Folha
de São Paulo
01/09/06
RJ quer indenização
da Varig e ação judicial contra a Anac
JANAINA LAGE DA SUCURSAL DO RIO
O governo do Estado do Rio de Janeiro
recebeu ontem um dossiê contra a venda da Varig
para a VarigLog elaborado pelos funcionários do
TGV (Trabalhadores do Grupo Varig).
Segundo o dossiê, a Varig divulgou
em boletim interno que está em processo de transferência
das áreas de operações e manutenção
para São Paulo. Segundo Fernando Peregrino, secretário-chefe
de gabinete da governadora Rosinha Matheus, isso caracteriza
quebra de contrato. O governo do Rio foi o único
que antecipou o pagamento de dívidas com a Varig
referentes à cobrança indevida de ICMS,
mas exigiu a manutenção da sede e das operações
da empresa no Estado, além de aumento do número
de vôos que saem do Rio e de funcionários.
O governo pretende incluir o dossiê
em ação contra a Anac (Agência Nacional
de Aviação Civil) e negociar com a Varig
o ressarcimento pelas perdas que a mudança pode
trazer para o Estado. O documento será incluído
também na CPI da Alerj (Assembléia Legislativa
do Estado do Rio de Janeiro).
Ontem, a companhia anunciou aumento da
frota para 14 aeronaves. A empresa retomou vôos
regulares para Brasília e Curitiba (diários)
e Fernando de Noronha e Caracas (de domingo a sexta).
Na prática, a aérea passa a operar a primeira
etapa do seu plano de linhas, que inclui dez destinos
nacionais e três internacionais.
Em nota, a Varig afirma que só
aguarda a concessão de funcionamento de empresa
aérea pela Anac para iniciar um plano mais agressivo
de retomada de rotas. E diz que as linhas serão
retomadas em 30 dias no mercado doméstico e em
180 no internacional. Apesar disso, a Anac já publicou,
ontem, no "Diário Oficial", a redistribuição
de algumas das principais linhas internacionais que pertenciam
à Varig.
O Globo
01/09/06
O
ESTADO DE S.PAULO
01/09/06
Varig retoma vôos para quatro
destinos
Empresa volta a fazer vôos
regulares para Curitiba, Brasília, Fernando de
Noronha e Caracas
Alberto Komatsu
A
Varig retomou ontem vôos regulares para Curitiba,
Brasília e Fernando de Noronha e vai operar vôos
para Caracas de domingo a sexta-feira. A medida foi possível
porque a companhia ampliou sua frota de 10 para 14 aviões,
informou a empresa. Assim, a Varig informa que sua malha
aérea passa a atender 10 cidades no País
e três no exterior, ou 82 vôos domésticos
e oito internacionais.
A
Varig já vinha operando vôos regulares para
Porto Alegre, Manaus, Salvador, Fortaleza, Recife, Buenos
Aires e Frankfurt. Por meio de comunicado, a empresa informa
que pretende "iniciar um plano mais agressivo de
retomada de suas rotas" assim que receber da Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac) a concessão
de transporte aéreo, que está sendo reivindicada
para a nova fase de operação da companhia,
após a compra pela VarigLog.
Depois
que receber a homologação, a Varig quer
retomar vôos nacionais em 30 dias e os internacionais
em 180 dias, conforme o recebimento de novos aviões.
Mas a Anac autorizou ontem a redistribuição
de rotas da Varig para a TAM, Gol, BRA e OceanAir, apesar
de decisão contrária da Justiça do
Rio.
A
medida, publicada no Diário Oficial da União,
concede 51 vôos semanais de transporte de passageiros
e de cargas, no mercado internacional, para a concorrência.
A Varig informa que acredita na manutenção
da decisão judicial, mas que "fará
todos os requerimentos para que seja cumprida a lei".
A
TAM recebeu autorização para fazer um vôo
diário para a Itália, onde atenderá
a cidade de Milão a partir de São Paulo,
e mais um vôo diário para a França
(já fazia dois vôos por dia). Por meio de
nota, a companhia informa que ainda divulgará a
data do início de operação das freqüências
semanais adquiridas. Já a Gol foi autorizada a
fazer sete vôos para o México por semana
e outros sete para o Uruguai.
A
BRA recebeu autorização para operar sete
vôos semanais para a Itália. A companhia
informa que deverá iniciar em quatro meses sua
operação diária para aquele país.
A empresa pretende operar cinco vôos a partir do
Nordeste e ainda não decidiu de onde partirão
os dois vôos restantes. A OceanAir fará dois
vôos para Angola, sete para os EUA e outros sete
para o México. A própria VarigLog foi autorizada
a fazer dois vôos de transporte de cargas para o
México.
Valor Econômico
01/09/06
STJ desbloqueia recursos da VarigLog
Juliano Basile
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu
o bloqueio de mais de R$ 244 milhões da VarigLog.
A decisão foi tomada pelo ministro Ari Pargendler.
Ele derrubou decisão anterior tomada pela Justiça
do Trabalho - aceitou um recurso (chamado formalmente
de "reclamação") da empresa e
concedeu liminar para impedir o bloqueio.
A VarigLog entrou com a "reclamação"
no STJ contra decisão da 33ª Vara do Trabalho
do Rio. Na segunda-feira, a 33ª Vara concedeu liminar
em ação civil pública do Ministério
Público do Trabalho do Rio para que o dinheiro
pago à Varig, após o leilão da companhia,
fosse aplicado em rescisões trabalhistas e salários
atrasados.
Mas, segundo o edital do leilão de venda da empresa,
os valores bloqueados serviriam para financiar investimentos
na Varig. No recurso ao STJ, a VarigLog defende que, numa
decisão anterior, o próprio tribunal proibiu
que o dinheiro de uma companhia em recuperação
pudesse ser usado para arcar com causas trabalhistas.
Num comunicado à imprensa, a nova proprietária
da Varig afirmou que, "uma vez tendo comprado a marca
e a parte da empresa, a VarigLog é solidária
com a angústia de funcionários e credores,
mas não pode ser responsabilizada por esses passivos,
que são de responsabilidade da Varig".
Pargendler concluiu que a decisão da Justiça
do Rio contraria decisão anterior do próprio
STJ. Por isso, o ministro deferiu a suspensão da
decisão fluminense para desbloquear o montante
de R$ 244.457.889,12.
Ontem a Varig anunciou o aumento da malha viária
e da frota, com a inclusão de quatro aeronaves.
Agora com 14 aeronaves, a companhia passa a voar para
dez destinos domésticos e três internacionais,
aumentando a malha viária de nove para 13 destinos.
Segundo a Varig, uma retomada mais agressiva das rotas
herdadas no leilão de 20 de julho depende da liberação
da concessão de funcionamento de empresa aérea,
que deve ser concedida pela Agência Nacional de
Aviação Civil (Anac). A partir da entrega
do documento, a empresa terá 30 dias para restabelecer
todas as rotas. Os destinos internacionais poderão
ser retomados em até 180, conforme aquisição
de novas aeronaves.
Jornal do Brasil
31/08/2006
Além do fato - Varig
Rio sofre com quebra de contrato
Fernando Peregrino Secretário de
Estado, chefe de gabinete da governadora
O rumoroso caso da venda da Varig será contado
ainda em muitos episódios, e cada vez mais nebulosos.
Com a venda ao fundo americano Matlin Patterson, junto
a dois sócios brasileiros, deixou atrás
de si muitas questões não respondidas, além
de pesado rastro de demissões em massa - só
no Rio foram mais de 4.500 - não pagamento de seus
direitos etc. Tudo conforme a receita mais pura do neoliberalismo
que impregnou e ampliou-se no atual modelo econômico
onde o lucro é o fim maior, mesmo dentro de um
país onde as taxas de desemprego são, a
cada dia, mais dramáticas.
O que vimos foi o esfacelamento da histórica e
única companhia aérea genuinamente nacional
que cobria nosso território de norte a sul e de
leste a oeste, com grande tradição e experiência
internacional. A Varig ainda é patrimônio
do povo brasileiro e de valor estratégico para
o país. A sua venda acarretou danos àquilo
que os liberais mais temem quando se trata de seus interesses:
a quebra de contrato. E essa preocupação
com os contratos é tão grande que chegou
ao ponto do sistema impor ao então candidato a
presidente Luiz Inácio Lula da Silva a assinatura
da chamada "carta aos brasileiros", pela qual
se comprometia com a manutenção de todos
os contratos, alguns duvidosos em relação
à soberania do país.
Pelo jeito, a "carta aos brasileiros" não
vigora quando se trata de acordos com o Estado do Rio.
Senão, vejamos: a Varig, em 2004, firmou acordo
com o governo do Estado pelo qual se comprometia a ampliar
a base operacional no Rio; manter os empregos e aumentar
os vôos partindo do Aeroporto Internacional do Rio.
O governo anteciparia créditos de ICMS recolhidos
indevidamente no passado, assim como cancelaria autos
de infração. A quantia envolvida a favor
da Varig era de mais de R$ 100 milhões.
A governadora Rosinha Matheus honrou seu compromisso
e o Estado transferiu o crédito à Varig.
Tal vantagem, única no país, era um alento
à companhia, assim como beneficiava o Estado pela
sua economia do turismo, pelos empregos qualificados e
pela dinamização de seus aeroportos, além
da manutenção da tradicional "estrela
brasileira" nos céus.
Mas, infelizmente, o acordo foi jogado no lixo pelos
novos donos da companhia. Segundo informações
dos trabalhadores, o principal acionista da companhia
está dizendo que transferirá a base operacional
para São Paulo. Com isso, joga por terra, com desprezo,
o esforço do contribuinte do Estado do Rio para
a manutenção da empresa e dos postos de
trabalho, quebrando unilateralmente o contrato com o Estado.
Tudo isso às portas da agência reguladora,
a Anac, que, à semelhança das agências
do tempo de FH, deixou de defender os interesses públicos,
agora de um Estado federado.
Mais uma vez, ao Estado do Rio caberá lutar e
recorrer à Justiça para reclamar seus direitos,
desrespeitados pela omissão dos que deveriam regular
e manter íntegros contratos e a federação
brasileira.
Enquanto isso, o governo federal, através do BNDES,
prepara-se para ajudar um grupo automobilístico,
sob a condição de manter os empregos de
seus funcionários. Com uma diferença: é
no ABC Paulista. Dois pesos, duas medidas.
O
Dia
31/8/2006 20:21h
Rosinha moverá ação
contra Anac por quebra de acordo
Rio - O secretário-chefe de Gabinete
da governadora Rosinha Garotinho, Fernando Peregrino,
recebeu nesta quinta-feira de uma comissão de funcionários
da Varig um dossiê contendo denúncias contra
a venda da empresa. O material será encaminhado
para a Procuradoria Geral do Estado, a fim de abastecer
o órgão de informações para
a ação que o Rio de Janeiro moverá
contra a Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac), por não observar o acordo firmado
entre a empresa e o estado em 2004.
O documento também estará
à disposição da Comissão Parlamentar
de Inquérito que será aberta na Assembléia
Legislativa.
Assinado por nove sindicatos e associações
de funcionários, o dossiê mostra o descaso
da nova empresa com as ações trabalhistas
e a decisão da nova controladora de transferir
os setores Operacional e de Manutenção para
o aeroporto de Congonhas, na capital paulista.
No decreto de 2004 a direção
da empresa se comprometia a ampliar a base de operações
no Rio de Janeiro, trazer a controladora para o estado
e criar novas linhas, nacionais e
internacionais, partindo do Galeão. Eles lembram,
inclusive, que o processo de desmonte da Varig vem se
arrastando há alguns anos, sem que tenha havido
uma proposta séria de recuperação
e acaba servindo para o esvaziamento do estado.
Valor Online
31/08/2006 - 20:05h
Justiça do Trabalho do Rio
insiste que VarigLog é responsável por passivo
trabalhista da Varig
Ana Paula Grabois
RIO - RIO - A liminar concedida pelo
Superior Tribunal de Justiça (STJ) complicou ainda
mais o imbróglio jurídico criado em torno
das dívidas da Varig com seus funcionários.
Na quarta-feira, o ministro do STJ Ari Pargendler suspendeu
uma decisão da Justiça do Trabalho do Rio
que bloqueava contas e obrigava a VarigLog a arcar com
todo o passivo trabalhista da Varig antiga, parte da empresa
que não foi vendida e que ficou com uma dívida
de R$ 7 bilhões.
A decisão, do juiz da 33ª Vara do Tribunal
Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ), Múcio
Nascimento Borges, reconheceu, a pedido do Ministério
Público do Trabalho do Rio (MPT-RJ), a sucessão
trabalhista na venda da parte operacional da Varig para
a VarigLog. Em sua decisão, o juiz do Trabalho
também bloqueou R$ 244,45 milhões das contas
da empresa e de seus administradores. Os recursos, que
serviriam para pagar parte dos custos trabalhistas da
Varig, foram desbloqueados com a liminar do STJ.
Para o STJ, a suspensão da decisão da Justiça
do Trabalho do Rio ocorreu porque cabe à 1ª
Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio
- responsável pela recuperação judicial
da empresa - a competência para decidir sobre todas
as questões referentes à Varig.
Para a procuradora do MPT-RJ Júnia Bonfante Raymundo,
entretanto, a liminar do STJ não pode suspender
a decisão sobre o reconhecimento da sucessão
trabalhista. "Contra esta decisão da 33ª
Vara do Trabalho só cabe recurso na Justiça
do Trabalho. Esta decisão do STJ não tem
efeito sobre a decisão de mérito da sentença
da 33ª Vara do Trabalho, ou seja, sobre a declaração
da sucessão trabalhista. A decisão do STJ
tem base o conflito de competência, que está
vinculado ao bloqueio e não à sucessão
trabalhista " , disse a procuradora.
Segundo o procurador do Trabalho João Hilário
Valentin, os funcionários da Varig podem entrar
na Justiça reclamando de seus direitos depois da
decisão de reconhecimento da sucessão trabalhista.
Segundo ele, a medida não ameaça os negócios
da nova Varig. "Diante do que a VarigLog tem a produzir,
esse é um valor muito pequeno", disse. "Entendemos
que a VarigLog é o sucessor do passivo trabalhista
da Varig porque assumiu as operações da
empresa", disse.
A VarigLog afirma, no entanto, que comprou a parte operacional
sem o passivo trabalhista e que o plano de recuperação
da Varig antiga prevê o pagamento aos empregados.
Até o momento, os 4.544 demitidos da Varig não
receberam os recursos da rescisão e apenas conseguiram
por decisão judicial a liberação
do pagamento do FGTS e do seguro-desemprego. De acordo
com o plano de recuperação da empresa, as
rescisões serão pagas por meio de títulos
resgatáveis em 20 anos.
Segundo cálculos da Varig antiga, as rescisões
dos 9.500 funcionários, incluindo os já
demitidos, somam R$ 253 milhões. Já os salários
atrasados chegam a R$ 106 milhões. O Sindicato
Nacional dos Aeronautas, entretanto, prevê que todo
o passivo trabalhista da Varig corresponde a cerca de
R$ 800 milhões, se consideradas as ações
impetradas pelos funcionários.
Agência Brasil
31/08/2006 - 18h59H
VarigLog deve pagar dívidas
trabalhistas da Varig
O Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro determinou
que as dívidas trabalhistas da Varig sejam assumidas
pela VarigLog, que comprou parte da companhia aérea
no final de julho. A VarigLog pode recorrer.
Segundo o edital do leilão, o comprador ficaria
com toda a parte operacional da Varig, mas não
assumiria ônus com os empregados. Depois do leilão,
a empresa foi dividida em duas: a nova Varig, comprada
pela VarigLog, e a Varig remanescente, que ficou com todas
as dívidas, avaliadas em R$ 7 bilhões. A
Justiça do Trabalho, no entanto, entendeu que os
funcionários não poderiam ser prejudicados,
atendendo a um pedido do Ministério Público.
Segundo o procurador-regional do Trabalho, João
Hilário Valentim, a VarigLog ficou com toda a parte
operacional da empresa antiga, dificultando para a Varig
remanescente o pagamento das dívidas trabalhistas.
O total gira em torno de R$ 360 milhões, entre
salários atrasados e multas de rescisão
contratual com 4.500 funcionários demitidos.
“Se você for ver no edital o que está
sendo alienado, é tudo aquilo em função
do que girava a Varig antiga. A VarigLog é sucessora
da empresa antiga, porque leva sua razão de ser.
Então, tem que levar também a responsabilidade
pelo pagamento do passivo trabalhista”, disse o
procurador.
Apesar da decisão, o tribunal não obrigou
a VarigLog a fazer qualquer pagamento. Por isso, cada
funcionário precisará entrar com ação
individualmente ou através do sindicato, para conseguir
seus direitos. A VarigLog ainda pode entrar com recurso.
PORTAL
DO CIDADAO
Governo do Estado do Rio de Janeiro
31/8/2006 - 18h03
Estado moverá ação
contra Anac por quebra de acordo
O secretário-chefe de Gabinete da Governadora,
Fernando Peregrino, recebeu hoje de uma comissão
de funcionários da Varig um dossiê contendo
denúncias contra a venda da empresa. O material
será encaminhado para a Procuradoria Geral do Estado,
a fim de abastecer o órgão de informações
para a ação que o Rio de Janeiro moverá
contra a Agência Nacional de Aviação
Civil (Anac), por não observar o acordo firmado
entre a empresa e o estado em 2004, formalizado no Decreto
36.174, de 3 de setembro daquele ano. O documento também
estará à disposição da Comissão
Parlamentar de Inquérito que será aberta
na Assembléia Legislativa.
Assinado por nove sindicatos e associações
de funcionários, o dossiê mostra o descaso
da nova empresa com as ações trabalhistas
e a decisão da nova controladora de transferir
os setores Operacional e de Manutenção para
o aeroporto de Congonhas, na capital paulista. No decreto
de 2004 a direção da empresa se comprometia
a ampliar a base de operações no Rio de
Janeiro, trazer a controladora para o estado e criar novas
linhas, nacionais e internacionais, partindo do Galeão.
Eles lembram, inclusive, que o processo de desmonte da
Varig vem se arrastando há alguns anos, sem que
tenha havido uma proposta séria de recuperação
e acaba servindo para o esvaziamento do estado.
- Essa notícia no boletim deles
é a confirmação da quebra de contrato.
Estaremos entrando com uma ação para que
o acordo seja mantido, assim como o emprego de milhares
de funcionários qualificados. A agência reguladora
tem por dever verificar esses acordos da empresa e obrigá-la
a cumprir, já que a nossa parte nós fizemos.
Não vamos entregar um patrimônio nacional
como a Varig de mão beijada - frisou Peregrino.
O assessor executivo de Projetos Especiais
da Secretaria de Turismo, Luiz Brito Filho, disse que
a preocupação do governo não é
só com o impacto que uma decisão dessa deve
ter na economia fluminense, mas também com a situação
de milhares de famílias que se viram desamparadas.
Brito lembrou que o turismo é responsável
por 4% do Produto Interno Bruto do estado e a Varig sempre
foi a referência de empresa de qualidade em todo
o mundo e a imagem do Brasil no exterior.
Reynaldo Filho, da Associação
de Pilotos, comentou que o Rio de Janeiro foi o único
estado que sempre demonstrou interesse real em ajudar
a empresa. No caso do Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços (ICMS) recolhido indevidamente
em todo o país, por exemplo, o Rio foi o único
a devolver a verba recolhida, em torno de R$ 100 milhões.
Ele acredita que a CPI e a ação do estado
dará um novo fôlego para milhares de funcionários
que lutam pela manutenção de seus empregos
e pela preservação da empresa.
O diretor de relações Institucionais
da Associação de Pilotos, Marcelo Duarte,
acha que a CPI poderá esclarecer uma série
de situações nebulosas na venda da Varig.
Uma delas é o fato da VarigLog ser uma das principais
devedoras da Varig e ter sido autorizada a comprar a empresa,
sem que a Anac e a Justiça tivessem obrigado o
pagamento do valor devido antes de qualquer negociação.
Da mesma forma, há suspeitas de que o grupo que
controla a Varig Nova seja ligado a empresas de aviação
internacional e acabariam por entregar a empresa ao capital
estrangeiro a longo prazo.
- Acho que a CPI é um fórum
perfeito para verificar diversas informações
e situações que envolveram esse leilão.
Espero que eles consigam atingir os verdadeiros objetivos
dessa venda e uma empresa que é símbolo
da aviação nacional possa voltar a cruzar
os céus com a qualidade que sempre teve, levando
credibilidade e bons serviços a todo o mundo -
concluiu Duarte.
Reuters
31/08 - 16:58h
Varig anuncia aumento de frota e
retomada de vôos regulares
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Varig informou nesta quinta-feira
que incluiu mais quatro aviões em sua frota, agora
de 14 aeronaves, e regularizou os vôos diários
para Curitiba, Brasília e Fernando de Noronha,
além de operar de domingo a sexta-feira para Caracas,
capital da Venezuela.
A
companhia informou em comunicado que outros 36 vôos
diários estão sendo realizados na ponte-aérea
Rio de Janeiro-São Paulo e que mantém freqüências
diárias para Porto Alegre, Manaus, Salvador, Fortaleza,
Recife, Buenos Aires e Frankfurt, na Alemanha.
A
companhia informou ainda que aguarda a homologação
da sua concessão de operação pela
Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac) para implantar um projeto mais agressivo de retomada
das rotas adquiridas em leilão em 20 de julho.
"Após
a entrega do documento pela Anac, as rotas nacionais serão
restabelecidas em até 30 dias e as internacionais
em até 180, à medida que novas aeronaves
forem incorporadas à frota. A empresa já
está negociando a compra de 50 novos modelos de
grande e médio porte", informou em nota.
A
VarigLog entregou na semana passada carta-consulta ao
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) para compra de 50 aeronaves da Embraer .
A
empresa aguarda também a solução
de uma queda de braço entre a Justiça do
Rio de Janeiro e a agência reguladora, com esta
última pleiteando a redistribuição
das rotas da companhia que não estão sendo
utilizadas e a primeira tentando impedir que isso seja
efetivado.
Folha
Online
31/08/2006 - 16h10
Varig retoma vôos para Curitiba,
Brasília e Caracas com promoções
Com
a inclusão de mais quatro aviões a sua frota,
a Varig retoma hoje vôos diários para Curitiba,
Brasília e Fernando de Noronha, além de
voar para Caracas (Venezuela) de domingo a sexta-feira.
A
maior parte dessas rotas terá tarifas promocionais
de relançamento. De São Paulo, os vôos
para Curitiba vão custar a partir de R$ 115 e para
Brasília, R$ 159 --os preços estão
sujeitos à disponibilidade nos vôos. Já
para Caracas, até o dia 25 a tarifa de ida e volta
a partir de São Paulo ou Rio será de US$
690.
Os
vôos para Buenos Aires, que já estavam sendo
operados, terão até o dia 16 de setembro
tarifas de US$ 238 a partir de São Paulo e de US$
273 do Rio de Janeiro.
Na
ponte Rio-SP, a empresa continua a cobrar por trecho voado
R$ 159 nos finais de semana e R$ 190 em dias de semana.
Até
ontem a empresa contava com dez aviões, já
realizava 36 vôos por dia na ponte aérea
Rio de Janeiro-São Paulo e mantinha freqüências
diárias para Porto Alegre, Manaus, Salvador, Fortaleza,
Recife, Buenos Aires (Argentina) e Frankfurt (Alemanha).
Com
o aumento da frota, a Varig passa a operar dez vôos
nacionais e três internacionais, como previsto em
seu plano inicial de vôo entregue à Anac
(Agência Nacional de Aviação Civil).
Segundo
a companhia, após obter a autorização
de vôo da Anac a empresa poderá retomar outras
rotas que não têm sido aproveitadas desde
que a VarigLog a comprou em leilão realizado no
dia 20 de julho.
De
acordo com decisão da Justiça do Rio de
Janeiro, a empresa terá 30 dias após obter
a autorização para retomar as rotas nacionais
e mais 180 dias para as internacionais. Caso contrário
perderá a licença.
A
Anac, entretanto, afirma não ter sido notificada
da decisão da Justiça do Rio de já
colocou em licitação parte das rotas da
Varig, que deverão ser redistribuídas entre
suas concorrentes.
Para
conseguir operar essas linhas, a Varig negocia a compra
de 50 aviões e pediu financiamento ao BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Entre as possíveis fornecedoras das aeronaves está
a fabricante brasileira Embraer.
O
Globo
- Online
31/08/2006 às 15h53m
Varig volta a voar para quatro destinos
Erica Ribeiro
RIO
-A Varig retoma a partir desta quinta-feira vôos diários
para Curitiba, Brasília, Fernando de Noronha e, de domingo
a sexta-feira, para Caracas, na Venezuela. A empresa informou
que a volta destes vôos é resultado da inclusão de mais
quatro aviões à frota, totalizando 15 aeronaves modelo
Boeing. A empresa já está voando na ponte aérea Rio-São
Paulo com 36 vôos e frequências diárias para Porto Alegre,
Manaus, Salvador, Fortaleza, Recife, Buenos Aires e Frankfurt.
Com o aumento da frota e da malha, a Varig passa a operar
10 vôos nacionais e três internacionais.
De
acordo com a direção da Varig, a retomada dos vôos de
forma mais rápida depende agora da liberação pela Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac) da concessão de funcionamento
de empresa aérea regular à Aéreo Transportes Aéreos. A
Anac afirma que a Aéreo ainda não entregou toda a documentação
necessária para a concessão e ainda não há prazo para
a homologação. A VarigLog, dona da Nova Varig, por sua
vez, diz que todos os documentos pedidos já foram encaminhadas.
A VarigLog garante que após a entrega do documento pela
Anac, as rotas nacionais serão restabelecidas em até 30
dias e as internacionais em até 180 dias, à medida que
novas aeronaves forem incorporadas à frota. A empresa
diz que já está negociando a compra de 50 novos modelos
de grande e médio porte.
Os
vôos para Curitiba e Brasília, saindo de São Paulo, terão
tarifas a partir de R$ 115 e R$ 159, respectivamente.
Já para Caracas, as tarifas especiais válidas até 25 de
setembro custam US$ 690 (ida e volta), saindo do Rio ou
de São Paulo, e US$ 348,00 (ida e volta), partindo de
Manaus. O cliente que comprar passagens para qualquer
destino nacional ou internacional acumula milhas em dobro,
por trecho voado, no Programa Smiles. A promoção vai até
a 15 de setembro.
Agência
Estado
31/08 - 13:28
Anac confirma redistribuição
de rotas da Varig
A Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac) confirmou hoje a autorização para
que as empresas aéreas BRA, Gol, Ocean Air, TAM
e a cargueira Varig Logística operem vôos
internacionais do Brasil para Itália, França,
México, Uruguai, Angola e Estados Unidos. As decisões
da Anac foram publicadas na edição de hoje
do Diário Oficial da União. Assim, a Anac
oficializa a redistribuição de rotas internacionais
que eram da Varig, antes do leilão da empresa,
mas que não foram incluídas no plano básico
de linhas apresentado à agência reguladora
no mês passado pelos controladores da nova Varig.
A
BRA foi autorizada a operar sete freqüências
semanais para a Itália, sendo que pelo menos cinco
delas partirão de cidades da região Nordeste.
A Gol recebeu a autorização para operar
sete vôos por semana para o México e outros
sete para o Uruguai. A Ocean Air poderá voar também
sete vezes por semana para os Estados Unidos, duas vezes
na semana para Angola e sete para o México, também
semanalmente. A TAM foi autorizada a operar sete freqüências
semanais para a França e outras sete freqüências
na semana para a Itália. Por fim, a Anac deu autorização
à VarigLog para operar vôos de transporte
de cargas, em duas freqüências semanais, para
o México.
A diretoria da agência anunciou na última
terça-feira que não reconhecia a decisão
da justiça empresarial da 8ª. Vara do Rio
de Janeiro que quer "congelar" as rotas e horários
de pousos e decolagens nos aeroportos (slots) da Varig
por 30 dias após a homologação da
nova empresa aérea pela Anac. A homologação,
no entanto, não tem data marcada para sair e a
Anac diz que seria um prejuízo aos usuários
manter indefinidamente essa reserva de rotas e slots.
INVERTIA
Quinta, 31 de Agosto de 2006, 11h09
Varig derruba bloqueio de recursos
da Varig Log
A Varig derrubou na quarta-feira
no Superior Tribunal de Justiça (STJ) uma decisão
da Justiça do Trabalho que bloqueava recursos da
Varig Log para o pagamento de dívidas trabalhistas.
De acordo com o jornal
Folha de S. Paulo, o juiz Múcio Nascimento Borges,
da 33ª Vara do Trabalho do Rio, havia reconhecido
sucessão de dívida trabalhista e determinado
o bloqueio das contas da Varig Log, Volo do Brasil e Aéreo
Transportes Aéreos. Segundo a decisão, seriam
bloqueados R$ 244,457 milhões.
O ministro do STJ Ari
Pargendler concedeu liminar a favor da Varig Log. Segundo
a liminar, a decisão da Justiça do Trabalho
contraria decisão anterior do STJ sobre conflito
de competência. O mesmo ministro já havia
designado a 8ª Vara Empresarial do Rio como responsável
por questões que interferem no plano de recuperação.
A decisão da Justiça
do Trabalho ainda não havia sido publicada quando
saiu a liminar do STJ. Segundo o Ministério Público
do Trabalho, os procuradores vão examinar a decisão
e, se ela contiver elemento que possa ferir a competência
da Justiça do Trabalho, vão recorrer.
A Varig Log defende que
não deve aceitar o pagamento das dívidas
trabalhistas porque o artigo 60 da nova lei de recuperação
judicial diz que não pode haver sucessão
de dívidas no caso de venda de unidade produtiva
isolada.
O
Dia
31/08/06 - 11:02h
STJ suspende bloqueio de R$ 244
mi da VarigLog
Rio - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu
decisão da Justiça do Trabalho que bloqueou
mais de R$ 244 milhões da VarigLog. O ministro
Ari Pargendler acatou reclamação da empresa
e concedeu-lhe liminar suspendendo os efeitos daquela
decisão e, inclusive, impedindo o bloqueio.
A
Varig Logística S/A – a VarigLog –
entrou com uma reclamação no STJ informando
da decisão da 33ª Vara do Trabalho do Rio
de Janeiro que, na última segunda-feira, concedeu
liminar em uma ação civil pública
proposta pelo Ministério Público do Trabalho
do Rio de Janeiro para que o dinheiro pago à Varig,
após o leilão, fosse aplicado nas rescisões
trabalhistas e nos salários atrasados dos funcionários.
O objetivo da medida é garantir o pagamento de
obrigações trabalhistas.
Os
valores bloqueados serviriam para financiar investimentos
na Varig, atendendo ao que prevê o edital do leilão
de venda da companhia. Em sua reclamação
ao STJ, a nova proprietária da empresa aérea
defende que decisão anterior do STJ, tomada em
um conflito de competência, já proibia que
o dinheiro de uma empresa em recuperação
pudesse ser usado para arcar com causas trabalhistas.
Em
comunicado divulgado à imprensa, a empresa afirma
que "uma vez tendo comprado a marca e a parte da
empresa, a VarigLog é solidária com a angústia
de funcionários e credores, mas não pode
ser responsabilizada por estes passivos, que são
de responsabilidade da Viação Aérea
Rio-Grandense S.A.. Se assim o fosse, certamente não
iria se eximir de cumprir suas obrigações".
Ao
apreciar a questão, o relator da reclamação
no STJ, ministro Ari Pargendler, entendeu que, aparentemente,
a sentença proferida pelo juiz trabalhista contraria
a decisão tomada no conflito de competência,
“especialmente na parte que antecipou a tutela”.
Assim deferiu a liminar para suspender os efeitos da sentença,
entre os quais o bloqueio dos valores, no total R$ 244.457.889,12.
No
conflito de competência, no qual se buscava definir
quem deveria julgar a questão – se o juiz
da trabalhista do Rio de Janeiro ou de o da 8ª Vara
Empresarial também daquela cidade –, foi
sobrestada a ação que tramita no âmbito
da Justiça do Trabalho designando a vara empresarial
para dirimir as questões urgentes referentes à
Varig.
O
conflito se deu porque a Vara Empresarial é a responsável
pelo processo de recuperação da empresa,
mas o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) e associações
de comissários, mecânicos de vôo e
pilotos da Varig e da Nordeste Linhas Aéreas entraram
com ação contra as empresas na Justiça
trabalhista. Como ambas afirmaram ser competente para
o processamento da ação dos trabalhadores,
o MP estadual suscitou o conflito.
O Dia
31/8/2006 - 10:54h
Justiça determina que VarigLog
assuma dívida trabalhista da Varig
Rio - O juiz do Trabalho
Mucio Nascimento Borges, titular da 33ª Vara do Trabalho
do RJ, em decisão publicada nesta quinta-feira,
responsabilizou a VarigLog pelo pagamento das dívidas
trabalhistas da Varig.
O TRT determinou também
a o bloqueio imediato de todas as contas das empresas
no valor de R$ 244.457.839, de forma a garantir o pagamento
dos créditos dos cerca de 4.500 empregados demitidos,
que chegaria a R$ 260 milhões.
Na sentença, o
magistrado consignou que a 8ª Vara empresarial não
detém qualquer competência para decidir acerca
de matéria trabalhista, tendo condenado também
de forma solidária a Volo do Brasil, empresas que
pertencem ao mesmo grupo econômico da sucessora
VarigLog.
Em sua decisão,
o juiz afirma que a Lei 11.101/05 prevê que o arrematante
de empresa em processo de recuperação judicial
responde pelos encargos trabalhistas, inexistindo na citada
norma qualquer previsão de exclusão da sucessão
trabalhista e que todas as cláusulas neste sentido
estabelecidas na proposta realizada pela VarigLog no processo
de recuperação são desprovidas de
eficácia perante a Justiça Trabalhista.
Em sua fundamentação,
o Múcio Borges menciona que “não é
crível se supor que os objetivos da Lei 11.101/05
sejam tão pueris como sustentam as acionadas, bastando
que as adquirentes de forma unilateral disponham sobre
a exclusão dos direitos trabalhistas dos empregados
da empresa recuperanda e, como num passe de mágica
os elimine de suas responsabilidades para que seu negócio
seja viabilizado.”
Na sentença também
se impôs que a sucessora respeite todos os direitos
adquiridos dos trabalhadores que aproveitarão inclusive
condições de trabalho e remuneração
originárias.
As empresas terão
o prazo de 8 dias a contar da ciência da decisão
para ingressarem com recurso contra a sentença
do juiz da 33ª VT/RJ.
Com a decisão favorável
ao MPT, a ex-subsidiária sofrerá mais um
revés nos planos de reestruturação
da companhia. O empresário Lap Chan, acionista
da Volo do Brasil, disse em reunião com funcionários
da empresa que a sucessão de dívida trabalhista
e a não-homologação da nova Varig
como concessionária de transporte aéreo
poderiam definir sua saída do negócio.
Ontem, a Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac) disse que
vai propor representação junto ao Conselho
Nacional de Justiça contra membros do Poder Judiciário
fluminense. A agência reguladora publicou decisões
concedendo para a BRA, TAM, Gol e Ocean Air, vôos
para países, como México, Uruguai, Estados
Unidos, Itália, França e Angola.
Funcionários levam
denúncia ao governo
Comissão de funcionários
da Varig será recebida nesta quinta-feira pelo
governo do Estado do Rio. Objetivo é entregar um
dossiê com denúncias sobre possíveis
irregularidades no leilão da companhia.
Segundo o secretário-chefe
de gabinete, Fernando Peregrino, as denúncias reforçam
o pedido de uma Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) na Assembléia Legislativa. Requerimento pedindo
a CPI já foi aprovado com as devidas assinaturas.
A governadora Rosinha
Garotinho vai acionar judicialmente a VarigLog, por descumprimento
de acordo, feito em 2004, com a Varig. O governo estadual
se propôs a devolver parte do ICMS recolhido pela
empresa, que, em contrapartida, teria manteria a sede
no Rio e os empregos dos funcionários, além
de ampliar rotas partindo do Galeão, o que não
vem sendo cumprido.
O Globo
31/08/2006 às 09h02m
Funcionários da Varig entregarão
dossiê ao governo do Rio
Cristiane de Cássia
RIO - Funcionários da
Varig vão entregar nesta quinta-feia à tarde, no Palácio
Guanabara, um dossiê com denúncias sobre a venda da empresa
para a VarigLog. Eles pedirão a interferência do governo
do estado no processo para que a Justiça analise mais
detalhadamnente toda a documentação do negócio.
Os funcionários afirmam,
entre outras coisas, que a VarigLog teria pago valor abaixo
do estipulado pelo edital e estaria demitindo funcionários
sem atentar para as cláusulas do acordo coletivo da categoria.
As informações são do site oficial do governo do estado
na Internet.
Agência Leia
31/08/06
VARIG: Lula diz que não reconhece
dívida do governo com a aérea
Brasília, 31 de agosto de 2006 - O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje não
reconhecer o direito da Varig de receber R$ 2,8 bilhões
da União por reparação à política
de congelamento de preços durante planos econômicos
do governo federal.
Em decisão de maio deste ano, o Superior Tribunal
de Justiça (STJ) manteve a obrigatoriedade de ressarcimento
à aérea como compensação pelo
congelamento de tarifas entre 1985 e 1992.Ao conceder
entrevista à Rádio Guaíba AM, do
Rio Grande do Sul, o presidente lembrou que o exercício
do poder o fez deixar de "construir fantasias",
fazendo-o "trabalhar com a realidade pragmática
que os fatos e a nação se impõem".
"De vez em quando as pessoas constroem fantasias
na cabeça. O caso mais forte da fantasia é
a Varig", disse. Afirmou que desde 2003 sabe que
a saúde financeira da Varig não vai bem
e que foi informado na época que a aérea
não tinha solução. "Desde que
tomei posse fui informado pelo governo anterior que a
Varig não tinha solução", comentou.
"Que a Varig tinha problemas crônicos, que
tinha uma dívida impagável e que era impossível
ter uma solução para a Varig".
E aproveitou para criticar os que sugeriam que o governo
abatesse do rombo da empresa junto à União
o crédito que havia conseguido no STJ. "Nós
fizemos uma lei de falências em que uma das razões
era a Varig. Fizemos mudanças no Congresso Nacional
para a Varig se valer delas. Era uma oportunidade de se
resolver. A Lei de Falências é uma lei geral,
mas incluímos as empresas de aviação
porque elas estavam proibidas de se beneficiar da Lei
de Falências. E nós achamos que era um absurdo",
disse.
Quando da época do vice-presidente José
Alencar como ministro da Defesa, explicou Lula, "as
pessoas entregavam documentos, contabilidade, [e diziam]
o governo federal pode fazer um acordo com a dívida
que tem". Com alguma alteração de voz,
Lula destacou que "o governo não reconhece
a dívida". "O governo sério tem
que recorrer porque na hora em que não quiser negociação
vão dizer que estamos fazendo mutreta. Vamos até
o final. Se no final o Supremo Tribunal Federal der ganho
de causa, o governo lamenta profundamente e paga o que
deve, mas eu acho que nós vamos ganhar essa causa",
avaliou.
Segundo o presidente, foram convocadas reuniões
no Palácio do Planalto com técnicos do setor
de aviação e com "os principais cinco
empresários brasileiros" porque ele queria
se eles tinham uma solução para a Varig.
Em todos os casos, verificaram que a empresa não
se salvaria.
Da
redação /Agência Leia
31/08/06
VARIG: empresa aumenta frota e retoma
vôos nacionais e internacionais
Rio,
31 de agosto de 2006 - Com a inclusão de mais quatro
aviões em sua frota, a Varig retoma hoje (31/08)
os vôos diários para Curitiba, Brasília,
Fernando de Noronha e, de domingo a sexta-feira, para
Caracas, na Venezuela. Com o aumento da frota e da malha,
a Varig passa a operar dez vôos nacionais e três
internacionais.
Segundo
comunicado enviado à imprensa, a companhia aguarda
apenas a liberação da concessão de
funcionamento de empresa aérea por parte da Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac) para retomar
as rotas adquiridas no leilão de 20 de julho.
O
comunicado diz ainda que, depois da entrega do documento
pela Anac, as rotas nacionais serão restabelecidas
em até 30 dias e as internacionais em até
180, à medida que novas aeronaves forem incorporadas
à frota.
De
acordo com com o site Mercado e Eventos, a Varig anunciou
ainda a prorrogação para 30 de setembro
da promoção com tarifas reduzidas para a
Ponte Aérea. O passageiro ganha um desconto em
cada trecho voado: aos sábados e domingos, os bilhetes
custam R$159 (ida) e R$318 (ida e volta). Durante a semana,
as tarifas são de R$190 (ida) e R$380 (ida e volta),
sendo que para os vôos com horário de partida
entre 10h e 16h os bilhetes ficam mais baratos:
R$175
(ida) e R$350 (ida e volta).
Em
relação às milhas, a promoção
"Triple Miles", que dá três vezes
mais pontos do que o normal, segue até dia 15 de
setembro. Outra opção é emitir um
bilhete Smiles, ida e volta, com 50% de desconto, utilizando
10 mil milhas.