O ESTADO DE SÃO PAULO
02/07/2007
Gol já é a terceira
maior das Américas
Companhia só vale menos
que a American Airlines e a Southwest
Alberto Komatsu
A Gol já é a companhia aérea com
o terceiro maior valor de mercado das Américas
(exceto o Canadá), seguida pela TAM, Lan Chile
e United Airlines, praticamente empatadas na quarta colocação.
É o que mostra um levantamento da Economática,
feito a pedido do Estado, com dados das empresas de capital
aberto.
A companhia, entretanto, continua em segundo lugar no
ranking nacional, pelo critério de passageiros
transportados. Até o último dia 19, o seu
valor era calculado em US$ 6 bilhões, ante US$
4,3 bilhões da líder TAM. No topo da lista
de valorização das companhias estão
as americanas Southwest (US$ 11,5 bilhões) e American
Airlines (US$ 7,3 bilhões).
'A Gol seguiu um modelo de negócios que deu certo.
E o crescimento econômico brasileiro melhorou sua
eficiência e também o da TAM', diz o presidente
da Iata, sigla em inglês da associação
internacional de transporte aéreo, o brasileiro
Fernando Pinto. Segundo ele, o bom desempenho da economia
global levou a associação a revisar recentemente
o lucro mundial do setor. Inicialmente, a Iata previa
um ganho de US$ 3,8 bilhões para este ano, que
saltou para US$ 5,1 bilhões. 'A revisão
foi feita pela forte demanda de passageiros. O mercado
como um todo cresceu muito, principalmente na China e
no extremo oriente', afirma Pinto, também presidente
da companhia aérea portuguesa TAP.
O executivo, que foi presidente da Varig de 1996 a 2000,
explica que também contribuíram para o aumento
da expectativa de lucro a recuperação de
empresas americanas que estavam em concordata e a expansão
das empresas européias.
O levantamento feito pela Economática mostra que
o lucro líquido da Gol - de US$ 300 milhões
em12 meses acumulados até março de 2007
- é o quarto maior das Américas. O resultado,
que não inclui a compra da Varig pela Gol, negociação
divulgada no dia 28 de março, fica atrás
dos US$ 531 milhões da Southwest, US$ 431 milhões
da Continental e US$ 404 milhões da American. A
TAM, por sua vez, teve ganho de US$ 246 milhões
no mesmo período.
'Não trabalhamos para definir valor de mercado.
Trabalhamos para montar um negócio rentável',
diz o vice-presidente de Marketing e Serviços da
Gol, Tarcísio Gargioni.
O consultor de aviação da Bain & Co.,
André Castellini, destaca que a rentabilidade da
Gol é a maior entre as empresas do levantamento
feito pela Economática. A taxa, de 15,4%, é
quase três vezes superior à da americana
Southwest (5,7%), uma das pioneiras no conceito de custos
e tarifas baixas (low cost, low fare) e um dos modelos
da estratégia da Gol.
'As empresas tradicionais valem pouco em relação
ao faturamento porque são pouco rentáveis
e sofrem a concorrência das companhias de baixo
custo', afirma Castellini. A Delta Airlines, por exemplo,
tem valor de mercado de US$ 53 milhões e receita
operacional de US$ 17,5 bilhões, mas neste caso,
lembra Castellini, a empresa ainda sofre o impacto de
ter entrado em concordata em setembro de 2005. Em 2000,
a Delta valia US$ 6,1 bilhões.
O consultor especializado em aviação Paulo
Sampaio atenta para o fato de a TAM ter uma operação
maior do que a da Gol - uma das empresas mais jovens do
setor, com seis anos apenas -, mas seu valor de mercado
ser menor. Isso acontece, diz ele, por que a rentabilidade
da Gol é superior à da TAM.
A TAM tem uma rentabilidade de 6,6% no período
de 12 meses acumulados em março de 2007. Assim
como o desempenho da Gol, a taxa da TAM é maior
do que todas as companhias aéreas americanas. 'As
companhias americanas demoraram muito para se recuperar
do 11 de setembro (de 2001). Muitas entraram no chapter
11 (espécie de regime de concordata nos Estados
Unidos) e tiveram de concorrer com as empresas low cost',
analisa o coordenador do Núcleo de Estudos em Competição
e Regulação do Transporte Aéreo (Nectar),
Alessandro Oliveira.
Castellini, da Bain & Co., ressalta que a valorização
do real em relação ao dólar é
benéfica para as companhias brasileiras. No entanto,
esse benefício se dilui com a alta do preço
do petróleo, que reflete no valor do querosene
de aviação, responsável por mais
de 30% dos custos de uma empresa aérea.
JORNAL DO BRASIL
01/07/2007
Site da ACVAR
01/07/2007
Qatar Airways seleciona comissários no RIO e em
SAO
A Qatar Airways fará seleção de comissários
de vôo nos dias 08/7 (RIO - Hotel Sheraton) e 12/7
(SAO - Hotel Hilton Morumbi). A seleção
começa às 9h e os candidatos devem levar
currículo e fotografia no formato padrão
de passaporte. É exigida fluência oral e
escrita no idioma Inglês.
Para informações, consultem o site da empresa
www.qatarairlines.com.
Leia aqui o anúncio publicado neste domingo (1º/7)
no jornal O Globo (Boa Chance).
Emirates recebe currículos
até 20/7
A Emirates Airlines publicou anúncio na mesma edição,
pedindo currículos de comissários de vôo.
Os interessados devem preencher formulário até
dia 20/7 no site www.emiratesgroupcareers.com.
Mais informações em www.flyrightintl.com