela VarigLog. Leia abaixo a íntegra:

VarigLog deve apresentar nova proposta na próxima semana

"A consultoria Delloite, Administrador Judicial das empresas em processo de recuperação judicial, apresentou hoje (dia 7 de julho) um relatório em que aponta haver a necessidade de adequações em determinados itens da oferta apresentada pela VarigLog, entre eles, o esclarecimento do preço mínimo ofertado e a situação do passivo que ficará com a empresa remanescente, de acordo com o art. 60 parágrafo único da Lei de Recuperação de Empresas (LRE). A VarigLog deve modificar alguns pontos da proposta apresentada pela compra da Varig no início da próxima semana.

Na última quarta-feira (dia 5 de julho), o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial, cancelou a assembléia de credores prevista para o próximo dia 10 porque a VarigLog havia apresentado novo detalhamento financeiro da proposta e o documento precisava ser analisado pelo Ministério Público e pelo Administrador Judicial.

A empresa vem efetuando depósitos para garantir o caixa da companhia aérea. Os valores podem chegar a R$ 20 milhões, colocados como linha de crédito à disposição da Varig até o leilão. Caso, porém, a VarigLog não seja a arrematante, o vencedor deverá efetuar o pagamento deste valor, imediatamente, acrescido de 10% a título de prêmio.

Segundo Ayoub, a participação de outros licitantes dependerá de depósito judicial da importância equivalente a US$ 22 milhões, ao câmbio do dia do depósito, que deverá ser efetuado e comprovado até 24 horas antes da data da arrematação, entre outras condições. O processo de recuperação judicial da empresa, que começou em 17 de junho de 2005, já tem mais de dezessete mil páginas. Ainda não há data marcada para a realização de uma nova assembléia de credores."


O Globo
07/07/2006 - 14h23m

VarigLog deve apresentar nova proposta na próxima semana
Erica Ribeiro


RIO - A Justiça do Rio informou nesta sexta-feira que a VarigLog deverá modificar alguns pontos da proposta apresentada para a compra da Varig. A consultoria Deloitte, administradora judicial da companhia, apresentou nesta sexta-feira um relatório apontando a necessidade de mais esclarecimentos de alguns itens da oferta feita pela ex-subsidiária da Varig, por exemplo, informações adicionais sobre o preço mínimo a ser ofertado no leilão e sobre a situação do passivo. Pela proposta, o passivo permanece com a empresa antiga, que continua em processo de recuperação judicial.

A proposta da VarigLog sugere preço mínimo de US$ 277 milhões para lance inicial pelos ativos da companhia.

A Justiça do Rio ainda não determinou nova data para a realização da assembléia de credores. Tudo dependerá do parecer final do Ministério Público (MP) e da Deloitte que deve sair nesta segunda-feira.


Reuters
07/07 - 13:48
VarigLog deposita mais US$2 mi para manter Varig funcionando


RIO DE JANEIRO (Reuters) - A VarigLog depositou nesta sexta-feira mais 2 milhões de dólares na conta da Varig para garantir o abastecimento das aeronaves da companhia aérea até segunda-feira, data prevista para a decisão judicial sobre um cronograma para outro leilão da empresa.

Segundo fontes ligadas à VarigLog, até o momento, já foram depositados 11 milhões de dólares no caixa da Varig.

A VarigLog se comprometeu com a Justiça a depositar até 20 milhões de dólares na conta da Varig para manter as operações da empresa aérea até que consiga adquiri-la no próximo leilão.
(Por Denise Luna)

 

O Globo
07/07/2006 - 13h44m

VarigLog depositou mais US$ 2 milhões na conta da Varig, dizem fontes
Erica Ribeiro

RIO - A VarigLog depositou nesta sexta-feira mais US$ 2 milhões na conta da Varig para garantir o pagamento de combustível e outras despesas da companhia até a próxima segunda-feira. A informação é de fontes ligadas às negociações.

Na segunda-feira, a Justiça do Rio deverá receber o parecer final do administrador oficial Deloitte e do Ministério Público para decidir a data de uma nova assembléia e de um novo leilão da companhia.


Reuters
13:38 07/07, atualizada às 14:00 07/07
Justiça decide só na 2ª feira sobre novas datas para Varig

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Na corrida contra o tempo para evitar a paralisação das operações da Varig, a consultoria Deloitte, responsável pela recuperação judicial da empresa, entregou na manhã desta sexta-feira parecer ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em que indica 14 de julho como data para o segundo leilão de venda da companhia.

De acordo com uma fonte ligada à Deloitte que não quis ser identificada, o parecer também sugere a nova data para assembléia de credores entre os próximos dias 12 e 13.

O juiz Luiz Roberto Ayoub, um dos responsáveis pela recuperação judicial da companhia aérea, confirmou o recebimento do documento e resolveu nesta sexta prorrogar até segunda-feira, dia 10, a decisão sobre o novo cronograma.

De acordo com nota divulgada pelo juiz, a VarigLog deverá modificar alguns pontos da proposta apresentada para compra da Varig. Conforme o juiz, o parecer da consultoria aponta a necessidade de adequação em determinados itens, como o esclarecimento do preço mínimo ofertado e a situação do passivo que ficará com a empresa remanescente (Varig Comercial).

O leilão, entretanto, será realizado apenas se os credores aprovarem a proposta de compra pela VarigLog que, entre outros pontos, sugere o desembolso de 277 milhões de reais pela Varig Operacional, que fica com as operações e sem dívidas, e que seria repassado à Varig Comercial, detentora da dívida e de alguns ativos como dois aviões, o Centro de Treinamento de Pilotos e imóveis.

A assembléia de credores para avaliar a oferta da VarigLog havia sido anteriormente marcada para segunda-feira (dia 10), mas no último dia 5 o juiz Ayoub adiou a reunião por falta de detalhamento da proposta.

Por sua vez, o primeiro leilão da Varig, em 8 de junho, tornou-se "vazio", pois o único grupo que apresentou proposta pela companhia na ocasião não cumpriu com o pagamento.


O Globo
07/07/2006 - 13h24m

Deloitte pede mais esclarecimentos sobre proposta da VarigLog
Erica Ribeiro

RIO - A Justiça do Rio informou nesta sexta-feira que a VarigLog deverá modificar alguns pontos da proposta apresentada para a compra da Varig. A consultoria Deloitte, administradora judicial da companhia, apresentou nesta sexta-feira um relatório apontando a necessidade de maiores esclarecimentos de alguns itens da oferta feita pela ex-subsidiária da Varig, entre elas informações adicionais sobre o preço mínimo a ser ofertado no leilão e como ficaria a situação do passivo, que permanece com a empresa antiga, que continua em processo de recuperação judicial.

Pela proposta da VarigLog, o preço mínimo sugerido é de US$ 277 milhões para lance inicial pelos ativos da companhia.

A Justiça do Rio ainda não determinou nova data para a realização da assembléia de credores. Tudo dependerá do parecer final do MP e da Deloitte, que deve sair nesta segunda-feira.


Agência Estado
07/07 - 13:20h
Variglog deve alterar pontos da proposta pela Varig

A Justiça do Rio informou hoje que a Variglog deverá modificar alguns pontos da proposta de cerca de US$ 500 milhões para comprar a ex-controladora, em audiência que deverá ser realizada na próxima segunda-feira.

O administrador judicial da Varig, a Consultoria Deloitte, apresentou hoje à comissão de juízes responsáveis pela recuperação judicial, um relatório indicando a necessidade de adequações na oferta da Variglog, especialmente sobre o preço mínimo proposto pela companhia, de R$ 277 milhões, que seriam destinados para a chamada Varig antiga, que seria desmembrada da atividade principal, para herdar um passivo de R$ 7,9 bilhões. A Deloitte também pede explicações sobre como ficará a situação desta dívida.

A Justiça do Rio não marcou uma nova data para a assembléia de credores da Varig, que votaria a proposta da Variglog e ainda não definiu quando seria realizado um novo leilão da companhia. A expectativa é de que as duas datas sejam marcadas na segunda-feira.


Valor Online
07/07 - 13:13h
VarigLog detalhará proposta na segunda-feira e definição sobre Varig é adiada

RIO - A VarigLog vai modificar alguns pontos da proposta de compra da Varig em audiência na Justiça na próxima segunda-feira (10)

A consultoria Deloitte, administradora judicial da companhia, apresentou um relatório pedindo adequações em alguns itens da oferta original..

Entre os tópicos questionados estão o preço mínimo ofertado, de R$ 277 milhões, e a situação das dívidas que ficarão com a parte da Varig que não será vendida (a chamada Varig velha).

A VarigLog ficaria com a maior parte dos ativos da Varig, sem herdar dívidas, mas a proposta prevê um pagamento de R$ 277 milhões à Varig velha.

Na última quarta-feira, o juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável pelo processo de recuperação judicial da companhia aérea, cancelou a assembléia de credores da Varig, marcada para o dia 10, diante do novo detalhamento financeiro apresentado pela VarigLog em sua proposta de compra.

A Justiça ainda não tem uma nova data para a assembléia e nem para o leilão da empresa, anteriormente previsto para o dia 12.

Caso a VarigLog modifique os pontos questionados durante a audiência na segunda-feira, a Deloitte e o Ministério Público do Rio de Janeiro ainda precisam enviar pareceres favoráveis às mudanças para que a Justiça possa marcar as novas datas da assembléia de credores e do leilão.

No entanto, o leilão será realizado apenas se a assembléia aprovar a proposta.

(Ana Paula Grabois | Valor Online)

 


Valor Online
12:43 07/07
Leilão da Varig pode ser marcado para próxima sexta-feira, diz fonte

RIO - O leilão da Varig pode acontecer na sexta-feira da semana que vem, dia 14, segundo fontes ligadas ao caso

A Justiça do Rio, entretanto, ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Na última quarta-feira, o juiz Luiz Roberto Ayoub, que acompanha o processo de reestruturação da companhia aérea, resolveu cancelar o leilão da empresa, previsto para o dia 12, assim como a assembléia de credores da Varig, marcada para o dia 10.

Hoje, a administradora judicial da Varig, a consultoria Deloitte, entregou o relatório sobre a nova proposta de compra da companhia feita pela VarigLog, única empresa a fazer uma oferta formal à Justiça.

Ainda falta o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro entregar o parecer sobre a nova proposta da VarigLog, cuja principal diferença em relação à oferta anterior é o pagamento de R$ 277 milhões para a Varig que não será vendida e que herdará uma dívida de cerca de R$ 7 bilhões.

(Ana Paula Grabois | Valor Online)


O Globo
07/07/2006 - 12h38m

Ações da Varig têm alta expressiva nesta sexta-feira
Globo Online

RIO - As ações preferenciais da companhia aérea Varig (VAGV4) tem alta expressiva nesta sexta-feira, no pregão da Bovespa. Por volta das 12h33min, a valorização atingiu 6,41%, com o papel cotado a R$ 3,98.

De acordo com analistas, os investidores permanecem na expectativa em relação aos prazos de pagamento de credores do plano de recuperação judicial da companhia.


O Globo
07/07/2006 - 12h31m

Anac aprova resolução sobre redistribuição de slots nos aeroportos
Globo Online


RIO - A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciou nesta sexta-feira ter aprovado uma resolução sobre a redistribuição de slots nos aeroportos. Leia abaixo a íntegra da nota divulgada:

"Um total de 27 sugestões colaboraram na primeira consulta pública da ANAC. Entre elas participaram 04 (concessionárias), 01 (uma) associação, 04 (quatro) entidades públicas e 18 pessoas físicas, contribuindo com sugestões para definição sobre a repartição de Slots nos aeroportos.

A Resolução Nº 02 teve como objetivo regular a alocação de horários de chegadas e de partidas de aeronaves de linhas aéreas domésticas de transporte regular, de passageiros em aeroportos coordenados, devido à saturação de tráfego aéreo.

O estabelecimento das regras e procedimentos nessa resolução veio ao encontro dos anseios das representações de todos os segmentos do transporte aéreo, que careciam até então de tais critérios, caracterizando-se num marco regulatório nacional, observando os princípios da Administração Pública.

A resolução Nº 02 estabelece procedimentos para convocação das concessionárias interessadas no processo de alocação dos citados horários, faz exigências quanto à documentação relativa à regularidade fiscal, capacitação técnica e qualificação econômico-financeira, bem como aos índices de regularidade e pontualidade na prestação do serviço público de transporte aéreo regular.

Uma novidade baseada na experiência internacional, que apresenta a resolução, consiste na implantação de um sistema de rodízio com duas grades, ocupadas por sorteio, sendo uma para empresas que já atuam no aeroporto e outra para concessionárias entrantes, incentivando empresas menores a entrar nesse nicho, de forma isonômica, proporcionando tratamento de igualdade de condições e a justa oportunidade a essas empresas".