O
Estado de São Paulo
03/04/2008
Snea pode tentar anular venda da VarigLog
Justiça reconhece que ‘laranjas’
foram usados para driblar legislação
Mariana Barbosa e Alberto Komatsu
O
Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) estuda
entrar na Justiça para pedir a anulação
da venda da VarigLog para o fundo americano Matlin Patterson,
uma vez constatado que houve associação com
‘laranjas’ brasileiros para burlar o Código
Brasileiro da Aeronáutica (CBA), que limita em 20%
a participação estrangeira em empresas aéreas
nacionais.
Na
terça-feira, a Justiça paulista afastou os
sócios brasileiros da VarigLog - Marco Antonio Audi,
Luiz Eduardo Gallo e Michel Haftel - e determinou que o
Matlin assuma a gestão da companhia por sessenta
dias. Nesse período, o Matlin, por meio de sua subsidiária
Volo Logistics, sócia da VarigLog, terá de
encontrar outros sócios brasileiros e conseguir a
aprovação da nova sociedade pela Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac).
Na
sentença, o juiz José Paulo Magano, da 17ª
Vara Cível de São Paulo, reconhece que os
sócios brasileiros ingressaram na sociedade apenas
para que o Matlin pudesse “burlar” o CBA. Segundo
o juiz, Audi, Gallo e Haftel “não ingressaram
com aporte financeiro”. “A sugestão que
se tira do quadro é que a Volo Logistics (100% controlada
pelo Matlin), em conluio com os sócios brasileiros,
fez isso para, a princípio, e data vênia, burlar
o referido artigo e, assim, conseguir a concessão”,
escreve o juiz na sentença.
Para
o secretário-geral do conselho consultivo do Snea,
José de Anchieta Élcias, o fundo faz uma “confissão
de fraude” quando prova que todo o dinheiro investido
na VarigLog era dele. “À luz disso, o Snea
vai analisar os fatos para decidir que medida tomar”,
disse Élcias. “Estamos analisando se é
o caso de pedir a anulação da venda e a devolução
da Varig Log para a Fundação Rubem Berta.”
Na opinião dele, “há uma demonstração
de que houve formação de quadrilha”.
Uma
eventual anulação da venda da VarigLog poderia
implicar a anulação de todos os negócios
subseqüentes, como a venda Varig em leilão,
em julho de 2006, para a VarigLog, e a posterior venda para
a Gol, em 29 de março de 2007.
Élcias
diz ter feito uma análise jurídica e administrativa
da questão e que vai apresentar essa análise
ao Conselho Consultivo do Snea. “Respondemos aos questionamentos.
Agora, caberá ao conselho decidir o que fazer”,
afirma Élcias.
A
análise jurídica a ser apresentada aos representantes
das empresas na próxima reunião do conselho
diz que todo ato administrativo baseado em um ato fraudulento
deve ser anulado.
O
juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável pelo processo
de recuperação judicial da Varig, afirmou
não cogitar a anulação da venda da
VarigLog. Ayoub diz que, na época, a Anac aprovou
a negociação e a composição
acionária da Volo do Brasil, empresa criada para
comprar a VarigLog.
O
Estado de São Paulo
03/04/2008
Air France-KLM desiste da Alitalia
O grupo aéreo franco-holandês Air France-KLM
decidiu encerrar as negociações para comprar
a Alitalia, depois que os sindicatos da companhia aérea
italiana apresentaram uma proposta que foi considerada “muito
deficitária”. Segundo informou a Air France-KLM
em comunicado, a proposta dos sindicatos supõe “um
marco totalmente diferente” do que o grupo havia planejado
no ano passado, e é “incompatível com
a meta de uma volta rápida à rentabilidade
da Alitalia”.
Folha
de São Paulo
03/04/2008
Sócio afastado da VarigLog
diz que recorrerá de decisão
JANAINA LAGE DA SUCURSAL DO RIO
O
empresário Marco Antonio Audi afirmou ontem que pretende
recorrer até a última instância para
voltar à gestão da VarigLog. Uma decisão
do juiz José Paulo Magano, da 17ª Vara Cível
de São Paulo, determinou a volta do fundo de investimento
americano Matlin Patterson para o comando da empresa aérea
de transporte de carga. A decisão excluiu os brasileiros
da sociedade com o fundo na Volo do Brasil, empresa que
controla a VarigLog.
O fundo de investimento e três sócios brasileiros
(Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos Haftel) se juntaram para
controlar a empresa. Desde a metade de 2007, os sócios
travam uma batalha judicial no país e no exterior
por conta de desentendimentos na gestão, feita pelos
brasileiros, dos recursos recebidos pela venda da Varig
à Gol.
"Sofremos um escracho de notícias muito grande
contra a gente. Vamos até a última instância
para fazer valer a lei", disse Audi. Os sócios
brasileiros foram afastados por gestão temerária,
segundo a decisão judicial.
O juiz fixa o pagamento estimado em US$ 428 mil para cada
um dos sócios brasileiros. Segundo Audi, esse acordo
está sendo discutido em outra ação
e é incompatível com o tamanho do negócio.
Para Nelson Nery, advogado que representa o Matlin, o fato
de os outros sócios recorrerem "já era
esperado".
Coluna
Claudio Humberto
03/04/2008
Fundo do poço
Ex-funcionários da velha Varig vivem de favor em
casa de parentes, com créditos trabalhistas retidos
pela Justiça do Rio. O ex-gestor Miguel Dau arrumou
emprego na Flex, que herdou a dívida de R$ 7 bilhões.
Termina em julho a proteção judicial. Teme-se,
em seguida, a falência.
Cúpula
da Aviação se reúne em Brasília
O
ministro Nelson Jobim (Defesa) tem reunião hoje ,
às 11h30, com o secretário de Aviação
Civil, Brigadeiro Jorge Godinho Barreto Nery, o presidente
da Infraero, Sérgio Gaudenzi, a presidente da Agência
Nacional de Aviação Civil, Solange Vieira,
e o Brigadeiro Ramon Borges Cardoso, do Departamento de
Controle do Espaço Aéreo (Decea). Na agenda
oficial do ministro não consta a pauta do encontro.
Anac:
referencial de atraso cairá para 30 minAnac: referencial
de atraso cairá para 30 min
A
partir de 1º de maio, a Agência Nacional de Aviação
Civil vai adotar 30 minutos como o novo referencial para
atrasos de vôos regulares. Essa providência
foi antecipada nesta coluna. Em lugar dos 60 minutos, tolerados
desde o ano passado, ontem (dia 1º) a Anac passou a
considerar o prazo de 45 minutos como indicador de atraso
de vôo. Mas esse limite será de 30 minutos
a partir de 1º de maio. O referencial de atrasos é
um indicador para a Anac avaliar a impontualidade das companhias
aéreas. A idéia é o Brasil adotar em
breve o padrão internacional de 15 minutos como referencial
de atraso.
Jornal
do Brasil
03/04/2008
Anac muda critério para definir
atrasos
A
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)
passou a utilizar um novo referencial para atrasos de vôos
regulares. Em lugar de 60 minutos, referencial utilizado
desde o ano passado, a Anac passa a considerar o prazo de
45 minutos como indicador de atraso de um vôo.
A
partir de 1º de maio esse referencial será novamente
reduzido, para 30 minutos, de acordo com a Anac. A Infraero
adotou o novo referencial de 45 minutos nos dados que divulga
diariamente sobre atrasos de vôos por aeroporto e
por companhia aérea, em sua página na Internet.
O referencial de atrasos é um indicador para a Anac
avaliar a performance do setor em um ponto relevante para
os usuários do serviço aéreo: a pontualidade.
O
Globo
03/04/2008
Ancelmo Góis
O
Globo
03/04/2008
Negócios & Cia
Flávia Oliveira
O
Dia
03/04/2008
Sindicato pode tentar anular venda
da VarigLog
São Paulo - O Sindicato Nacional das Empresas Aéreas
(Snea) estuda entrar na Justiça para tentar anular
a venda da VarigLog ao fundo americano Matlin Petterson,
de acordo com a edição desta quinta-feira
do jornal O Estado de São Paulo.
O
argumento é de que houve associação
do fundo dos Estados Unidos com "laranjas" brasileiros
para burlar o Código Brasileiro de Aeronáutica,
que permite participação de capital estrangeiro
de no máximo 20%. A 17ª Vara Cível de
São Paulo determinou, na última terça,
a volta do Matlin Patterson para a gestão da empresa
de transporte de carga.
O
fundo americano se associou aos brasileiros Marco Antonio
Audi, Luiz Eduardo Gallo e Marcos Haftel para controlar
a empresa. A Justiça decidiu excluir os brasileiros
da sociedade. Marco Antonio Audi afirmou à Folha
de São Paulo que pretende recorrer até a última
instância para voltar à gestão da VarigLog.
Valor
Econômico
03/04/2008
Air France-KLM desiste da Alitalia
Gabriel Kahn e Luca Di Leo, The Wall Street
Journal, de Roma
O diretor-presidente da Air France-KLM SA, Jean-Cyril Spinetta,
rompeu abruptamente as negociações para comprar
a Alitalia SpA por não conseguir um acordo com os
combativos sindicatos. A decisão divulgada ontem
suscita o questionamento de até quando a companhia
aérea italiana conseguirá sobreviver.
A Alitalia, que tem perdido 1 milhão de euros por
dia há mais de um ano, está com o caixa desesperadamente
baixo. O presidente de seu conselho, Maurizio Prato, vinha
insistindo que um negócio com a Air France-KLM era
a única chance de sobrevivência, e ele renunciou
logo depois que a companhia franco-holandesa abandonou o
negócio.
O ministro italiano do Tesouro, Tommaso Padoa Schioppa,
tinha alertado que se a oferta da Air France-KLM gorasse,
a Alitalia correria risco de liquidação. O
MInistério do Tesouro detém 49,9% da companhia
aérea e tem tentado vender essa participação
há mais de um ano. O conselho da empresa convocou
uma reunião de emergência para hoje para discutir
suas opções.
Embora a oferta da Air France-KLM fosse a única em
jogo, os sindicatos a declararam inaceitável e exigiram
mais concessões. Com eleições nacionais
marcadas para os dias 13 e 14 deste mês, políticos
também entraram na briga.
O ex-primeiro-ministro e líder da oposição
Silvio Berlusconi tem criticado o negócio com a Air
France-KLM diariamente em sua campanha. Embora tenha dito
que dezenas de empresários italianos tenham ligado
para ele para dizer que estão dispostos a participar
da formação de uma contra-oferta, Berlusconi
ainda não deu nomes.
Os sindicatos queriam que a Air France-KLM comprasse a totalidade
da Alitalia, inclusive os negócios de serviços
em terra, que dão prejuízo e não estavam
totalmente incluídos na oferta. Eles também
reivindicavam que os serviços de carga da Alitalia
fossem preservados e que a substituição dos
velhos aviões da companhia fosse uma prioridade.
Mercado
e Eventos
03/04/2008 - 12:35h
Varig continua promoção
de passagens a R$ 48
A Varig prorrogou a venda de passagens a R$ 48, por trecho,
para os seus destinos domésticos, exceto Fernando
de Noronha. As tarifas permanecerão disponíveis
para compra entre os dias 5 e 21 de abril, para viagens
realizadas entre os dias 6 de abril a 6 de junho. O tempo
de permanência mínima no destino é de
dois dias.
A
promoção está disponível em
qualquer horário pelo site da empresa (www.varig.com.br),
pelo canal de vendas diretas e via agências de viagem.
A oferta permite combinações com todas as
classes tarifárias, inclusive com ela mesma, desde
que haja disponibilidade de assentos.
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