:::::RIO DE JANEIRO - 05 DE FEVEREIRO DE 2007 :::::

 

INVERTIA
Segunda, 5 de Fevereiro de 2007, 6h16
Gol entra na briga pelo controle da Varig


Após a Varig iniciar negociações com a chilena LAN, interessada em assumir o controle da aérea, a Gol entrou na briga para adquirir a concorrente, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo. Segundo Marco Antonio Audi, presidente do conselho de administração da VarigLog, empresa que comprou a Varig, "não existe nada de firme", mas confirmou o interesse da Gol, segunda maior aérea do mercado brasileiro.
De acordo com a Folha, o empresário Constantino de Oliveira, presidente da Gol, confidenciou a amigos que está negociando a compra da Varig. As assessorias das dias empresas, porém, não confirmam a informação.

Para o consultor em aviação Paulo Bittencourt Sampaio, TAM e Gol, concorrentes diretas da Varig, estão preocupadas e mobilizadas com a possível entrada da LAN no Brasil. Para Sampaio, a entrada da Gol no controle acionário da Varig seria bem-vinda pelo governo federal, já que a legislação brasileira limita em 20% a participação de empresas estrangeiras em companhias de aviação.

A LAN Chile, por sua vez, confirmou na semana passada a oferta de US$ 17,1 milhões em créditos à Nova Varig, que poderiam ser convertidos em ações. Após grave crise financeira, a "velha" Varig foi vendida em julho do ano passado à ex-subsidiária VarigLog, que tem entre seus acionistas o fundo americano de investimentos Matlin Patterson.

 

 

O Estado de São Paulo
05/02/2007
Aeroportos paulistas à beira do colapso
Para absorver demanda até 2015, capacidade precisa mais que dobrar
Mariana Barbosa

Um estudo inédito do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), obtido pelo Estado, sobre as realidades e desafios do Sistema Aeroportuário de São Paulo mostra que, caso não sejam adotadas medidas para ampliar a capacidade operacional, o sistema Guarulhos/Congonhas entrará em colapso. “Existe uma demanda por transporte aéreo em São Paulo que a infra-estrutura instalada não suporta sem a redução do nível de serviço oferecido aos usuários”, diz o estudo, assinado pelos professores do ITA Cláudio Jorge Pinto Alves e German Alberto Barragán de los Rios.

Tomando por base um levantamento de projeções de crescimento de demanda até 2015, o estudo do ITA mostra que seria preciso ampliar de 220% a 350% a capacidade do terminal de passageiros em Congonhas, considerando cenários otimista e pessimista. A capacidade das pistas precisaria aumentar em 50% a 130% e o pátio de aeronaves em 410% a 620% - o que é impossível diante das limitações físicas do aeroporto. Em Guarulhos, seria preciso ampliar de 40% a 100% a capacidade do terminal e do pátio, enquanto as pistas precisariam de um reforço de 20%. Isso para trabalhar no limite, com 100% de ocupação ao longo do dia, todos os dias do ano. Logo, em horários de pico, a capacidade já estaria aquém da demanda.

“Parte da demanda terá de ser transferida para outro aeroporto ou, simplesmente, terá de optar por outro meio de transporte”, diz o estudo do ITA. Considerando que o setor aéreo tem exibido ganhos de eficiência e, nos últimos três anos, cresceu a taxas recordes - 3 a 4 vezes superior à expansão do Produto Interno Bruto (PIB) - cenários mais otimistas não podem ser descartados. Para este ano, a previsão é de um crescimento acima de 10%, ante 12,3% em 2006 e 19,4% em 2005.

Os problemas nos aeroportos do Estado não afetam apenas paulistas. Como 34% do movimento de passageiros utiliza Congonhas ou Guarulhos como ponto de partida ou chegada, atrasos ou cancelamentos nos dois aeroportos afetam a malha aérea de todo o País.

Apesar de os problemas vividos pelos passageiros de avião nos últimos meses terem tornado pública a fragilidade do sistema aeroportuário do País, os investimentos anunciados para os próximos anos estão aquém das previsões de demanda.

O Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) prevê R$ 3 bilhões para 20 aeroportos até 2010, enquanto a necessidade do setor seria de R$ 7 bilhões, segundo a própria Infraero. O Estado de São Paulo deve receber pouco mais de R$ 1 bilhão. Entretanto, o PAC não contempla as principais obras apontadas por especialistas para dar conta da demanda nos próximos cinco a dez anos.

São elas: a terceira pista para pousos e decolagens de Guarulhos e a ampliação de Viracopos, Campinas. Esta última só se justificaria com a construção de um trem-bala ligando o aeroporto à capital, projeto ainda em discussão. Há quem defenda a construção, para daqui a dez anos, de um terceiro aeroporto, mais próximo a capital.

O PAC contempla apenas a construção de um terceiro terminal de passageiros em Guarulhos, além de reformas e obras de modernização do sistema de pistas e pátios existentes em Guarulhos e Congonhas. Segundo o superintendente da regional Sudeste da Infraero, Edgar Brandão Junior, com essas obras e reformas, a infra-estrutura existente no Estado “estará bem servida” até 2010.

Para aumentar a capacidade do sistema, o estudo do ITA sugere melhorias operacionais e de infra-estrutura de curto e médio prazos. “A questão da construção ou não de um terceiro aeroporto deve começar a ser estudada já, para que, eventualmente, venha a ser construído dentro de dez anos”, diz Pinto Alves. No entanto, argumenta, “se a construção se mostrar inviável, será preciso estimular a transferência de tráfego para aeroportos menores ou regionais”.

A adoção de políticas que interfiram na demanda - como transferência de tráfego de um aeroporto para outro e a cobrança de tarifas diferenciadas pelo uso de cada aeroporto - são consideradas pelos estudiosos do ITA como cruciais para redistribuir o tráfego. “A solução não depende apenas de vultosos recursos, mas de uma grande dose de engenhosidade”, diz o estudo.

A transferência de tráfego depende de portaria e vem sendo adotada com sucesso pela Infraero e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Foi o que aconteceu no Rio de Janeiro, com a transferência de vôos fora da Ponte Aérea do Santos Dumont para o Aeroporto Internacional Tom Jobim.

A cobrança de tarifas aeroportuárias mais baratas das empresas aéreas para estimular a demanda em aeroportos subutilizados está totalmente descartada pela atual administração da Infraero. “Hoje não se discute política de diferenciação tarifária”, declarou a estatal, por meio de sua assessoria.

 

 

O Estado de São Paulo
05/02/2007

Guarulhos suporta apenas mais cinco anos de crescimento

A principal e mais cara obra prevista pela Infraero para São Paulo nos próximos anos - a construção do terceiro terminal de passageiros em Guarulhos - só faz sentido com a construção de um terceiro sistema de pista e pátio, avalia o professor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Cláudio Jorge Pinto Alves. “Hoje a capacidade das pistas é maior que a dos terminais. Mas o novo terminal, que elevará a capacidade de 18 milhões de passageiros para 30 milhões, ficará ocioso sem uma nova pista.” Ele estima que, sem a terceira pista, a vida útil de Guarulhos é de cinco anos. “A partir daí, teremos problemas parecidos com o que temos hoje em Congonhas.”

“Guarulhos precisa de uma terceira pista de qualquer jeito. Caso contrário, terá de começar a operar no sistema de slots (vaga cativa para empresas), o que dificulta a entrada de novas empresas e trava o crescimento do setor”, completa o diretor-executivo da Associação Brasileira de Aviação Geral, Adalberto Febeliano.

O governo, porém, “jogou a toalha” em relação à terceira pista de Guarulhos, segundo declarou recentemente o presidente da Infraero, José Carlos Pereira. A terceira pista faz parte do projeto original do aeroporto. Para tirá-la do papel, seria preciso enfrentar questões ambientais e sociais. O entorno do aeroporto hoje é uma Área de Proteção Ambiental. E o local onde seria a pista virou uma favela com 5,3 mil barracos. “A cada dia, fica mais caro e mais difícil iniciar as obras”, diz Febeliano.

 

 

Coluna do Claudio Humberto - www.claudiohumberto.com.br
04/02/2007 - 14:26h
Funcionários da Varig protestam no exterior

Com camisetas onde se lia em espanhol "No paga" ("Não paga"), duzentos funcionários da Varig protestaram no estande da empresa na Feria Internacional de Turismo de Madrid (Fitur), na capital espanhola.

Apoiados pelos sindicatos locais CC.OO e UGT, manifestaram publicamente o repúdio contra a dispensa de quarenta e um colegas da na Espanha – sem receberem salários atrasados e indenizações, previstas não só na lei brasileira como também na espanhola. Distribuíram panfletos em frente ao estande da Embratur, questionando também a forma como a empresa vem pagando as dívidas. Segundo eles, a Varig pode deixar na mão agências de viagens e fornecedores.

 

 

Coluna do Claudio Humberto - www.claudiohumberto.com.br
02/02/2007 - 08:51h
Céu pequeno

Ex-diretor de Operações da Varig, Alberto Fajerman assinou a demissão dos funcionários que em 2002 denunciaram a falência fraudulenta. Virou vice-presidente da empresa e hoje é vice-presidente da TAM.