O Estado de São Paulo
08/07/06
Proposta da VarigLog é pior que falência, diz gestora da Varig
Consultoria Deloitte não recomenda a realização do leilão pelas regras atuais e contesta valor do preço mínimo
Alberto Komatsu
Em documento de 40 páginas, o administrador judicial da Varig, a consultoria Deloitte, questiona a oferta da VarigLog para comprar a ex-controladora, por cerca de US$ 500 milhões. A consultoria considera que, para os credores, a proposta é pior do que poderia ser arrecadado numa eventual falência. Por isso, a Deloitte não recomenda a realização do leilão pelas regras atuais. O parecer, entregue ontem à Justiça do Rio, contesta o preço mínimo de R$ 277 milhões, fixado pela VarigLog, calculando que os credores só receberiam R$ 126,9 milhões.
"Não parece a este administrador que poderia ser levado a efeito leilão judicial nas bases sugeridas pela VarigLog, seja porque isso frustraria a competição almejada pelo leilão, criando uma venda direta sob a roupagem de leilão judicial, seja porque a venda pelo preço mínimo apresentado pela VarigLog não seria benéfica aos credores e às próprias empresas em recuperação, comparando-se aos valores que poderão eventualmente ser obtidos pela alienação dos ativos em sede de falência", considera o parecer.
Diante desse cenário, a Deloitte convocou assembléia na segunda-feira, na sede do Tribunal de Justiça do Rio, para negociar um preço mínimo melhor, com o objetivo de aumentar os recursos que poderão ser utilizados para abater dívidas de credores. Participarão do encontro a Deloitte, representantes da VarigLog, os administradores da Varig e a comissão de juízes que cuida da recuperação judicial da companhia.
Segundo o texto do parecer, as restrições apontadas pela Deloitte podem ser revistas caso a VarigLog apresente os esclarecimentos solicitados. "Será a hora da verdade", diz uma fonte.
O preço mínimo de R$ 277 milhões foi calculado segundo cronograma de pagamentos que a VarigLog pretende fazer a credores, pela emissão de papéis de dívida (debêntures), recompra de participação acionária da própria subsidiária (dada como garantia ao fundo de pensão Aerus) e contratos de fretamento de aeronaves, entre outras fontes de receita.
O valor mínimo compõe a oferta de cerca de R$ 1 bilhão (US$ 485 milhões) da VarigLog. Os recursos, no entanto, seriam repassados para a chamada Varig antiga, desmembrada da atividade principal para amortizar o passivo de R$ 7,9 bilhões. O parecer da Deloitte considera que não está claro como a VarigLog vai assumir todas as obrigações do programa de milhagem Smiles.
A Deloitte chegou à conclusão de que a VarigLog não tem obrigação alguma de absorver os cerca de 10 mil funcionários da Varig. Essa constatação tomou como base o fato de que, pela proposta, o que será objeto de venda será toda a operação das empresas em recuperação judicial (Varig, Rio Sul e Nordeste), com a conseqüente transferência de linhas aéreas, horários de vôos e permissões para pousos e decolagens.
Segundo a Deloitte, o custo para a demissão de 7,5 mil funcionários, de um total em torno de 10 mil, é de US$ 65 milhões. Pelo plano da VarigLog, a nova Varig ficaria com apenas 2,5 mil funcionários.
O Estado de São Paulo
08/07/06
Infraero mantém cobrança de taxa antecipada
ISABEL SOBRAL
A Varig pagou ontem à Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) a quantia de R$ 525 mil referente às tarifas de embarque dos passageiros que deverão voar pela companhia neste sábado, domingo e segunda-feira. Com isso, a empresa está cumprindo a imposição da estatal que administra os aeroportos brasileiros, que só autoriza as operações da Varig se forem recolhidas com antecedência as tarifas pagas pelos usuários da companhia. A cobrança antecipada completou ontem uma semana. Desde a última sexta-feira, dia 30, a Varig recolheu à Infraero R$ 1,75 milhão em tarifas de embarque.
Apesar de estar em dia nesta última semana, a Varig deve à Infraero em tarifas dos passageiros cerca de R$ 35 milhões que deixaram de ser recolhidas entre abril e junho. Por causa dessa dívida, a empresa foi denunciada ao Ministério Público por apropriação indevida de recursos públicos. Além da pendência dos R$ 35 milhões, a companhia aérea ainda tem um estoque de dívidas com a Infraero de R$ 600 milhões.
O Estado de São Paulo
08/07/06
'Você quer ir para onde de Varig?'
Agentes se espantam se alguém mostra interesse em viajar pela empresa
Mariana Barbosa
Os poucos vôos que continuam sendo realizados pela Varig estão levando, majoritariamente, passageiros que converteram milhas ou adquiriram passagens bem antes do agravamento da crise. O Estado ligou para uma dezena de agências de viagem, médias e grandes, dos segmentos turístico e corporativo, e todas informaram ter deixado de vender passagens da Varig nos últimos meses.
" Os vôos estão no sistema de reservas , mas não podemos vender algo que o cliente não sabe se e quando vai voar", afirma o agente Léo Couto, da Soft Travel, que deixou de vender passagens há um mês.
Além dos transtornos para os clientes, as agências temem ter de arcar com o prejuízo, como ocorreu quando a Transbrasil parou de voar, em dezembro de 2001. A Student Travel Bureau desde meados de junho não vende passagem da companhia. A Submarino Travel fez o mesmo há três meses.
Na consulta às agências, alguns agentes de viagem ficaram espantados ao ouvir o interesse por passagens da companhia. "Você quer ir para onde de Varig?", reagiu um atendente. O máximo que se consegue com os agentes de viagem, quando se quer adquirir uma passagem da Varig, é o telefone de reservas da companhia.
"O cliente não procura, a gente não oferece", diz o agente Pedro Henrique Garcia, da Blue Travel. No entanto Garcia conta que vendeu um bilhete de Varig esta semana, mas era uma emergência, para embarcar no dia seguinte. "A oferta está minúscula em relação à demanda e foi a única companhia que ainda tinha alguns assentos no vôo de Londres. Mesmo assim, não eram muitos."
Outro indicador de que a Varig tem vendido muito poucas passagens nas últimas semanas é o fato de os vôos estarem com taxa de ocupação muito baixa em relação ao resto do mercado. Apesar de contar com pouco mais da metade dos assentos que tinha há um ano, a Varig está voando com 63% de ocupação, enquanto TAM e GOL, que vêm aumentado expressivamente suas frotas, exibem 78% de participação.
Só para a Europa, a empresa reduziu de oito para três vôos diários , e mesmo assim não estão lotados. "Se a Varig parar hoje, o impacto será muito pequeno", avalia o consultor Paulo Bittencourt Sampaio. "Já passamos pela fase mais temida, a Copa do Mundo. Quase não há passageiro para reclamar."
A Anac informou que a Varig pode continuar vendendo passagens normalmente, exceto para vôos cancelados.
O Estado de São Paulo
08/07/06
Regularidade e pontualidade definirão horário de pouso em aeroportos cheios
ISABEL SOBRAL E MARIANA BARBOSA
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) publicou ontem as novas regras para a distribuição de horários de pousos e decolagens (slots) nos aeroportos onde a demanda é maior que a oferta, como é o caso de Congonhas. A distribuição será feita por sorteio, em um sistema de rodízio.
A Anac deu prazo de 90 dias, a contar de ontem, para que esses critérios comecem a valer. Para especialistas, esse é o tempo para que se defina o destino da Varig. A companhia, em crise aguda desde abril, detém hoje os mais cobiçados horários nos aeroportos mais movimentados.
Apesar de algumas críticas, o regulamento foi bem-recebido no setor porque é a primeira vez que o órgão regulador da aviação torna públicos os critérios de distribuição dos horários. O Departamento de Aviação Civil (DAC), o qual deu lugar à Anac em março deste ano, sempre foi acusado de não dar transparência a essas regras.
A justificativa do documento ressalta que o objetivo das regras é "assegurar a igualdade de oportunidade de acesso aos slots disponíveis entre todas as concessionárias interessadas". Para participar do rodízio, as empresas aéreas terão que passar por uma pré-qualificação onde se verificará a pontualidade e a regularidade nos vôos, além da saúde financeira, balanço patrimonial positivo e estar em dia com pagamentos de taxas e impostos.
Para fazer o rodízio, as empresas serão divididas em dois grupos: 80% dos horários disponíveis serão reservados às empresas aéreas que já operam no aeroporto e os 20% restantes serão distribuídos entre as companhias entrantes. A norma fixa uma semana como o tempo mínimo para se fazer o rodízio que estabelecerá a ordem para escolha dos horários.
Folha de São Paulo
08/07/06
Relatório ataca proposta pela Varig
Para administrador judicial, falência remuneraria melhor os credores do que a oferta da VarigLog
Deloitte diz que proposição não tem condições de ser levada a leilão; empresa tem até segunda-feira para apresentar modificações
JANAINA LAGE DA SUCURSAL DO RIO
A Deloitte, administradora judicial da Varig, avalia que a proposta da VarigLog não tem condições de ser levada a leilão. O parecer da consultoria, entregue ontem à Justiça, condena os principais pontos da oferta. De acordo com a Deloitte, um leilão de venda nas condições oferecidas seria prejudicial à Varig em razão do preço mínimo oferecido e das condições impostas pela VarigLog para efetuar o pagamento.
Segundo a Deloitte, se for comprovado que apenas a VarigLog tem interesse na compra da Varig, a proposta deverá ser submetida à apreciação dos credores, sem a realização de um leilão posterior.
A Justiça marcou uma audiência para a próxima segunda-feira, e a VarigLog poderá modificar sua proposta até lá. Somente depois disso, a Justiça poderá julgar a oferta.
Para a consultoria, a proposta é uma venda direta disfarçada de leilão. "A venda pelo preço mínimo apresentado pela VarigLog não seria benéfica aos credores e às próprias empresas em recuperação, comparando aos valores que poderão eventualmente ser obtidos pela alienação dos ativos em sede de falência", diz o relatório.
Proposta
A VarigLog ofereceu R$ 277 milhões pela compra das operações da Varig. O valor deveria ser repassado à "velha Varig", a parcela da empresa que permanece em recuperação judicial, e é destinado ao pagamento de credores. Além disso, a empresa oferece US$ 365 milhões (ou R$ 803 milhões) parcelados em investimentos na nova Varig.
De acordo com o relatório, o valor da oferta está inflado porque inclui componentes como aluguéis e arrendamentos. Segundo os cálculos da consultoria, o valor real oferecido é de R$ 126,96 milhões. Levantamento realizado pela empresa Appraisal em julho de 2005 avalia os ativos da Varig em R$ 268,35 milhões.
A VarigLog requer ainda a venda de 5% das ações da empresa que foram dadas pela Varig em garantia de dívidas ao Aerus (fundo de pensão dos funcionários) por R$ 24 milhões, o que não poderia ser computado como parte do preço mínimo.
Segundo a Deloitte, o número de funcionários que serão absorvidos pela nova Varig pode ser "irrelevante" e a proposta não inclui verbas para a rescisão dos contratos de trabalho. A Varig tem cerca de 10 mil empregados. Os custos de demissão é estimado em US$ 65 milhões (ou R$ 143 milhões).
Como a "velha Varig" só deve ficar com a concessão da Nordeste, com dois aviões e uma única linha, não teria como arcar com essa despesa. Os valores apresentados foram considerados insuficientes para manter a "velha Varig".
Para a administradora, não está claro se a VarigLog vai arcar com as milhas do Smiles e em razão disso solicitou mais esclarecimentos. O texto da proposta diz que ela se compromete a honrar as milhas, mas o anexo afirma que o passivo do programa (as milhas acumuladas) ficaria na "velha Varig".
Condições
A Deloitte exige que a Va- rigLog renuncie a todas as "condições precedentes" contidas em sua proposta. A ex-subsidiária diz que o pagamento só será cumprido se houver acordo coletivo com sindicatos, manutenção das operações de acordo com o cenário desenhado pela VarigLog, ausência de medida judicial que retarde a conclusão da operação e auditoria nas empresas.
Além disso, a VarigLog pede a cessão de linhas e autorizações de vôo referentes a junho do ano passado. Muitas dessas concessões não estão mais com a Varig, que reduziu seu volume de operações.
Zero Hora
08/07/06
Justiça deve remarcar leilão da Varig para dia 14
Apesar de ainda não se manifestar oficialmente, a Justiça do Rio de Janeiro deve marcar o novo leilão da Varig para a próxima sexta, dia 14, segundo fontes das negociações.
O leilão só ocorrerá se sua realização for aprovada primeiramente em assembléia dos credores da empresa aérea, que deve ser marcada pela Justiça para quarta-feira.
Um relatório da consultoria Deloitte (administrador judicial da Varig), anexado ontem ao processo de recuperação, não recomenda a realização do leilão dos ativos da empresa a partir dos termos da proposta da Varig Log. Segundo o relatório, se o leilão fosse realizado nesses moldes, seria caracterizada uma venda direta com "roupagem de um leilão".
Um dos pontos mais questionados da proposta diz respeito ao preço mínimo de R$ 277 milhões, estabelecido pela Varig Log como o valor para lance inicial no leilão. No documento, a Deloitte afirma que esse montante não seria benéfico aos credores e às empresas em recuperação, além de frustrar a competição no leilão.
O Globo
08/07/06
Varig: Deloitte não recomenda leilão
Erica Ribeiro
Um relatório apresentado ontem à Justiça pela consultoria Deloitte, administradora judicial da Varig, não recomenda o leilão da companhia aérea se mantidos os termos da oferta de compra feita pela VarigLog. Segundo o parecer, a Varig conseguiria mais dinheiro se fosse à falência e vendesse os ativos do que se fosse vendida à VarigLog. A Deloitte questiona o preço mínimo que a VarigLog ofereceu, de R$ 277 milhões. Diz que o montante não beneficia os credores, já que boa parte seria paga em debêntures e contratos de longo prazo. Uma audiência está marcada para segunda-feira no Tribunal de Justiça (TJ) do Rio com representantes da Deloitte, Varig e VarigLog.
Segundo uma fonte, a VarigLog teria recebido uma intimação judicial para trabalhar na reformulação dos itens considerados contraditórios pelo relatório da Deloitte. Novas rodadas de negociações acontecerão hoje e amanhã. A principal preocupação, diz a fonte, é que se a VarigLog não ceder ou mesmo se retirar sua proposta, a situação da Varig ficará ainda mais grave, já que, formalmente, nenhuma outra proposta foi apresentada. Já outras fontes dizem que a Deloitte “carregou nas tintas” para fazer do relatório um instrumento de pressão.
Como a proposta da VarigLog não é compatível com o modelo de venda de ativos da Varig aprovado pelos credores, é necessário que eles aprovem a oferta em assembléia para depois haver o leilão.
Segundo o relatório, se o leilão fosse feito na forma sugerida pela VarigLog, seria caracterizada uma venda direta com “roupagem de um leilão”. Segundo a Deloitte, o preço mínimo deve incluir contratos de prestação de serviços que a nova Varig teria com a Varig antiga (que ficará com a dívida), emissão de debêntures e recompra de 5% das ações da VarigLog hoje em poder da Varig, dadas como garantia ao fundo de pensão Aerus. Para atender a essas condições, a proposta da VarigLog não injetaria a curto prazo os R$ 277 milhões. Além disso, pelas contas da Deloitte, o valor real do preço mínimo, seguindo a mesma metodologia da VarigLog, seria de R$ 126,9 milhões.
A consultoria também avalia que a proposta não obriga a VarigLog a absorver os dez mil funcionários da Varig. Segundo fontes, em reuniões com representantes dos trabalhadores, executivos da VarigLog teriam afirmado o interesse de absorver cerca de 2.500 funcionários, número suficiente para iniciar as operações da nova Varig, que teria 20 aeronaves. O relatório diz que a VarigLog não terá obrigação de rescindir os contratos de trabalho dos que permanecerem na antiga empresa. Isso geraria um custo para a velha Varig de cerca de US$ 65 milhões em indenizações.
Bottini: Varig não pára sem dinheiro emergencial
A consultoria questiona ainda o fato de a VarigLog querer a transferência de rotas aéreas, horários de trânsito e slots (autorização de pouso e decolagem) que estavam em poder da Varig na época em que a empresa pediu a recuperação judicial, em junho de 2005. A Deloitte diz que é impossível a transferência, porque os ativos não são mais os mesmos. A consultoria também pede mais detalhes sobre a forma como a VarigLog se responsabilizará pelo programa de milhagem Smiles.
Ontem, o presidente da Varig, Marcelo Bottini, esteve com o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8 Vara Empresarial do TJ do Rio, e reforçou a necessidade do leilão o mais rapidamente possível. Bottini descartou a possibilidade de a Varig parar se os recursos emergenciais da VarigLog se esgotarem. A VarigLog fez ontem mais um depósito, de US$ 2 milhões. Somando todos os aportes, a empresa já emprestou à Varig US$ 11 milhões.
Agência Estado
07/07 - 17:03h
Varig paga à Infraero R$ 525 mil por tarifas
até 2ª feira
A
Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero)
informou que a Varig depositou, hoje, na conta da estatal, a quantia de
R$ 525 mil referente às tarifas de embarque dos passageiros que
deverão voar pela companhia neste sábado, domingo e segunda-feira.
Com isso, a Varig está cumprindo a imposição da estatal
que administra os aeroportos brasileiros de recolher antecipadamente as
tarifas pagas pelos usuários para poder operar seus vôos.
A
cobrança antecipada completou hoje uma semana. Desde a última
sexta-feira (30), a Varig recolheu à Infraero um total de R$ 1,75
milhão em tarifas de embarque. Apesar de estar em dia nesta última
semana, a companhia deve à Infraero, em tarifas cobradas de passageiros,
cerca de R$ 35 milhões que deixaram de ser recolhidos entre abril
e o final de junho. Por essa dívida, a empresa aérea foi
denunciada ao Ministério Público por apropriação
indébita de recursos públicos.
InfoMoney
07/07 - 16:52h
Varig tem condições de continuar operando
até novo leilão, afirma Marcelo Bottini
SÃO
PAULO - 'A VarigLog está disposta a comprar a Varig
Se precisar de mais dois ou três
dias, não há dúvida que ela continuará fazendo
aporte', ressaltou o presidente da Varig, Marcelo Bottini, deixando claro
que a Varig tem fôlego para continuar operando mesmo que os recursos
depositados pela VarigLog acabem antes da realização do
leilão, ainda sem data definida.
Estes depósitos, realizados pela
VarigLog, vêm sendo feitos diariamente desde o dia 26 de junho e
fazem parte de uma contribuição emergencial no total de
US$ 20 milhões para dar tranqüilidade operacional à
Varig até um novo leilão.
Leilão A Justiça do Rio
de Janeiro ainda não definiu a nova data para o leilão de
credores da empresa. Na próxima segunda-feira, a administradora
da companhia aérea, Deloitte, a VarigLog e a Varig terão
uma audiência com a comissão de juízes do caso.
O motivo do encontro é para tratar
a respeito da nova proposta de compra da VarigLog. O relatório
da Deloitte questiona vários pontos da proposta, inclusive sobre
as condições relacionadas ao preço mínimo
do leilão, cerca de R$ 277 milhões.
Agência
Estado
07/07 - 16:34h
Parecer desqualifica proposta da Variglog pela Varig
O administrador judicial da Varig, a consultoria Deloitte, desqualificou
hoje a proposta da VarigLog para a compra de sua ex-controladora, a Varig.
A consultoria recomendou, inclusive, que o leilão de venda da empresa
não seja realizado com a proposta apresentada pela VarigLog.
"Isto
frustraria a competição almejada pelo leilão, criando
uma venda direta sob a roupagem de leilão judicial", avaliou
a consultoria no documento de cerca de 40 páginas apresentado hoje
pela Deloitte à Justiça do Rio. "A venda pelo preço
mínimo apresentado pela VarigLog não seria benéfica
aos credores e às próprias empresas em recuperação",
acrescentou o documento.
No parecer, a consultoria considera que, se for pequena a possibilidade
de haver outros potenciais investidores interessados em comprar a Varig,
e caso haja a conclusão de que somente a VarigLog estaria interessada
na negociação, "o caminho correto seria a votação
da proposta da VarigLog diretamente em assembléia geral de credores,
sem a posterior realização do leilão com as conseqüências
jurídicas daí advindas ao arrematante".
O parecer da Deloitte questiona principalmente a formação
do preço mínimo estipulado pela VarigLog para sua ex-controladora,
de R$ 277 milhões. Este valor compõe a proposta total de
cerca de R$ 1 bilhão (equivalente a US$ 485 milhões) que
a VarigLog se propõe a desembolsar pela ex-controladora. O valor
mínimo, no entanto, seria repassado para a chamada Varig antiga,
que seria desmembrada da atividade principal para amortizar o passivo
de R$ 7,9 bilhões.
O parecer destaca ainda que as restrições apontadas pela
Deloitte podem ser revistas caso a VarigLog apresente os esclarecimentos
solicitados. O parecer sugeriu a realização de uma audiência,
que foi marcada para a próxima segunda-feira, entre a VarigLog,
a Varig, a comissão de juízes do caso Varig e a Deloitte.
Depósito
Hoje o presidente da Varig, Marcelo Bottini, descartou a possibilidade
de a companhia paralisar suas operações, caso se esgote
a linha de crédito de US$ 20 milhões que a VarigLog abriu
para a ex-controladora.
Segundo Bottini, a VarigLog, se necessário, poderia oferecer mais
recursos para garantir a continuidade da operação da companhia.
Além disso, o executivo lembrou que a Varig também tem sua
receita normal com a venda de passagens.
"A VarigLog está disposta a comprar a Varig. Se precisarmos
mais dois ou três dias (de empréstimo), não há
dúvida que ela continuará fazendo aportes", afirmou.
De segunda-feira da semana passada até hoje, a VarigLog já
emprestou US$ 11 milhões para a Varig, de uma linha de crédito
total de US$ 20 milhões.
Reuters
07/07 - 16:28h
Com atual oferta, parecer rejeita novo leilão
da Varig
RIO
DE JANEIRO (Reuters) - Na corrida contra o tempo para evitar a paralisação
das operações da Varig, a consultoria Deloitte, responsável
pela recuperação judicial da empresa, entregou na sexta-feira
um parecer ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em que descarta
a realização de um novo leilão da Varig sob as atuais
condições da proposta da VarigLog.
Os
principais pontos --segundo o consultor jurídico Alberto Fiore,
que assina o documento-- são a composição do preço
mínimo e a remuneração da antiga Varig.
Na
proposta da VarigLog, o preço mínimo de 277 milhões
de reais é composto pelo adiantamento feito pela empresa para as
operações da Varig; receitas com o aluguel de imóveis;
fretamento de aeronaves; e Centro de Treinamento, além de pagamentos
anuais aos credores no valor de 42 milhões de reais em 10 anos.
Outro
item que faz parte do lance mínimo da oferta é o valor referente
à compra pela VarigLog de 5 por cento das suas ações
atualmente nas mãos da Varig.
De
acordo com a Deloitte, essa operação com ações
é "inadmissível", assim como o rendimento por
meio de debêntures oferecido aos credores.
O
parecer questionou ainda contradições na proposta da VarigLog
em relação ao programa de milhagem Smiles, que ora se compromete
a assumir passivos (ou seja, os prêmios já concedidos), ora
deixa o encargo para a antiga Varig.
O
documento da consultoria informou também que os ativos da Varig
teriam sido avaliados em 268,35 milhões de reais pela empresa Appraisal,
referentes a imóveis, máquinas e equipamentos no Brasil
e no exterior.
Apesar
das ressalvas sobre a oferta atual, o parecer declarou que "caso
se conclua que somente à VarigLog interessa a aquisição
das empresas em recuperação, o caminho correto seria a votação
da proposta VarigLog diretamente em assembléia geral dos credores,
sem a posterior realização de leilão".
Uma
fonte da Deloitte que pediu anonimato informou mais cedo à Reuters
que o parecer sugere que a assembléia de credores aconteça
entre os próximos dias 12 e 13.
JUSTIÇA
DECIDE SEGUNDA-FEIRA
O
juiz Luiz Roberto Ayoub, um dos responsáveis pela recuperação
judicial da companhia aérea, confirmou o recebimento do documento
e resolveu nesta sexta-feira prorrogar até segunda-feira, dia 10,
a decisão sobre o novo cronograma.
De
acordo com nota divulgada pelo juiz, a VarigLog deverá modificar
alguns pontos da proposta apresentada para compra da Varig. Conforme o
juiz, o parecer da consultoria aponta a necessidade de adequação
em determinados itens, como o esclarecimento do preço mínimo
ofertado e a situação do passivo que ficará com a
empresa remanescente (Varig Comercial).
O
leilão, entretanto, será realizado apenas se os credores
aprovarem a proposta de compra pela VarigLog que, entre outros pontos,
sugere o desembolso de 277 milhões de reais pela Varig Operacional,
que fica com as operações e sem dívidas, e que seria
repassado à Varig Comercial, detentora da dívida e de alguns
ativos como dois aviões, o Centro de Treinamento de Pilotos e imóveis.
A
assembléia de credores para avaliar a oferta da VarigLog havia
sido anteriormente marcada para segunda-feira (dia 10), mas no último
dia 5 o juiz Ayoub adiou a reunião por falta de detalhamento da
proposta.
Por
sua vez, o primeiro leilão da Varig, em 8 de junho, tornou-se "vazio",
pois o único grupo que apresentou proposta pela companhia na ocasião
não cumpriu com o pagamento.
(Por
Denise Luna)
Estadão
07 de julho de 2006 - 15:41
Delloite não recomenda leilão da Varig
Segundo o parecer do administrador judicial
da companhia aérea, uma opção é a realização
de uma audiência, que será realizada na segunda-feira
Alberto Komatsu
RIO - O parecer do administrador judicial da Varig, a consultoria Deloitte,
sobre a proposta da VarigLog para compra da ex-controladora não
recomenda a realização de leilão judicial da companhia,
conforme a proposta da ex-subsidiária. O parecer explica que as
restrições apontadas pela Deloitte podem ser revistas caso
a VarigLog apresente os esclarecimentos solicitados.
O documento sugeriu a realização
de uma audiência, que foi marcada para a próxima segunda-feira,
entre a VarigLog, a Varig, a comissão de juízes do caso
e a Deloitte. O presidente da companhia aérea, Marcelo Bottini,
quando questionado sobre o assunto, limitou-se a dizer que "são
só alguns ajustes".
"Não parece a este administrador
que poderia ser levado a efeito leilão judicial nas bases sugeridas
pela VarigLog, seja porque isto frustraria a competição
almejada pelo leilão, criando uma venda direta sob a roupagem de
leilão judicial, seja porque a venda pelo preço mínimo
apresentado pela VarigLog não seria benéfica aos credores
e às próprias empresas em recuperação",
conclui o documento, de cerca de 40 páginas, apresentado nesta
sexta-feira pela Deloitte à Justiça do Rio de Janeiro.
Questionamentos
O
parecer da Deloitte questiona principalmente a formação
do preço mínimo estipulado pela VarigLog para sua ex-controladora,
de R$ 277 milhões. Este valor compõe a proposta total de
cerca de R$ 1 bilhão (equivalente a US$ 485 milhões) que
a VarigLog se propõe a desembolsar pela ex-controladora. O valor
mínimo, no entanto, seria repassado para a chamada Varig antiga,
que seria desmembrada da atividade principal para amortizar o passivo
de R$ 7,9 bilhões.
De acordo com o parecer, o preço
mínimo não deve ser composto pelos seguintes itens propostos
pela VarigLog: pagamento relacionado à compra das ações
da Varig no capital social da VarigLog; rendimento oriundo das debêntures
oferecidas; pagamentos decorrentes de contratos celebrados com as concessionárias
remanescentes, "salvo se de tais contratos forem abatidos os efetivos
custos incorridos pelas ditas empresas para a prestação
dos respectivos serviços, bem como levado em conta a correção
monetária aplicada".
Valor
Online
07/07 - 15:33h
Bottini diz que Varig tem condições
de continuar operando até um novo leilão
RIO - A Varig ainda tem fôlego para continuar operando mesmo que
os recursos depositados diariamente pela VarigLog acabem antes da realização
do leilão da companhia aérea, cuja data ainda não
foi definida
A avaliação é do presidente da Varig, Marcelo Bottini.
"A
VarigLog está disposta a comprar a Varig.
Se
precisar de mais dois ou três dias, não há dúvida
que ela continuará fazendo aportes", disse Bottini.
Os
aportes diários da VarigLog fazem parte de uma linha de crédito
emergencial, no total de US$ 20 milhões, que a companhia se comprometeu
a fazer para dar sustentabilidade à operações da
aérea até que ela seja leiloadaBottini acrescentou que a
Varig também tem outras fontes de receita e não depende
apenas desses depósitos da VarigLog.
Além
disso, na avaliação do executivo, a VarigLog poderia continuar
a depositar recursos além dos US$ 20 milhões.
"Na
medida em que nós tivemos um acordo e esse acordo tem que ser prorrogado
por mais dois ou três dias, é automático (o desembolso)",
afirmou.
Até
o momento, a Justiça do Rio não definiu uma nova data para
o leilão da Varig.
Na
segunda-feira, o administrador judicial da empresa (a consultoria Deloitte),
a VarigLog e a Varig terão uma audiência com a comissão
de juízes que cuida do caso.
A
intenção é tratar dos termos da oferta da VarigLog.
O
relatório da Deloitte sobre o plano de compra da empresa questiona
vários pontos da proposta, entre eles as condições
relacionadas ao preço mínimo do leilão, de R$ 277
milhões.
(Ana
Paula Grabois | Valor Online)
Valor Online
14:33 07/07, atualizada às 15:21 07/07
VarigLog destina US$ 2 milhões à Varig
para mantê-la em operação até
segunda-feira
RIO - A VarigLog depositou mais US$ 2 milhões nesta sexta-feira
para a Varig, garantindo, assim, a continuidade das operações
da empresa aérea até segunda-feira. Os recursos são
destinados para as despesas correntes, como pagamento de combustível
e leasing de aeronaves.
Por ora, a VarigLog depositou US$ 11 milhões para a Varig.
O montante faz parte de um aporte emergencial de US$ 20 milhões
previstos pela VarigLog para dar fôlego à Varig até
o leilão, ainda sem data marcada.
Na quarta-feira, a Justiça do Rio cancelou o leilão previsto
para o dia 12, em razão da necessidade de avaliação
do detalhamento financeiro da proposta da VarigLog, única empresa
que fez proposta formal de compra da Varig.
(Ana Paula Grabois | Valor Online)
Agencia
Brasil
07/07 - 15:06h
VarigLog deve apresentar nova proposta de compra
da Varig na próxima semana, informa tribunal
A
informação foi dada hoje (7) pela assessoria de imprensa
do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
A
decisão foi tomada pela Justiça fluminense, depois que a
consultoria Deloitte, administradora judicial das empresas do grupo Varig
(Varig, Rio Sul e Nordeste Linhas Aéreas), analisou a proposta
financeira da VarigLog e concluiu que devem ser prestados novos esclarecimentos
sobre o preço mínimo ofertado e o passivo que ficará
com a companhia remanescente, designada Varig Velha.
A
determinação atende ao artigo 60, parágrafo único,
da Lei de Recuperação de Empresas, aprovada em junho do
ano passado em substituição à Lei de Falências
e Concordatas. A Varig é a primeira empresa inscrita na nova lei.
Seu processo de recuperação judicial completou um ano no
dia 17 de junho e, segundo a assessoria do TJRJ, já tem com mais
de 17 mil páginas.
Após
receber as informações solicitadas, o juiz Luiz Roberto
Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, onde corre o processo
da Varig, enviará os dados para nova apreciação do
Ministério Público e da Deloitte. Se o parecer das duas
instituições for positivo, o juiz poderá convocar
a assembléia de credores da Varig para aprovação
da proposta da VarigLog e o segundo leilão judicial para alienação
da companhia aérea.
Na
última quarta-feira (5), Ayoub cancelou a assembléia prevista
para o dia 10, porque a VarigLog apresentou o detalhamento financeiro
da proposta, e esse documento precisava ser analisado pelo Ministério
Público e pela administradora judicial. A VarigLog continua fazendo
depósitos diariamente para garantir o fluxo de caixa da Varig até
o leilão.
Os
números não são revelados pela empresa, mas assessores
da VarigLog informaram que hoje foram depositados US$ 2 milhões,
destinados a despesas com combustível. De acordo com estimativas
do mercado, até ontem (6), os desembolsos chegariam a cerca de
US$ 9 milhões. A linha de crédito colocada à disposição
da Varig por sua ex-subsidiária VarigLog para despesas correntes
está limitada a US$ 20 milhões.
A
VarigLog é controlada pela Volo do Brasil, formada pelo fundo americano
Matlin Patterson e por empresários brasileiros e de Macau. A proposta
da VarigLog é, até o momento, a única apresentada
formalmente à Justiça do Rio para compra da Varig.
O
Globo
07/07/2006 - 14h59m
Varig descarta paralisação devido
à demora do leilão
Erica Ribeiro
RIO
- O presidente da Varig, Marcelo Bottini, deixou há pouco o gabinete do
juiz Luiz Roberto Ayoub, no Tribunal de Justiça do Rio, afirmando que
está descartada a possibilidade de paralisação da companhia se os recursos
oferecidos pela VarigLog se esgotarem antes da realização do leilão dos
ativos da empresa. Segundo Bottini, como a VarigLog está disposta a comprar
a Varig, não haveria dificuldades de negociar mais alguns depósitos se
houver demora no leilão.
-
A VarigLog está disposta a comprar a Varig e, se for preciso mais dois
ou três dias, não tenho dúvidas de que ela fará novos aportes - afirmou
Bottini.
A
VarigLog havia estipulado um limite de depositar até US$ 20 milhões para
que a Varig pagasse as despesas correntes até a realização do leilão.
Nessa quinta-feira, segundo fontes próximas à companhia, a empresa já
tinha depositado US$ 9 milhões.
Bottini
também ressaltou que a Varig precisa concluir o processo recuperação que
vai culminar com a venda dos ativos da companhia o mais rápido possível.
-
É o que temos dito a todos e ao juiz - assinalou bottini, acrescentando
que a proposta da VarigLog necessita de alguns ajustes para aprovação
final pelo administrador judicial e pelo Ministério Público.
Bottini,
que deverá retornar ao Tribunal de Justiça ainda nesta sexta-feira, afirmou
que uma decisão sobre a assembléia de credores da Varig e o leilão deverá
sair ainda nesta sexta-feira.
Reuters
07/07 - 14:58h
VarigLog deposita mais US$2 mi para manter Varig
RIO
DE JANEIRO (Reuters) - A VarigLog depositou nesta sexta-feira mais 2 milhões
de dólares na conta da Varig para garantir o abastecimento das
aeronaves da companhia aérea até segunda-feira, data prevista
para a decisão judicial sobre um cronograma para outro leilão
da empresa.
Segundo fontes ligadas à VarigLog,
até o momento, já foram depositados 11 milhões de
dólares no caixa da Varig. A VarigLog se comprometeu com a Justiça
a depositar até 20 milhões de dólares na conta da
Varig para manter as operações da empresa aérea até
que consiga adquiri-la no próximo leilão.
De acordo com o presidente da Varig, Marcelo
Bottini, o adiamento da decisão sobre a data do novo leilão,
não irá prejudicar a empresa porque além dos aportes
da VarigLog, a companhia tem vendido passagens, o que garante receitas.
Sobre a possibilidade do leilão
não ser realizado na próxima semana, o que esgotaria o total
de recursos prometido pela VarigLog, Bottini foi enfático:
"A VarigLog está disposta
a comprar a Varig, se for preciso mais dois ou três dias, não
tenho dúvida que ela fará o aporte", disse o executivo
a jornalistas no Tribunal de Justiça de Rio de Janeiro.
(Por
Denise Luna)
O
Globo
07/07/2006 - 14h25m
Tribunal de Justiça do Rio divulga
nota sobre proposta da VarigLog
Globo Online
RIO
- O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro divulgou uma nota nesta sexta-feira
sobre a proposta de compra da Varig pela VarigLog. Leia abaixo a íntegra:
VarigLog deve apresentar nova proposta na próxima semana
"A
consultoria Delloite, Administrador Judicial das empresas em processo
de recuperação judicial, apresentou hoje (dia 7 de julho) um relatório
em que aponta haver a necessidade de adequações em determinados itens
da oferta apresentada pela VarigLog, entre eles, o esclarecimento do preço
mínimo ofertado e a situação do passivo que ficará com a empresa remanescente,
de acordo com o art. 60 parágrafo único da Lei de Recuperação de Empresas
(LRE). A VarigLog deve modificar alguns pontos da proposta apresentada
pela compra da Varig no início da próxima semana.
Na última quarta-feira (dia 5 de julho), o juiz Luiz Roberto Ayoub, da
8ª Vara Empresarial, cancelou a assembléia de credores prevista para o
próximo dia 10 porque a VarigLog havia apresentado novo detalhamento financeiro
da proposta e o documento precisava ser analisado pelo Ministério Público
e pelo Administrador Judicial.
A empresa vem efetuando depósitos para garantir o caixa da companhia aérea.
Os valores podem chegar a R$ 20 milhões, colocados como linha de crédito
à disposição da Varig até o leilão. Caso, porém, a VarigLog não seja a
arrematante, o vencedor deverá efetuar o pagamento deste valor, imediatamente,
acrescido de 10% a título de prêmio.
Segundo Ayoub, a participação de outros licitantes dependerá de depósito
judicial da importância equivalente a US$ 22 milhões, ao câmbio do dia
do depósito, que deverá ser efetuado e comprovado até 24 horas antes da
data da arrematação, entre outras condições. O processo de recuperação
judicial da empresa, que começou em 17 de junho de 2005, já tem mais de
dezessete mil páginas. Ainda não há data marcada para a realização de
uma nova assembléia de credores."
O
Globo
07/07/2006 - 14h23m
VarigLog deve apresentar nova proposta
na próxima semana
Erica Ribeiro
RIO
- A Justiça do Rio informou nesta sexta-feira que a VarigLog deverá modificar
alguns pontos da proposta apresentada para a compra da Varig. A consultoria
Deloitte, administradora judicial da companhia, apresentou nesta sexta-feira
um relatório apontando a necessidade de mais esclarecimentos de alguns
itens da oferta feita pela ex-subsidiária da Varig, por exemplo, informações
adicionais sobre o preço mínimo a ser ofertado no leilão e sobre a situação
do passivo. Pela proposta, o passivo permanece com a empresa antiga, que
continua em processo de recuperação judicial.
A proposta da VarigLog sugere preço mínimo
de US$ 277 milhões para lance inicial pelos ativos da companhia.
A Justiça do Rio ainda não determinou
nova data para a realização da assembléia de credores. Tudo dependerá
do parecer final do Ministério Público (MP) e da Deloitte que deve sair
nesta segunda-feira.
Reuters
07/07 - 13:48
VarigLog deposita mais US$2 mi para manter Varig funcionando
RIO
DE JANEIRO (Reuters) - A VarigLog depositou nesta sexta-feira mais 2 milhões
de dólares na conta da Varig para garantir o abastecimento das
aeronaves da companhia aérea até segunda-feira, data prevista
para a decisão judicial sobre um cronograma para outro leilão
da empresa.
Segundo
fontes ligadas à VarigLog, até o momento, já foram
depositados 11 milhões de dólares no caixa da Varig.
A
VarigLog se comprometeu com a Justiça a depositar até 20
milhões de dólares na conta da Varig para manter as operações
da empresa aérea até que consiga adquiri-la no próximo
leilão.
(Por
Denise Luna)
O
Globo
07/07/2006 - 13h44m
VarigLog depositou mais US$ 2 milhões
na conta da Varig, dizem fontes
Erica Ribeiro
RIO - A VarigLog depositou nesta sexta-feira mais US$ 2 milhões na conta
da Varig para garantir o pagamento de combustível e outras despesas da
companhia até a próxima segunda-feira. A informação é de fontes ligadas
às negociações.
Na segunda-feira, a Justiça do Rio deverá receber o parecer final do administrador
oficial Deloitte e do Ministério Público para decidir a data de uma nova
assembléia e de um novo leilão da companhia.
Reuters
13:38 07/07, atualizada às 14:00 07/07
Justiça decide só na 2ª feira
sobre novas datas para Varig
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Na corrida contra o tempo para evitar a paralisação
das operações da Varig, a consultoria Deloitte, responsável
pela recuperação judicial da empresa, entregou na manhã
desta sexta-feira parecer ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro,
em que indica 14 de julho como data para o segundo leilão de venda
da companhia.
De
acordo com uma fonte ligada à Deloitte que não quis ser
identificada, o parecer também sugere a nova data para assembléia
de credores entre os próximos dias 12 e 13.
O
juiz Luiz Roberto Ayoub, um dos responsáveis pela recuperação
judicial da companhia aérea, confirmou o recebimento do documento
e resolveu nesta sexta prorrogar até segunda-feira, dia 10, a decisão
sobre o novo cronograma.
De
acordo com nota divulgada pelo juiz, a VarigLog deverá modificar
alguns pontos da proposta apresentada para compra da Varig. Conforme o
juiz, o parecer da consultoria aponta a necessidade de adequação
em determinados itens, como o esclarecimento do preço mínimo
ofertado e a situação do passivo que ficará com a
empresa remanescente (Varig Comercial).
O
leilão, entretanto, será realizado apenas se os credores
aprovarem a proposta de compra pela VarigLog que, entre outros pontos,
sugere o desembolso de 277 milhões de reais pela Varig Operacional,
que fica com as operações e sem dívidas, e que seria
repassado à Varig Comercial, detentora da dívida e de alguns
ativos como dois aviões, o Centro de Treinamento de Pilotos e imóveis.
A
assembléia de credores para avaliar a oferta da VarigLog havia
sido anteriormente marcada para segunda-feira (dia 10), mas no último
dia 5 o juiz Ayoub adiou a reunião por falta de detalhamento da
proposta.
Por
sua vez, o primeiro leilão da Varig, em 8 de junho, tornou-se "vazio",
pois o único grupo que apresentou proposta pela companhia na ocasião
não cumpriu com o pagamento.
O
Globo
07/07/2006 - 13h24m
Deloitte pede mais esclarecimentos
sobre proposta da VarigLog
Erica Ribeiro
RIO - A Justiça do Rio informou nesta sexta-feira que a VarigLog deverá
modificar alguns pontos da proposta apresentada para a compra da Varig.
A consultoria Deloitte, administradora judicial da companhia, apresentou
nesta sexta-feira um relatório apontando a necessidade de maiores esclarecimentos
de alguns itens da oferta feita pela ex-subsidiária da Varig, entre elas
informações adicionais sobre o preço mínimo a ser ofertado no leilão e
como ficaria a situação do passivo, que permanece com a empresa antiga,
que continua em processo de recuperação judicial.
Pela proposta da VarigLog, o preço mínimo sugerido é de US$ 277 milhões
para lance inicial pelos ativos da companhia.
A Justiça do Rio ainda não determinou nova data para a realização da assembléia
de credores. Tudo dependerá do parecer final do MP e da Deloitte, que
deve sair nesta segunda-feira.
Agência Estado
07/07 - 13:20h
Variglog
deve alterar pontos da proposta pela Varig
A Justiça do Rio informou hoje que a Variglog deverá modificar
alguns pontos da proposta de cerca de US$ 500 milhões para comprar
a ex-controladora, em audiência que deverá ser realizada
na próxima segunda-feira.
O
administrador judicial da Varig, a Consultoria Deloitte, apresentou hoje
à comissão de juízes responsáveis pela recuperação
judicial, um relatório indicando a necessidade de adequações
na oferta da Variglog, especialmente sobre o preço mínimo
proposto pela companhia, de R$ 277 milhões, que seriam destinados
para a chamada Varig antiga, que seria desmembrada da atividade principal,
para herdar um passivo de R$ 7,9 bilhões. A Deloitte também
pede explicações sobre como ficará a situação
desta dívida.
A Justiça do Rio não marcou uma nova data para a assembléia
de credores da Varig, que votaria a proposta da Variglog e ainda não
definiu quando seria realizado um novo leilão da companhia. A expectativa
é de que as duas datas sejam marcadas na segunda-feira.
Valor
Online
07/07 - 13:13h
VarigLog detalhará proposta na segunda-feira
e definição sobre Varig é adiada
RIO - A VarigLog vai modificar alguns
pontos da proposta de compra da Varig em audiência na Justiça
na próxima segunda-feira (10)
A consultoria Deloitte, administradora
judicial da companhia, apresentou um relatório pedindo adequações
em alguns itens da oferta original..
Entre os tópicos questionados estão
o preço mínimo ofertado, de R$ 277 milhões, e a situação
das dívidas que ficarão com a parte da Varig que não
será vendida (a chamada Varig velha).
A VarigLog ficaria com a maior parte dos
ativos da Varig, sem herdar dívidas, mas a proposta prevê
um pagamento de R$ 277 milhões à Varig velha.
Na última quarta-feira, o juiz
Luiz Roberto Ayoub, responsável pelo processo de recuperação
judicial da companhia aérea, cancelou a assembléia de credores
da Varig, marcada para o dia 10, diante do novo detalhamento financeiro
apresentado pela VarigLog em sua proposta de compra.
A Justiça ainda não tem
uma nova data para a assembléia e nem para o leilão da empresa,
anteriormente previsto para o dia 12.
Caso a VarigLog modifique os pontos questionados
durante a audiência na segunda-feira, a Deloitte e o Ministério
Público do Rio de Janeiro ainda precisam enviar pareceres favoráveis
às mudanças para que a Justiça possa marcar as novas
datas da assembléia de credores e do leilão.
No
entanto, o leilão será realizado apenas se a assembléia
aprovar a proposta.
(Ana
Paula Grabois | Valor Online)
Valor Online
12:43 07/07
Leilão
da Varig pode ser marcado para próxima sexta-feira, diz fonte
RIO - O leilão da Varig pode acontecer
na sexta-feira da semana que vem, dia 14, segundo fontes ligadas ao caso
A
Justiça do Rio, entretanto, ainda não se pronunciou sobre
o assunto.
Na última quarta-feira, o juiz
Luiz Roberto Ayoub, que acompanha o processo de reestruturação
da companhia aérea, resolveu cancelar o leilão da empresa,
previsto para o dia 12, assim como a assembléia de credores da
Varig, marcada para o dia 10.
Hoje, a administradora judicial da Varig,
a consultoria Deloitte, entregou o relatório sobre a nova proposta
de compra da companhia feita pela VarigLog, única empresa a fazer
uma oferta formal à Justiça.
Ainda falta o Ministério Público
Estadual do Rio de Janeiro entregar o parecer sobre a nova proposta da
VarigLog, cuja principal diferença em relação à
oferta anterior é o pagamento de R$ 277 milhões para a Varig
que não será vendida e que herdará uma dívida
de cerca de R$ 7 bilhões.
(Ana Paula Grabois | Valor Online)
O
Globo
07/07/2006 - 12h38m
Ações da Varig têm alta expressiva
nesta sexta-feira
Globo Online
RIO - As ações preferenciais da companhia
aérea Varig (VAGV4) tem alta expressiva nesta sexta-feira, no pregão da
Bovespa. Por volta das 12h33min, a valorização atingiu 6,41%, com o papel
cotado a R$ 3,98.
De acordo com analistas, os investidores
permanecem na expectativa em relação aos prazos de pagamento de credores
do plano de recuperação judicial da companhia.
O
Globo
07/07/2006 - 12h31m
Anac aprova resolução sobre redistribuição
de slots nos aeroportos
Globo Online
RIO - A Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac) anunciou nesta sexta-feira ter aprovado
uma resolução sobre a redistribuição de slots nos aeroportos. Leia abaixo
a íntegra da nota divulgada:
"Um
total de 27 sugestões colaboraram na primeira consulta pública da ANAC.
Entre elas participaram 04 (concessionárias), 01 (uma) associação, 04
(quatro) entidades públicas e 18 pessoas físicas, contribuindo com sugestões
para definição sobre a repartição de Slots nos aeroportos.
A Resolução Nº 02 teve como objetivo regular a alocação de horários de
chegadas e de partidas de aeronaves de linhas aéreas domésticas de transporte
regular, de passageiros em aeroportos coordenados, devido à saturação
de tráfego aéreo.
O estabelecimento das regras e procedimentos nessa resolução veio ao encontro
dos anseios das representações de todos os segmentos do transporte aéreo,
que careciam até então de tais critérios, caracterizando-se num marco
regulatório nacional, observando os princípios da Administração Pública.
A resolução Nº 02 estabelece procedimentos para convocação das concessionárias
interessadas no processo de alocação dos citados horários, faz exigências
quanto à documentação relativa à regularidade fiscal, capacitação técnica
e qualificação econômico-financeira, bem como aos índices de regularidade
e pontualidade na prestação do serviço público de transporte aéreo regular.
Uma novidade baseada na experiência internacional, que apresenta a resolução,
consiste na implantação de um sistema de rodízio com duas grades, ocupadas
por sorteio, sendo uma para empresas que já atuam no aeroporto e outra
para concessionárias entrantes, incentivando empresas menores a entrar
nesse nicho, de forma isonômica, proporcionando tratamento de igualdade
de condições e a justa oportunidade a essas empresas".
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