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  • Valor Econômico
    01/10/2012

    Venda da portuguesa ANA une CCR, Odebrecht e Brisa
    Fábio Pupo

    As companhias brasileiras especializadas em concessões de transporte CCR e Odebrecht Transport firmaram uma sociedade com a portuguesa Brisa para disputar a privatização da ANA Aeroportos de Portugal, empresa estatal que administra terminais aeroportuários.

    Segundo Ricardo Castanheira, vice-presidente da CCR, cada empresa tem um terço de participação na sociedade. A parceria entre CCR e Brisa já havia sido anunciada, embora detalhes não tivessem sido divulgados anteriormente.

    Segundo o executivo, a privatização deve ocorrer até o fim do ano. Conforme informou o Valor recentemente, o grupo alemão Fraport - que participou o leilão dos terminais brasileiros, em fevereiro - também está na disputa pelos aeroportos portugueses.

    Além dos planos no setor aeroportuário, a CCR reafirmou seu interesse no projeto do trem de alta velocidade (TAV), com edital em fase de elaboração pelo governo federal. Outra companhia que mostrou interesse no projeto é a Invepar.

    Segundo Castanheira, a companhia já está tendo conversas com possíveis parceiros, técnicos e financeiros. Ele afirmou também que a companhia entregou sugestões para o governo sobre o TAV.

    Já o presidente da Invepar, Gustavo Rocha, não foi tão enfático, embora tenha manifestado o interesse dizendo que a empresa vai analisar as regras do projeto. O executivo não respondeu se já há conversas com possíveis parceiros.

     

     

    Folha de São Paulo
    01/10/2012

    Aeroporto no Rio cresce com petróleo e gás
    Terminal de Cabo Frio receberá R$ 60 milhões até 2014 para atender empresas do setor
    VENCESLAU BORLINA FILHO

    Construído no final dos anos 1990 para receber turistas vindos principalmente da Argentina, o Aeroporto Internacional de Cabo Frio, no Rio, se transforma agora para ser um grande centro da indústria do petróleo e gás. Até 2014, serão investidos R$ 60 milhões na ampliação do pátio de aeronaves e na construção de novos terminais de cargas e passageiros para atender empresas como a Petrobras, a OGX (do empresário Eike Batista) e a BP.

    A indústria petrolífera também movimenta outros aeroportos regionais do Estado, como o de Macaé, sob gestão da Infraero (empresa que administra os aeroportos), e o municipal de Maricá.

    Só de janeiro a agosto deste ano, o desembarque de cargas em Cabo Frio -máquinas, equipamentos e insumos industriais- vindas do exterior para as petrolíferas cresceu 75,7% em relação ao mesmo período de 2011.

    Proporcionalmente, o aumento verificado na cidade é superior ao registrado no transporte de cargas em Cumbica (18,5%) e Viracopos (-5,45%), em São Paulo, e no Galeão (32,4%), no Rio, durante o mesmo período.

    Atualmente, três voos cargueiros semanais vindos de Miami (EUA) chegam ao aeroporto. E, há 20 dias, a Libra Aeroportos, atual concessionária de Cabo Frio, fechou acordo com a Lufthansa para cargas de transferência.

    Segundo o diretor da empresa, Pedro Orsini, novos voos internacionais poderão chegar a Cabo Frio. "Temos equipes nos Estados Unidos fazendo corpo a corpo e mostrando as vantagens de operar no aeroporto", disse.

    Já os embarques e desembarques de passageiros cresceram 48,8% neste ano em relação ao mesmo período de 2011, e os pousos aumentaram 61,7%.

    Nos dois casos, a maioria é de funcionários e helicópteros das plataformas de petróleo em alto mar.

    "O nosso entendimento é que queremos crescer", disse Orsini. "A concorrência com o Galeão é sadia. Estamos lá para concorrer. Cada um tem seu nicho e a nossa perspectiva é crescer ainda mais", completou.

    AMPLIAÇÃO

    De acordo com a Libra Aeroportos, serão mais 30 posições para helicópteros, 16 mil m² de área coberta para cargas e um terminal com capacidade para até 1,2 milhão de passageiros por ano.

    Atualmente, o aeródromo tem 13 posições para helicópteros (em operação simultânea), 70 mil m² de área de carga (alfandegada) e terminal para 300 passageiros (por voo), além da capacidade de receber aviões cargueiros.

    A próxima etapa da Libra é obter autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para importação de substâncias para a indústria farmacêutica.

    No terminal de cargas, áreas específicas para os produtos já estão construídas.

     

     

    Folha de São Paulo
    01/10/2012

    Maricá quer seguir caminho de Cabo Frio com concessão

    O aeroporto municipal de Maricá quer seguir o caminho do de Cabo Frio e se tornar uma base para a Petrobras. A prefeitura já finalizou o estudo de viabilidade e agora elabora o edital para concessão à iniciativa privada. A 200 quilômetros do campo de Lula -o filé-mignon do pré-sal da bacia de Santos- e a 30 quilômetros do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), o aeroporto só aguarda o sinal verde da Câmara Municipal para decolar.

    O concessionário terá que construir a estrutura para depois entrar com pedido de certificação para receber voos regulares.

    Atualmente, a área é ocupada por uma escola de pilotos e oficinas de manutenção de pequenos aviões, que foram notificadas em março para desocupar o lugar.

    O modelo será de concessão remunerada e, apesar de ainda não ter sido totalmente definido, a previsão é que a remuneração à prefeitura seja de 5% do faturamento do aeroporto, que terá lojas e terminal de passageiros.

    A previsão é que o novo aeroporto fique pronto em 2017, com capacidade para transportar 68 mil passageiros e tráfego de 10 mil aeronaves por ano. A carga prevista é de 4.300 toneladas.

    "A previsão de crescimento é de 7% para passageiros e 10% para movimentação cargueira, reflexo das operações offshore [de petróleo no mar]", informou a prefeitura.

    Já o aeroporto de Macaé é o principal do Estado do Rio no transporte de funcionários das plataformas de petróleo em alto mar. No entanto, a capacidade já está saturada e causando a evasão de empresas e passageiros.

    Dados da Infraero apontam queda de 4,6% no volume de passageiros transportados de janeiro a agosto deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado e queda de 3,6% na quantidade de aeronaves.

     

     


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