::::: RIO DE JANEIRO - 04 DE ABRIL DE 2008 :::::

 

O Estado de São Paulo
04/04/2008
Soros será sócio da nova empresa aérea brasileira
Investidores, incluindo o fundo Gávea, de Armínio Fraga, e a Cia Bozano, de Júlio Bozano, aplicarão US$ 150 milhões na companhia de David Neeleman
Mariana Barbosa

Os sócios do empresário David Neeleman na nova companhia aérea são o mega investidor George Soros, o fundo de venture capital de São Francisco, Weston Presidio, o fundo Gávea, de Armínio Fraga, e a Cia Bozano, de Júlio Bozano. Juntos, eles investiram US$ 150 milhões na nova companhia, que ainda não tem nome mas deve entrar em operação até janeiro do ano que vem, com uma frota de jatos E-195 da Embraer.

Pouco depois de Neeleman deixar a presidência executiva da JetBlue, em maio de 2007, Soros e Neeleman venderam parte significativa de suas ações na companhia. Neeleman - que até então nunca tinha vendido nada de sua participação na bolsa - vendeu 23% de suas ações depois de deixar o cargo, movimento que lhe rendeu algo como US$ 30 milhões. Soros que entrou com 25% do capital inicial da JetBlue (US$ 130 milhões), hoje tem menos de 10% da empresa americana.

Além de Soros, o fundo Weston Presidio também foi parceiro de Neeleman na criação da JetBlue, em 1999. O fundo foi parceiro de Neeleman e sua sócia June Morris na criação da MorrisAir em Salt Lake City, nos anos 80. O Weston, que viu seu investimento na Morris Air triplicar em apenas 14 meses, entrou com 20% do capital da JetBlue.

Fontes próximas ao negócio revelam que Armínio Fraga está investindo US$ 50 milhões, ou um terço da nova companhia brasileira. Procurado, Fraga não retornou a ligação.

Esse é o segundo investimento de Fraga no setor aéreo. Em dezembro de 2006, o Gávea entrou como uma pequena participação na BRA, por meio do fundo Brazil AirPartners (BAP), formado por um grupo de sete investidores, dentre os quais Goldman Sachs e Bank of America. Apesar de ter recebido uma injeção de capital de R$ 180 milhões do BAP, que comprou 42% da BRA, um desentendimento entre os fundos e os sócios fundadores da empresa, os irmãos Folegatti, levou a companhia à bancarrota.

O Bozano foi um dos principais investidores na privatização da Embraer. Hoje tem 8,5% de participação na empresa, mas até a pulverização do controle acionário da fabricante, em 2006, detinha 20% do capital votante. A reportagem procurou a Cia. Bozano, mas não obteve retorno.

A nova companhia é a quarta companhia aérea criada por Neeleman, que nasceu no Brasil e tem dupla cidadania. O empresário fez fortuna com as três companhias anteriores - e também com outros negócios ligados à aviação, como e-ticket e entretenimento de bordo.

 

 

O Estado de São Paulo
04/04/2008
Alitalia escolhe novo presidente

O conselho de administração da Alitalia anunciou ontem o nome de Aristide Pollice para substituir Maurizio Prato na presidência da empresa. Prato deixou o cargo depois do fracasso das negociações para a venda da Alitalia para a Air France-KLM. O grupo franco-holandês considerou inaceitáveis as exigências feitas pelos sindicatos de trabalhadores da empresa. Ontem, os sindicatos anunciaram sua disposição de voltar a negociar com a Air France-KLM.

 

 

Folha de São Paulo
04/04/2008
Gávea, de Armínio Fraga, vai entrar em nova empresa aérea
DA SUCURSAL DO RIO

A Gávea Investimentos, do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, será um dos sete investidores da nova empresa aérea do fundador da JetBlue, David Neeleman.

Fraga disse que vê no modelo de negócios da nova companhia diferenciais competitivos, como vôos sem conexão, aviões da Embraer e investimento em tecnologia com TV a bordo.

O ex-presidente do Banco Central já investiu uma vez no setor, com aporte de recursos na BRA, que entrou em recuperação judicial. Fraga afirmou que, desta vez, o contexto é mais favorável.

Ele não revelou quanto pretende aplicar na companhia, que começa com US$ 150 milhões. (JANAINA LAGE)

 

 

Folha de São Paulo
04/04/2008
Sete brasileiros morrem em queda de avião no Suriname
DA REPORTAGEM LOCAL

Sete brasileiros morreram ontem na queda de um avião bimotor no interior do Suriname, próximo da fronteira com a Guiana Francesa, num acidente que deixou ao menos outros 13 mortos.

O aparelho, modelo Antonov 28, da companhia Blue Wings, decolou do aeroporto da capital, Paramaribo, às 10h (11h de Brasília), e caiu cerca de uma hora depois.

O acidente com o bimotor turboélice ocorreu próximo de Benzdorp, destino do vôo, a 300 km de Paramaribo, próximo do rio Maroni, em uma região montanhosa considerada a mais importante do Suriname pela produção mineradora, em que trabalha grande quantidade de estrangeiros.

A presença dos brasileiros foi confirmada na lista dos 18 passageiros divulgada pela empresa na tarde de ontem. As duas outras vítimas eram o piloto e o co-piloto.

Segundo o pai de um dos pilotos declarou à agência France Presse, a empresa teria informado à família que o avião explodiu ao se chocar contra uma montanha. Um dos pilotos mortos no acidente seria filha de um dos donos da empresa.

Segundo o site da companhia Blue Wings, a empresa aérea foi fundada há seis anos e opera dez aeronaves, incluindo dois Antonov de 18 lugares, de fabricação russa, hoje em administração ucraniana. Ela faz vôos domésticos do Suriname e também para a Guiana Francesa e para destinos na Europa até 2006, quando foi proibida de voar para região por supostas deficiências de manutenção.

O Suriname, antiga colônia holandesa, tem população de cerca de 500 mil habitantes, está localizado ao norte do Brasil e faz fronteira com o Estado do Pará. A economia do país é baseada principalmente na mineração. O sul do país é uma área pouco povoada, com florestas equatoriais e savanas.

 

 

Jornal do Brasil
04/04/2008
Monomotor pousa nas areias da Barra
Piloto diz que o motor parou de funcionar. Ninguém ficou ferido
Felipe SilEduardo Tavares
JB Barra

Um monomotor Cessna que decolou do Aeroporto de Maricá com destino ao de Jacarepaguá, fez um pouso forçado ontem, por volta das 16h, perto do Posto 4, na Praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste. Os donos da aeronave, José de Alencar e Gleici Cruz, estavam no avião. Por causa de uma pane no motor, o piloto, Mário Saunders Machado, 24, foi obrigado a pousar na areia, já que não havia ninguém na praia. Ninguém no avião se feriu.

– O motor parou de funcionar. Pela experiência que tenho, já que piloto desde 1992, com cerca de 1.300 horas de vôo, vi que não havia ninguém na areia, inclinei o avião e pousei – contou o piloto. – Mesmo com esse susto, continuarei voando. Foi o primeiro pouso de emergência que fiz.

Mário também revelou que havia combustível suficiente.

– Em 30 anos aqui, já vi baleia e golfinho, mas nunca um avião parar na praia. Meus clientes começaram a gritar e todo mundo se jogou no chão – descreveu Jozenildo Ferreira, dono de um quiosque.

Um dos primeiros a prestarem socorro foi o comandante do 2º Grupamento Marítimo da Barra, coronel Ricardo Nunes.

– Se a praia estivesse cheia, ele teria que pousar na água – disse.

 

Jornal do Brasil
03/04/2008
Aerolíneas Argentinas suspende todos os vôos
Efe

A Aerolíneas Argentinas suspendeu a saída de todos os vôos nacionais e internacionais por causa da renúncia do gerente de operações, Daniel Riva, informou ontem a Associação de Pilotos de Linhas Aéreas (Apla).

A Associação disse, em comunicado publicado em seu site, que Riva renunciou por causa de uma ordem judicial que ordena a demissão do assistente de linha José Luis Baliac, o que levou os pilotos a decidirem suspender os vôos.

"Contar com esta gerência responde ao cumprimento de requisitos legais para realizar operações de vôo", diz o comunicado, que acrescentou que esta decisão foi tomada por "estritas razões de segurança e para não transgredir a norma".

Fontes da Apla disseram à agência de notícias Efe que é ilegal a companhia operar sem gerente e disseram que a decisão de suspender os vôos não responde a uma "medida de força, mas a uma medida legal".

As mesmas fontes afirmaram que "não se pode prever" até quando a suspensão se prolongará e insistiram em que os pilotos estão dispostos a manter este posicionamento enquanto não for restabelecida a normalidade na gerência.

"Não se pode prever até quando ficarão suspensos, mas não é fácil o processo de nomear um novo gerente", acrescentaram as fontes.

 

Jornal do Brasil
03/04/2008
A falência súbita da ATA

A companhia ATA Airlines, que opera pelo menos 13 vôos diários entre o Havaí e as cidades da costa oeste americana, declarou falência ontem e parou de operar. É a segunda companhia havaiana a se valer do Capítulo 11 da legislação, depois da suspensão de vôos declarada pela Aloha Airlines. A ATA é baseada em Indianapolis e a decisão abrupta pegou centenas de passageiros de surpresa. Em vários aeroportos, era grande a dificuldade para troca de passagens por vôos de outras empresas.

A ATA já tinha passado por situação semelhante em fevereiro de 2006, e disse que o fator principal que levou à decisão foi o cancelamento inesperado de um contrato crucial para a manutenção das operações com a FedEx, para vôos charters a serviço de militares americanos a serviço em vários países fora do continente. A companhia, com 35 anos de operações, afirma não ter como garantir qualquer bilhete ou reserva e que os passageiros deveriam procurar alternativas por contra própria.

A falência afetou ainda a Souhtwest Airlines, porque a empresa baseada em Dallas tem um acordo de codeshare com a ATA. A Southwest tentava arrumar lugar para aqueles que tinham vôos compartilhados em alguns de seus jatos. A ATA tem 2.230 empregados, e voava para Phoenix, Las Vegas, Los Angeles e Oakland, entre outras cidades. Se alguém tinha passagem comprada para algum vôo nessa bandeira deve procurar o site www.ata.com.

 

 

Valor Econômico
04/04/2008
Depois de sete anos no Congresso, normas tropeçam na crise aérea
Nelson Niero
Fabiano Accorsi/Valor


Alfried Plöger, coordenador de relações institucionais do CPC, acredita na "boa-fé" da Receita com relação á nova lei
A crise aérea está atrasando até a adoção das regras internacionais de contabilidade no país. Depois de esperarem sete anos na fila do Congresso, os arautos da nova lei contábil enfrentam agora os rigores dos aeroportos nativos.

A vítima foi o coordenador de relações institucionais do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), a entidade criada pela nova lei para guiar o país rumo à nova ordem mundial da linguagem única dos balanços.

Alfried Plöger tentou embarcar na quinta-feira passada no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, num vôo da TAM para Brasília, onde iria discutir, no Banco Central, a agenda do CPC. Perdeu a reunião e a paciência.

Ontem, o ex-presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas, da qual a TAM é associada, soltou uma nota informando que entrara com uma ação judicial contra a companhia aérea, "reivindicando a reparação de danos morais e/ou materiais". A ação pede ressarcimento de R$ 8,3 mil, "que serão doados por Plöger a uma entidade beneficente". Perguntado pelo Valor se não havia pensado em dar o dinheiro ao CPC (a entidade vive de doações), Plöger reconheceu, entre risadas, que a idéia havia passado pela sua cabeça.

Brincadeiras à parte, o CPC vai precisar de todos os recursos à disposição para colocar nas ruas seus entendimentos sobre a nova lei que vão balizar as sociedades anônimas na elaboração dos balanços. "Perdemos uma ano", diz Plöger, referindo-se à entrada em vigor da lei neste ano, e não em 2009, como esperado. "O negócio [a nova lei] é muito complexo", afirma. "Há 400 mil contadores registrados no país, mas a maioria não tem idéia do que estamos falando."

Quanto ao possível impacto fiscal da lei, Plöger acredita que há "boa-fé" da Receita, mas admite que precisa haver um pronunciamento público do órgão para acalmar os ânimos mais exaltados.

 

 

O Globo
04/04/2008

 

 

Site Turisver
04/04/2008
TAP perspectiva alienar VEM


Na conferência de imprensa para apresentação dos resultados da empresa relativos a 2007, o presidente da TAP, Fernando Pinto, deixou claro que a empresa pretende alienar a maioria de capital da VEM, empresa brasileira de manutenção que a TAP adquiriu à Varig em 2006.

“Nunca tivemos a intenção de ter participação total” no capital da VEM, afirmou Fernando Pinto em conferência de imprensa, acrescentado que “não fazemos questão de ter a maioria ou, de outra forma, não pretendemos”, sublinhou o responsável.

Sem querer adiantar prazos, Fernando Pinto adiantou que “estamos a preparar a VEM para a venda”, sublinhando mesmo que “podemos ser sócios, com partes diferentes de capital, ou três, em partes iguais”.

O presidente da TAP esclareceu ainda que foi feito “um plano de 100 dias, que está a acabar, com toda uma reestruturação interna para que a empresa tenha melhores condições para uma futura venda”.

Recorde-se que em 2006, após a crise da Varig, a TAP adquiriu à congénere brasileira 90% da empresa de manutenção VEM.

 

 

Monitor Mercantil
03/04/2008 - 18:20h
Snea quer pedir anulação da venda da VarigLog para fundo

O Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) deve entrar na Justiça para pedir a anulação da venda da VarigLog para o fundo americano Matlin Patterson. O fundo teria se associado a laranjas brasileiros para burlar o Código Brasileiro da Aeronáutica (CBA), que limita em 20% a participação estrangeira em empresas aéreas nacionais.

Na terça-feira, a justiça paulista afastou os sócios brasileiros da VarigLog - Marco Antonio Audi, Luiz Eduardo Gallo e Michel Haftel - e determinou que o fundo americano assuma a gestão da companhia por um prazo de sessenta dias. Nesse período, o Matlin, por meio de sua subsidiária Volo Logistics, sócia da VarigLog, terá de encontrar outros sócios brasileiros e conseguir a aprovação da nova sociedade pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Pela sentença, os sócios brasileiros ingressaram na sociedade apenas para que o fundo Matlin pudesse "burlar" o CBA. Segundo o juiz, Audi, Gallo e Haftel "não ingressaram com aporte financeiro".

Para o secretário-geral do conselho consultivo do Snea, José de Anchieta Élcias, o fundo Matlin Patterson faz uma "confissão de fraude" quando prova que todo o dinheiro investido na VarigLog era dele. "O Snea vai analisar os fatos para decidir que medida tomar", disse Élcias, acrescentando que estão analisando "se é o caso de pedir a anulação da venda e a devolução da Varig Log para a Fundação Rubem Berta". O executivo acredita em formação de quadrilha.

Uma eventual anulação da venda da VarigLog poderia implicar na anulação de todos os negócios subseqüentes, como a própria venda Varig em leilão judicial, em julho de 2006, para a VarigLog e a posterior venda para a Gol, em 29 de março do ano passado.

O juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável pelo processo de recuperação judicial da Varig, afirmou não cogitar a anulação da venda da VarigLog. Ayoub lembra que, na ocasião, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou a negociação e a composição acionária da Volo do Brasil, empresa criada para comprar a ex-subsidiária de cargas da Varig. "O órgão regulador (Anac) reconheceu a legalidade do negócio e da composição acionária. Não se pode agora macular o que foi feito. Isso geraria uma insegurança jurídica. E o direito não se concilia com a insegurança jurídica", afirmou Ayoub.

 



O Globo Online
03/04/2008 - 17:07h