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    16/04/2024

    Entra tecnologia, sai gente: avião antigo tinha até 5 pessoas na cabine
    Vinícius Casagrande - Colaboração para o UOL

    As cabines de comando dos primeiros grandes aviões comerciais eram repletas de instrumentos para controlar todos os sistemas de voo. Com a evolução, todos aqueles "reloginhos" foram substituídos por telas coloridas e algumas funções a bordo dos aviões também foram extintas.

    Mais gente na cabine

    O trabalho, que já chegou a ser feito por cinco pessoas dentro do cockpit, hoje é realizado apenas por dois pilotos.

    No futuro, pode ser que até esses dois pilotos sejam dispensados. Há quem defenda a redução para apenas um piloto no comando dos aviões, mas há projetos que podem eliminar completamente a presença deles. A Airbus já desenvolve um sistema autônomo de voo, e fez testes com sucesso em um avião real.

    Acabar com a presença dos pilotos a bordo pode parecer impensável, mas o mesmo já foi dito um dia de outras funções a bordo da cabine de comando das aeronaves. Engenheiro de voo, navegador e radioperador de voo são funções que ficaram para a história. Veja o que esses profissionais faziam.

    Engenheiro de voo

    A antiga lei do aeronauta definia a profissão pelo nome de mecânico de voo. Pela lei, o profissional era definido como "auxiliar do comandante, encarregado da operação e controle de sistemas diversos conforme especificação dos manuais técnicos da aeronave".

    A função surgiu nos anos 1930, com os grandes aviões anfíbios quadrimotores. O aumento no número de motores elevou a carga de trabalho a bordo da cabine de comandante, tornando inviável que os pilotos controlassem o voo e também monitorassem todos os sistemas.

    Para evitar uma sobrecarga que pudesse colocar o voo em risco, foi criada a função de mecânico de voo, que depois passaria a ser mais conhecida como engenheiro de voo. Sentado atrás dos pilotos, a função principal era a operação e monitoramento de todos os sistemas do avião para diagnosticar e corrigir qualquer falha que pudesse surgir, além de orientar os pilotos.

    O Boeing 737, desenvolvido na década de 1960, foi o primeiro avião projetado para eliminar a necessidade de um engenheiro de voo. Por ser pioneiro, enfrentou resistência de sindicatos, que não aceitaram a eliminação desse tripulante na cabine. No início, ainda havia a obrigação de um engenheiro de voo na cabine. A situação, no entanto, foi revertida logo depois e o avião passou a voar somente com piloto e copiloto.

    A extinção da função ganhou força nos anos 1980, com o desenvolvimento de aviões que passaram a utilizar sistemas computadorizados. Todo o trabalho do engenheiro de voo passou a ser feito pelos computadores. Os primeiros aviões a abandonar esse tripulante foram o Boeing 767 e algumas versões do Airbus A300.

    Navegador de voo

    A antiga lei do aeronauta definia a função do navegador como "auxiliar do comandante, encarregado da navegação da aeronave quando a rota e o equipamento o exigirem, a critério do órgão competente do Ministério da Aeronáutica".

    Quando a lei do aeronauta foi sancionada, em 1984, essa já era uma função praticamente em extinção. Ela só existia em aviões muito antigos. O navegador, no entanto, foi durante muitos anos importante para orientar os pilotos na rota correta.

    Sem os sistemas avançados de localização, os navegadores eram responsáveis por cálculos complexos para determinar a posição correta da aeronave. Em muitos casos, chegavam a utilizar a navegação celestial, orientados pelos astros no céu, especialmente quando sobrevoavam os oceanos ou áreas remotas sem outros auxílios.

    O aumento de auxílios em terra à navegação, como antenas VOR e NDB, e posteriormente o GPS, permitiram que os próprios pilotos pudessem assumir também a navegação do avião, eliminando essa função a bordo da cabine.

    Radioperador de voo

    A função de radioperador foi a primeira a ser eliminada da cabine de comando dos aviões. Apesar disso, a função ainda constava da antiga lei brasileira do aeronauta, que definia a função como "auxiliar do comandante, encarregado do serviço de radiocomunicações nos casos previstos pelo órgão competente do Ministério da Aeronáutica".

    Os radioperadores eram mais comuns até a metade do século passado, quando os sistemas de comunicação ainda eram bastante complexos. Naquela época, o rádio de um avião era de difícil manuseio e, em alguns casos, a comunicação era feita até por mensagens telegráficas com código morse.

    A evolução dos rádios foi bem mais veloz que a de outros sistemas, dispensando a necessidade de um profissional só para isso. Hoje, basta o piloto apertar um botão para se comunicar com o controle de tráfego aéreo.

     

     

    Aeroin
    16/04/2024

    Falta de assentos no avião leva casal com status Diamante a receber R$ 10 mil de indenização da Gol
    CARLOS FERREIRA

    Um casal e um filho de três anos que retornavam para sua cidade de João Pessoa foram impedidos de embarcar sob a alegação de que a aeronave estava lotada (overbooking), e de que não havia mais acentos disponíveis.

    Os passageiros tentaram um dia antes efetuar o check-in online, contudo o site da GOL não permitiu, informando que os mesmos teriam que realizar o check-in no balcão da empresa aérea.

    A fim de evitar quaisquer prejuízos, os passageiros chegaram com antecedência no aeroporto e ao dirigirem-se ao balcão da empresa aérea foram informados de que o voo estava lotado e que os mesmos não poderiam seguir com sua viagem.

    Eles informaram que as passagens adquiridas custaram mais de 100 mil milhas, pois, por estar com criança menor, o voo direto seria a melhor opção. Para eles, a empresa aérea não prestou assistência material e ainda os realocou em novo voo com conexão, o que gerou um atraso total de aproximadamente 5 horas.

    Deste modo, os passageiros ingressaram com uma ação perante o juizado especial civil da comarca de João Pessoa, requerendo danos morais e materiais sofridos, onde a companhia aérea alegou em sua defesa que o problema ocorreu devido à restruturação da malha aérea.

    A dra. Patrícia Carvalho V. Grisi juíza leiga do 7º juizado especial civil, condenou a empresa ao pagamento de R$ 10.000,00 para o casal sendo R$ 5.000,00 para cada autor, alegando que a empresa não provou a alegação de readequação da malha aérea, bem como o fato trazido é ato previsível gerando assim o dever de indenizar.

    Empresa aérea não recorreu da decisão e transitou em julgado.

    O escritório do advogado JOÃO PAULO ROLIM (@voodireito) atuou na causa pelos passageiros e esclarece que além do fato do overbooking, a companhia aérea tem a obrigação de prestar a assistência material com a alimentação quando o voo atrasa mais de 02 horas. Processos referencia – 0812502-86.2022.8.15.2001.

     

     


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