|
Jornal
do Brasil
06/04/2007
Mais turbulências sobre a Varig
Ana Paula Machado com agências
internacionais
A Lan Chile não engoliu a venda da Nova Varig para
a brasileira Gol Linhas Aéreas, autorizada na última
quarta-feira pela Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac). A empresa decidiu cobrar os US$ 17 milhões
emprestados aos antigos proprietários da Nova Varig,
no início deste ano, como forma de adquirir a opção
de compra da empresa brasileira. A informação
foi divulgada por meio de comunicado oficial enviado pela
companhia chilena ao órgão regulador do mercado
de capitais daquele país.
A divulgação aconteceu no mesmo dia em que
os acionistas aprovaram um aumento de capital de US$ 320
milhões para a companhia chilena. O presidente da
Lan Chile, Jorge Awad, confirmou que a empresa deverá
investir US$ 2,6 bilhões até 2011. Os planos
incluem não só a compra de 52 novas aeronaves,
como também a aquisição de novas rotas
internacionais. Para este ano, Awad confirmou a expectativa
de alcançar uma receita de US$ 3,6 bilhões.
A Lan, no entanto, não constitui o único obstáculo
para os planos da Gol, de consolidar sua participação
no mercado internacional por meio da aquisição
da Nova Varig. O presidente da TAM, Marco Antonio Bologna,
anunciou que vai disputar as rotas aéreas internacionais
da antiga Varig com a Gol. Por determinação
da Anac, a Gol tem até o dia 14 de junho para começar
a operá-las, mas o presidente da empresa, Constantino
de Oliveira Junior, anunciou que vai solicitar a extensão
do prazo junto à Anac. A intenção de
Constantino é conseguir mais um ano contado a partir
da data da aquisição da Nova Varig.
Hoje, a Varig opera quatro destinos internaiconais e tem
concessão para 21 cidades. Uma das prioridades agora,
conforme o executivo, é encontrar aviões disponíveis
para serem alugados pela Varig.
- Temos que estruturar a empresa para iniciarmos a operação
internacional nos moldes propostos - disse Constantino.
- Além disso, vamos aumentar a frota da companhia
para atender os novos destinos. Não acho que haverá
problemas, completou.
A TAM, de acordo com Bologna, tem interesse nas rotas para
Frankfurt, Londres, Paris e México. O executivo da
TAM justificou que, além de não acreditar
na extensão do prazo pela Anac, sua empresa, assim
como a Gol, sempre primou pelo cumprimento das regras do
setor. A Anac informou, por sua vez, que, até o início
desta semana, ainda não havia recebido qualquer solicitação
da Gol para prorrogar o prazo de início das operações
das rotas internacionais.
A Portaria número 4 da Anac determina que, com a
falta de cumprimento dos vôos nos prazos determinados,
as concessões serão novamente distribuídas
entre as companhias aéreas interessadas.
- Quem oferecer o melhor produto, ou seja, atender a rota
rapidamente com a frota adequada, ganha - completou.
Com a redistribuição das linhas, avaliou Bologna,
haverá o que classificou de reequilíbrio nos
vôos internacionais. No ano passado, 70% das rotas
para o exterior foram operadas por companhias estrangeiras,
mesmo com o acordo bilateral entre o Brasil e outros países.
- A expectativa é chegar a uma participação
de 50% já neste ano das companhias brasileiras -
afirmou Bologna, durante reunião com analistas da
Associação de Profissionais de Investimento
de Mercado de Capitais (Apimec).
A TAM, segundo o presidente da companhia, vai anunciar neste
ano duas novas freqüências internacionais ou
novos destinos.
- São rotas que ainda serão avaliadas e fazem
parte da estratégia da companhia - disse.
O mercado doméstico, que pela previsão da
TAM deve crescer este ano entre 10% e 15%, também
será alvo de disputa pelas principais companhias
aéreas. Bologna já avisou que a TAM está
estruturada para manter a liderança.
- A frota da nossa companhia vai passar para 109 aeronaves
- anunciou Bologna. - No próximo ano, vamos operar
somente com um fabricante no mercado doméstico.
O Estado de São Paulo
06/04/2007
LAN cobra da Gol dívida da
Varig
Empresa chilena emprestou US$
17,1 milhões à Nova Varig. Gol diz que débito
não consta do balanço
Mariana Barbosa
A chilena LAN resolveu cobrar da Gol o empréstimo
de US$ 17,1 milhões feito no final de janeiro para
a VRG, nome oficial da nova Varig. Pelo acordo com a VarigLog,
antiga controladora da VRG, a LAN tinha a opção
de converter o empréstimo em ações.
Quando anunciou a compra da Varig na semana passada, o presidente
da Gol, Constantino de Oliveira Junior, afirmou que o passivo
da LAN “não faz parte do balanço”
da VRG e que o mesmo “deve ter sido saldado pelo antigo
controlador.”
Na quarta-feira, porém, a LAN divulgou
uma nota em que afirma que não tem interesse em converter
o empréstimo em ações, mas que irá
cobrá-lo, com juros e correções, da
VRG. “No momento em que completar sua venda para a
Gol, a Nova Varig deverá pagar a LAN o valor de US$
17,1 milhões, acrescido de juros”, disse a
LAN no comunicado. “Temos que levar em conta que a
venda não se completou e portanto a LAN mantém
seu direito de conversão do empréstimo em
participação na Nova Varig.”
Ontem, por meio de um comunicado, a Gol
rebateu a nota da LAN. De acordo com a Gol, “não
há vínculos entre as duas companhias (LAN
e VRG)”. Além disso, no contrato de aquisição
da VRG, “há uma declaração e
a garantia da VarigLog de que as ações da
VRG estavam, no momento da venda, inteiramente livres de
qualquer opção ou direito de terceiros”.
MERCADO
Depois de perder mercado por três
meses consecutivos, a TAM reagiu em março e atingiu
seu mais alto nível de participação
no mercado doméstico. A empresa abocanhou 51,72%
do mercado, 7,2 pontos porcentuais a mais do que em março
de 2006 e 4,4 pontos a mais do que em fevereiro.
Com esse crescimento, a distância
da TAM para sua principal concorrente mais do que dobrou,
atingindo 15 pontos porcentuais. Em fevereiro, a TAM estava
7 pontos à frente da Gol. Somada a participação
de 4,5% da Varig, empresa adquirida pela Gol na semana passada,
a distância entre TAM e grupo Gol está em 10,6
pontos. Em fevereiro, a distância era de apenas 2,5
pontos. Os dados foram divulgados ontem pela Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac).
A participação de mercado
da Gol foi de 36,58% em março, 3,68 pontos a menos
do que em fevereiro. Nem mesmo o acidente do vôo 1904,
que provocou a morte de 154 pessoas, fez a empresa perder
tantos pontos de mercado. Na comparação com
março de 2006, porém, a participação
da Gol subiu 6,7 pontos.
Segundo analistas, a crise do setor aéreo
atingiu mais fortemente a Gol - que depende mais do passageiro
eventual ou de lazer do que a TAM, mais focada no tráfego
de negócios.
Apesar da crise, a TAM conseguiu manter
a taxa de ocupação de seus aviões em
69%, mesmo patamar de março de 2006 e um ponto acima
de fevereiro. Já a Gol viu sua taxa de ocupação
cair de 69% para 62% em 12 meses. Na comparação
com fevereiro, a queda foi de 6 pontos.
“A TAM aumentou a oferta de assentos
de forma mais equilibrada, enquanto na Gol o crescimento
da demanda não acompanhou o aumento da oferta”,
diz o consultor Paulo Bittencourt Sampaio. O consultor,
que no início do ano previra que a Gol passaria a
TAM até dezembro, mantém sua posição.
“A Gol continua crescendo mais rápido do que
a TAM.” Enquanto o setor teve crescimento de 8,9%
em março, na comparação com março
de 2006, a TAM cresceu 26,5% e a Gol 33,2%.
No mercado internacional, a TAM continua
na liderança, com 62,86% de participação
em março, considerando apenas as empresas brasileiras
- a taxa de ocupação foi de 70%. A Gol, com
18,32%, registrou uma ocupação de 59%. Com
11% do mercado, a Varig teve ocupação de 49%.
Mercado e Eventos
Política:: 05/04 - 17:55
Marta Suplicy confirma mais 13 vôos
da Tap para o Brasil
Diego Verticchio
A ministra do Turismo Marta Suplicy confirmou que a companhia
aérea Tap terá, a partir de julho, mais 13
vôos ligando Lisboa ao Brasil, sendo cinco para o
Rio de Janeiro, cinco para Brasília e três
para São Paulo.
"É uma conquista muito grande para o Brasil,
principalmente nesse momento em que a gente vive uma crise
aérea. Brasília merecia ganhar um vôo
internacional. Como que a Capital Federal não tem
um vôo internacional?", indagou a ministra.
segundo ela, um dos grandes problemas do turismo é
a falta de vôos, seja nacional ou internacional. "Com
aumento da renda do brasileiros nos últimos anos,
pessoas que nunca haviam sonhado entrar no avião
estão voando. Com a falência da Varig ficamos
com menos aviões trabalhando e conversei com o Presidente
Lula para saber como aumentar esse número".
Marta Suplicy participou na quinta-feira (05/04) da inauguração
do Teatro Popular Oscar Niemeyer, em Niterói, obra
essa que faz parte do caminho Niemeyer. O ministro da Cultura,
Gilberto Gil, também participou da solenidade.
O teatro é a sexta obra projetada pelo arquiteto
Oscar Niemeyer em Niterói, e foi construído
com a ajuda do Ministério do Turismo, que repassou
R$5 milhões do empreendimento de R$14 milhões.
Os R$9 milhões restantes foram pagos pela Prefeitura
de Niterói. O MTur vai contribuir ainda com aproximadamente
R$10 milhões, provenientes de emendas parlamentares,
que permitirão a conclusão do "Espaço
Oscar Niemeyer".
Globo Online
05/04/2007 às 10h14m
GOL diz que empréstimo da LAN
à Varig foi assumido por VarigLog
SÃO PAULO - A companhia aérea de baixo custo
GOL informou nesta quinta-feira que não existe vínculo
entre a Nova Varig, adquirida pela empresa, e a chilena
LAN, tentando por fim à polêmica sobre o direito
de conversão de um empréstimo em ações.
A GOL anunciou na semana passada a compra da Nova Varig,
a parte saudável da mais antiga companhia aérea
do país, em uma operação que pode atingir
US$ 320 milhões.
No final de janeiro, a LAN comunicou que havia antecipado
cerca de US$ 17 milhões à Nova Varig e que
tinha opção de converter o crédito
em uma participação minoritária na
empresa brasileira.
"O (empréstimo feito pela LAN) foi assumido
em sua totalidade pela VarigLog (antiga controladora da
Nova Varig). Dessa forma não existe nenhum vínculo
entre a Nova Varig e a LAN", afirmou a Gol em comunicado
à imprensa.
A GOL ressaltou ainda que, no contrato de compra da Nova
Varig, existe uma declaração e a garantia
da "VarigLog de que as ações da Nova
Varig estavam, no momento da venda, inteiramente livres
de qualquer opção ou direito de terceiros".
"No momento em que se realizar a venda à Gol,
a nova Varig deverá pagar a esta sociedade filial
(da LAN) o total dos créditos de um montante de US$
17,1 milhões e os juros acumulados até a data",
disse a empresa em nota enviada ao órgão regulador
do mercado chileno. "Devemos deixar claro que a operação
da venda não se concretizou, motivo pelo qual a LAN
mantém a totalidade dos direitos e opções
correspondentes em virtude do acordo de financiamento",
acrescentou o comunicado.
Nesta quarta-feira, a LAN Airlines informara que a Nova
Varig deverá pagar mais de US$ 17 milhões
que foram emprestados pela companhia aérea chilena
, além dos juros, caso se concretize a venda à
GOL. A Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac) deu sinal verde para o negócio , embora a
GOL ainda tenha que obter a aprovação do Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Site da AMVVAR
05/04/07
Lupi assume Trabalho atento à
questão dos trabalhadores da Varig
Em cerimônia bastante concorrida
e prestigiada por ministros e parlamentares, Carlos Roberto
Lupi, presidente nacional do Partido Democrático
Trabalhista (PDT), assumiu nesta terça-feira (03/04)
o Ministério do Trabalho, em Brasília.
Ao ser cumprimentado por Marcelo Duarte e Nelson Cirtoli
(foto), representantes dos Trabalhadores do Grupo Varig,
Lupi se comprometeu a acompanhar com empenho a questão
dos ex-funcionários da companhia. Quase um ano após
o leilão da empresa, os trabalhadores ainda não
sabem quem irá arcar com a sucessão trabalhista.
|