::::: RIO DE JANEIRO - 06 DE MAIO DE 2008 :::::

 

Jornal do Brasil
05/04/2008

Demissão em massa e ninguém reclama
Cláudio Magnavita, Jornalista

O que está ocorrendo com a VarigLog é muito mais sério do que aparentemente se pode imaginar. A notícia da demissão de 900 empregados é a ponta do iceberg neste processo que leva ao desmanche a maior empresa brasileira de carga aérea.

Quando a Volo do Brasil comprou a VarigLog pagou menos de 20% do valor real da companhia. Foi o início do processo de esquartejamento dos ativos da Varig, que incluiu a Varig Engenharia e Manutenção – VEM e mais recentemente o repasse da Flex do Centro de Treinamento da Empresa.

Na venda da VarigLog fixou-se a operação financeira que adquiriu no terceiro tempo de um leilão, depois de frustrada venda para Associação de Pilotos da Varig (Apvar), que arrematou a empresa em nome de investidores-fantasma e não pôde executar o pagamento. Aliás, a Associação recebeu uma multa milionária que ainda pode ser executada pela justiça à entidade e aos seus dirigentes.

A unidade operacional da Varig foi adquirida por US$ 20 milhões e foi vendida pela Volo a Gol por R$ 530 milhões, isso mesmo, meio bilhão de reais. É exatamente esta fortuna que agora é o pivô da briga interna da VarigLog e da Volo do Brasil. Os três sócios brasileiros, necessários para que a nova sociedade exercesse os pré-requisitos legais do artigo 181 do Código Aeronáutico Brasileiro, Marcos Audi, Marcos Haftel e Eduardo Galo, entraram em litígio com o fundo Matlin Patterson exatamente porque achavam que, capitalizada com a venda da Varig, a empresa de carga deveria utilizar estes recursos para crescer e só pagar o empréstimo ao fundo em 2011, como estava contratado.

Queriam preservar empregos e crescer a frota, consolidando a VarigLog como a maior empresa de carga do país, posição que sempre ocupou ao longo da sua história. É bom lembrar que os três brasileiros realmente exerceram funções gerenciais e administrativas no comando da Varig e da VarigLog. Não eram marionetes a serviço do fundo. Na própria empresa de passageiros, a ordem dos americanos era de reduzir ou paralisar totalmente as atividades, mesmo com demissões, enquanto corretores procuravam compradores para a empresa. A Varig só se manteve no ar por conta da insistência deles, que muitas vezes eram punidos com o fechamento da torneira de financiamentos e empréstimos.

Hoje, o chinês Lap Wai Chan deve estar sorrindo. Conseguiu afastar na Justiça os sócios brasileiros, incorporando ao patrimônio 40% das ações da VarigLog sem gastar o valor real. Conseguiu, ao ser pego com a mão na cumbuca tentando transferir os US$ 86 milhões da Suíça, sair do fogo cruzado e mesmo com a imagem arranhada, manter o comando da empresa aérea através do seu braço direito Santiago Juan Born e agora reduz a companhia em 50% dos empregados, mantendo a sua operação com uma frota mínima e transferindo o grosso das operações internacionais para a Arrow Cargo, controlada pelo próprio fundo, para a qual também ordenou transferência de ativos aeroportuários da companhia brasileira.

O chinês Lap Wai Chan já teria deixado o país, dizendo que aqui não pisa mais e consumado a sua ordem de demissão em massa. Para que tanta luta, se o bem mais preciso da empresa – os empregados de funcionários brasileiros – foi reduzido a pó? O sorriso de Lap Wai Chan é fruto da burocracia e inércia de um órgão fiscalizador, no caso a Anac – Agência Nacional de Aviação Civil, que ao invés de agir com mão firme, como fez a diretora-presidente ao flagrar um funcionário distribuindo pela internet cópia de um artigo deste jornalista que fazia o retrato fiel dos problemas de gestão do órgão e que foi sumariamente demitido, prefere cruzar os braços e deixar que a empresa aérea continue controlada por estrangeiros.

A justiça paulista merece um capítulo à parte, ao tentar entender a lógica confusa do juiz José Paulo Camargo Magano, que entre colapsos emocionais e estresse declarado, escreve decisões judiciais que precisam ser decifradas. O pior que, ao desprezar ouvir outros colegas, como fez solenemente com o Luiz Roberto Ayoub, da 1ª. Vara Empresarial do Rio e Fórum Universal para os assuntos da Varig em recuperação judicial, Magano construiu um processo cheio de idas e volta. Nomeou Rocha Lima, depois o afastou. Nomeou Lap Wai Chan e depois o afastou. Agora nomeou um argentino sem saber se o mesmo tem permissão para trabalho no Brasil e, o que é mais grave, deixando que o próprio fundo continuasse a manipular a gestão da companhia, contrariando o artigo 181 do Código Aeronáutico.

Não há como separar o fundo Matlin Patterson de Lap Wai Chan. A decisão de demonizar o chinês, aplicando multas e mantendo a gestão do fundo, para que ele possa manipular o novo gestor como marionete, é mais do que clara. Parece uma justificativa para a mídia, que tem colocado uma lupa inesperada na questão da VarigLog. Criou-se uma cortina de fumaça, que esconde uma realidade que continua a mesma. O difícil é que Magano explique aos sindicatos, tanto dos Aeronautas quanto dos Aeroviários, como permitiu uma redução brutal do quadro de 50% dos funcionários, com a demissão de quase mil pessoas, se a empresa possui ativos como os US$ 86 milhões na Suíça e os R$ 140 milhões de ações da Gol.

Depois da demissão em massa, daqui a pouco chegará a notícia de que o dinheiro na Suíça acabou sendo confiscado por outro poder judiciário, no caso a justiça americana, já que a VarigLog, contrariando a sentença do próprio Magano, está trocando os advogados internacionais que defendiam a cargueira dos ataques do fundo, por outros mais amigos, que quebraram as barreiras internacionais.

Lap Wai Chan deve passar então do sorriso às gargalhadas ao ver que a sua idéia sobre os países emergentes é válida, quando ele afirmou que só os espertos sobrevivem nestes mercados, mesmo ao arrepio das leis. Um sorriso que já custou 900 empregos e centenas de franqueados levados à quase falência. Para um País que deixou a Varig ser esquartejada em praça pública, não será novidade se a VarigLog evapore e sobre para os sócios brasileiros, mesmo afastados em primeira estância, todos os processos trabalhistas e tributários.

Cláudio Magnavita é presidente da Associação Brasileira dos Jornalistas de Turismo, membro do Conselho Nacional de Turismo e diretor do Jornal de Turismo

 

 

O Estado de São Paulo
05/05/2008
Empresa de Neeleman vai se chamar Azul Linhas Aéreas
Opção mais citada em votação pela internet foi Brasil, mas o nome já havia sido registrado
Mariana Barbosa

Azul Linhas Aéreas. Esse é o nome da nova companhia do empresário americano David Neeleman no Brasil, escolhido por meio de uma votação na internet. O nome remete à JetBlue, empresa fundada pelo empresário nos Estados Unidos e que chacoalhou o mercado americano no início da década ao oferecer passagens baratas com um serviço diferenciado, como televisão a bordo.

Azul não foi, contudo, o nome mais votado pelos quase 110 mil internautas cadastrados. Pelo júri popular, a nova companhia se chamaria Brasil. O nome Brasil, com todas as suas variações - AirBrasil, Aero Brasil, Brasil Linhas Aéreas, BrasilAir etc. - foi de longe o mais votado. “Todas as variações com Brasil já estavam registradas. AirBrasil, por exemplo, é uma empresa de cargas em operação”, explica o diretor de marketing da Azul, Gianfranco Beting.

Azul ficou em uma lista de dez nomes “possíveis” escolhidos pela empresa dentre as centenas de nomes sugeridos. Concorreu com Samba, Abraço, Alegria, Brasileira, Céu, Mais, Nossa, Pátria e Viva numa segunda etapa de votações, da qual participaram 27 mil pessoas. Samba era o nome preferido por parte da equipe envolvida na nova empresa e disputou com Azul até o último minuto.

Por conta disso, a empresa resolveu premiar com passagem não apenas os primeiros mil internautas que escolheram o nome Azul, como previsto no regulamento do concurso, mas também os primeiros a votar em Samba. As primeiras mil pessoas que escolheram Azul e as primeiras mil que escolheram Samba ganharão uma passagem de ida e volta, com direito a acompanhante. A primeira pessoa que votou no nome Azul e a primeira que votou em Samba ganharão passes vitalícios, com direito a acompanhante.

Para manter o nome da nova empresa em pauta até sua entrada em funcionamento, prevista para janeiro de 2009, os internautas serão convidados a escolher outros atributos, como, possivelmente, a pintura dos aviões ou o uniforme da tripulação.

A empresa hoje trabalha com uma estrutura muito pequena, com a contratação de apenas uma dezena de pessoas. Da diretoria-executiva, apenas o vice-presidente de Operações, Miguel Dau, e Gianfranco Beting foram contratados. David Neeleman, que hoje está na presidência-executiva e no Conselho de Administração, deverá ficar apenas com o segundo cargo. O futuro presidente ainda não foi definido.

A Azul Linhas Aéreas nasce com um aporte de US$ 150 milhões e será a primeira companhia a voar com os jatos regionais da Embraer no País. Foram encomendados 76 jatos E-195 e a previsão é de que, em cinco anos, a partir do início das operações, todos estejam voando.

 

 

Folha de São Paulo
06/05/2008

Empresa de fundador da JetBlue no Brasil vai se chamar Azul
DA SUCURSAL DO RIO

Após votação pela internet, foi definido ontem que o nome da nova companhia aérea do fundador da JetBlue, David Neeleman, será Azul. A empresa deve começar a operar no ano que vem com aviões da Embraer e aposta em modelo de negócios de vôos ponto a ponto (sem escalas) e entretenimento.

O nome foi definido em votação no site da campanha. Até o começo da noite, o nome escolhido não estava na página. O primeiro a indicar o nome vencedor terá passe vitalício com acompanhante.

 

 

Jornal do Brasil
06/05/2008

Escolhido novo nome de empresa aérea

Azul é o nome mais cotado para batizar a companhia aérea brasileira de David Neeleman, fundador da Jet Blue. A nova marca, que ainda é mantida em segredo, será anunciada hoje, segundo a assessoria de imprensa. O nome da companhia foi escolhido através de um concurso lançado em março na Internet. Entre os mais de 110 mil nomes diferentes cadastrados no site www.voceescolhe.com.br, na primeira fase da ação, foram selecionadas as seguintes opções: Abraço, Alegria, Azul, Brasileira, Céu, Mais, Nossa, Samba, Pátria e Viva.

 

 

Valor Econômico
06/05/2008

Aerolíneas deve voltar a controle argentino
Janes Rocha

O grupo espanhol de turismo Marsans vai ceder o controle da Aerolíneas Argentinas, reduzindo sua participação acionária dos 95% atuais para apenas 35%. O governo argentino, que hoje tem os 5% restantes, vai elevar sua parte para 20%, e o restante das ações deve ser vendida a um grupo empresarial local, aos empregados e a governos provinciais.

A notícia foi divulgada ontem pela agência de notícias espanhola Efe e pelo jornal argentino "La Nación", citando uma fonte do grupo Marsans em Madri, que pediu anonimato.

A fonte afirmou que o presidente do Marsans, Gonzalo Pascual, e o governo argentino haviam chegado a um "princípio de acordo" sobre a venda das ações da companhia aérea e que hoje as negociações prosseguiriam.

No dia 17 de abril, Pascual havia divulgado um comunicado público em que expressava a intenção de buscar sócios locais para "argentinizar ao máximo a companhia".

Segundo a imprensa argentina, o Marsans estaria sendo pressionado pelo governo Kirchner a deixar o controle da empresa, em uma ação muito parecida com a que resultou na transferência, este ano, das ações da petroleira YPF (controlada pela também espanhola Repsol), para o empresário argentino Enrique Eskenazi. O objetivo seria facilitar a presença do Estado nas decisões estratégicas da empresa.

A intenção de aumentar a presença estatal na Aerolíneas já havia sido anunciada pelo ex-presidente Néstor Kirchner no ano passado, mas até hoje não foi concretizada.

Desta vez, além do Estado, um grupo privado assumiria 35% do capital, e outros 10% seriam adquiridos metade pelos empregados e metade por governos provinciais. Não foram divulgados os valores envolvidos na operação.

Entre os seis ou sete empresários locais que teriam demonstrado interesse nas ações da Aerolíneas Argentinas, o candidato mais forte seria Juan Carlos López Mena, controlador da empresa Buquebus, que faz transporte de passageiros por barco entre Argentina e Uruguai pelo Rio da Prata.

Fundada em 1950, a Aerolíneas Argentinas é a maior empresa do setor no país e opera aproximadamente 80% dos vôos domésticos. Privatizada nos anos 90, no governo do ex-presidente Carlos Menem, foi comprada pela espanhola Iberia. Em 1994, quando a Iberia entrou em concordata, a Aerolíneas passou às mãos da Sociedade Estatal de Participações Industriais (Sepi), que pertence ao governo espanhol. Em 2001 a Sepi vendeu a empresa argentina para o grupo Marsans por apenas US$ 1.

 

 

Valor Econômico
06/05/2008

Gol eleva ocupação

O aumento forte da demanda de transporte aéreo em abril, que já havia sido sinalizado pelas empresas de aviação, ajudou a Gol Linhas Aéreas a melhorar a taxa de ocupação em suas aeronaves. A companhia, que une as marcas Gol e Varig, fechou abril com 63,2% de assentos vendidos em seus vôos domésticos e internacionais. Em março, essa proporção foi de 57,1%. O resultado de abril, porém, ainda é inferior aos 67,1% registrados no mesmo mês de 2007.

 

 

O Globo
06/05/2008

 

 

O Estado de São Paulo
05/05/2008

Perdas no setor aéreo

As remessas feitas pelas companhias aéreas estrangeiras em 2007 totalizaram R$ 2 bilhões, de acordo com cálculos do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), que tiveram como base os números do balanço de pagamentos do País. A saída do mercado da até então principal empresa brasileira que operava rotas internacionais de longo curso, a antiga Varig, abriu espaço para o crescimento da participação das estrangeiras. As remessas mostram que elas aproveitaram a oportunidade. A comparação com a receita de R$ 2,1 bilhões obtida pela TAM - que, entre as companhias nacionais, detém a maior fatia das operações internacionais -, com vôos para o exterior no ano passado, dá uma boa idéia da presença das empresas estrangeiras no mercado brasileiro.

O valor remetido pelas companhias estrangeiras contribuiu para o saldo negativo da conta de viagens internacionais do balanço de pagamentos do ano passado. Neste ano, o déficit deve ser ainda maior. Os dados do Banco Central mostram que o saldo negativo da conta de viagens internacionais nos 12 meses encerrados em março, de US$ 3,93 bilhões, é o maior, para período idêntico, desde 1999.

O ano passado, convém recordar, foi particularmente difícil para as empresas aéreas brasileiras, por causa do caos aéreo e do acirramento da competição, que levou uma delas a suspender suas operações em novembro. Para as que sobreviveram, os resultados não foram ruins. O transporte de passageiros cresceu 11,9% em relação a 2006.

Nos vôos internacionais, porém, se registrou redução de 5,1% no fluxo de passageiros, apesar de as empresas terem aumentado em 6,8% a oferta de assentos. Foi o segundo resultado negativo consecutivo (em 2006, a redução foi de 30,2%). Previa-se que, neste ano, o foco da disputa das duas maiores companhias brasileiras que operam vôos internacionais - Gol e TAM - seria justamente no mercado externo. Da disputa poderia resultar o aumento da participação das nacionais nesse mercado.

Mas o desempenho das nacionais tem sido frustrante. Há três semanas, a nova Varig, controlada pelo Grupo Gol, anunciou a interrupção de seus vôos para a Cidade do México, Madri e Paris, afastando-se do mercado internacional de longo curso e concentrando suas operações no mercado doméstico e na América do Sul.

O Snea calcula que, com a decisão da Varig, a participação das companhias nacionais nas linhas internacionais cairá de 22% para 19% - bem menos da metade da participação registrada na época em que a antiga Varig deixou de operar, de 52%.

É natural que, com a saída do mercado das empresas brasileiras, as estrangeiras busquem preencher o vazio, pois o Brasil é o mercado mais importante da América Latina.

A disposição manifestada por diretores da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de adotar no Brasil a política de 'céus abertos' - que permite a maior participação das estrangeiras nas rotas domésticas - atende ao interesse dessas empresas. Num primeiro momento essa política atenderia também aos interesses dos consumidores, pois, com maior concorrência, haveria maior oferta de serviços de melhor qualidade com tarifas mais baixas.

O que a experiência tem mostrado, porém, é que esse tipo de concorrência, no setor aéreo, pode ter resultados desastrosos. A total liberdade tarifária, por exemplo, pode resultar numa guerra de preços que leva muitas empresas à insolvência. Segue-se a queda da qualidade dos serviços e o aumento do preço das passagens. Isso foi visto no Brasil há não muito tempo. E a abertura plena do mercado doméstico para empresas estrangeiras - econômica e financeiramente mais poderosas que as nacionais - pode inviabilizar as empresas brasileiras, além de, eventualmente, comprometer a regularidade do transporte aéreo, que é considerado uma atividade estratégica. Não é à toa que o governo americano prega a política de 'céus abertos' para terceiros países, mas não admite a participação de empresas estrangeiras no seu mercado doméstico.

 

Coluna Claudio Humberto
05/05/2008

TAM faz leilão de lugares em vôo lotado

Na manhã de ontem, o vôo TAM 3578 (Brasília-Guarulhos), teve overbooking de passageiros. A companhia aérea precisava acomodar 16 estrangeiros que tinham conexões internacionais a noite, e portanto, no embarque do vôo, um supervisor da TAM, aos berros, iniciou a oferta. Primeiro eram R$ 500 em créditos de passagens, almoço, sala VIP de espera no aeroporto de Brasília e transporte rodoviário no destino para quem concordasse em pegar o vôo de 16h10. A oferta aumentou para R$ 800 em créditos e finalmente alguns passageiros aceitaram o leilão. Resolvida a confusão, o vôo que estava previsto para às 11h50, decolou às 13h.

Farra nos aeroportos

A Infraero é o paraíso da farra de terceirização de mão de obra: a estatal tem 10 mil funcionários concursados e 18 mil (!) terceirizados.

Gol ‘prende’ 60 brasileiros no Uruguai

Mais de 60 brasileiros estão retidos em Piriápolis, a cem quilômetros de Montevidéu, no Uruguai, alojados numa estação de férias desativada, após a Gol cancelar o vôo 7487 de 6h10 para São Paulo, com escala em Porto Alegre. A empresa alegou “falta de teto”, mas o céu está limpo, contou um empresário carioca à coluna por telefone agora, do aeroporto da capital uruguaia. Ele pagou US$80 dólares para deixar Piriápolis de táxi e está revoltado com a Gol, que não dá qualquer informação sobre vôo extra. Na cidadezinha uruguaia, os brasileiros estão deitados na grama, porque o prédio onde seriam alojados “tem até teias de aranha, sem qualquer conforto”. O empresário ligou para o consulado do Brasil, que não atende. A embaixada lavou as mãos, assim como a Gol: “Estão por sua conta e risco”, disse uma funcionária da empresa, que também não forneceu hotel em Montevidéu.

Projeto pune ‘overbooking’ em aviões

A Comissão de Meio-Ambiente e Defesa do Consumidor do Senado deve discutir terça-feira (6) o substitutivo do senador Expedito Júnior (PR-RO) sobre indenização a usuários de companhias aéreas em casos de overbooking. Se aprovado, a vítima fará jus a indenização de valor equivalente ao da tarifa integral, a ser paga imediatamente, sendo possível ainda a companhia negociar com o passageiro a substituição do ressarcimento por benefícios e vantagens. Além da indenização, o passageiro terá o direito de escolher entre o reembolso, o endosso da passagem ou acomodação em vôo que ofereça serviço equivalente para o mesmo destino, no prazo de quatro horas.

 

 

Jornal do Brasil
05/05/2008

Avião continua desaparecido. Buscas serão retomadas hoje
Salvador

Um helicóptero do Grupamento Aéreo-Marítimo (GAM) da Polícia Militar do Rio de Janeiro e um navio da Marinha foram deslocados para Ilhéus (BA) para ajudar as equipes de busca do avião bimotor que desapareceu na noite de sexta-feira durante vôo Salvador/Ilhéus.

Segundo o Corpo de Bombeiros de Ilhéus, até ontem, à tarde, as equipes não haviam encontrado vestígios da aeronave nem dos seis passageiros – o piloto Clóvis Figueiredo, o co-piloto Leandro Oliveira e quatro ingleses, identificados como Sean Woodhall (presidente da Worldwide Destinations), Rick Every (executivo da empresa), Alan Trevor Kempson (executivo-chefe da Diamond Lifestyle Holdings), e Nigel Ian Hodges (diretor-financeiro da Diamond).

Negócios e turismo

Um funcionário da empresa Aero Star, dona do avião bimotor, disse que os ingleses estavam no Brasil para fazer negócios no setor de turismo. A WWD tinha um projeto na Bahia, o Barra Nova Pearl Eco-Nature Resort, que ficaria entre Ilhéus e Itacaré, onde desapareceu a aeronave. O empreendimento é um hotel de alto luxo, voltado, principalmente, para turistas estrangeiros.

As equipes de resgate intensificaram as buscas na tarde de ontem. A Polícia Militar, que também usa um helicóptero nas buscas, explicou que até 48h após o acidente é o período crítico para encontrar os passageiros ainda com vida.

Uma equipe da Capitania dos Portos de Ilhéus, com o apoio do navio Anhantomirim, da Marinha, fez um levantamento na costa entre Itacaré e Canavieiras, mas nada encontrou. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) também dá apoio às equipes. Segundo os bombeiros, as buscas foram encerradas ontem, às 18h, por causa da escuridão no local e serão retomadas hoje às 6h. (Folhapress)

 

 

Jornal do Brasil
05/05/2008

Poucos atrasos nos aeroportos do país

Os principais aeroportos do país registram um baixo índice de atraso de vôos na volta do feriado prolongado do Dia do Trabalho. Das 1.280 aeronaves previstas para decolar ou aterrissar, 38 (3%) estavam com atraso até as 20 horas de ontem.

No Aeroporto de Congonhas, um total de nove vôos foram cancelados, segundo a Infraero. As companhias aéreas TAM e Gol registraram atrasos em 14 pousos e decolagens, enquanto a Varig teve cinco. Esses números são considerados baixos pelo órgão que administra os aeroportos brasileiros.