::::: RIO DE JANEIRO - 04 DE MAIO DE 2008 :::::

 

Folha de São Paulo
04/05/2008

Bimotor com seis pessoas desaparece no sul da Bahia
A bordo, estavam quatro ingleses e dois tripulantes brasileiros; avião saiu de Salvador com destino a Ilhéus
Moradores de Itacaré dizem ter visto aeronave voando baixo no mesmo horário; nome dos empresários estrangeiros não foi divulgado

KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA


Um avião bimotor desapareceu no final da tarde de anteontem com quatro empresários ingleses e dois tripulantes brasileiros, minutos antes do pouso em Ilhéus, no sul da Bahia. O avião havia partido de Salvador.

Até o final da manhã de ontem, não havia sido encontrada nenhuma pista sobre o paradeiro da aeronave. Apenas relatos de moradores de Itacaré (a 350 km ao sul de Salvador e a 65 km ao norte de Ilhéus), que informaram terem visto um avião voar baixo no mesmo horário do desaparecimento. Por causa desses relatos, parte das buscas se concentrava na região.

A própria empresa dona do avião, a AeroStar, de Salvador, colocou uma aeronave e três helicópteros contratados para ajudar nas buscas feitas pela Guarda Costeira e pelo Corpo de Bombeiros, sob a coordenação do Seripa (Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos).

A empresa divulgou apenas os nomes dos tripulantes, o piloto Clóvis Revault, 61, e o co-piloto Leandro Veloso, 34. Os nomes dos quatro passageiros só seriam revelados depois que o Consulado Britânico conseguisse contatar os familiares, segundo a empresa.

A aeronave era um modelo Cessna 310, bimotor, que, segundo a empresa, estava com a manutenção em dia. O avião, que tinha autonomia de vôo de cinco horas e voava a uma velocidade máxima de 300 km/h, saiu de Salvador às 17h com destino a Ilhéus (a 460 km da capital). Às 17h43, houve o último contato do piloto com a torre de comando, já para se preparar para o pouso. Faltavam nove minutos para a chegada.

 

 

O Estado de São Paulo
04/05/2008

Bimotor some com 4 ingleses na BA
Cessna, que levava piloto, co-piloto e 4 empresários que faziam a rota entre Ilhéus e Itacaré, desapareceu anteontem
Tiago Décimo

Um bimotor da Aero Star com seis pessoas a bordo desapareceu no litoral sul da Bahia no fim da tarde de sexta-feira. O avião levava o presidente da empresa de investimentos turísticos Worldwide Destinations (WWD), Sean Woodhall, o representante da WWD no Brasil, Ricky Every, o presidente da empresa de gerenciamento Diamond Lifestyle Holdings, Alan Trevor Kempson, e o executivo da empresa Michael Hogess, todos ingleses - além do piloto Clóvis Revault de Figueiredo e Silva, de 61 anos, e o co-piloto Leandro Oliveira Veloso, de 34.

O avião, um bimotor Cessna C-310 de prefixo PT-JGX, da empresa de táxi aéreo Aero Star, desapareceu quando se aproximava para pouso em Ilhéus, a 458 quilômetros ao sul de Salvador. O avião havia decolado da capital baiana às 17 horas.

Equipes da PM, dos bombeiros e da Marinha realizaram buscas entre Ilhéus e Itacaré, um trecho de 70 quilômetros. Boa parte da área, que engloba o Parque Estadual da Serra do Conduru, é coberta por mata atlântica nativa. Moradores disseram ter visto um avião voando baixo perto de Vila Paraíso e Ponta do Tulha, a cerca de 20 quilômetros de Ilhéus.

As buscas foram interrompidas às 18 horas, por causa da baixa visibilidade, e devem ser retomadas às 6 de hoje. O Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, em Recife (PE), iniciou investigações. Segundo a gerente comercial da Aero Star, Ellen Duarte, o piloto fez o último contato com o Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus, às 17h43. O clima era chuvoso, mas havia visibilidade.

 

 

Jornal o Dia
03/05/2008

Canhedo Filho é liberado

Herdeiro do grupo Vasp, o empresário Waqgner Canhedo Filho passou algumas horas na carceragem do Departamento de Polícia Especializada ( DPE), em Brasília.

Ele fora detido na manhã de ontem por não pagar dívida trabalhista de R$ 400 mil, mas conseguiu habeas corpus no Tribunal Superior do Trabalho e deixou a DPE no fim da tarde. Canhedo Filho prometeu negociar a dívida.

 

 

Portal Exame
02.05.2008 - 13:26h

Cade julgará compra da Varig pela Gol na quarta-feira
Por Isabel SobralAgência Estado

A aquisição da empresa aérea Varig pela concorrente Gol irá a julgamento no plenário do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) na próxima quarta-feira (dia 7). A operação, anunciada em março do ano passado, foi incluída na pauta da sessão marcada para começar às 10 horas daquele dia.

A Varig foi comprada pela Gol por cerca de US$ 320 milhões e, para manter as empresas independentes e competindo até que seja dada a palavra final pelo conselho, a Gol assinou com o Cade acordo que preserva a reversibilidade da operação.

O negócio já conta com parecer favorável das Secretarias de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda, e de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça. Para as secretarias, embora o setor aéreo comercial no Brasil seja oligopolizado (quando é pequeno o grupo de empresas que ofertam um determinado serviço ou produto), não há barreiras que impeçam a entrada de novos competidores no mercado doméstico.

As secretarias sustentam ainda que há "pressões competitivas" suficientes nesse mercado, que podem ser medidas pela oferta de muitas promoções tarifárias e isso pode desestimular tanto a Gol quanto a Varig de exercerem um poder de mercado elevando abusivamente seus preços.

A TAM foi ainda identificada como competidora capaz de rivalizar com a Gol e a Varig, principalmente nas rotas com origem no Aeroporto de Congonhas (SP).

 

 

Coluna Claudio Humberto
01/05/2008 - 14:19h

Tartaruga ninja

O ministro Britto Pereira, do Tribunal Superior do Trabalho, que cassou decisão unânime em favor do leilão de uma fazenda para pagar dívidas trabalhistas, quis reverter a decisão unâmime do TRT reintegrando os demitidos da Associação de Pilotos da Varig que denunciarem maracutaias na empresa. O processo se arrasta há anos.

 

 

Site Sydnei Rezende
01/05/2008

Brasil sofre com escassez de vôos internacionais
Redação SRZD

A quebra da Varig, a mais antiga companhia aérea do país, surtiu um impacto muito maior no turismo brasileiro do que se pode imaginar. O Brasil perdeu um grande número de vôos internacionais, volume que ainda não foi reposto por companhias nacionais nem estrangeiras, acarretando um grande prejuízo econômico para o país.

Aos poucos, o mercado aéreo nacional dá alguns sinais de recuperação, graças a empresas estrangeiras que ainda se encantam com os destinos oferecidos pelo Brasil. Companhias como a Air France e a United Airlines vêm aumentando o número de vôos semanais entre o Rio e Paris e Rio e Washington respectivamente. A Nova Varig também retoma aos poucos a sua oferta de vôos para o exterior, porém isso acontece de forma bastante lenta.

Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), Alfredo Lopes, o principal problema que enfrentamos hoje no setor de turismo é que não podemos crescer se não tivermos como oferecer estrutura para esse crescimento.

O Brasil deixa de receber muitos turistas por escassez de vôos. A legislação aeroportuária brasileira exige que a quantidade de vôos entre cada país seja definida através de acordos entre ambos e que essa quantidade seja a mesma. Entretanto, o Brasil não consegue cumprir essa determinação.

Os Estados Unidos, país que envia mais turistas para o Brasil, é um bom exemplo de como o país não consegue seguir a legislação. Em 2007, as empresas norte-americanas passaram a oferecer 105 vôos semanais para o Brasil, enquanto as empresas brasileiras oferecem apenas 35 vôos por semana para o país norte-americano.

Alfredo Lopes cita a American Airlines como uma companhia que queria disponibilizar um maior número de vôos entre o Brasil e os Estados Unidos, mas que não pode fazê-lo porque as empresas brasileiras não conseguem cumprir a reciprocidade.

A próxima reunião internacional para tratar da quantidade de vôos só será realizada em 2009.

 

 

O Globo Online
30/04/2008 às 17h15m

GOL sofre outro prejuízo com peso da Varig
Reuters/Brasil Online
Por Todd Benson

SÃO PAULO (Reuters) - A Gol anunciou nesta quarta-feira seu segundo prejuízo trimestral consecutivo pressionada por problemas com a unidade Varig e custos maiores com combustíveis que minimizaram tráfego maior de passageiros.

A companhia teve um prejuízo de 74,1 milhões de reais no primeiro trimestre, ante lucro de 91,58 milhões de reais obtido em igual período de 2007. No quarto trimestre, a empresa sofreu prejuízo líquido de 29,54 milhões de reais, de acordo com normas brasileiras (BR Gaap).

Em termos contábeis norte-americanos (US Gaap), a Gol teve prejuízo de 3,5 milhões de reais de janeiro a março contra lucro de 116,6 milhões de reais um ano antes.

A Gol, segunda maior companhia aérea do país atrás da TAM, também reduziu previsão de frota para este ano de 112 para 108 aeronaves. A companhia planeja devolver aviões mais antigos e gradualmente substituir esses aparelhos por mais jatos da família 737 NG da Boeing, que são mais eficientes em consumo de combustível.

A última linha dos resultados da Gol tem sido atingida desde que a companhia comprou no ano passado a Varig, que estava à beira do colapso. A companhia atualmente está tentando recuperar a Varig para reduzir a estrutura de custo da unidade para os mesmos patamares da Gol.

Excluída a Varig, que cancelou três rotas internacionais em março e tem planos de abandonar mais duas por causa da alta dos combustíveis, a Gol informou que obteria lucro líquido de 200,1 milhões de reais no primeiro trimestre, segundo normas US Gaap.

A Gol planeja encerrar aos poucos as rotas remanescentes da Varig para Europa e México nos próximos meses e se concentrar no Brasil e América do Sul, onde acredita que a Varig está melhor posicionada para ter lucro com o crescente mercado de aviação da região.

"Nossa estratégia é reforçar nossas operações na América do Sul. Isso significa tomar medidas para padronizar nossa frota e aproveitar isso com vôos onde temos vantagem competitiva em termos de custos", informou o presidente-executivo da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, em teleconferência.

NO AGUARDO DE APROVAÇÃO

Executivos da Gol disseram que esperam que a empresa receba aprovação regulatória para a compra da Varig no segundo trimestre deste ano, o que permitirá à companhia fundir as duas operações sob um mesmo guarda-chuva e explorar sinergias.

"Acreditamos agora que a Varig está no caminho para ser uma contribuidora positiva ... até o final de julho", disse o vice-presidente financeiro da Gol, Richard Lark.

A receita líquida da companhia disparou 54,3 por cento no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2007, para 1,6 bilhão de reais. O resultado foi apoiado em uma alta significativa no volume de passageiros, de 21,8 por cento, para 6,4 milhões de pessoas.

Os custos operacionais saltaram 77,7 por cento no trimestre para 1,63 bilhão de reais, incentivado por aumento de 83,8 por cento nos gastos com combustível e também por despesas duas vezes maiores com prestação de serviços. A frota da empresa foi ampliada em 44 aeronaves no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado.

E os custos com combustíveis devem continuar avançando, colocando pressão sobre a Gol e outras companhias aéreas para aumento de tarifas. Nesta quarta-feira, a Petrobras informou que vai aumentar os preços do querosene de aviação em 6,6 por cento a partir de 1o de maio.

As ações da Gol avançaram 1,50 por cento, para 26,34 reais, no pregão desta quarta-feira.