::::: RIO DE JANEIRO - 01 DE DEZEMBRO DE 2007 :::::

 

O Dia
30/11/2007 - 20:04h
Juiz determina arresto dos bens da BRA no Rio

Brasília - O juiz Marcos Dias de Castro, da 18ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, determinou hoje (30) o arresto de todos os bens da BRA Transportes Aéreos no município para garantir o pagamento de salário e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aos funcionários.

Os bens da empresa que estão no Aeroporto Internacional do Galeão passarão por um levantamento para serem listados. Segundo o advogado do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte Aéreo, Mário Caliano, autor do pedido à Justiça, dois oficiais de justiça estão neste momento no terminal onde a empresa operava para cumprir o mandado.

 

 

O Estado de São Paulo
01/12/2007

Governo quer passagens mais caras em SP
Mariana Barbosa

O governo pretende resolver a crise do setor aéreo nos aeroportos de São Paulo com um drástico aumento de tarifas aeroportuárias. Um documento elaborado pela secretária de Aviação Civil, Solange Vieira, ao qual o Estado teve acesso, prevê aumentos de 100% nas taxas de embarque pagas pelos passageiros e de até 1.200%, nas tarifas pagas pelas empresas.

Esse reajuste poderá levar a um aumento de pelo menos R$ 40 para o passageiro, considerando um bilhete doméstico de ida e volta. O reajuste de tarifas em Congonhas e Guarulhos faz parte de um pacote que será apresentado na próxima semana pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para conter a procura, o governo já havia diminuído o uso de pistas em Congonhas e transferido vôos. Agora, a idéia é desencorajar empresas e passageiros e obrigá-los a buscar alternativas.

O governo pretende transferir o fluxo de aeronaves para Viracopos, em Campinas, e outros aeroportos - que na comparação ficariam mais baratos. Se as medidas forem de fato implementadas, a taxa de embarque paga pelo passageiro de Congonhas passará dos atuais R$ 19,62 por trecho para R$ 39,24 - aumento de 100%. Somam-se a isso os repasses que as companhias poderão fazer com o aumento das tarifas pelo uso dos aeroportos.

Pelos planos do governo, as tarifas de pouso em Congonhas passariam de R$ 1,67 por tonelada para R$ 10,02 a tonelada, aumento de 500%. Com esse acréscimo, Gol, Varig e outras companhias que utilizam um Boeing 737, pagariam R$ 871,74 de tarifa para pousar em Congonhas, ante os R$ 145,29 atuais. Dividindo-se esse valor pelo número de passageiros, chega-se a um aumento de R$ 6,7 por passageiro (considerando uma ocupação de 70%). No caso do A320, usado pela TAM, a tarifa de pouso sobe de R$ 187,87 para R$ 1.127,25. O custo extra por passageiro, considerando a mesma taxa de ocupação, é de R$ 8,26.

Estão previstos ainda aumentos pelo uso do pátio de manobras em Congonhas. A idéia agora é dobrar o valor da tarifa a cada 30 minutos. Segundo o documento, a medida ajudaria a “estimular a eficiência em solo”.

GUARULHOS

Já no Aeroporto de Guarulhos, a proposta da secretaria prevê um aumento de 1204,35% na tarifa de permanência de aeronaves. Isso significa passar de US$ 0,23 por tonelada/hora para US$ 3 por tonelada/hora. Quem opera um avião como o Boeing 747, que hoje paga US$ 650,33 por hora, passará a pagar US$ 8.482,50. Dividindo-se o valor pelo número de passageiros, considerando uma ocupação de 70%, chega-se a um aumento de US$ 28,69 por passageiro. Em Guarulhos, a medida afeta não apenas as companhias brasileiras, mas também as estrangeiras e as cargueiras. O documento já foi apresentado às companhias, em uma reunião na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

 

 

O Estado de São Paulo
01/12/2007
Pacote afetará 20% da carga do País
Até serviço de correio deve ser atingido; um vôo Guarulhos-Manaus-Guarulhos sairá US$ 10 mil mais caro
Mariana Barbosa

As empresas de carga estão bastante preocupadas com a proposta de aumento de 1.200% na tarifa de permanência de aviões no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. A medida afetará a operação dos Correios - Guarulhos é justamente o centro de conexões da malha aérea da ECT - e cerca de 20% da carga aérea do País, que passa pelo Aeroporto de Guarulhos.

Os vôos da malha aérea dos Correios são realizados por empresas privadas, por meio de licitação. “As empresas, sem dúvida, tentarão repassar os custos para os Correios. Ao final, quem pagará a conta é o usuário do correio”, diz uma fonte que participou da reunião com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em que a proposta foi apresentada às companhias.

De acordo com essa fonte, com o aumento da tarifa, um vôo Guarulhos-Manaus-Guarulhos sairá US$ 10 mil mais caro. Isso representa US$ 140 a mais por quilo de carga. “É claro que isso será repassado ao consumidor”, diz ele. Na avaliação desta mesma fonte, a medida dificilmente fará com que essa carga seja transferida para Viracopos, como pretende o governo, dada que a boa parte da carga em Guarulhos é transportada na barriga dos aviões de passageiros.

“Hoje 80% da carga aérea já está concentrada em Viracopos”, explica. “E o aeroporto de Campinas só não é mais usado por causa de assaltos na Rodovia dos Bandeirantes.” Na sua opinião, não adianta o governo querer transferir demanda para outros aeroportos, se ele não têm condição de absorver demanda. “Tem muita carga de autopeça que poderia chegar em Curitiba de avião, mas que tem de ir pela estrada - com todo custo de frete e de escolta - pois a pista de Curitiba não tem capacidade.”

Segundo essa fonte, as companhias cargueiras fizeram, a pedido da Anac, uma série de sugestões alternativas para o aumento de tarifas. Entre elas, manter a tarifa atual para o horário da madrugada - que é quando as empresas cargueiras mais usam o aeroporto - e aumentar apenas a tarifa diurna. “Nenhuma sugestão foi aceita pela doutora Solange. Não existe diálogo”, diz a fonte.

 

 

O Estado de São Paulo
01/12/2007
Sobretaxa se estende às viagens ao exterior

Mas não são só as companhias brasileiras que estão preocupadas com as medidas. As estrangeiras serão brutalmente taxadas com o aumento de 1.204,35% da tarifa de permanência de aeronaves em Guarulhos. A maioria das empresas estrangeiras aterrissa de manhã em Guarulhos e embarca novamente apenas no período da noite. O custo adicional por hora, com o aumento da tarifa, vai variar de US$ 3.400 a US$ 7.800, dependendo do tipo de avião. O repasse para o passageiro, nesse caso, pode variar de US$ 19,99 a US$ 28,69 (dependendo do equipamento), por hora de avião parado. Se o avião ficar dez horas em solo, o aumento para o passageiro pode chegar a US$ 287.

Além disso, o aumento de tarifas para as companhias estrangeiras acarreta problemas bilaterais. Alguns acordos bilaterais prevêem reciprocidade na cobrança de tarifas. Portanto, as companhias brasileiras também podem sofrer aumentos de tarifas no exterior por conta da medida.

‘BODE’

As empresas aéreas brasileiras, por meio do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), consideraram “abusiva” a proposta de aumento de tarifas para os Aeroportos de Cumbica (Guarulhos) e Congonhas (São Paulo). O Snea confirma que recebeu da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) um documento com a proposta de aumento de tarifas. Segundo fontes do setor, a medida foi apresentada para as companhias como uma proposta fechada, sem margem para discussão.

A avaliação do setor é que o governo já decidiu que não vai construir nem o terceiro aeroporto de São Paulo nem a terceira pista em Guarulhos. Portanto, a única forma de acabar com a crise aérea é reduzindo o tráfego em São Paulo. “O ministro quer tirar o bode da sala. Acho que ele pensa que, se não tivesse demanda em São Paulo, a aviação seria uma beleza”, ironizou um executivo do setor.

A medida faz parte de um pacote mais amplo que o Ministério da Defesa estaria preparando para o setor aéreo. As companhias, que reclamam da falta de diálogo com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, temem pelo que poderá vir a ser anunciado. A expectativa é de que a proposta de aumento de tarifas para Congonhas e Guarulhos seja apresentada para o presidente Lula na terça-feira. Na ocasião, o ministro Jobim deverá ainda apresentar ao presidente o nome de Solange Vieira para a presidência da Anac .

 

 

O Estado de São Paulo
01/12/2007
'Governo está respondendo politicamente ao acidente'
Para especialista, não há justificativa técnica para reduzir tráfego de Congonhas, pois a demanda está em SP

O uso de tarifas diferenciadas para transferir demanda entre aeroportos é uma prática muito comum no exterior e, segundo especialistas em transporte aéreo ouvidos pela reportagem, muito bem-vinda. Entretanto, os analistas desconfiam da eficácia das medidas do jeito que estão sendo apresentadas.

“O uso de tarifa diferenciada para estimular tráfego é importante, mas precisa ver se a dosagem não foi exagerada”, afirma o engenheiro aeronáutico Jorge Leal Medeiros, professor da área de transporte aéreo e aeroportos da Escola Politécnica da USP. Ele sugere, por exemplo, a redução das tarifas em Viracopos. “Deveriam adotar tarifa zero em Campinas. Isso sim atrai demanda.”

Para Medeiros, as medidas mostram que o governo está “visivelmente querendo diminuir o tráfego de Congonhas”. “O governo está respondendo politicamente ao acidente. Já diminuíram a capacidade da pista, que era de 48 movimentos, para 32. Não há justificativa técnica. Isso significa que o governo estava permitindo uma loucura quando permitia 48 movimentos? Claro que não.”

Na sua opinião, em vez de aumentar tarifas em Congonhas, o governo deveria retomar a capacidade do aeroporto, “que foi reduzida por decreto”. “Congonhas não pode fechar. Qual a alternativa que se oferece? As pessoas preferem embarcar perto de casa, mesmo que passem por desconforto em Congonhas. São Paulo é o maior centro de geração de demanda. Não é reduzindo as tarifas no Galeão que se vai levar a demanda do Rio para São Paulo.”

Na avaliação de Medeiros, a intenção do governo, ao taxar as companhias estrangeiras em Guarulhos, é desocupar o pátio durante o dia para aumentar a capacidade do aeroporto para vôos domésticos.

Caso seja de fato adotado o aumento de tarifas em Congonhas e Guarulhos, Medeiros defende que a Infraero utilize os recursos para investir em pesquisa. “Deveriam pegar esse dinheiro para fazer planejamento de futuro”, diz ele. “O governo contingenciou a verba do controle de tráfego aéreo e agora estamos correndo atrás do leite derramado. Temos de atender a demandas urgentes, mas precisamos pensar no que é importante, não só no que é urgente.”

Para o professor de transporte aéreo da UFRJ, Respício do Espírito Santo Junior, que também é presidente do Instituto Brasileiro de Estudos Estratégicos e de Políticas Públicas em Transporte Aéreo, a medida resultará em aumento de tarifas para o passageiro e em problemas financeiros para as companhias menores. “As grandes têm condição de absorver esse custo, têm lastro para queimar, mas as pequenas vão sofrer.”

Apesar de ser favorável a uma política de cobrança diferenciada de tarifas, Espírito Santo afirma que o governo precisa justificar o aumento. “Se eu aumento 500%, tenho de justificar. Não posso aumentar só porque eu acho que as companhias estão ganhando muito dinheiro.” Para Espírito Santo, o governo deverá ainda justificar para as aéreas estrangeiras esse aumento de 1200%. “O serviço não melhorou. Não compraram equipamentos mais modernos. Como se justifica isso?”

MELHORIAS

Na opinião de Espírito Santo, o governo deveria direcionar o dinheiro que vier a ser arrecadado para melhorias no mesmo aeroporto. “A diferenciação tarifária é uma boa política, desde que se tenha a descentralização da administração e que cada aeroporto esteja livre para praticar a tarifa que desejar”, diz ele. “Mas o dinheiro arrecadado em São Paulo vai entrar no caixa da Infraero e acabar servindo para pagar a iluminação em Rio Branco.”

 

 

O Estado de São Paulo
01/12/2007
Avião bate em montanha e mata 57 na Turquia
Causas do acidente ainda não estão claras; bebê está entre as vítimas

Um avião da companhia Atlasjet bateu ontem numa montanha no sudoeste da Turquia, causando a morte de 57 pessoas a bordo. Investigadores ainda não sabem a causa do acidente, mas descartaram a hipótese de terrorismo. Segundo as autoridades, as condições de tempo eram boas na hora do acidente.

O avião MD-83, que levava 50 passageiros e 7 tripulantes, decolou de Istambul rumo a cidade turca de Isparta, saiu do radar logo depois de avisar a torre de controle de que havia iniciado o procedimento de descida.

Equipes de resgate tiveram dificuldade de chegar ao local do acidente, perto da localidade de Yesilyurt, por causa do terreno montanhoso. De acordo com informações oficiais, 53 corpos já foram resgatados. A caixa-preta do avião também foi recuperada. Cerca de 300 soldados cercaram o local do acidente para evitar a aproximação de curiosos e alguns parentes de vítimas, que tentavam obter mais informações.

Entre as vítimas do acidente está uma menina 6 semanas de vida. Segundo Ali Ceylan, avô da bebê, a mãe da menina também morreu no acidente. “Íamos ver nossa neta pela primeira vez”, disse Ceylan, que afirmou que seu filho está em estado de choque e precisou tomar sedativos após receber a notícia do acidente.

 

 

Folha de São Paulo
01/12/2007
TAM leva a assessoria de imprensa da Gol
DA REPORTAGEM LOCAL

A TAM, que recém-empossou como seu novo presidente David Barioni, que até setembro era um dos principais executivos da Gol, também desfalcou a concorrente de sua assessoria de comunicação.

A MVL, empresa que prestava o serviço à Gol, assume a partir da semana que vem a assessoria de imprensa da companhia aérea.

A empresa estava com a Gol desde julho de 2000, antes do início das operações da companhia aérea, em 2001.

Ontem, Barioni, que na Gol era vice-presidente técnico, passou o dia reunido com pilotos e comissários e usou várias vezes o termo "choque de gestão" para definir qual será a sua atuação na TAM a partir de agora. O executivo pediu o cancelamento do contrato de consultorias que prestavam serviço à companhia aérea.

 

 

Folha de São Paulo
01/12/2007
Rússia enfrenta problemas com aviões rivais da Embraer
Dois projetos que concorrem diretamente com empresa brasileira devem atrasar
Grupo deixa projeto do MTA, que competiria com o Embraer C-390, e o regional Sukhoi Superjet-100 não deve voar neste mês, como previsto

IGOR GIELOW - ENVIADO ESPECIAL A MOSCOU

Dois projetos aeronáuticos russos que concorrem diretamente com produtos da Embraer sofreram problemas sérios nesta semana, um deles potencialmente fatal para seu desenvolvimento.

O caso mais grave é o do MTA (sigla inglesa para avião médio de transporte), cujo design conceitual e projeto de engenharia já estava pronto. Avião com capacidade de 20 toneladas, competiria diretamente com o Embraer C-390, aparelho com as mesmas características que teve o OK para desenvolvimento da Força Aérea Brasileira -e, mais importante, dotação orçamentária de pelo menos R$ 400 milhões no Plano Plurianual a ser aprovado no Congresso.

O projeto russo estava sendo tocado formalmente pela fabricante Ilyushin, mas toda a estrutura industrial seria baseada no grupo Irkut. Foram gastos até aqui cerca de US$ 600 milhões em desenvolvimento.

Só que, segundo a Folha apurou, o Irkut decidiu deixar tudo nas mãos da Ilyushin e dos parceiros dos russos, o governo indiano. Havia uma expectativa de demanda por 350 a 400 aviões, e a Ilyushin terá de usar suas instalações obsoletas em Tashkent, no Uzbequistão.

"É a maneira mais fácil de matar um projeto, a Ilyushin não tem condições", disse Konstantin Makienko, vice-diretor do Centro para Análise de Tecnologias e Estratégias, de Moscou.

Além do avião de carga Ilyushin-12, que o MTA deveria substituir, outro alvo de mercado seriam os C-130 Hércules americanos espalhados pelo Terceiro Mundo -exatamente o nicho visado pela Embraer, caso seu projeto saia do papel e não seja só uma forma de capitalização da empresa com dinheiro público.

A decisão da Irkut deveu-se a dois fatores. Primeiro, a Ilyushin reclamava estar perdendo controle sobre um projeto "seu", embora o desenho do avião seja trabalho do estúdio Yakovlev, comprado pela Irkut em 2003. Segundo, recebeu a luz verde para tocar sozinha o projeto do MS-21, avião de passageiros para o nicho de 150 lugares que deverá substituir os obsoletos Tupolevs-154 nas frotas que operam na Rússia e antigos países soviéticos.

O programa já tem US$ 300 milhões dotados para o ano que vem e é considerado a "galinha dos ovos de ouro" na aviação russa hoje, que ainda não se abriu aos Boeing-737 e Airbus-A319/320 no mercado interno.

Há também problemas para a Rússia, embora menos sérios, na frente da aviação civil. O Sukhoi Superjet-100, avião regional para cem lugares que foi lançado no meio deste ano visando disputar o nicho de mercado hoje dominado pela linha E-Jets da Embraer, não deverá fazer seu vôo inaugural neste mês, como previsto.

A empresa se nega a fazer comentários, mas a Folha apurou que há ao menos dois problemas com as turbinas. O primeiro é na integração de seus sistemas, mas o mais complicado é o segundo, de desenho.

As duas turbinas do Superjet ficam embaixo da asa, como os jatos da Embraer da família 170/175/190, conhecidos como E-Jets. Só que estão numa posição mais baixa até do que a dos Boeings-737. Ocorre que as condições dos aeroportos fora de Moscou e São Petersburgo são péssimas, e basicamente há o risco de os aviões baterem as turbinas no chão ao pousar na maioria das pistas do país.

Como o mercado inicial para o Superjet é o russo, há o problema. Isso explica por que o Tupolev-154 ainda é um sucesso neste lado do mundo, apesar de seu péssimo histórico de segurança: usa os três motores atrás, na fuselagem, e tem um trem de pouso que pode ser usado em pista de terra.