Gazeta
Online
08/04/2008
Gestor da recuperação
da Varig vai para nova companhia aérea
Gestor
do plano de recuperação da Varig, Miguel Dau
assumiu no dia 1º de abril o cargo de vice-presidente
operacional da nova companhia aérea brasileira, cuja
criação foi anunciada no fim de março
pelo empresário David Neeleman, o fundador da JetBlue.
A
empresa começará a operar vôos domésticos
em janeiro de 2009, em São Paulo. A companhia usará
aviões da Embraer e terá seu nome escolhido
pelos internautas, pelo site www.voceescolhe.com.br. No
dia 15 de abril, a companhia anunciará os dez melhores
nomes sugeridos pelo público, quando vai ocorrer
nova votação. Em 5 de maio, será anunciado
o nome.
Trajetória
Dau,
que esteve na Varig por 20 anos e foi escolhido pelos credores
para executar o plano de recuperação judicial
da companhia assume a condução do processo
de certificação da nova empresa com a Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac) e de toda
a estruturação da companhia.
Na
Varig, ao longo de duas décadas, Miguel Dau foi piloto,
diretor de cargas e vice-presidente operacional e técnico,
função exercida de 2003 a 2005, quando deixou
a companhia, retornando mais tarde a pedido dos credores.
Antes disso, foi piloto de caça da Força Aérea
Brasileira (FAB) por dez anos.
Estadão
08/04/2008
Avião pousa em Bangcoc após
tentativa de seqüestro
Segundo informações,
homem se envolveu em uma briga e ameaçou tripulação
com uma faca; ele foi preso
Efe
BANGCOC - Um avião da companhia Biman Bangladesh
Airlines teve de fazer um pouso de emergência no velho
aeroporto internacional de Bangcoc, depois que um homem
tentou seqüestrar o aparelho.
Segundo
o chefe da Autoridade Aeroportuária do país,
Chana U-sathaporn, o suposto seqüestrador já
foi detido. Ele teria se envolvido em uma briga com um dos
passageiros e ameaçou com uma faca a tripulação
da aeronave.
Ainda
não se sabe como o homem conseguiu enganar os controles
de segurança e entrar com a faca a bordo do vôo
BG042, que partiu de Daca com destino a Kuala Lumpur, e
tinha entre 40 e 70 passageiros.
Ao
considerar que podia perder o controle da situação,
o piloto pediu permissão às 9h30 (23h30 de
segunda-feira em Brasília) para aterrissar no aeroporto
de Suvarnabhumi, inaugurado em 2006, mas a torre de controle
lhe indicou que fosse ao de Don Mueang, cerca de 30 quilômetros
ao norte de Bangcoc.
Desde
a entrada em funcionamento do moderno aeroporto de Suvarnabhumi,
o de Don Mueang é utilizado apenas pelas companhias
aéreas locais de baixo custo.
As
autoridades tailandesas identificaram o suspeito como Hassan
Ali, de 40 anos, que foi detido logo após a aterrissagem.
Segundo
as autoridades locais, Ali, de nacionalidade indiana e residente
na Malásia, sofre de problemas mentais e neste momento
se encontra sob custódia do Departamento de Imigração.
Estadão
08/04/2008
Batida entre dois ônibus no
túnel Anhangabaú deixa 7 feridos
Fretado da Varig se chocou com
a traseira de um ônibus urbano; tráfego está
parcialmente interditado
SÃO PAULO - Um acidente envolvendo dois ônibus
deixou, por volta das 4h30 desta terça-feira, 8,
pelos menos 7 pessoas feridas, uma delas em estado grave,
no interior do túnel Anhangabaú, no sentido
Santana/Aeroporto, na região central da capital.
Um
ônibus da Varig, que havia saído do Aeroporto
Internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos,
e seguia para o Aeroporto de Congonhas, bateu na traseira
de um coletivo da Viação Sambaíba,
da linha 175 T (Tremembé/Jabaquara). No ônibus
urbano, estavam apenas o motorista e o cobrador. O fretado
tinha 12 passageiros, a maioria deles de um vôo da
Varig vindo de Cuiabá.
Ficaram
feridos o motorista do ônibus da Varig, que foi retirado
das ferragens apenas as 5h45; os dois funcionários
da Sambaíba, ambos com ferimentos leves; além
de quatro passageiros do ônibus fretado, entre eles
uma mulher de 53 anos que foi levada para a Santa Casa de
Misericórdia.
Às
5h45, apenas uma faixa da via estava liberada para o tráfego
no interior do túnel, o que causa um grande congestionamento
para quem deixa a zona norte da capital paulista. Ainda
não se sabe o que levou o motorista da Varig a atingir
a traseira do ônibus urbano.
O
Estado de São Paulo
08/04/2008
Informativo da Anac enfoca abastecimento
Após dois acidentes causados por problemas de abastecimento,
a Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac) escolheu o assunto como tema de seu primeiro informativo
Alerta de Vôo, com informações de segurança
para pilotos particulares e comerciais. O informativo não
tem periodicidade regular e está em www.anac.gov.br/alertavoo.
O
Estado de São Paulo
08/04/2008
Em Cumbica, 24 horas para liberar
a carga
Mais de 40 caminhoneiros esperavam
atendimento
José Henrique Lopes e Michelle Portela
Três
dias depois de sair de Fortaleza e de ter enfrentado, na
noite anterior, uma interdição de rodovia
que durou sete horas, o caminhoneiro Francisco Costa achou
que poderia tomar um banho e, finalmente, descansar. Mas,
ao chegar ao Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos,
ontem à tarde, viu que a viagem ainda não
havia terminado.
A
fila de caminhões que esperavam pela liberação
de mercadorias destinadas à exportação,
causada pela greve dos auditores fiscais da Receita Federal,
obrigará o cearense a permanecer, pelo menos, 24
horas na cabine de seu caminhão, estacionado nas
imediações do terminal de cargas do aeroporto.
No
local, não há acomodação para
os caminhoneiros. “A gente chega de viagem sujo, cansado,
e não tem nem onde tomar banho”, afirmou. “Como
sou de fora, não terei para onde ir caso precise
passar a noite aqui. Vou dormir no caminhão mesmo.”
Se,
na sexta-feira, a situação no aeroporto já
era marcada pelo acúmulo de veículos, ontem
o cenário era pior. À tarde, mais de 40 caminhões
formavam uma enorme fila. Segundo os motoristas, durante
a manhã, mais de 70 caminhões estavam estacionados
no local. Desses, 26 teriam passado o fim de semana no pátio
improvisado em frente de um depósito que pertencia
à Transbrasil. Ontem, até esse espaço
estava lotado.
Os
caminhoneiros, conformados com o fato de não haver
previsão para esvaziarem suas carrocerias, matavam
o tempo em rodas de conversa. Alguns, cansados, dormiam
embaixo dos veículos. “Enquanto tiver água
para beber, tudo bem, vamos ficando por aqui”, disse
Carlos Santos. Junto ao colega Felipe Ledur, ele aguardava
um parecer da Receita desde domingo, quando chegou com um
caminhão de Palmeira das Missões (RS) carregado
de sapatos.
PREJUÍZOS
No
Pólo Industrial de Manaus, por causa da greve, 8,5
mil trabalhadores estão em licença remunerada
ou cumprindo banco de horas. As fábricas não
podem produzir porque insumos e equipamentos estão
retidos nas alfândegas. Segundo o Sindicato da Indústria
de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares
no Amazonas, empresas como Sony, Panasonic e CCE foram afetadas
e o prejuízo chega a US$ 100 milhões.
A
Caloi retomou parte da produção, após
recorrer à Justiça para liberar insumos retidos
pela Receita. A empresa perdeu três dias de trabalho,
deixando de fabricar 3,6 mil bicicletas.
Coluna
Claudio Humberto
08/04/2008 - 09:18h
Cristina Kirchner compra jato da Embraer
Ao
contrário do presidente Lula, que optou por um Airbus,
o presidente da Argentina, Cristina Kirchner, vai trocar
o Boeing 757 presidencial argentino, o "Tango Uno"
(foto acima), por um Lineage 1000 (foto abaixo), versão
executiva do Embraer 190, fabricado no Brasil. A informação
foi antecipada neste site, em 17 de março passado.
O
"Tango Uno" foi comprado pelo ex-presidente Carlos
Menem nos anos 90 e chegou no bojo de um escândalo:
custou quase um dobro por conta de propinas e superfaturamentos
- o chefe da Casa Militar do presidente argentino saiu do
cargo por esse motivo. Nos últimos anos, o Boeing
757 deu alguns sustos no ex-presidente Nestor Kirchner,
maridão de Cristina, e com ela já apresentou
três panes, uma delas considerada grave.
O
Lineage 1000 da Embraer 190 é considerado o mais
avançado econômico modelo em sua categoria,
para cem lugares, e sucesso absoluto nas empresas aéreas
européias e dos Estados Unidos. A Embraer e a Fuerza
Aérea Argentina já fizeram várias reuniões,
definiram a configuração do jato (40 lugares,
sala de reuniões e dormitório), tudo moderno,
mas sem luxos, seguindo ordem da presidenta. Os argentinos
examinaram outros dois modelos (o BBJ, da Boeing, igual
ao banqueiro Joseph Safra, e o Airbus 319 versão
Corporate Jet, igualzinho ao Air Force 51, do presidente
Lula. O modelo made in Brazil tem desempenho igual e custa
a metade do preço.
Folha
de São Paulo
08/04/2008
União Européia libera
celular em vôo
Decisão só vale
para espaço aéreo europeu e piloto poderá
desabilitar sistema a qualquer momento
Autoridade européia diz esperar que companhias aéreas
assegurem que usuário de celular não perturbe
outros passageiros
MARCELO NINIO DE GENEBRA
A
União Européia anunciou ontem a liberação
do uso em breve de telefones celulares durante viagens de
avião. A decisão, que só vale para
o espaço aéreo europeu, significa que os passageiros
poderão continuar falando no celular e mandando e-mails
acima de 3 mil metros de altitude.
A liberação foi anunciada após seis
meses de estudos da Comissão Européia, o órgão
executivo da UE, e deve entrar em vigor no segundo semestre.
A comissária européia para Sociedade de Informação
e Mídia, Viviane Reding, advertiu as operadoras a
não colocar os preços das ligações
nas alturas. "Se os consumidores receberem contas de
telefone chocantes o serviço não irá
decolar, disse Reding.
O porta-voz da comissária, Martin Selmayr, disse
à Folha que a maior vantagem da decisão é
desburocratizar o uso de celulares em vôos, criando
regras comuns a todos, mas sem a necessidade de novas licenças.
A novidade será resultado da parceria entre as operadoras
e as companhias aéreas e funcionará por meio
de um satélite e uma base terrestre.
Quanto aos preços do serviço, Selmayr disse
que terá a mesma lógica dos já existentes.
"Quem determinará os preços é
o mercado. Será um processo parecido ao do serviço
de roaming, quando um usuário paga um pouco a mais
para falar no seu celular fora do país", comparou
o porta-voz, em conversa por telefone de Bruxelas.
Além do aspecto econômico, a comissária
européia não deixou de lembrar o inferno em
que os vôos podem se transformar com a liberação
do uso de celulares. "Peço às companhias
aéreas que criem as condições certas
a bordo para assegurar que aqueles que queiram usar a comunicação
durante o vôo não perturbem outros passageiros",
disse Reding.
As novas regras anunciadas ontem servem para padronizar
os requerimentos técnicos e de segurança.
Uma delas é a de que o piloto poderá desabilitar
o sistema caso julgue necessário. Outra é
de só habilitar o serviço em altitudes superiores
a 3 mil metros.
A partir de agora cabe a cada companhia aérea quando
começar a oferecer o serviço. Pelas previsões
de Selmayr, o sistema deve começar a operar no começo
do segundo semestre.
Persistem, no entanto, algumas indefinições.
A Agência Européia de Segurança Aérea,
por exemplo, ainda não determinou o tipo de equipamento
que será instalado. A principal preocupação
é de que ele não intrerfira nos comandos do
avião.
A idéia é instalar uma rede nas aeronaves,
que conectarão os celulares a uma base em terra por
meio de satélites. Assim que o avião deixa
o espaço aéreo europeu, o sistema deixa de
funcionar.
A lei aprovada ontem abre o novo mercado para qualquer empresa
aérea interessada, mesma as de fora da UE. A holandesa
KLM e a Air France já testam o uso de celulares em
alguns de seus vôo desde o ano passado, o que demonstra
que a tecnologia já está disponível.
Só faltava regular o mercado.
Valor
Econômico
08/04/2008
What's News
A Air France-KLM informou que caberá aos sindicatos
de empregados da Alitalia decidir o futuro da deficitária
companhia aérea italiana, e que a sua oferta de quase
US$ 1 bilhão é a única que permitirá
à companhia sair rapidamente do vermelho. O conselho
da Alitalia tem até hoje para decidir se pede concordata.
Mercado
e Eventos
07/04/2008 - 18:16h
Miguel Dau é o vice-presidente
da companhia aérea de David Neeleman
Desde
a última terça-feira (01/04), Miguel Dau assumiu
o cargo de vice-presidente operacional da nova companhia
aérea brasileira de David Neeleman, o fundador da
JetBlue, como o site Mercado & Eventos já havia
publicado no dia 29 de março.
Dau,
que esteve na Varig por 20 anos e, recentemente, foi escolhido
pelos credores para executar o plano de recuperação
judicial da companhia, assume a condução do
processo de certificação da nova empresa junto
à Anac (Agência Nacional de Aviação
Civil) e toda a estruturação da companhia.
"Temos
um compromisso expresso com David Neeleman para que toda
a companhia opere seguindo os mais rígidos padrões
internacionais de segurança. Além disso, minha
missão é criar um ambiente de trabalho que
valorize a contribuição individual de cada
membro de nossa equipe", disse Dau. A nova companhia
começa a operar no início de 2009.
Site
Mundo do Marketing
07/04/2008
Flex Linhas Aéreas passou por
trabalho de branding
A
Flex Linhas Aéreas, companhia aérea que surgiu
com a venda da Varig para a Gol para herdar os passivos
e as pendências judiciais da antiga Varig, fez todo
um estudo de branding para se posicionar no mercado.
O
projeto contou com pesquisas qualitativas para escolha do
nome e conceito, além da análise das motivações
e valores procurados pelos usuários na escolha e
fidelidade da companhia aérea. O trabalho foi feito
pela Packaging Brands, que também desenvolveu a logo
e manual de identidade visual, papelaria, formulários,
crachás, identidade visual da aeronave interna e
externa, itens de bordo e cartão de embarque, uniformes,
incluindo estampas de gravatas e lenços, distintivos,
sinalização de prédio institucional
e aeroportos, frota e site.
Jornal
de Turismo
04/04/2008
Feira da Anac expõe a falta
de cuidado ético da agência
Agência de Aviação
Civil é usada para levantar R$ 270 mil entre as empresas
que são fiscalizadas por ela mesma
Cláudio Magnavita
A Anac (Agência Nacional de Aviação
Civil) criou um perigoso plano de vôo para comemorar
o seu terceiro aniversário. A agência permitiu
que uma empresa de organização de evento iniciasse
um trabalho de captação de patrocínio
visando arrecadar fundos para a realização
da 1ª Feira Anac de Aviação Civil e que
o universo abordado fosse exatamente as companhias aéreas
e empresas aeronáuticas que estão subordinadas
às ações de fiscalização
da agência. E o que é pior, que fossem procuradas
empresas em formação que dependem 100% de
autorizações e certificações
da Anac.
Questionada sobre este procedimento, a Assessoria de Imprensa
da agência não apenas confirmou que houve este
processo de busca de patrocínios como emitiu a seguinte
nota oficial que tenta antecipadamente responder a qualquer
questionamento ético: "Muitas empresas, de dentro
e de fora do ramo da aviação civil (como,
por exemplo, bancos), foram convidadas a apoiar a 1ª
Feira Anac de Aviação Civil. Este apoio não
está condicionado a qualquer forma de vínculo
que represente favorecimento ou descumprimento de disposições
regulatórias em prol da empresa apoiadora ou de qualquer
outra pessoa jurídica envolvida."
O levantamento de R$ 270 mil (a Anac participará
apenas com R$ 30 mil da verba necessária para o evento)
só teve resposta positiva das empresas que umbilicalmente
dependem de uma política de boa vizinhança
com a agência: as companhias aéreas, uma empresa
de taxi aéreo, um fabricante aeronáutico (que
depende da homologação de suas aeronaves)
e pasmem, uma empresa recém-criada, que só
no último dia 12 de março entregou o seu contrato
social para apreciação da agência e
que as autorizações que receberá da
agência representa a diferença entre a vida
e morte.
Banner dos patrocinadores da 1ª
feira, que coloca a empresa
de Neeleman ao lado das grandes do setor
Por que será que até o fechamento desta edição
não houve a resposta de nenhuma outra empresa ou
instituição financeira? Para um conhecido
diretor de marketing, dificilmente um cliente do mercado
aceitaria livremente associar a sua marca a uma sigla que
foi demonizada pela mídia durante meses e que esteve
no alvo de um tiroteio político.
Afirmar que "este apoio não está condicionado
a nenhuma forma de favorecimento ou descumprimento de disposições
regulatórias" não responde ao próprio
fato do estabelecimento de uma relação constrangedora
do surpreendente pedido, que pode transformar o "não"
a uma solicitação de patrocínio em
um fato político. Só que o "sim"
também gera um fato político, neste caso uma
política de boa vizinhança.
O caso mais grave é o da "futura companhia aérea"
do empresário David Neeleman - que ainda está
constituindo a sua empresa no Brasil e buscando investidores
-, que recebeu indiretamente o beneplácito público
da agência de aviação civil, colocando
no seu próprio site oficial o avião-logo de
sua empresa como patrocinador. A companhia, ainda virtual,
ganhou a chancela oficial da própria Anac, ao ser
incluído num grupo de logotipos em que estão
as maiores empresas do setor, junto com a marca da própria
Anac, da Infraero e de companhias aéreas que já
operam regularmente.
Anúncio com patrocínio
da empresa que precisa
da Anac para virar companhia aérea
São queimaduras graves no currículo da Anac.
Esta última de terceiro grau, sinaliza ferir qualquer
principio ético e, se fosse apreciada pelo Conselho
Ético da Presidência da República, poderia
sofrer censuras públicas. Não existirá
prestações de contas públicas e nem
auditoria externa que beatifique este tipo de descaso entre
o moral e o imoral. O erro não está na execução
do projeto da feira de aviação, que tem os
seus méritos de relações públicas,
mas está na forma de sutil coação que
abriu os cofres dos patrocínios.
O mais grave de tudo é o momento delicado que a aviação
comercial vive, com um juiz de São Paulo constatando
em sentença que houve a burla do Código Brasileiro
de Aviação e permitir que um empresário
estrangeiro assuma o comando de uma empresa aérea
brasileira na mesma semana que este mesmo grupo empresarial
leva a ATA Airlines, nos Estados Unidos, a concordata, paralisando
subitamente 50 vôos e demitindo dois mil funcionários.
A Anac não moveu nenhum dedo no sentido de contestar
a burla e o limbo jurídico que a VarigLog foi submetida.
Ocupada, na certa, com os festejos do seu terceiro aniversário,
que serão comemorados com uma feira onde a promiscuidade
entre fiscalizado e fiscalizador, além da inédita
relação de proximidade entre outorgado e outorgante,
estarão expostos a um evento que nasce com erros
morais.
Dessa forma, parece que a agência pensa cada vez mais
de forma caipira e tupiniquim, onde fazer uma quermesse
é a melhor coisa que surge na agenda atual dos seus
dirigentes, enquanto a aviação comercial vive
um quadro de constrangimento cada vez mais profundo e não
tem mais para quem reclamar. Os estragos que estão
sendo cometidos por esta Anac, que já começa
a corroer os próprios quadros técnicos, levarão
pelo menos dez anos para serem recuperados. A sociedade
e o Poder Legislativo precisam reagir, principalmente quando
as ações, como o constrangedor passar de pires
para arrecadar patrocínios para esta feira, podem
sinalizar que foi abandonada qualquer barreira de moralidade
e ética no seio de uma agência que deveria
fiscalizar e evitar criar relações de questionamento
ético e moral.
Cláudio
Magnavita é Presidente Nacional da Associação
Brasileira de Jornalistas de Turismo, membro do Conselho
Nacional de Turismo e Diretor do Jornal de Turismo.
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